Realmente estou pasma com ambos os beijos.

No dia seguinte, Bill agiu como se nada tivesse acontecido, agi normalmente também. Sai para almoçar, mas na verdade eu fui até o apartamento do Josh, toquei várias vezes e nada. Dei a volta para sair dali e dei de cara com ele, logo Josh corou. No mesmo instante em que corou, seu rosto ficou em uma expressão estranha como... Como se ele não quisera me ver de novo.

- Oi – eu disse normalmente – Você sumiu... – coloquei as mãos no bolso do meu casaco. Estava frio.

- Pois é... – Josh estava tão estranho quanto Bill, isso só pode ser alguma brincadeira. – Quer entrar? – ele tirou as chaves do bolso e eu concordei.

- Porque sumiu? – insisti

- Não sumi você que não me procurou. – ele atirou a chave em cima de uma pequena mesinha ao lado da porta.

Seu apartamento não era grande e nem pequeno, razoável, branco e aconchegante. A sala era juntamente com a sala de jantar, sofá marrom claro com uma mesinha de centro que estava vazia, todo o piso com um carpete bege. Um lustre branco lindo ficava acima da mesa de jantar ao lado do sofá marrom claro, fazendo um corredor para a cozinha, quarto e banheiro. Atrás do sofá marrom claro havia uma estante que tomava toda a parede, cheio de livros, fotos e quadros. Do outro lado do sofá marrom havia uma enorme janela que dava para a sacada do apartamento. A cozinha era pequena e marrom com branco, como se fosse um material envelhecido o que dava um ar agradável ao ambiente, ao lado da pia, à direita, ficava uma porta que dava para a pequenina lavanderia.

- Sim, você sumiu e você sabe que eu estou trabalhando – tomei um gole de água, ele ficou me encarando por um tempo então pegou minha mão e puxou-me até seu quarto.

Era bege, a cama era Box e estava encostada na parede. Um lençol vermelho, lindíssimo cobria a enorme cama, um criado mudo à direita e mais para a direita encostada na outra parede uma mesa de computador grande, na parede que dava a cabeceira da cama havia uma janela com uma cortina branca. Bem simples. Nós entramos e ele fechou a porta, fiquei toda espiada.

- Já te contei um segredo hoje? – ele questionou.

- Não – disse rapidamente e ele aproximou-se, colocou meu cabelo para trás da orelha e sussurrou

- Eu te amo – Senti minhas pernas ficarem bambas e minhas mãos suarem, suas mãos, também frias, asseguraram meu rosto e então ele beijou-me.

Com vontade ele deitou-me na cama, eu queria aquilo então deixei. Ele ia beijando meu corpo lentamente com gana, tirou minha blusa e em seguida minha calça, eu nada boba, também tirei a camiseta e a calça dele. Josh estava de cueca Box o que me deixou delirando por dentro, trocando muito carinho ele abriu meu sutiã, ele me fazia sentir desejada, em algum instantes ele me lançava sorrisos maléficos e eu mordia meus lábios completamente envolvida pelo momento. Nós dois estávamos completamente nus quando meu celular começou a tocar que nem louco, lembrei que eu teria que voltar para o estúdio, mas Josh não dava trégua.

- Preciso atender – Falei ofegante

- Você precisa de mim – ele deu aquele sorriso e continuou com o ‘serviço’

Estava sendo muito prazeroso a ponto de não querermos parar mesmo estando satisfeitos, eu sabia que levaria aquela bronca por ter sumido, mas não dava para parar. Seu corpo prensado ao meu exigia mais, obrigada mais daquilo, já não era prazer, era necessidade. Finalmente conseguimos parar, literalmente não agüentava mais. Fiquei abraçada a Josh, cada um enrolado em um lençol.

- Fica comigo... Para sempre? – Josh perguntou meio receoso. Vir-me-ei para olhar o rosto dele, e de novo aquela paz invadiu-me.

- Sim – eu disse com certeza no que estava falando.

Por mais que eu deseje Bill, era Josh que teve a iniciativa mais séria, enquanto Bill fingi que nada aconteceu Josh já avançou para algo mais sério, o sexo. Tenho certeza que vou ser feliz com Josh, ele me faz tão bem, ele consegue fazer minha tempestade passar e abrir um lindo arco Iris, meio meloso isso, mas é verdade. Sim... Eu disse sim sem pensar direito, agora já não tenho tanta certeza. Quando sair daqui e voltar para o estúdio vou enfrentar um problema, encarar Bill sem lembrar-se daquele beijo, difícil. Eu necessito de mais daquele, eu necessito dele. Sobrevivi muito bem, obrigada, por um mês sem nem sequer pensar se Josh estava bem, enquanto minha mente pulsava com freqüência todas as cenas do beijo entre mim e Bill.

De novo meus pensamentos eram só Bill, Bill e Bill.

- O que foi? – Josh olhou-me seriamente franzindo a testa

- Tenho que ir – Alevantei-me quase correndo, vesti-me apressadamente e sai dali.

Eu devo ter feito isso por pura carência, talvez. Fazia algum tempo que não fazia sexo, talvez por isso tenha me entregado tão facilmente. Sabemos que toda a mulher é frágil, eu pelo menos sou. Já não sei mais o que pensar, preciso de uma luz agora, e se pudesse nem aparecia no estúdio, mas né.