Ikuto se trocou rapidamente. Se havia uma possibilidade de ficar com a Amu ele definitivamente correria atrás dela, e em poucos minutos a moto dobrava a esquina.

O BMW vermelho encostou na frente da casa de Amu, ela desceu e com um sorriso se despediu de Tadase e Mizue. Mizue olhou pelos retrovisores e não viu Ikuto, decidiu ir com Tadase antes que ele chegasse, mas Ikuto deixou a moto próximo à praça e observava de longe, com uma rosa na mão.

Amu entrou em casa, explicou o motivo da demora sem muitos detalhes pra que a sua mãe não pensasse Entrou no corredor abriu a porta do quarto, até ai tudo normal.

Pegou uma muda de roupa e decidiu tomar um banho.

Enquanto isso Ikuto estava parado a porta de Amu decidindo se tocava ou não a campanhia, viu a luz do quarto de Amu acender e apagar, sabia que era o quarto dela porque ouvia Tadase dizer que o quarto da Amu era muito perigoso por conta da varanda que ela costumava deixar aberta, como agora, e era com a vista para a rua.

- Isso pode ser interessante. Ikuto sorriu malicioso.

Ele pulou o muro da casa de Amu e subiu pela jardineira branca apregada a parede, por ser leve e ágil como um gato não teve dificuldades em subir, em poucos minutos estava em cima na varanda, olhou para a rua e casas ao redor para se certificar que nenhum vizinho planejava chamar a policia, pra sua sorte estava deserta. Entrou no quarto, acendeu luz, deu um leve sorriso, o quarto tinha uma decoração calorosa e gentil bem à cara da Amu.

- Yosh! Agora um bilhete, e será perfeito. Ele escreveu um rapidamente, Amu poderia entrar a qualquer momento, pôs em cima da cama dobrado com a rosa em cima, por um momento ele pensou quão  gay e boba essa sua idéia lhe parecia, mas continuou. Ele já ia saindo quando imaginou que aquela era a cama onde Amu sonhava todas as noites, com aquele cheiro..

- Seu travesseiro deve estar impregnado do seu cheiro. Ele se segurou ao máximo mas não resistiu ao ímpeto de cheirar o travesseiro da Amu.

- Bem como imaginei, esse maravilhoso perfume...Ikuto adorarava o perfume dela. Respirou fundo tentando guardar um pouco mais do cheiro dela em suas lembranças, até que escutou a tranca do quarto se mover, soltou o travesseiro rapidamente e correu, não dava tempo de descer apropriadamente então ele se encostou a parede da varanda e a porta abriu.

- Droga eu realmente queria dormir com esse pijama! chegou enrolada na toalha embora tivesse levado toda a muda de roupa à camisa do pijama caiu onde estava molhado e ela teve que sair sem ele. Ela abriu o guarda roupas e começou a procurar algo para vestir Ikuto olhou pra dentro do quarto vendo Amu de costas para o espelho pelo qual, ele tinha uma visão privilegiada do corpo de Amu, ele se virou pra frente envergonhado.

- Agora sim me sinto um pervertido! Disse ele corando, mas por impulso deu mais uma olhada Amu desprendia a toalha quando ela puxou de sobre si aquela toalha verde, Ikuto respirou fundo e tampou os olhos rapidamente virando pra frente de novo.

- Não olhe Ikuto! Não faça nada que ela vá odiar depois, por mais que você queira, não olhe! Ele repetiu dezenas de vezes pra si mesmo, até que lembrou que poderia ser descoberto a qualquer momento já que tinha uma rosa sobre a cama de Amu, e decidiu ir.

Para descer mais rápido ele simplesmente se pendurou na varanda e depois pulou caindo em pé como um gato, olhou para cima com pesar, pulou o muro e foi andando, tirou o celular do bolso pôs o fone no ouvido e ligou o som, dobrou a esquina e já via sua moto, caminhou devagar, ouviu um barulho atrás dele uma lata de lixo rolou rua a fora, viu pés sendo arrastados. Saiu correndo subitamente  reconheceu a cor da roupa que acabara de espiar na varanda, a voz dele saiu tremula e assustada enquanto gritava.

- Amu?!

Flashback On

Amu ainda vestia o pijama lilás quando escutou um som abafado de algo caindo lá fora, se virou em direção a varanda, quando percebeu uma rosa e um bilhete sobre sua cama.

- Quando isso veio parar aqui? E como? Ela abriu o bilhete, e era uma letra bonita os kanjis pareciam desenhos. Ela leu calmamente.

“ Não importa quanto tempo leve, prepara-se para se apaixonar por mim.” (°°)

- Essa humildade é típica do ... Ikuto!  mas como ele poderia ter subido? Ela correu para a varanda e o viu quase dobrando a esquina, pensou em gritar, mas chamaria atenção dos vizinhos, pegou um robe pôs sobre o pijama, desceu correndo, abriu a porta e correu o mais rápido que pode ele estava quase na moto quando ela tomou fôlego pra gritar seu nome, mas alguém a agarrou, tapando sua boca.

- Ora, Ora o que temos aqui? Tão sexy com seu pijaminha na rua. Um cheiro fétido de álcool invadiu o nariz de Amu. O que ela estava pensando quando saiu na rua nesses trajes? Seu corpo paralisado de medo estava sendo arrastado pra um canto mais escuro na rua. O que iria acontecer com Amu? Ao ser arrastada bateu na lata de lixo que virou fazendo estardalhaço pra sua sorte.

Flashback off

-Amu! Seu nome ecoou pela praça vazia, era a voz de Ikuto, seu medo se converteu em lágrimas que jorravam dos seus olhos quando o lindo rapaz de cabelos azuis se aproximou.

- Solta ela, Agora! Ele gritou pro homem totalmente embriagado que segurava Amu . Ele a puxou para si com mais força fazendo alguns botões arrebentarem.

- Não vê que estamos ocupados garoto? Sai fora daqui! Amu continuava sem reação.

- EU DISSE PRA SOLTÁ-LA AGORA! Ele gritou arremessando o capacete em sua mão na cabeça do cara que caiu desacordado. Amu caiu sentada e Ikuto correu para ela.

- Amu, sua idiota o que faz aqui fora desse jeito? Ele a abraçou enterrando o rosto nos cabelos recém lavados dela, Amu o segurava com força enquanto chorava, mas o calor dele a fazia sentir segura então foi se acalmando.

- Gomesai! Ela disse em meio as lágrimas. Ikuto a afastou um pouco, e secou sua lágrimas. Ele percebeu que os botões do pijama dela haviam arrebentado, revelando seu busto e um sutiã rosa rendado com um laço de seda na frente. Ikuto corou. Virou o rosto, e ajeitou o robe cobrindo com desgosto o corpo de Amu que ele  adoraria ver.

- Você quer me matar desse jeito! Sussurrou, ela imaginou que fosse de preocupação, embora ele também pudesse ter morrido disso.

- Ikuto, daisuki da you! Ela viu o rosto dele empalidecer com essa palavras e ela a abraçou novamente.

- Não se meta em coisas perigosas, nem diga coisas que eu possa entender errado. Amu sentia o coração de Ikuto bater desesperado dentro do peito.

- Ficará tudo bem, se você estiver sempre comigo, e eu amo você! Ikuto sorriu.

- Se você quiser, estarei sempre com você! Ele a abraçou um pouco mais.

- Sim, eu quero! Ele se afastou e pôs a mão sobre o seu rosto.

- Como minha namorada? Ele olhou sedutor.

- como sua namorada!

- Venha vamos sair daqui. Ele deu a mão para ela se levantar e abraçou andando de volta para casa dela, sem esquecer-se de pegar o capacete.

- Ikuto e aquele homem?

- Deixa ele ali, daqui a pouco eu ligo pra policia. Eles pararam na frente da casa dela.

- Entre, por favor, depois conversamos. Ele Ia se virar, mas ela segurou o seu braço.

- Ikuto você gosta realmente de mim? Amu demonstrava aflição nos seus olhos. Ele não respondeu simplesmente se aproximou colocou o fone no ouvido dela e a beijou com urgência, um beijo cálido e intenso ao mesmo tempo, passou a mão na nuca dela procurando apoio para aprofundar o beijo e se separou já quando era impossível continuar por falta de ar.

- Respondi sua pergunta? Ele era simplesmente lindo dizendo isso.

- Acho que sim. Mas que musica é essa? Ela sorriu e o abraçou novamente.

- Não conhece? Daisuki da yo? de Ai Otsuka? é seu toque quando liga pra mim.

- é? então acho que você vai escuta-lo muitas vezes.

- é? e porque?

- Porque vou ligar muitas vezes. eles sorriram juntos.