Maldito Dia dos Namorados! escrita por Lumii
Notas iniciais do capítulo
Oi gente!
Nossa, quanto tempo não posto uma fic com um casal hétero -Q
Bom, boa leitura. xD
PS: O que estiver em Itálico é flashback.
Os lábios se tocavam em uma dança que ele preferiria não presenciar. Ele a segurava pela cintura. E as mãos que tanto ansiava segurar estavam emaranhadas nos cabelos castanhos de Inuzuka Kiba.
Mordeu o lábio inferior com força, quase causando um ferimento. Fazia dois anos que voltara à Konoha, mas apenas seis meses desde que saíra da cadeia.
Enquanto estivera enclausurado recebia frequentes visitas do Naruto e da Sakura também. Porém, cerca de dois meses antes de ser liberto, ela simplesmente parara de ir.
Estava sentado olhando para o teto cinza. Deveria estar daquela forma há horas, e só mudara de posição ao ver que o loiro barulhento viera lhe visitar novamente.
– Temeee!
Franzira o cenho diante do grito do garoto.
– Yo Dobe.
E passaram a conversar banalidades. Na realidade Naruto contava-lhe as novidades, tanto da vila quanto das suas missões. Ele apenas ouvia, tecendo comentários provocativos de vez em quando e causando pequenas discussões.
Porém naquele dia, enquanto Naruto discursava, sua mente estava fixa em apenas um nome: Sakura. E por fim, quase no final do horário de visitas, traiu seu orgulho e perguntara por ela:
– Oe Dobe. Cadê a Sakura? Ela nunca mais apareceu.
– Não? – o menino perguntou meio incerto e depois estalou os dedos, como se tivesse se lembrado de algo. – Ah, deve ser por causa do Kiba. Agora que eles tão namorando, fica meio estranho ela vir aqui para te ver. Ele não deve gostar.
– A Sakura tá... Namorando?
Dois meses depois de saber disso, fora liberto. E assim que arranjara um lugar pra ficar, fora atrás dela. Não sabia o porquê, simplesmente fora.
Andava rapidamente em direção à casa da garota. O vento frio bagunçava lhe os cabelos. Ao chegar lá, tocara a campainha. Em apenas alguns segundos ela abria a porta.
– Sasuke-kun?
Sua expressão era de surpresa e ele teve a ligeira impressão dela ter dado um leve sorriso.
– Yo Sakura.
E depois disso apenas se encararam. Ele sem saber o que dizer. Ela, provavelmente, também. Após alguns longos minutos ela pronunciou-se:
– Er... Não quer entrar?
Ele apenas assentiu levemente com a cabeça. A garota aproximou-se, abriu o portão e dando-lhe as costas, entrara em sua casa. O moreno a seguira e assim que entrara, pode ouvi-la fechar a porta.
E novamente ambos ficaram em silêncio. Ele estava sem jeito, ainda não fazia a mínima ideia do que fazia ali. Ela estava constrangida, afinal a situação estava bem estranha.
Depois de certo tempo, que parecia ter durado horas, decidiu por fim perguntar-lhe:
– Porque parou de me visitar?
Ela mordeu o lábio inferior e desviara o olhar. Parecia nervosa.
– Me desculpe, mas o Kiba iria brigar comigo.
Seu sangue subira na hora e ele irritou-se. E sem conseguir segurar-se, deixou por escapar o que pensava:
– Deixou de ver um amigo por causa do seu namoradinho? Não achava divertido o tempo que passávamos juntos?
Ela franziu a sobrancelha, provavelmente estranhando o que falara.
– Claro que achava. Mas eu preferi evitar brigas.
O moreno não conseguiu evitar e acabara por bufar de irritação. E, a contragosto, dissera:
– Senti sua falta.
Ela sorrira e abraçara-lhe. Ele retribuiu e ficaram dessa forma por alguns minutos. Então ela levantou a cabeça e seus rostos acabaram por ficar extremamente próximos. Soltaram-se, mas a distância não aumentara. E ele sentia-se bem assim. Seu coração batia freneticamente, e tanto ele quanto sua razão, pediam-lhe para tomar os lábios rosados à sua frente.
Ele colocou a mão no rosto delicado da garota e fizera um leve carinho. E quando ia vencer a distância entre eles, o barulho de chaves na porta pode ser ouvido e, bruscamente, ela se afastara.
– Sakura, você não... Sasuke?
Kiba encarava-o surpreso, para depois olhar para ela de forma interrogativa.
– Er... Oi Kiba. Sasuke-kun veio aqui me avisar que saíra da cadeia. Mas já estava indo embora.
Sua mão fechou-se em punhos e ele procurou controlar-se o máximo. Porém, não esperou mais nada. Apenas abriu a porta e saiu dali rapidamente.
Depois disso eles viram-se várias vezes. Mesmo porque tornara-se comum, toda sexta-feira, os ninjas que não estivessem em missão reunirem-se em algum lugar para divertirem-se e beberem. Kiba e Sakura sempre estavam presentes, porém ele nunca havia os visto aos beijos. O máximo que ocorria eram selinhos discretos.
Mas hoje vira algo que não gostaria de ver.
– Maldito dia dos namorados!
Saíra de casa um pouco antes do almoço, precisava comprar alguma coisa para comer. Andava calmamente, imerso em pensamentos, até que uma voz chamara sua atenção.
– São lindas Kiba. Obrigada.
Reconhecera a voz no mesmo instante e rapidamente virara em direção a ela. A garota segurava um buquê de rosas vermelhas.
– Feliz dia dos namorados.
Os lábios se tocaram em uma dança que ele preferiria não presenciar. Ele a segurava pela cintura. E as mãos que tanto ansiava segurar estavam emaranhadas nos cabelos castanhos de Inuzuka Kiba.
E agora andava sem rumo, irritado, tentando a todo custo conter a sua raiva. Não sabia o porquê se sentia assim, afinal era mais do que normal a Sakura arranjar um namorado. Mas seu coração parecia não aceitar muito bem isso. Estava doendo e ele sentia uma vontade de fazer algo que já não fazia há um bom tempo: chorar. Esse sentimento estranho e de certa forma opressor era algo novo para o moreno.
– Argh, Sakura. Você é realmente irritante, porque foi namorar justo o Kiba?! Belo namorado, nem sabe que você não gosta de rosas vermelhas!
Ficou estático ao perceber o que falara e o que pensara após concluir a frase. A constatação caíra como um peso, afligindo seu coração. A verdade era que, independente de quem a garota namorasse ele nunca iria gostar. Porque só iria se sentir satisfeito se fosse o único a abraça-la e o único a beijar-lhe os lábios.
– Eu não acredito nisso...
Após alguns minutos pensando, suspirou alto. Ainda não conseguia acreditar que se apaixonara por aquela irritante. E justamente quando ela passara a gostar de outro.
Travava agora uma batalha interna. O seu orgulho pedia, praticamente exigia-lhe, que esquecesse a garota e continuasse sua vida normalmente. Já seu coração suplicava-lhe que o ouvisse, uma vez ao menos, e fosse lutar por ela.
E, por mais que fosse difícil pra si, ele deu meia volta e começou a refazer o caminho por onde viera. Seu orgulho estava ferido, mas a imagem da rosada aos beijos com outro doía mais.
---
Entrara na floricultura do clã Yamanaka às pressas. Correu os olhos pelo local e, não encontrando o que queria, dirigiu-se ao balcão.
– Boa tarde Uchiha.
Quem o atendia era a mãe de Ino. No passado, ela teria o chamado pelo seu primeiro nome, coisa que não acontecia agora.
– Boa tarde Yamanaka-san. Eu quero um buquê com diversas cores de rosas.
A mulher arqueou a sobrancelha diante do pedido inusitado, mas logo o atendera. E assim que pagara pelas flores, rumou rapidamente para a casa dela.
---
Olhava para a casa com certo receio. Estava extremamente ansioso e tinha medo de que alguma coisa pudesse dar errado como, por exemplo, o Kiba estar lá.
Caminhara até o portão e tocara a campainha, para logo em seguida ver a garota abrir a porta.
– Sasuke-kun? – Ela caminhou até o portão e abrira-o. – Aconteceu alguma coisa?
Pode ver que seu olhar pousara no buquê que segurava.
– Aconteceu Sakura. – Respirou fundo. Não sabia muito bem o que dizer à ela. – Eu... Trouxe essas flores pra você.
Viu um sorriso adornar-lhe os lábios.
– Nossa, são muito lindas! Obrigada, mas... Porque você está me dando essas flores? – Seus olhos, que antes brilhavam, agora o encaravam curiosos.
Engoliu em seco.
– Eu... Sakura... – Sua mente parecia vazia, ele simplesmente não sabia como expressar o que sentia. – Eu vi o Kiba te dando rosas vermelhas.
Ela fraziu o cenho, confusa.
– Ah sim, ele me deu aquele buquê de presente. Mas o que tem isso?
O moreno inspirou profundamente, procurando se acalmar.
– E você não gosta de rosas vermelhas. Como seu namorado ele deveria saber.
Ela riu levemente.
– Acho que me esqueci de comentar isso com ele. Mas não tem problema.
Revirou os olhos. Será que só ele via problemas naquilo?
– Claro que tem! Ele tinha a obrigação de saber! Se for dar presente, dê o presente direito! Se você namorasse comigo, as coisas seriam muito diferentes!
Ele sabia que elevara a voz e que fora um tanto rude. Mas a atitude dela o surpreendeu. Ao invés de ofendida ou magoada, ela sorria. Era um sorriso diferente, diria que sagaz.
– Isso foi um pedido Uchiha?
Ele não entendera a pergunta dela no início. Mas ao lembrar-se do que havia dito, sua respiração falhara. Como pôde deixar escapar algo daquela importância tão facilmente?
A garota percebera sua hesitação em responder a pergunta. E mais uma vez sorrira. Dessa vez seu sorriso esboçava pura alegria.
E demonstrando uma coragem que ele não sabia que ela possuía, a rosada aproximou de si e sussurrou eu seu ouvido:
– Foi um pedido Sasuke-kun? – E logo passou a encara-lo, esperando uma resposta.
O ônix encontrou-se com a esmeralda, permanecendo alguns segundos assim. A proximidade era tanta, que as respirações misturavam-se. E ele, num impulso, colou seus lábios. Ficaram apenas nisso, nesse simples encostar de bocas, até ele pedir a passagem que foi logo concedida.
O beijo começara calmo, porém em poucos segundos tornara-se urgente. Ele segurou firme em sua cintura e colou seus corpos. As mãos dela encontraram os cabelos negros. As línguas pareciam travar uma batalha, lutando por quem exploraria mais.
Separaram-se ofegantes. O moreno abraçou-a forte.
– Isso responde a sua pergunta?
Ela sorrira.
– Eu aceito.
Ele também sorriu e, após solta-la, ofereceu sua mão a ela:
– Que tal passarmos esse dia juntos?
A garota aceitou a mão e entrelaçara seus dedos.
Que diferença fazia agora se há algumas horas vira-a aos beijos com outro? Ela agora era sua namorada, de mais ninguém. As mãos que tanto queria junto da sua, agora estavam ali. A única coisa que faltava era que a rosada terminasse com Kiba. Mas isso poderia esperar um pouco.
Olhou para a menina ao seu lado.
– Feliz dia dos namorados Sakura.
Ela sorriu e ele pode ver o brilho em seus olhos. Brilho que com certeza estava presente nos seus também.
Bendito dia dos namorados!
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Yo minna!
Espero que tenham gostado. Eu particularmente não achei tão boa -Q
Bom, se vocês quiserem ver o buquê que o Sasuke deu à Sakura: http://www.artfashionfloricultura.com.br/floricultura-porto-alegre/images/cod-05%20buque%20com%2030%20rosas%20coloridas.jpg?osCsid=e393227b375c0caedfc2ec13b7bf9459
Eu não sei se consegui deixar claro, mas eu tentei fazer um Sasuke que estava em conflito com si mesmo, que não conseguia lidar muito bem com o que sentia... Espero que tenha conseguido -Q
E nossa, realmente fazia um bom tempo que eu não escrevia uma fic sem ter yaoi ;p
Bom, gostaram? *-*
Se sim, se não... elogios ou críticas, reviews please? *-*
Afinal...
" A cada review que você não escreve, um autor morre. "
E feliz dia dos namorados pra vocês. Porque o meu eu passei forever alone ;p
Beeijos :*
@lumii_uchiha