POV BELLA

Hoje teremos um almoço na casa de Carlisle, e como eu tenho tanta sorte, terei de bolar algum plano para poder realizar minha promessa: Afastar-me de Edward Cullen. Mas como vou fazer isso na casa dele? Simples. Não vou a casa dele. Mas é claro que isso deixaria minha mãe muito magoada e Carlisle muito triste, então, a única solução será ter que suportá-lo até certo ponto. Simplificando, eu irei ignorá-lo totalmente.

Resolvi vestir uma roupa simples, mas que tivesse estilo. Não queria sair como uma desleixada, mas hoje estava sem um pingo de animação para fazer super produções, o que é muito raro de acontecer comigo, mas tudo tem sua primeira vez. Escolhi um vestido até que bonito: http://4.bp.blogspot.com/-T48KFoD8dwc/TWRWz9vWGOI/AAAAAAAAAG0/A4nmdaunF_E/s1600/vestido-de-madrinha-com-laco-6.jpg

Passei uma maquiagem bem de leve, apenas para deixar uma cor, já que eu estava tão pálida, que poderia competir com o Gasparzinho ou com o Pluft! O Fantasminha, e provavelmente eu ganharia. Fiz uma trança em meu cabelo, já que não estava com a mínima vontade de deixá-lo solto.

-Bellinha, já está pronta? – disse Alice, entrando em meu quarto.

-Sim, agora só falta a Rosalie, porque a mamãe provavelmente está pronta.

-Não teria tanta certeza disso quando se trata de Carlisle Cullen- ela disse rindo- E a Rosalie... Bem, conhecemos ela suficientemente para sabermos que ela está em uma pura indecisão.

-Então, vamos ajudá-la- eu disse –E que milagre você já estar pronta, posso saber o motivo de tanta ansiedade?- perguntei sarcasticamente – Será que esse motivo começa com o’’ Jas’’ e termina com’’ per’’?

Ela ficou com o rosto parecendo um pimentão e me mostrou a língua, exatamente como uma criança de cinco anos faria. Acho que ela nunca teve infância...

Fomos ao quarto de Rosalie, e quando passamos pelo quarto de mamãe, percebemos que ela ainda estava no banho.

-O que um homem não faz com uma pessoa, hein? – eu disse, e Alice começou a rir descontroladamente.

Quando chegamos ao quarto de Rosalie, ela estava ainda de roupão, olhando com total indecisão para seu closet, com dois vestidos –digamos assim, fabulosos- em sua mão.

-Eu não sei o que usar –ela disse desesperada- Vocês precisam me ajudar.

-Calma irmãzinha – disse Alice – Pra que esse desespero todo?

-Acho que já sei quem é o dono de todo desespero. – ela me olhou com o rosto totalmente confuso- Emmett é claro.

A maluca começou a ficar mais desesperada do que já estava e Alice começou a tranqüilizá-la.

-Tudo bem Rose, iremos encontrar algo que você possa usar. Nem que para isso tenhamos que viajar para Júpiter – É, O QUE?!

-É o que? – Rosalie tirou as palavras da minha boca.

-Tudo bem, eu possa ter exagerado um pouquinho – eu e Rose nos entreolhamos – Tudo bem, eu exagerei um montão, mas vocês não conhecem a irmã que vocês têm?

-Exatamente por conhecemos exatamente como você é, seria possível você ir até a Marte, pedir algumas roupas emprestadas pelos marcianos.

Rose começou a rir descontroladamente, dizendo:

-O pior de tudo isso, é que é tudo verdade. – E após rirmos muito com esse comentário, o clima ficou muito mais leve, e Rosalie pode finalmente escolher uma roupa para ir ao almoço.

Mamãe demorou cerca de uns 15 minutos ainda, mas felizmente podemos ir à casa de Carlisle, o que não era tão feliz é que terei de me encontrar com o cretino, quer dizer o Edward, mas dá tudo na mesma.

-Posso ir dirigindo? –disse Rosalie, quando chegamos à garagem.

-NÃO! –dissemos todas juntas.

-Mas qual o problema de eu ir dirigindo. Eu dirijo tão mal assim ? – ela perguntou inocentemente.

-Pergunta pro velhinho que você quase atropelou mês passado – eu disse.

-É, e vai lá correndo dar uma olhada nas ultimas cinco multas do ultimo mês. –disse minha mãe.

-Nossa vocês ainda me culpam pelo quase atropelamento daquele senhorzinho. Superam já se passaram trinta dias! E pelas multas, devo dizer ao meu favor que sobre aquela de estacionamento, eu estacionei corretamente, foi apenas um erro de cálculos. E pelas multas de passar no farol vermelho, devo lhes dizer que foi o sinal verde mais rápido de todos os tempos- ela disse na maior cara de pau.

-Tudo bem, finjo que acredito-disse minha mãe – Mas hoje serei eu que vou dirigir- ela disse na maior empolgação- Não estão felizes, meus bebes?

-Como se você fosse muito diferente de mim no volante, mamãe- disse Rosalie.

-Com essa eu tenho que concordar com a Rosalie- eu disse, e Alice balançou com a cabeça, dando impressão de concordar também.

-Vamos com que carro?- disse Alice.

-Com meu BMW, é claro. - disse Rosalie.

-Nem pensar , nós já fomos com ele para o restaurante chinês anteontem. –eu disse- Então, vamos com o meu Bugatti Veyron ou com meu Porsche, – sou a única que tem dois carros em casa, já que sou a mais nova e a mais mimada, é claro.

-Por minha tudo bem, desde que vamos com o Bugatti, porque eu já estou enjoada de ir de Porsche pra escola. E como o carro é da Bella, sugiro que ela que dirija.

Todas concordaram, e lá vou eu de motorista particular das ‘’madames’’... Como é difícil ser eu, hein?

Chegando a casa de Carlisle, minha mãe toda animadinha aperta campainha e do nada saiu uma criatura mais parecida com Adônis.

-Boa tarde Esme, boa tarde meninas e boa tarde... Bella. –Peraí, essa não é a voz do jeca tatu do Edward?

-Ô Meu Deus, como você está bonito querido- Como minha mãe é discreta, né?

-Muito obrigado, mas devo lhe dizer que quem está digno de receber um elogio desses é a senhora – Quando ele começou a falar assim, tão certinho? Antes era um tal de ‘’E aí mano, tudo sussa?’’, até hoje eu não entendi o que realmente significa esse palavreado, mas tudo bem.

-Quantas vezes devo lhe dizer que quero que me chame apenas de Esme ou de você, e nada de senhora. E muito obrigada, você está se saindo muito bem nesse papel de Don Juan- ela disse docemente. Típico dela.

Minhas irmãs e minha mãe entraram na casa, mas quando eu ia por o pé na sala ele me barra e diz:

- Você também está muito bonita, Isabella. – Você acreditaria se eu dissesse que eu me arrepiei inteirinha. Mas eu tive que ignorá-lo, se não, não teria como seguir meu plano ‘’Fuga Edward’’.

-Tanto faz- eu me fiz de indiferente–E se não for pedir muito pra sua cabecinha oca, eu posso entrar na casa ou ta difícil?

Seu rosto desmoronou um pouco, mas logo ele se recompôs com um largo sorriso no rosto.

-Tudo bem, pode entrar.

POV EDWARD

Advinha onde eu estava com meus irmãos? No shopping. É não é brincadeira não. É sério, no shopping.

Estou nessa ‘’prisão’’ feminina, porque deu a louca no Jasper de que para o almoço de amanhã, eu teria de estar ‘’apresentável’’. Qual é agora minhas camisetas pretas e minhas calças jeans escuras não são apresentáveis? Meu pai diz que não, e que essas roupas parecem de marginais. E Jasper inventou que, com uma mudança no meu visual, Isabella conviveria melhor comigo e não sentiria tanto medo. Por acaso eu tenho cara de Osama Bin Laden pra deixar as pessoas com medo? Não responda.

Eu sei que eu prometi que iria tentar me aproximar da Barbie Purpurina do Paraguai, quer dizer, da Bella, mas isso aqui é pior do que passar uns dias lá na toca do diabo.

- Seja espontâneo, Edward- disse Jasper –Pense em como você vai ficar bonitão.

-Você quer ver como eu sou espontâneo?- eu disse entre dentes.

-Essa é uma das coisas que você deve banir do seu dicionário.

-O que? Espontaneidade?

-Não, seu jumento. Violência , essa agressão verbal que há dentro de você .Seja mais receptível , deixa a sua aura interior...- Lá vem ele com aquele papo zen.

-Ô protótipo de Bob Marley, dá pra falar em outra coisa que não seja a minha aura?

-Claro maninho. Vamos falar do seu visual.- Ah , não!- Esse seu aspecto de menino de rua, badboy é muito... Sei lá... muito ...muito...sujo .É , sujo é uma palavra bem delicada de falar o quanto você está ...asqueroso.

-Tudo bem, eu deixo vocês me derem uma mudada, mas nada muito radical. Não quero que digam que me desmunhequei e acabei virando uma ‘’menininha’’.

-Vamos te deixar totalmente novo, mas continuará o mesmo. Está pronto para deixar isso? – ele fez um gesto com as mãos, dando a impressão de mostrar meu corpo – Pra se tornar algo melhor?

-Já que não tenho outra opção. – Eu disse desanimado.

Passamos a tarde inteira comprando coisas para mim, e finalmente fomos a um Salão de Beleza. É isso mesmo que você ouviu um salão de beleza, desses mesmos que as meninas vivem indo. Era o único lugar aberto , então entramos.

De repente, um carinha com aspecto meio gay chega até nós dizendo olhando fixamente no Emmett.

-Prazer, eu sou Alfredo, e serei sua. - É o que?- O que posso fazer com você?- Entenderam o duplo sentido? Pelo jeito, até o burro do Emmett.

-Meu irmão aqui... Eeh... ele...-ele começou a enrolar , de tão desesperado por saída que estava- Diz você ai Jasper.

-Meu irmão precisa dar um corte no cabelo, e dar uma repaginada no visual – Jasper disse igual a uma menina de 15 anos.

-Bofe, mais que cabelo mais bonito – Alfredo disse passando a mão no meu cabelo –Já até sei o que vamos mudar em você.

Depois dessa, até eu fiquei com medo. E olha que eu não me assusto tão facilmente.

-Ah, e meu nome é Edward, e estes são meus irmãos: Jasper e Emmett – eu gesticulei para eles.

-Que nomes bonitos. E vocês sabiam que Emmett agora é meu nome favorito? –Meu irmão realmente ganhou um fã, ou uma fã, estou em duvida ainda.

Ficamos um tempão no Salão, fiz de tudo, até unha, depois de muito esforço dos meninos e do Alfredo, e então, ele foi correndo buscar um espelho para eu poder me olhar. Quando me olhei no espelho, eu não estava muito diferente, mas eu reconheci que estava muito melhor.

-Alfredo, você ou é um Pai de Santo, ou é Deus, porque você realmente faz milagres. - eu disse

-Nem acredito que aquele homem que entrou aqui no meu Salão se tornou esse Deus Grego. Realmente eu devo ter super poderes.

-Tudo bem ai o Power Ranger rosa, mas quanto é que ficou? – eu disse.

-Pra você meu amor é de graça. Mas e vocês dois não vão querer fazer nada não?

-Hoje não Alfredo-disse Emmett.

-Podem me chamar de Fred – disse o afeminado.

-Tudo bem, mas nós já estamos de saída – eu disse.

-Bye Bye, meus amores-Fred disse.

[...]

-Ficou bonito, filho- disse meu pai na hora do jantar.

-Você está querendo dizer que antes eu não era bonito?-eu disse brincalhão

-Com aquela escuridão toda que você vestia, eu não saberia dizer.

Depois dessa, eu e meus irmãos subimos para meu quarto.

-Você acabou de completar o estágio três, agora vamos para o estágio quatro. - disse Jasper.

-Como assim?- eu disse. - Que historia é essa de estágios?

-Estágio um: aceitação, estágio dois: mudança no vestuário, estágio três: mudança na aparência e, agora no estágio quatro: regras de como se comportar. - disse Emmett

-Entendi...

-N°1: Não falar palavrão. -disse Jasper

N°2: Sempre se comportar bem na frente da sociedade e principalmente com uma dama-disse Emmett.

-N°3: Ser romântico e galanteador- disse Jasper.

-N°4: Sempre falar algo que preste, e não essas gírias de moleque de rua- disse Emmett . Como se o vocabulário dele fosse melhor que o meu.

-E mais importante, Nunca desrespeite uma mulher, sempre a trate com carinho, amor e atenção, mesmo que você não tenha nenhum dos três. – disse os dois em sincronia.

É ser um Don Juan dá trabalho mesmo.

[...]

Hoje é o dia do almoço aqui em casa, de repente escuto a campainha tocar. Devem ser elas.

-EU ATENDO. - Eu disse

-Boa tarde Esme, boa tarde meninas e boa tarde... Bella. –Fiz questão de dar uma breve parada quando disse o nome dela.

-Ô Meu Deus, como você está bonito querido- Adoro como ela é discreta, mas pelo menos é sincero.

-Muito obrigado, mas devo lhe dizer que quem está digno de receber um elogio desses é a senhora – Lembrei que os meninos haviam me dito para sempre mostrar atenção pelo o que uma mulher diz, mesmo que seja uma bosta.

-Quantas vezes devo lhe dizer que quero que me chame apenas de Esme ou de você, e nada de senhora. E muito obrigada, você está se saindo muito bem nesse papel de Don Juan- ela disse carinhosamente.

Barrei Isabella na porta e disse bem perto dela:

- Você também está muito bonita, Isabella. – Eu disse sussurrando seu nome. Devo dizer que me senti muito estranho pronunciando seu nome.

-Tanto faz- ela se fez de indiferente–E se não for pedir muito pra sua cabecinha oca, eu posso entrar na casa ou ta difícil?

Senti uma enorme vontade de socá-la,  mas me lembrei que meus irmãos haviam me dito para sempre mostrarem carinho , amor e atenção , mesmo que eu não tenha nenhum dos três , e realmente não sinto nenhum . Só estou procurando ser amigo dela por gratidão , já que ela me ajudou aquele dia no cemitério , e devo dizer que me senti muito bem, como se voltasse a sentir a presença de minha mãe , mais de um jeito diferente . Como se algo novo voltasse a me preencher.

-Tudo bem, pode entrar.- disse com um sorriso nos lábios. Afinal , não poderia estragar a missão ‘’Aproximação Isabella’’.

Sinto que hoje algo muito diferente irá acontecer , e não tem haver com minha mudança de visual.