“Oi, Mary.

Fico feliz que tenha se preocupado comigo. É, eu não só parecia triste, eu estava triste. Mas, bem, estou lidando com isso, já que passei as férias todas sem você. E eu estou sentindo muito sua falta.

Estão mesmo! Papai não para de dizer que quer você longe dos Weasleys logo. É engraçado. E mamãe ultimamente fica andando para lá e para cá, nervosa.

Bem, quanto a Hogwarts... Não estou ansioso para voltar àquela grande porcaria.

 Oh, sim, e você sempre folgada, hein, Mary Jo? É. Lide com isso.

                                                                                                                             E volte logo, loira.

                                                                                              Draco Malfoy.”

Sorri ao ler a carta e dobrei-a novamente, guardando no meio das minhas coisas. Suspirei e continuei sorrindo ao imaginar o rosto de Draco ao carregar minhas malas para meu quarto. É, será realmente engraçado.

- Ele disse que está sentindo minha falta e que os meus pais estão surtando. – Respondeu ao olhar de Gina e riu junto com a ruiva. Aí então elas voltaram a dormir, já que o dia seguinte seria agitado.

O sol batia no rosto de Mary, fazendo-a automaticamente tampar o rosto com as mãos. Decidiu acordar, já que não iria passar o dia todo dormindo no dia do seu aniversário e no dia da festa de Harry, não é mesmo?

Olhou para a cama de Gina e a ruiva já tinha acordado. Levantou-se sem nenhuma animação e foi até o banheiro, lavou o rosto e logo em seguida escovou seus dentes. Trocou de roupa, arrumou o cabelo e olhou para o relógio. Eram nove horas da manhã ainda, o que a fez ter vontade de voltar a dormir, mas resistiu.

Desceu as escadas e logo foi surpreendida com Jorge balançando-a pelos ombros, fazendo-a pular de susto, colocando a mão no preito.

- Ai, menino, não me assusta assim! – Mary disse, tentando fazer sua respiração voltar ao normal novamente.

- Bom dia, loira! – Ele exclamou rindo e desceu as escadas num pulo.

Mary então se encontrou com o resto do pessoal na cozinha e então tomaram o café da manhã. Logo depois Gina pediu para que Mary subisse pegar um objeto de trouxa para mostrar para o senhor Weasley, então a loira subiu. Pouco tempo depois Ron pediu para que Harry subisse para pegar um pacote de feijõezinhos de todos os sabores que ele tinha esquecido em suas coisas. Então o de óculos subiu.

Pouco tempo depois os dois foram trancados onde estavam. Assim o resto da família Weasley juntamente a Hermione poderiam preparar a festa surpresa calmamente, sem nenhuma interferência dos aniversariantes, já que os mesmos estavam trancados.

Mary percebeu que estava trancada e começou a bater na porta, assim como Harry. Então ambos começaram a gritar algo como: “Hey, pessoal, abram a porta, estou falando sério!”.

Mary começou a perder a paciência. Andava de um lado para o outro pensando “meu Merlin, eu preciso ajudar na festa do Harry! Pô, hoje é o aniversário dele! Preciso ajudar seus bandos de féla da pota!”.

Harry brincava com a varinha nas mãos nervosamente, resistindo à tentação de usar magia fora da escola para abrir a porta, descer as escadas, xingar o Jorge ou o Fred por ter (provavelmente) o trancado ali e ajudar a preparar a festa da Mary. Acabou por se jogar na cama de Ron e ficar encarando o teto pensando no que estaria acontecendo lá em baixo.

As horas iam se passando e Mary sabia que iria ficar ali trancada por muito tempo, então decidiu logo tomar banho. Foi, tomou seu banho e se vestiu para a festa de Harry. Colocou uma camisa xadrez que era aproximadamente duas vezes maior que a loira e que servia praticamente como vestido. Colocou um short jeans, meia arrastão e sapatilhas. Arrumou o cabelo e fez uma maquiagem fraca. Olhou-se no espelho pela última vez, se sentindo extremamente feliz e bonita, e se sentou novamente em sua cama para esperar resolverem abrir a porta.

Harry decidiu fazer o mesmo e se trocou. Resolveu pentear o cabelo, mas acabou piorando-o mais ainda, então simplesmente bagunçou-o de novo e se jogou na cama do amigo, bufando impaciente.

Depois de certo tempo a festa já estava pronta. Jorge e Fred subiram e destrancaram os aniversariantes, e então voltaram rapidamente para a cozinha. Os aniversariantes saíram do quarto e se entreolharam pensando “que coisa estranha, hein?”.

Desceram as escadas e chegaram à cozinha. Estava tudo escuro e então de repente...

- Surpresa! – Todos exclamaram quando a luz se acendeu.

Harry abrira um sorriso enorme enquanto Mary colocava a mão no peito e respirava descontroladamente dizendo “ai meu Merlin, assim vocês me matam do coração!”.

Todos parabenizavam os aniversariantes e então a festa começou. E é claro, sem bebidas alcóolicas.

Ron, Hermione, Harry, Mary Jo, Gina, Fred e Jorge estavam se divertindo como nunca aquela tarde. Riam, brincavam, faziam piadas e comemoravam.

Depois então da comemoração, Mary subiu para fazer as malas, já que estava indo embora. Logo Fred e Jorge subiram para ajudar a loira a levar as malas para o carro dos Weasleys, e por mais surpreendente que seja com a permissão de Molly e Arthur. Sim, mas com meia hora de advertências sobre usar o carro de Molly e mais meia hora de conselhos caso o carro quebre no meio do caminho, dadas por Arthur.

Então lá foram eles. Mary se despediu dos amigos e entrou no carro que já estava carregado com suas bagagens e com Nougat piando sem parar.

- Mas por que diabos essa coruja está piando sem parar? – Jorge perguntou.

- É porque você dirige mal, Jorge. Ela está incomodada. – Fred disse e riu, fazendo a loira acompanhando a risada do ruivo.

- Porque está no horário dela dormir, e bem... Nós a acordamos. – Mary respondeu e riu mais uma vez.

A viagem até a casa de Mary foi cheia de piadas sobre Nougat e sobre como Jorge dirige. Foram rindo e se divertindo e aí o carro voador aterrissou no jardim dos Malfoys.

Fred fez questão de sair do carro e abrir a porta para Mary sair. Ajudou-a a tirar as malas do carro enquanto Mary Jo tentava acalmar sua coruja, que continuava extremamente irritada com aquela claridade que o sol fazia sobre sua gaiola.

Draco ouviu o barulho do motor do carro há alguns instantes antes do mesmo aterrissar, e então saiu de casa, para ajudar a irmã a subir com as malas. Foi caminhando em passos rápidos e firmes, com a cara fechada e o olhar em chamas direcionado a Fred Weasley.