Férias de Verão escrita por kamis-Campos


Capítulo 10
Capítulo 10 - O encontro part. 2: Meu amor!


Notas iniciais do capítulo

DEMOREI! Eu sei, mas tinha umas coisas muiito importantes para resolver. Ok, aqui está!



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Cap. 10 – O encontro part.2: Meu amor!

POV Celeste

Eu sou Jacob Black. O alfa do outro bando, aquele que vinha a sensação estranha, sorriu amigavelmente pro meu irmão, então ele encheu minha visão. Tudo foi pro espaço, como se não valesse nada. Senti minha vida e tudo que me cercava perder o sentido, e o meu destino tomar um único rumo.

Nunca senti meu coração bater tão rápido, mas ao olhar naqueles olhos tão escuros como as penas de um corvo, ora claros, ora pretos, aquele pequeno órgão de meu corpo pulsou em uma velocidade absurda. Juntamente, nutri um sentimento tão lúcido e tamanho, que cheguei a pensar se era sadio.

Tomei ar, e meu coração saltou um batimento, quase pulando pra fora da minha boca. O ar esquentou em meus pulmões, queimando-me e lambendo-me com chamas incandescentes. Ouvi o mais lindo dos sons, o rufar de seu coração acelerado à medida que nossos olhares se encontraram.

Ele saiu de sua formação em passos firmes e apressados, em sua forma de lobo aproximando-se de onde eu estava. Pela minha visão periférica, vi meu irmão e todo o bando recuar. Mas, não me importei muito, era previsível essa reação deles. Porém, não era a mesma da minha, que ainda continuava estática no mesmo lugar.

Por favor, volte à forma humana! Por mim... Seus pensamentos vieram em minha mente e só pude respirar fundo, me contendo pra não fazê-lo agora. Quero vê-la!

Eu também quero te vê. Pensei ansiosa para vê-lo. Lindo e glorioso, como sua forma de lobo, posso imaginar.

Verá! Dei meia-volta, já sentindo a dor do simples metros de distância. Podia sentir a tensão dos meus irmãos e principalmente de Thales, que estava pasmo e não conseguia assimilar, porém entendia muito bem o que acontecia ali.

Minhas irmãs estavam chocadas, porém felizes. Deborah, apenas acenou com a cabeça, mesmo assim não podíamos ignorar que era algo muito além da realidade, muito além do que acreditei.

Nunca me vi sofrendo imprinting, ainda mais em Forks. Tinha a plena consciência de que ele sentia o mesmo do que eu sentia, ele estava tendo a mesma sensação que eu estava tendo. Sabia do amor que ele sentia por mim, sabia disso... Mas, será que aquilo era uma obrigação imposta a ele pelo imprinting?

Será que mesmo sem o bendito imprinting ele ainda me amaria?

Transformei-me de volta a forma humana e rapidamente vesti meu vestido bege e não me importei de estar descalça, sai correndo para a campina. Assim, que cheguei, o encontrei já na forma humana com um lindo sorriso no rosto.

Aquele homem, gloriosamente alto e musculoso, estava sem camiseta, e possuía uma tábua de lavar por robustos abdominais, pele tão avermelhada que parecia cobre líquido sobre aço, e rosto de menino, que ao mesmo tempo, evidenciava os traços fortes e marcados de um homem.

Ele continha o brilho, que podia jurar estar também em meu olhar. Mordi o lábio inferior nervosa com a sensação de arrepio que seu olhar me provocava. Apertei o passo em sua direção e logo percebi que todos, tanto do seu bando, quanto do meu bando e do bando de meu irmão haviam se transformado de volta.

Alguns nos olhavam apreensivos, como o meu irmão; outros apenas sorriam como se fosse à coisa mais normal do mundo; outros apenas analisavam curiosos e uns céticos, como a Loira vampira.

Antes que eu percebesse, já estava a sua frente, a alguns centímetros um do outro. Ficamos nos encarando por um breve tempo, tentando marcar todos os detalhes em nossa mente e, então um sorriso bobo surgiu em nossos rostos, sem querer.

Eu nunca sorri para um estranho, nunca fiz isso, sempre me reprimia a não fazer tal ato bobo. Desde pequena jamais acreditei no amor. Acreditava que as pessoas usavam o amor como um tipo de desculpa para fazer o ridículo.

Humilha-me, mas vou ficar com ele porque o amo. Trai-me com outra, mas vou ficar com ele porque o amo. Rouba-me até os meus últimos fios de meu cabelo, mas não vou pressioná-lo porque o amo. Quantas vezes tinha ouvido isso e xingado a pessoa?

Milésimas vezes e foi por essa razão que sempre me reprimia a qualquer faísca de sentimento que sempre levava ao amor. O amor que eu sinto pelos meus pais, meus irmãos, pelo Thales e pelo meu povo é algo diferente, do que me refiro... É uma coisa totalmente diferente, era um amor indolor, um amor que dificilmente acabaria.

Logan foi o fingimento mais imbecil que eu fiz na vida. Todos pensavam que éramos apaixonados, por outro lado, aquele idiota me dava nojo. Todas as vezes que saia com ele, tinha que agüentar duas horas com ele falando de si próprio. Afff, eu nunca o quis, eu só fiquei com ele por pressão de todos. Mas, a verdade é que ele e eu nunca nos gostamos, nem como amigos, nem como pessoas.

Na verdade, não o considero uma pessoa de verdade.

Apaixonar por alguém, pra mim era como se tivessem me imposto a comer cacos de vidros. Sabia que me machucaria, que sairia magoada, que raramente aquela pessoa me faria feliz... Pois, ela não era quem a minha alma estava guardada, ela não pertencia ao meu coração.

Agora, eu vejo que nesses anos todos estava me guardando pra ele. Estava esperando por ele, meu bendito imprinting, meu amado lobo, minha vida. Sempre ouvi essa frase, mas agora parecia que ela fazia muito mais sentido.

Se ele estiver bem e feliz, eu também estarei. Pois, agora “ele” era minha terna existência.

Sem ele, resta minha tristeza. Acrescentei mentalmente, desejando dizer em voz alta para que ele saiba o quanto me pertence. Senti sua mão na minha e a tão louca corrente elétrica passou por todo meu corpo, estremecendo-o.

Esqueceu-se de respirar. Perigo, avisou minha mente. Seus cabelos desgrenhados e pretos caíam em um emaranhado úmido, como se acabasse de sair da água, emoldurando suas feições que eram terrivelmente hipnotizantes. Seus olhos eram de um negro misterioso que mesclava com sua pele, tão intensos e distantes que me senti sozinha ali, só com ele me olhando.

Noção e razão naqueles olhos, elas se mantinham únicas e irreverentes, o pares de negror eram tão eroticamente sedutores que senti a atração de seu olhar até os ossos.

Os olhos estavam fixos em mim como o próprio corvo quase pra me devorar, uma admiração e uma intensidade nunca vista antes emanavam deles, eu sentia-me puxada de encontro ao seu definido peitoral. Mas, me continha firme e forte no chão, tentando não me induzir a pensar em seus lábios, tão cheios e tentadores.

 O seu belo e esculpido pelos deuses, corpo estava a centímetros de mim, queria me agarrar a ele, porém iria parecer uma tarada. Detalhe: estava sem camisa e com apenas uma bermuda jeans e, um tênis. Em seu braço forte e musculoso tinha uma tatuagem Quileute. Eu já havia visto aquela tatuagem, só não me lembro onde  

Ele arrastou sua mão de encontro ao meu rosto, o alisando e fazendo com que sentisse um frio no estomago, arrepiando a minha pele. Ele sorriu de lado e senti todas as minhas razões e a noção do mundo demolir. Ele só pode querer me matar.

Não falamos nada o tempo todo, só admirando o outro, como se fosse o último dia de nossas vidas. Então, meu irmão decidiu quebrar o constrangedor silêncio que se fazia entre os bandos.

- Viemos aqui tratar do acordo... – disse alternando o olhar sério entre o alfa do bando de La Push, Jacob e os vampiros. – E acho que devo explicações a vocês.

- Sim. – Jacob se aproximou acompanhado de outro homem, cuja expressão não era das boas. – Mas...

- O que querem aqui? – o homem perguntou ríspido e seu olhar emanava preocupação. Meu amor, como era bom chamá-lo assim, me abraçou de lado protetoramente ao vê a tensão se firmar ali.

- Sam! Por favor, tenha um pouco de bom senso. - Jacob lhe repreendeu, porém Sam apenas o olhou e voltou-se ao meu irmão, exigindo uma boa explicação.

- Bom, viemos de Brownsville e estamos aqui por vários motivos. – Thales, meu irmão, começou cauteloso, como prometera ao meu pai, tomando cuidado com as palavras. – Porém, o principal não sou eu que vou lhes explicar, meu pai será a pessoa mais certa a esclarecê-lo.

- Certo, conversaremos com o seu pai. – concordou Jacob, um pouco receoso. – Mas, posso saber dos outros motivos?

- Na verdade, estávamos de férias e por uma boa causa, foi interrompida. – meu irmão respirou fundo, ele não estava muito contente com a idéia de vampiros ali próximo. – Então, viemos pra cá junto com nossa família. Mas, não imaginávamos que havia mais uma matilha aqui e nem... – Thales lançou um olhar nervoso aos vampiros. – Vampiros.

Jacob e Sam ficaram analisando-nos, como se ponderasse a idéia. Trocaram olhares, como se decidissem em não acreditar e acreditar. Por fim, voltaram-se ao meu irmão, onde Ian e Deborah estavam ao lado.

- Onde está seu pai? – perguntou Sam ainda desconfiado, sua postura atenciosa e preocupada. – Queremos falar com ele, imediatamente.

- Como queira. – Thales disse, então olhou para a família de vampiros ali. – Por favor, não viemos aqui em intenção de prejudicá-los. Não arranjaremos problemas, que poderão expor o que são. – voltou-se a Jacob e seu bando. – Isso vale pra vocês também.

- Confio em sua palavra. – disse, um vampiro de cabelo em um tom estranhamente acobreado deu um passo à frente. – No entanto, que fiquem do seu lado do território.

- E que não nos comprometa com nada, a responsabilidade dos seus bandos é toda de vocês. – Acrescentou Jacob, me olhando e olhando pro meu irmão, sério e autoritário. De alguma forma aquilo pesou em mim. – O deixaremos ficar se prometerem isso...

- Sim, prometemos. – respondi por todos. Jacob sorriu satisfeito e meu irmão suspirou aliviado. Estava feliz por ter a permissão de ficar, pois não suportaria ter de ficar longe daqui e dele, aliviada por ter entrado em um acordo civilizado com os lobos e vampiros, ao contrário do que pensava, eles não nos expulsava, desde que façamos nossa parte no acordo.

- E qual é a parte de vocês no acordo? – perguntou Ian para o grupo de vampiros. Um vampiro loiro, com o olhar calmo e com um sorriso singelo no rosto se aproximou, acompanhado de outra vampira de sorriso de fada.

- Ficaremos longe de seu território, não nos interferiremos em suas decisões e assuntos, ou até em sua alimentação. – disse em uma voz pacifista, então a vampira se interpôs.

- Porém, são bem vindos em nossa casa... – disse em uma voz alegre, que parecia verdadeira. Seus olhos, estranhamente, dourados me fitaram animados, esperando que eu aceitasse. -Quando necessário, claro! – o vampiro de cabelos bronze e os demais a encararam espantados.

Senti meu irmão franzi o nariz, juntamente com todos do seu bando e do meu bando, em desagrado. Até eu, se não tivesse tão feliz como hoje, teria feito a mesma expressão, não é muito agradável freqüentar o mesmo lugar de um vampiro, imagine a casa dele, mesmo assim ela estava sendo tão educada.

- Seria um prazer. – respondi sincera, meus irmãos e irmãs me olharam perplexos, assustados com minha decisão, mas não falaram nada. Além do que seria uma experiência muito interessante. Afinal, eles não são vampiros normais, pelo visto.

- Exato. – como se lesse meus pensamentos, o vampiro de cabelo cor de cobre, disse sorrindo. – Somos vampiros, mas não somos normais.

- Você é um telepata? – ainda estava abraçada ao meu amor, então me encolhi nos seus braços, que me apertaram mais a si.

- Sim. – Ele riu e respondeu assentindo. Existiam lendas de vampiros assim, que possuíam poderes, já havia lutado com muitos do mesmo gênero, porém nunca tinha me deparado com um leitor de mentes.

- Então, seus olhos são assim por causa de seus poderes? – Jodie perguntou, e o bando todo já parecia mais relaxado e mais interessado em saber dos curiosos vampiros.

Eles riram juntamente com os lobos de La Push, como se fosse a coisa mais estúpida que alguém ousou perguntar.

- Não. – disse o vampiro loiro pacifista. – Nossos olhos são assim por causa de nossa alimentação. Não nos alimentos de sangue humano... – pausou e sorriu como se tivesse orgulho daquilo. – E sim, de sangue de animal. Por conseqüência disso e ao passar dos anos, nossos olhos ficaram assim, âmbar.

Fiquei em choque. Nunca havia visto e nem sequer imaginado em uma coisa dessas. Vampiros que se alimentam apenas de sangue animal? Parece surreal, mas era a mais pura das realidades. Então, é por isso que os lobos não os expulsaram e nem os mataram. Por que, simplesmente, eles são diferentes de todos os vampiros que existem.

De relance, vi todos no mesmo transe que eu, porém despertaram de forma súbita e instantânea.

- Então, são tipo... Vegetarianos? – perguntou Deborah, ainda tentando acreditar.

- Sim. – o cabelo acobreado disse e sorriu. Então, como se tivessem lhe dado um choque, o vampiro loiro disse:

- Ainda não nos apresentei, eu sou Carlisle Cullen. – ele devia ter notado nossa desconfiança ainda em relação a eles, pois evitou estender a mão. - E esses são meus filhos, Edward. – apontou para o vampiro de cabelo cobre. – Alice. – para a fadinha. – Jasper. – para um vampiro loiro calado e sério. – Bella. – para uma vampira de longos cabelos castanhos escuros. – Rosálie. – para a Loira vampira. – Emmett. – para um grandalhão com um sorriso bobo. – essa é minha neta, Renesmee. – apontou para uma linda garota de cabelos do mesmo tom de Edward e de olhos chocolates. – E essa é a minha esposa, Esme. – por último, abraçando uma vampira de sorriso doce e um olhar cheio de carinho, como um olhar de mãe.

- Eu sou Thales O’shea. – pela primeira vez meu irmão abriu um sorriso, sem o mínimo de tensão. – E esse é o meu bando, Ian, meu beta; Gregory, Nigel, Vinny e Dave. – apresentou os meninos que apenas acenaram com a cabeça.

Carlisle sorriu, como todos de sua família.

- E eu sou Celeste. – eu disse ainda nos braços de meu amor, que sorriu quando mencionei o meu nome. – E essas são Deborah, Ashley, Jodie, Diana e Natalie.

- Todas lobas? – Sam perguntou em um tom alto e perplexo, parecendo impressionado. Na verdade, todos do seu bando pareceram espantados.

- Sim, por quê? – Diana disse sarcástica. – Não vai me dizer que no seu bando não tem lobas?

- Sim, mas... – ele não falou mais nada, parecia atordoado.

- No nosso bando, tem apenas uma loba. – Jacob respondeu por ele e balançou a cabeça, aquilo chocou todos nós. Uma loba? Devia ser triste pra ela. – não é comum por aqui lobas, sempre pensamos que Leah fosse à única em toda história.

- Também, nunca vimos uma loba alfa e nem o imprinting entre dois lobos. – comentou um lobo, que me olhava abraçada com meu amor. Pra mim, aquilo não fora surpresa. Já havia presenciado o imprinting entre dois lobos, sentido na mente de minha beta, é algo muito mais intenso e único. Ambos coagindo com a mesma sensação, entrelaçado em um compromisso eterno um com o outro.

Agora, me vejo com a mesma sensação com o meu lobo. Somente eu e ele.

- Sempre há uma primeira vez pra tudo isso. – meu irmão disse pensativo. – Ainda assim, existe outro bando...

- OUTRO BANDO? – exclamaram Jacob e Sam juntos, em uníssono.

- É, elas faziam parte do meu bando – comecei um pouco desanimada. Não queria tocar no assunto “Anne”. Elas me preocupam demais, apesar de tudo. O que eu mais queria era curtir meu momento junto de meu bem, mas será possível trazê-las de volta? Eu tenho que tentar.

- O que aconteceu? – perguntou um lobo, que mais se parecia com o Dave.

- Elas se irritaram, porque não queriam vir para cá. – Deborah veio ao meu socorro, vendo meu incomodo. – Então, a ex-beta resolveu renunciar a Celeste e ficar, uma parte do bando foi junto com ela e nós ficamos. É uma história muito doida e comprida.

- Hmmm. – foi só o que Jacob disse, depois de troca um longo olhar com Sam, falou. – Se não se importam, queremos falar com o seu pai.

- Agora? – meu irmão perguntou.

- Sim. – assentiram, então concordamos. Os Cullen resolveram ir para casa, já que para eles dali pra frente, já não era assunto deles. Mesmo assim, queriam informações caso fosse preciso.

Depois que eles se foram, partimos em direção a mansão, guiando o bando de Jacob. Já era inicio da noite, apenas no céu estrelado havia uma pequena faixa do que fora um lindo por do sol. O que resta, é que o bando de Jacob nos escute e que entendam os mínimos detalhes. Nós dependíamos deles, como eu dependia do meu amor.

Olhei de relance pra ele, em sua gloriosa forma de lobo, que corria ao meu lado. Sorri, finalmente encontrei o meu sentido de viver.


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Notas finais do capítulo

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