A volta pra casa de barco foi tranquila.

Percy pilotava, e de noite, eu fui pra suíte dormir.

Acordei com o sol entrando na janela, Percy estava deitado do meu lado, me abraçando e dormindo serenamente. Ele babava um pouco, mas eu já tinha me acostumado com isso. Senti que o barco estava andando, e soltei um grito agudo.

Percy se assustou, depois olhou pra mim, sorriu e disse sonolento:

–Que houve Annie?

–O barco está andando sozinho! – gritei.

Ele começou a rir.

–Não está andando sozinho. Meu pai me ligou de noite, e quando descrevi nossa situação, ele mandou de helicóptero um amigo dele, Saulo, para pilotar e nos levar de volta pra casa.

– Hm... – disse eu abaixando a cabeça, vermelha que nem um tomate, o que só o fez rir mais ainda.

–Ah, vem cá vem... – disse me puxando e em seguida, beijando-me.

Eu cedi, deitei meu corpo em seu peito, passei as mãos pelo pescoço dele.

Percy então passou as mãos por minha cintura, e aprofundou mais o beijo; eu correspondi.

–Te amo. – Ele sussurrou em meu ouvido, o que fez meus braços se arrepiarem.

–Também te amo. – Sussurrei de volta, e voltei ao nosso beijo.

–-

Algumas horas depois almoçamos e eu conheci Saulo, que por acaso é muito legal.

Voltamos à viagem, então eu e Percy decidimos nadar na piscina e pegar um solzinho.

Coloquei um biquíni com estampas de moranguinhos, que eu tinha levado pra casa de meu pai, nem sei o porquê na verdade.

Percy me esperava na piscina, sem camisa e de bermuda azul, ele parecia... Sexy! Mas eu nunca ia admitir isso pra ele.

Mergulhei na piscina e ele pulou em cima de mim.

–Ai! – gritei.

E ele começou a rir.

–Não faz isso Perceu Jackson!

–Acabei de fazer Annabeth Chase!

–Idiota!

–Chata!

–Mimado!

–Burra!

–Ah, eu sou burra? Eu sou burra? Não fui eu quem um dia disse que a casa do Papai Noel fica na Groenlândia!

–Mas fica!

–Não! Ela fica na Lapônia!

–Groenlândia!

–Lapônia!

–Groenlândia!

–Lapônia!

–Eu te amo! – ele disse, no mesmo ritmo da discussão.

–Eu também! – respondi, da mesma forma.

E nos beijamos, sim, meio contraditório, mas fazer o que? Eu amo esse garoto!

Poucas horas depois, desembarcamos em nossa cidade, que em pouco tempo, nos mudaríamos.

Chegamos ao meu apartamento. Saulo cumprimentou Poseidon, eles tomaram café e depois mamãe pediu para que todos sentassem na sala.

–Annabeth, Percy... Temos uma coisa para lhes contar!

–Da última vez que ouvi isso... – Suspirei. – Mãe, você está nervosa! O que foi?

–Bem Annabeth, é que... – começou Poseidon.

–Que? – disse Percy.

–Mãe, Poseidon, o que houve?- eu disse.

–Crianças, aconteceu que... – minha mãe começou a frase.