Hte - o Mágico de Carlisloz escrita por julyte


Capítulo 1
Capítulo 1




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Lembro que aquele dia foi um dos meus dias preferidos na casa dos Cullen.

Sabem por quê? Primeiro, porque é Friday, Friday, dia de fun, fun, fun, fun!!!

Segundo porque Edward e Bella haviam viajado e, depois que eu prometi ficar longe das bonecas que Nessie ganhou no Natal e não mostrar absolutamente NADA, eles concordaram em me deixar responsável por ela se a família ficasse responsável por... Bem, por mim. O que eles não sabiam (e graças a Deus eles não são Alice) é que a família não cumpriria o trato.

Rose estava no shopping com Alice, Esme e Jazz. Sim, Jasper foi ao shopping. Nem quero saber o que ele foi fazer lá. Mas ele não queria ficar em casa, e ir para o hospital com Carlisle parecia uma idéia bem estúpida... Há banco de sangue lá...

O cão estava em La Push. É temporada de vacina contra a raiva na aldeia, eu suponho. Mas é sempre importante cuidar dos bichinhos de estimação, mesmo sendo fedorentos e encrenqueiros. Vacinem seus cães, monstrinhos. E dêem amor e carinho... Mas não como a Rose faz com Jacob... Se não a Sociedade Protetora dos Animais vai te pegar! Nessie não denunciou até hoje por amor à tia.

Mas voltando à Nessie, eu estava tomando conta dela. E como um tio que deixa a sobrinha expressar sua genialidade, deixei que ela brincasse com minha bazuca enquanto esperava a hora do jantar. Mas como ela é apenas uma criança, derrubou apenas duas árvores, três pedras e deu um belo susto no garoto Newton, que depois da desculpa que os Cullen tinham de acampar, começou a fazer trilha também.

- Tio Emmett, tio Emmett. Você precisava ver o que eu fiz com a barraca daquele garoto. Ele deu um gritinho de menina e – a minha monstrinha preferida adentrou a sala enquanto eu estava sentado assistindo um dos filmes que eu mais gostava. No instante em que visualizou a cena da jovem garota batendo seus sapatinhos de rubi, Nessie paralisou e ficou com um ar maravilhado. – Que bonita, quem é ela, titio?

- É Dorothy Gale, do Kansas. – eu disse, enquanto tirava o DVD do aparelho. – Nunca assistiu ao mágico de Oz?

- Bom, não. Normalmente papai não gosta quando assisto aos filmes infantis, pois eles podem retardar meu intelecto e eu posso ficar igual a... bem... a você! – ela disse. Não entendi exatamente o que ela quis dizer com aquilo, mas não acho que tenha sido nada demais. Será? – Mas bem que você poderia me contar, não é?

- Claro. Te contarei a história do Mágico de O... hã, CarlislOz? – eu perguntei.

- Acho que você já me contou essa... – ela disse franzindo a testa.

- Não, eu contei da Garotinha de chapéu vermelho e que... – eu disse, mas ela interrompeu, dizendo que lembrava. – Bom, então vamos lá.

“Era uma vez uma garotinha que ficava muito bem de azul, mas que vivia num lugar em preto e branco e isso não ressaltava o seu vestido, chamada Dorobella... Dorobella vivia com seu pai em uma fazenda no Forkansas. Um dia, revoltada porque seu pai a tratava como uma criança e não queria deixar um hipotético namorado vampiro dormisse em seu quarto, Dorobella pegou seu cãozinho Totócob e saíram em busca de um lugar novo para viverem. 

Mas de repente, uma tempestade começou forçando Dorobella a arranjar um abrigo em uma casa abandonada. Daí, eis que surge do meio do nada um furacão e arranca a casa de Dorobella do chão, levando-a para além do arco-íris. Quando a tempestade passou, Dorobella saiu de casa e viu que estava em um lugar diferente... e colorido.

‘Onde será que nós estamos?’ perguntou Dorobella, que ficou surpresa com alguém respondendo.

‘Ma Che coisa, bambina, estamos em CarlislOz... Leia a placa.’  o cãozinho Totócob disse, apontando para a placa bem grande.

 ‘Totócob... você fala? E em italiano? Porque italiano?’ Dorobella perguntou.

‘ Uma piccoli homenagem à Passione, que é muito meglio que Insensato Cuore...’  o cachorro disse. ‘ Sabe, Totó do filme, da novela, um cachorro como io...’

‘Tá, tá, já entendi.’  disse Dorobella, observando atenta ao redor.  Todas as casas eram pequeninas, coloridas, com muitas coisas de grifes enfeitando-as. De dentro delas, saíram coisinhas pequenininhas e serelepes, todas pálidas e com uma vozinha irritante e chata que me irrita quando ela fica dando uma de sabichona e...”

- Por acaso é onde tia Alice entra na história? – Nessie perguntou.

- Han, é... acho que me exaltei um pouco. – Eu disse um pouco constrangido. – O titio não fará mais isso.

“E havia também os outros habitantes, os Jaspers, que eram pequenas criaturas estranhas que viviam se escondendo e ouvindo rock melódico. Mas, pelo ocorrido, eles tiveram um momento de felicidade e comemoravam. A pequena cidade estava em festa. Os pequenos habitantes estavam em êxtase e Dorobella ainda não havia entendido.

‘Com licença, pequenas criaturinhas bem vestidas e criaturas emo. O que vocês estão festejando?’ ela perguntou.

‘ Hoje tem promoção da Gucci!!!’ um deles respondeu.

‘Não, Alice nº 305, amanhã é que é a promoção. Estamos felizes porque essa menina, com esse vestido azul que pode ser melhorado, matou a Bruxa Chata do Leste caindo com sua casa em cima dela...’ um deles respondeu.

‘Pensei que fosse a Bruxa Malvada do Leste.’ Jasper nº 324 disse de algum lugar.

‘Não... Angerosse só é sem sal. Malvada é sua irmã, Jelphaba, a terrível bruxa chata, arrogante, prepotente e malvada do Oeste. ‘ Alice nº 5 disse.

De repente aparece uma coisa verde e feia, de nariz enorme e olhos saltados.

‘ Hahahahahaha.’  ela soltou uma risada malévola...

‘Fiona?’  Dorobella perguntou.

‘Não ouse a me comparar com aquela criatura verde e asquerosa...’  a criatura verde falou.

‘Mas você é verde e asquerosa...’ ela começou a dizer.

‘Cale-se... Onde está a minha irmã?’ Jelphaba perguntou.

‘Ali, esmagada pela casa da menina de azul. ’ Jasper nº 67 disse, apontando para as pernas esticadas debaixo da escada.

Ao ver aquilo, a bruxa ficou transtornada. Olhou para a garota, apontou o dedo na cara dela e gritou:

‘Você... VOCÊ... VOCÊEEEE...’

De repente, entraram várias funkeiras de short, enquanto a bruxa e todos os coadjuvantes dançavam, agachados. ‘Você, você, você, você, você, você, você quer... Você, você, você, você, você, você, você quer... Você.... CHEGA!’ A bruxa gritou, fazendo desaparecer as funkeiras. ‘ Você matou a minha irmã!!! Agora vou fazer pior com você.’

‘Vai cortar os pulsos dela? Corta os meus primeiro?’ Jasper nº 130 gritou, sendo ignorado.

‘Vai fazê-la comprar em grifes desconhecidas? Sem Armani, sem Dolce & Gabanna e sem Valentim/Leclair?’ Alice nº 65 se desesperou.

‘Vai me fazer escutar Rebecca Black?’  Dorobella perguntou.

‘Bem pensado, mas não. Você vai ouvir coisa pior. Uma coisa que ficará em sua cabeça durante anos e anos. Você vai ouvir Khadija falando Inshalá pelo resto da vida!’ a bruxa anunciou

‘NÃO!! Pelo amor de Deus não, nem a atriz que interpretou deve aguentar! Não, olha, não foi minha culpa. Eu não tive a intenção. Ai meu Deus, será que ninguém aqui pode me ajudar?’ 

...

E nada aconteceu.

‘Eu perguntei se ninguém pode me ajudar!’ ela disse novamente. De repente uma grande bolha de sabão veio flutuando no ar e de dentro dela saiu uma mulher de cabelos ondulados com cor de caramelo e olhar bondoso.

‘Vejam, é a Esmelinda!’ Alice nº 37 exclamou.

‘Então... Porque a demora?’ Dorobella perguntou.

‘Não viu a bolha de sabão? Eu estava lavando o banheiro. Alguém tem que manter a casa arrumada.  Mas não se preocupe Dorobella, ela não te fará mal enquanto você estiver usando isso.’ Ela fez um giro com a sua varinha e de repente apareceram sapatinhos de rubi nos pés da nossa heroína.

‘ALL STAR! Sério? Francamente...’ Alice nº23  resmungou.

‘Se fosse de cano alto e preto ia ser mais legal...’ Jasper nº 5 murmurou.

‘Silêncio amiguinhos, por favor.’ Esmelinda disse. ‘Jelphaba, porque você não volta a ser minha amiga? Você não aprendeu nada assistindo Glee? Eles cantaram duas músicas que fazem parte de  Wicked e...’

‘Não me enche o saco me lembrando daquela época que eu ficava cantando em palco, fazendo ponta em musical. ’ Jelphaba esbravejou. ‘Eu vou sair daqui, mas resgatarei os sapatinhos. ’ E numa fumaça verde, ela sumiu.

‘Então, ô fada Bela...’ Dorobella murmurou.

‘É bruxa, querida. A bruxa boa do norte.’ Esmelinda disse.

‘Certo. Como faço pra ir pra casa?’ ela quis saber.

‘Ah, essa é muito fácil!’ Alice nº 1, a sabichona, disse. ‘Você vai seguindo a trilha de tijolos amarelos até CarlislOz, até achar o Mágico de CarlislOz.’

‘O Mágico de CarlislOz?’ Dorobella perguntou.

‘Sim, o Mágico de CarlislOz!’ Esmelinda deu um sorriso sem graça, denunciando que estava caidinha pelo Mágico de CarlislOz.

‘Isso é quase um trava língua. Imagine, repete isso várias vezes: Mágico de CarlislOz, Mágico de CarlislOz, Mágico de Carlis...’ Dorobella falou, mas foi interrompida.

‘Olha você quer ir pra casa ou não? É melhor você ir logo, porque você vai encontrar criaturas estranhas no meio da trilha. Siga a trilha de tijolos amarelos.’ Alice n º 5 disse.

‘E como se escreve, é @trilhadetijolosamarelos?’ Dorobella perguntou.

‘Não ESSE tipo de seguir, menininha.’ Esmelinda disse. ‘É só ir até onde ela acaba... Na cidade de CarlislOz.’

‘Ah, tá! E porque são amarelos?’ Dorobella quis saber.

‘Para combinar com meu Porsche novinho.’ Todas as Alices disseram ao mesmo tempo com seus olhos brilhando de empolgação.

‘Certo... Bem, vou indo. Venha Totócob.’ Dorobella disse ao seu cãozinho fedorento e italiano.

E seguiram estrada afora. Ao avistarem um milharal, eles pararam para descansar depois de horas seguindo pela interminável estrada. Ao chegarem lá, viram um Espantalho.

‘Nossa, que espantalho musculoso, sarado, lindo, forte, de covinhas e...’”

- Sim, ninguém sabe que o Espantalho é você, tio Emmett. – Nessie cruzou os bracinhos e fez a típica cara de sabichona que Alice ensinou a ela.

- Viu só? É unânime. Todos me acham lindo, forte, sarado e... – eu ia terminando, mas sua mãozinha em minha bochecha me mostrou quando Bella me derrotou na queda de braço. – Você se lembra disso?

- Como se tivesse sido ontem. Dá pra continuar? – ela perguntou.  Afirmei que sim e prossegui.

“ Então, o lindo Emmetalho se apresentou para a pequena Dorobella, que confessou estar em busca ao Mágico para que ele pudesse ajudá-la a chegar em casa.

‘Será que pode me ajudar a pensar uma maneira do Mágico me levar pra casa?’ Dorobella pediu.

‘E o que é pensar?’ o Emmetalho perguntou.

‘Ma como no sabe o que é um pensiero, uma cosa que fazemos com nostra cabeça, com um cérebro, bambino?’ Totócob perguntou, para lembrar que ainda está na história.

‘Eu... eu acho que eu não tenho... bem... um cérebro.’ O espantalho disse.

‘Sabe, isso explica muita coisa... E explicaria mais se eu fosse, hipoteticamente, casada com seu irmão e o conhecesse por muito tempo.’ Dorobella disse.

‘Hã?’ o lindo espantalho questionou.

‘Ah, deixa pra lá. Vamos embora que o caminho é longo... Venha conosco, talvez ele te dê um cérebro, te ensine como usá-lo e de brinde você ganhe juízo.’ Dorobella disse, enquanto os três seguiam descendo a estrada.

Então eles andaram por um bom tempo... Quase um dia inteiro. Dorobella já estava impaciente com o espantalho cantarolando uma música que ela considerava infernal.

‘Jingle Bells, Jingle Bells, minha cunhadinha, tropeçou e caiu à nossa portinha...’

‘Será que não dá para parar de cantar essa música?’ ela pediu.

‘Tudo bem...’ ele ficou quieto por dez segundos e então começou a cantar outra música. ‘ Meu amor, essa é última oração pra salvar seu coração, coração não é tão simples quanto pensa...’

‘Ai, cala a boca, cala a boca, cala a bocaaaaa.’ Ela disse para ele, virando-se para onde ele estava. Teve um raciocínio rápido e disse. ‘Já sei... Vamos brincar? Quem ficar mais tempo sem fazer barulho ganha ... o Totócob.’

‘Ma io perque?’ O cachorro perguntou.

‘Fechado.’ O espantalho concordou.

‘Relaxe Totócob, ele ficará em silêncio por algumas horas e falará primeiro.’ Dorobella sussurrou. ‘Está bem, vou contar até 3. É1, 2, 3 e valen...BANG’. Dorobella bateu numa coisa de lata que fez o maior barulho.

‘GANHEI!! O cachorrinho é meu. Ô, mas você é um cachorrinho muito munitinhooooo, ai ti neném mais fofo. Vou te chamar de Alejandro, pois me lembra um amigo que eu tive... Não lembro onde... Mas sei que tive.’ Emmetalho disse.

‘Mas será que dá pra vocês calarem a boca desse estrupício? Parece que não tem cérebro.’ A coisa de lata respondeu.

‘A vidente da historia é a Alice... Como você adivinhou que eu não tenho cérebro?’ Emmetalho perguntou.

‘Foi tão difícil...’ ela respondeu ironicamente.

‘E quem é você?’ ele perguntou.

‘Eu sou a Rose de Lata. E você, ô coisinha estranha, está indo pra onde?’ ela perguntou, referindo-se à Bella.

‘Estamos indo ver o Mágico. Quero voltar para Forkansas com Totócob e meu amigo aqui quer um cérebro.’ Dorobella disse.

‘Espero que faça bom proveito... Sei como não é ter alguma coisa dentro da gente. Eu não tenho coração.’ Ela desabafou.

‘Por isso que é uma bambina mal amada.’ O cachorro disse.

‘Quem aqui é mal amada, pulguento? Eu vou acabar com você e...’ ela se calou ao ver o que Totócob acabara de fazer.  ‘ELE FEZ XIXI NA MINHA PERNA! Seu cretino, agora eu vou te matar e...’

‘Não Rose de lata, não faz isso. Olha, se você quiser, venha conosco e ganhe um coração’. Dorobella.

‘Tá, não tenho nada melhor mesmo... Mas manda ele parar de me olhar assim.’ Ela disse, apontando para o espantalho que aparentemente se apaixonou por ela.

Então eles seguiram pela estrada até chegar a um lugar com uma mata mais escassa, como se fosse uma savana africana. Lá, eles encontraram uma enorme pedra onde estava escrito: A Pedra do Rei.

‘Olha, se não me engano, eu vi um documentário onde tinha uma pedra igual a essa e tinha um leão morando ai...’ Emmetalho disse.

‘Que documentário foi esse, ó ser dotado de intelecto? ’ Rose de lata disse com toda a delicadeza de uma rinoceronte dançando ballet.

‘Não lembro o nome, mas eu sei que tinha uma música assim: A Cullen que maaaaata’. Emmetalho começou a cantarolar.

‘Espero que Glee volte logo de férias, a falta está afetando negativamente o espantalho.’ Dorobella pensou.

De repente, ela o vê. Aquela juba cobre e levemente bagunçada, aquele olhar entediado e o fucinho torto. Sim... Aquele era um leão.

Ele veio caminhando em direção a ela e imediatamente ficou intrigado com a beleza da garota.

‘Então o leão se apaixona pelo...’

‘Ah, já tá bom! Por favor, que coisa mais clichê, até mesmo para um leão.’ Disse Rose de Lata.
 ‘Bom, tecnicamente eu não sou um leão, pois fui enfeitiçado por Jelphaba porque me recusei a ir ao baile de CarlislOz com ela. Não sou fã de verde, prefiro azul. Eu era um vampiro e até que eu beije uma garota que esteja disposta a virar uma vampira, eu vou ficar assim para sempre.’ Ele confidenciou.

‘Bom... eu poderia fazer esse esforcinho se você quisesse.’ Dorobella, se botou para o leãozinho.

‘É que, bem... eu não tenho... Coragem.’ Ele justificou.

‘Mas olha só que coincidência! Estamos indo ver o Mágico. Ele pode te dar coragem assim como um cérebro e um coração aos meus amigos.’ Ela achou uma saída.

‘Mas...’ ele tentou argumentar.

‘Cale a boca. Você vem conosco. E fique quietinho... Espantalho, pode começar a cantoria.’ Ela pediu, afim de abafar qualquer manifesto do leão.

‘Gosto muito de te ver leãozinho, caminhando sob o sol...’ ele começou.

E assim eles seguiram pelo caminho até chegar a uma ponte. Lá eles deram de cara com ninguém menos que Jelphaba. Por trás foram cercados por macaquinhos alados e loiros, pois não conseguimos encaixar o garoto Newton nessa história como um personagem principal.

‘Hahahahaha. Consegui, encurralei todos, ficarei com o leão e o all star de rubi. E ainda disseram que eu levaria a pior. Se isso é tá na pior, porr...’

‘Não fale palavrões para os leitores...’ Dorobella advertiu, sabendo que um lindo vampiro estaria contando a história para a filhinha de uma vampira que tinha alguma semelhança com ela.

‘Desculpe... Mas agora eu vou me vingar...’ E assim ela o fez, tocando fogo no Emmetalho, que é feito de palha.

‘Ai meu Deus... Joga água em mim, que eu to incendiando, joga água em mim que eu tô pegando fogo.’ Emmetalho cantou.

‘Mas até sofrendo essa criatura canta?’ disse Dorobella, impressionada.

Com uma mangueira, tirada de não sei onde, Rose de Lata apagou o fogo do espantalho e ainda jogou água na bruxa.

‘Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao’ Jelphaba gritou.

‘Hã, não era pra você derreter, ô parente do Cascão?’ Rose de Lata disse.

‘Você sabe quanto tempo fiquei na sala de maquiagem fazendo essa maquiagem verde? Agora terei que retocar e quando eu voltar, a historinha vai ter terminado e eu não conseguirei o que eu quero. Droga, Dorobella consegue tudo sempre, é o vampiro, é o sapato, é a atenção de todo mundo... Eu ganhei indicação pro Oscar, ela só faz filmezinho sem graça com elenco de quinta...’ a bruxa saiu resmungando.

Então eles todos atravessaram a ponte e chegaram até a cidade de CarlislOz. Ao chegarem lá eles foram bem recebidos pelo Magnífico Mágico de CarlislOz.

‘Pára, pára tudo. Bem recebidos? Mas o do original se fez de mau para poder manter a ordem e a paz em seu reino.’ Rose de Lata disse.

‘ Minha cara boneca de lata, eu não posso impor que as pessoas sejam do jeito que eu quero que elas sejam. Como eu faço com os meus filhos... Eu os guio e aconselho, mas no final a decisão é deles.’ O Mágico explicou.

‘E olha o resultado... Uma filha shopaholic, um filho com déficit de inteligência, uma psicopata loira mas muito linda, um filho depressivo, outro com necessidade de atenção e agora outra, recém transformada, que tropeça no ar. Mas que família modelo...’ A Rose de Lata disse.

‘Já entendi. Você não tem coração. Eis aqui o seu. Mas em troca você terá que dar seu amor para o ser mais próximo de você.’ O Mágico disse.

E assim ele o fez. Ao receber o coração, a primeira coisa que ela viu foi um espelho. Se apaixonou perdidamente por sua imagem. Refletida no canto estava o espantalho, mas como ele apareceu só um pouquinho, ela deu apenas 10% de seu amor a ele.

‘Agora eu, agora eu, me dá um cérebro, me dá, me dá.’ Emmetalho pediu.

‘Bom... Cérebro está em falta... Pode ser criatividade?’ O Mágico perguntou.

‘Não sei o que é, mas parece legal. O que dá pra fazer com isso?’ Emmetalho perguntou.

‘Dá pra você contar historinhas para sua sobrinha e para os leitores de um site brasileiro de sucesso sobre uma saga de vampiros.’ Ele disse.

‘Hum... Vou ter fãs?’ ele quis saber.

‘Possivelmente.’ O Mágico disse.

‘Mais que Edward?’ seus olhos brilharam.

‘Só pegue sua criatividade, a boneca de lata e vá embora, sim?’ O Mágico disse.

‘Venha Rose de Lata, tenho uma idéia sobre um humano que se apaixona por uma vampira e...’

‘Isso nunca vai vender, seu energúmeno.’ Rose disse.

‘Posso incluir uma vampira mal humorada, não seria má idéia...’ ele refletiu, seguindo de volta pela trilha.

‘Tá, cadê a coragem do leão?’ Dorobella perguntou.

‘Você não quer voltar antes pra casa não?’ O leão perguntou.

‘Não, dá logo essa coragem pra ele me beijar, virarmos vampiros e eu ser feliz para sempre!’ ela pediu ao Mágico. E então ele deu coragem ao leão. ‘Agora me beija.’

‘Não sei se posso fazer isso com você...’ ele disse, mas antes que pudesse pensar, ela tascou um beijo nele, transformando-os em vampiros. ‘Viu só o que você fez, mulher?’ ele resmungou.

‘Vi, agora vamos voltar para Forkansas.’ Ela disse, batendo três vezes o sapato de rubi, indo parar no Forkansas com seu novo namorado vampírico, seu cãozinho italiano que implicava com o ex-leão e vivendo feliz por toda a eternidade.”

- E fim. – eu concluí.

- Obrigada tio Emmett. – ela disse, me dando um beijinho na bochecha.

Ouvimos um barulho na porta e sabíamos que os que haviam ido ao shopping tinham chegado.

- Tia Rose!! Tio Emmett contou um historinha baseada num musical que ele gosta. – ela confidenciou.

- Foi, meu amorzinho? Você gostou da historinha que o titio contou? – Rose perguntou.

- Sim, e agora eu entendo o seu mal humor... Tio Emmett me contou que a Rose de Lata não tinha coração e quando o ganhou se apaixonou somente por ela...

- Ah, foi? Então o titio gosta de musicais? Vamos ver se ele gosta desse! – ela disse, voando pra cima de mim.

Então,  cá estou no telhado... Toda vez que bate um vento eu, que estou vestido de Mary Poppins, pulo do telhado com um guarda-chuva e saio voando por ai cantando Chim Chaminé...

Monstrinhos e Monstrinhas, me despeço de vocês.

Com muito amor, músculos, uma bolsa que cabe tudo e “um pouco de açúcar”
Tio Emmett Poppins.


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