A Vida e as Mentiras de Albus Potter escrita por Elena
Albus Potter, apesar de ser um sonserino, era um péssimo mentiroso, cheio de desculpas esfarrapadas, Scorpius sabia disso melhor do qualquer um.
Por exemplo, na primeira briga deles - porque Albus tinha perdido a pena de sorte do amigo - a desculpa do moreno foi a de um trasgo da montanha tinha entrado nas masmorras da Sonserina e comido a pena de Scorpius.
Tudo bem que Albus sempre fora um menino muito imaginativo e só tinha onze anos naquela época, mas Scorpius sempre se perguntou o que o fez acreditar que aquela estória colaria.
Outra vez, Albus - que tinha tacado fogo no dever de poções, o qual Scorpius gastava uma semana fazendo-o - dissera que cupins mágicos comedores de papéis - muito raros e somente encontrados na Patagônia, ele fez questão de frisar - atacaram o dever do loiro. Não só isso, tinham atacado o dever dele também!
A pior parte não foi ouvir Albus contando essa estória: foi ouvir Albus contando essa estória para o professor de poções, na frente da sala toda, enquanto tremia e balança os cabelos.
Ah, claros, os pequenos sinais de que ele estava mentindo também eram sensacionais - não tanto quanto as estórias em si, mas ainda sim, sensacionais. Albus tremia mais do que um brotinho de salgueiro e passava as mãos nos cabelos - que, no fim, pareciam o resultado do acasalamento de dois porcos-espinhos - descontroladamente.
Scorpius não sabia se achava as esquisitices do amigo adoráveis ou pra lá de bizarras. Porém, nada era mais bizarro do que acordar com o corpo de Albus Severus Potter colado ao seu, enquanto senti os lábios dele em sua boca.
Ao ver que o amigo estava acordado - já que Scorpius fez questão de apertar as nádegas do moreno -, Albus pulou para fora da cama de susto.
Não demorou muito para que ele começasse a tremer e a passar as mãos pelos cabelos.
Scorpius estava particularmente interessado em saber qual seria a estória dessa vez.
"ALBUS, O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTAVA FAZENDO?" Disse Scorpius com uma falsa expressão de irritação. Ele não estava nem um pouco irritado - na verdade, estava bem feliz, obrigado; há meses ele esperava que o outro deixasse de ser tão lerdo e palerma e tomasse alguma atitude -, contudo, Albus sempre surtava em momento de pressão, criando as estórias mais bizarras do mundo.
Certa vez, quando Scorpius, sem querer, abriu as cortinas da cama do amigo e o viu "cuidando do assunto", como ele colou mais tarde, Albus disse que aquilo não era aquilo e sim uma tentativa de salvar a própria vida já que mandrágoras haviam mordido-o e a enfermeira dissera que ele precisava drenar o veneno de qualquer forma. De qualquer forma, foi o que ele frisou até o fim do dia. Eles tinham apenas treze anos e Scorpius, tão envergonhado quanto o amigo, apensas saiu fechando a cortina, sem dizer mais nada.
Claro que, com o passar do tempo, Scorpius passou a se referir aos banhos longos do amigo como "drenagem de veneno de mandrágora".
Por isso Scorpius estava particularmente interessado em saber qual seria a explicação - mentira - que o outro criaria. Ele não tinha mais treze anos e certamente não se sentia envergonhado pela situação.
O mesmo não poderia ser dito sobre Albus.
"Você estava morrendo Scorpius! Mosquitos aliens assassinos atacaram você durante a noite! Você vai ver que sua boca está toda inchada porque foi onde eles te picaram!EUESTAVASALVANDOATUAVIDA!"
Scorpius quis rir, quis rir muito - por Merlin, Albus nunca tinha ficado tão vermelho!-, contudo, manteve sua posse de falsa irritação por mais um tempo.
Realmente, a situação toda era muito divertida.
"E como você sabe disso Albus?"
"Porque eu vi, no meio na noite, os mosquitos se aproximando!"
E então se seguiram alguns minutos de silêncio, nos quais Albus continuava a fazer de seu cabelo uma bagunça ainda maior e Scorpius, por sua vez, o olhava irritado.
Até que o moreno não aquentou mais a situação e gritou que ia tomar banho e que Scorpius deveria ser eternamente grato a ele. Ao ouvir o barulho da porta fechando, Scorpius gritou:
"NÃO DEIXE DE SUGAR BEM O VENENO DAS MANDRÁGORAS!"
Realmente, Albus era adorável.
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reviwes?