No dia seguinte, saímos bem cedo. Teria que aguentar 6 dias!..Ou, dar uma boa desculpa para ir embora antes.

4 dias depois..

 Ainda faltavam 2 dias. Os minutos, pareciam uma eternidade. E o pior de tudo, é que eu era a única que não estava se divertindo. Estava pensativa, sentada numa rocha, até que tive uma idéia..

- Lupi?- A chamei. Ela veio se sentar ao meu lado.- Você está com o seu cartão de crédito novo aí?- Perguntei inocentemente.

- Talvez..- Disse receosa. A encarei com a sobrancelha arqueada.- Tudo bem.. Sim, está aqui! Por que?

- Estava pensando..Já estamos saciadas e a festa já é depois de amanhã.- Ela assentia.- O que acha de irmos embora, e fazermos umas comprinhas?!- Perguntei animada.

- Sério?- Ela sorriu largo.- Então tá, vamos chamar Sarah e Renée e ir de uma vez!- Disse se levantando.

  Agora, estávamos eu, Lupi, Sarah e Renée a caminho de Forks. Os outros viriam no dia da festa. Combinamos de comprar as roupas deles. Fomos em casa, tomamos um banho rápido e partimos para Port Angeles. Chegando lá, entramos na melhor loja que encontramos.

- Essa loja, é a melhorzinha.- Sarah disse revirando os olhos.- Boa sorte!- Ela sorriu.

 E começamos a busca pelo vestido “perfeito”..

 Tiramos centenas de fotos, com as combinações mais bizarras! Após horas de provas, finalmente encontramos. Eram na altura dos joelhos, o de Renée era o único longo. Experimentamos e depois de comprarmos a roupa dos homens, sapatos, bolsas, brincos, etc. Saímos das lojas cheias de sacolas, rindo e tirando fotos e mais fotos. Todos nos acompanhavam com os olhos, admirados!

  Quando chegamos em casa, subi para o meu quarto com algumas sacolas, as jogando em cima da cama. Respirei fundo e comecei a preparar algumas coisas, para o grande dia.

 Os meninos chegaram no dia seguinte com Charlie. Aprovaram nossas escolhas de terno e ficaram boquiabertos com nossos vestidos. Afinal, eles eram muito bonitos para serem encontrados em Forks!

 No dia seguinte..

 Estava nervosa. Ainda eram 07:10 da manhã, e a festa seria às 20:30, mas eu não coseguia conter o nervosismo. Quando deu 18:00, comecei a fazer uma super produção. Cuidei das unhas, do rosto e a parte mais difícil, o cabelo! Estava impecávelmente liso. O deixei solto e com ondas. Terminei faltando 30 minutos. Coloquei rapidamente o vestido e todos os acessórios e desci. Quando mal pisei na sala, a campainha tocou. Senti minhas pernas bambas e abri a porta. Edward estava mais perfeito do que de costume.

- Boa noite.- Ele me avaliou da cabeça aos pés e arregalou os olhos.- Você está perfeita!- Sorriu torto.

- Boa noite.- Ah, a noite já estava sendo ótima!- Obrigada! Você também está.- Sorri tímidamente.

- Vamos?- Ele perguntou estendendo a mão para mim.

- Claro.- A peguei sentindo um formigamento ao toque.

 Era a primeira vez que eu entrava no carro dele. Era muito confortável, e bonito. Tanto por fora quanto por dentro. “ Igual ao dono.” Pensei distraída. Fomos em silêncio o caminho todo. Álgumas vezes o pegava me fitando, outras, ele me pegava. Ao chegarmos na festa. Entramos num grande salão juntos, e obviamente, TODOS os olhares focalizaram a nossa presença. Notei que Tanya estava ali, então segurei sua mão, entrelaçando nossos dedos. Ele sorriu torto e me guiou até a mesa, onde estavam as nossas famílias. Eles trocaram olhares e sorriram para nós maliciosamente.

 De repente, começou uma música agitada e eu o puxei até o meio da pista. Eu dançava até o chão, provocando-o. Até que a música mudou para um tango, e ele me puxou para mais perto. Meu corpo se chocou contra o dele, e ficamos na pista durante umas 5 músicas! Demos uma pausa e voltamos para a mesa, que agora se encontrava vazia, pois todos estavam dançando.

  Eu estava rindo à toa. Tanya nos olhava com raiva. Se fosse possível, seu cabelo já estaria completamente vermelho. Gargalhei com o pensamento, e Edward me fitou confuso.

- Quer voltar?- Ele perguntou sorrindo, apontando para a pista de dança.

- Vamos lá!

 Acho que havíamos voltado na hora errada. Estava começando uma música romântica. Respirei fundo, e ele pegou minha mão, me puxando, colando meu corpo no dele. Mesmo constrangida, envolvi seu pescoço com os meu braços e comecei a dançar tranquilamente. Seu rosto estava a centímetros do meu. Por muito pouco, eu não peguei seu rosto e tomei seus lábios num beijo cheio de desejo. Suas mãos estavam em minha cintura. Ele levou uma delas até a maçã do meu rosto e a afagou.

- Lembra, quando você me perguntou, o que eu escolheria se pudesse escolher entre morrer e me transformar?- Ele perguntou sorrindo.

- Lembro.- Respondi confusa.

- Morrer, significaria que eu não iria te conhecer, então, com certeza eu iria escolher a transformação!- Ele sussurrou em meu ouvido. O que ele estava falando?!- Desde que eu te conheci, não consigo te tirar da minha cabeça. Desde aquele primeiro dia.- Ele olhou em  meus olhos.

- Edward..Você bebeu?- Perguntei séria. Ele balançou a cabeça negativamente e riu. Respirei fundo.- Também não consigo te tirar da cabeça. Eu podia ter te odiado naquele primeiro dia, mas.. depois que eu te conheci melhor..- Disse desviando o olhar do dele.

- Eu sabia!- Ele disse rindo.

- Sabia o que?- Perguntei.

- Sabia que iria deixar de ser teimosa.- Sorriu torto e me puxou colando seus lábios nos meus.

  Subi uma de minhas mãos para o seu rosto, e fui subindo com a outra por seu peito. Ele prendeu os dedos em meu cabelol, tornando o beijo mais urgente. Esqueci aonde estávamos e aprofundei ainda mais o beijo, explorando cada canto de sua boca. Havia passado muito tempo resistindo ao desejo, que era sentir seus lábios macios e quentes nos meus. Parei, quando não conseguia mais ouvir a música.

 Todos nos olhavam chocados.TODOS! Puxei Edward até a mesa, sem olhá-lo. Não conseguia encará-lo depois do beijo. Sentei nervosa e Edward me olhou divertido. Ele se aproximou, acariciando meu rosto, e me beijou novamente. Ouvi passos e avistei Tanya, se aproximando enfurecida. Ela veio sorriu falsamente e jogou refrigerante no meu rosto, e saiu do salão.

  Sebti meu rosto esquentar. Muito. Era a raiva! A segui enfurecida, e quando cheguei bem perto dela e dei um tapa com uma força, que poderia arrancar a cabeça de um humano. Ela andou para trás, tonta.

- Você está maluca?! Quem você pensa que é?!- Perguntei cuspindo veneno nas palavras.

- Eu não sou maluca. Sou Tanya Denali, e você é filha adotiva daquele vampiro.. Qual é mesmo, o nome dele?- Ela pensou.- Charlie Swan. Vocês dois são repugnantes.

- Já pode se despedir dos seus dentes!- Johhny disse aparecendo com a miinha família e os Cullens.

- Retire o que você disse!- Eu disse trincando meus dentes e fechando minhas mãos em punhos.

- Não! Vocês são mesmo.

- Não precisa retirar o que disse sobre mim. Mas, eu exijo que retire aquilo que falou do meu pai!

- Quem é você, para exigir alguma coisa?- Ela perguntou rindo.

 Não me controlei, e voei em seu pescoço. Toda vez que ela atacava, eu desviava. Mas eu conseguia acertá-la em cheio. Bati muito nela! Soquei, empurrei, chutei, etc.. Até que eu senti ser segurada.

- Bella, por favor, se acalme.- Edward disse segurando meus ombros.

- Você ouviu o que ela disse?- Perguntei retóricamente.

- Ouvi. Mas, por sua família, se acalme.

- A gente não se importa não. Pode continuar Bella!- Lupi disse rindo.

- O que está acontecendo aqui?- Charlie apareceu com Renée.- Bella, vamos.- Ele começou a me puxar.

- Não se lembra de mim? Disse para a sua filhinha, agora vou dizer para você.- Tanya disse.- Vocês todos são repugnantes!- Olhou para a minha família.

- Eu acho melhor, você calar a sua boca. Vadia!- Lupi disse tentando atacá-la, mas Johnny a segurou.

- Você é uma sem noção. Não nos conhece, não sabe do que somos capazes.- Sarah a ameaçou friamente.

- Vamos nos acalmar.- Carlisle disse tranquilamente.- Tanya, pare!- Ele olhou irritado para ela.

- Edward, me deixe passar.- Disse tentando ir até aquela..

- Não posso.- Ele disse ficando na frente da Tanya. Ele estava protegendo-a.

- A está defendendo?-Perguntei.- Então, está contra mim.- Eu disse friamente para ele.

  Havia demorado tanto, para que eu pudesse enxergar o amor que eu sentia por ele. E o que ele faz? Protege aquela loura oxigenada. Fui a pé com ódio até em casa. Os outros só viriam depois. Fui até a porta e vi uma rosa roxa e um bilhete. Os peguei confusa. No bilhete dizia..

“ Estou realmente muito impressionado, que esteja viva. Se você ainda não souber quem eu sou, aí vai uma dica. Em Montana, você me rejeitou, e eu quebrei os seus ossos e triturei alguns dos seus órgãos. Obviamente, você já sabe quem é agora, certo?

 Deixe-me apresentar. Meu nome é Christopher, ou se preferir Chris. A imortalidade lhe caiu muito bem. Quando te vi, não acreditei que era você. Estava quase morta naquela noite!

 Preste atenção. Posso não ter conseguido te matar antes, mas isso não significa que eu desisti. Foi por isso que lhe mandei essa rosa roxa. Vai ser a rosa que ficará sobre o seu corpo sem vida. Até qualquer hora.”

 Olhei assustada para a rosa. Depois de tantos anos, eu iria matar aquele desgraçado. Precisava me “preparar”. As únicas coisas que eu sabia sobre ele, eram que ele não é vegetariano, portanto, é mais forte que eu. E que ele é covarde e cruel.Precisava treinar. Mesmo sendo vegetariana, eu iria acabar com ele rapidamente..