Reila escrita por Daniele Avlis


Capítulo 3
Hana


Notas iniciais do capítulo

Nesse terceiro capitulo, Pollyana, cria um outro universo usando letras de músicas.



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O dia amanheceu e Ruki já se encontrava-se de pé, estaria em casa a está hora da manhã? Seria conveniente aparecer assim?
Ruki esperou. Esperou pelo período da tarde para conhecê-la e parecia está em grande ansiedade.
Ansiedade aumentava a cada instante e Ruki se viu um homem nervoso. “Ora, o que é isso? Eu só irei conhecê-la e devolver o que é dela!” Pensou. Já era período da tarde, ele se deparou com uma rua estreita, olhando o endereço que trazia num papel, ele olhava as casas e parou numa feita de madeira. Tocou a campainha, agora não tinha como fugi. Ouviram-se passos a se aproximar. Um homem atendeu a porta.


- Sim. – disse ele com a voz sonolenta. Parecia um senhor velho, tinha olhos caídos e uma expressão de alguém que trabalhou muito na vida.
- Ah... – comçou Ruki.
- Eu atendo. – ouviu-se uma voz de uma moça, Ruki gelou.
- Olá, como vai? O que deseja? – disse a moça, não era ela.
- Eu vim falar com... – ele parou alguns segundos para pegar um papel que amassara de nervosismos onde estava escrito o endereço e o nome da moça. - Charlize Nohana. – gaguejou.
- Quem? – disse a moça.
- Hana fez o quê? – disse o senhor.
- Quem é hana? – perguntou a moça.
- ahh é... Char... – mal Ruki ia completar a frase quando outra moça apareceu.
- A Hana, Yuki! – disse. - Pode entrar. – convidou a moça sorridente.
Ela o conduziu até uma área.
- vou chamar minha amiga, era aqui que a Hana esta hospedada, mas ela mudou-se para um apartamento com minha irmã. Irei perguntar a ela o endereço e já volto.
Ruki esperou, sentiu-se um pouco aliviado, seu coração estava batendo com tanta força que parecia querer sair, sua respiração parecia que havia corrido léguas de distância. Em alguns minutos a moça apareceu com um papel.
- fica nesse lugar, quer que eu o leve?
- Não, obrigado. Já ajudou muito. – disse Ruki sorrindo. Ele seguiu seu caminho. Ela não estava mais no endereço do Livro, sentiu que passou uma situação engraçada, e riu. Pela primeira vez se sentiu leve. Ele segui o caminho do papel, e deu em um apartamento pequeno, ele tocou a campainha e a voz do porteiro coou:
- Sim.
- Vim falar com Charlize Nohana, ela... – ele olhou para o papel que a moça lhe daria. – Esta morando com Sakura Kawamura.
- Ok! Irei entrar em contato, espero um instante senhor. – se passado alguns minutos o homem retorna. – A senhoria Kawamura está perguntando qual seria o assunto?
- É sobre um livro que a senhoria Nohama deixou cair na rua outro dia, é uma agenda cor de vinho com uma capa sem título.
- Está bem, irei informar, espere um instante. – Ruki esperou mais uns instantes, não queria perder a oportunidade de conhecer a moça.
- Ela pede que o senhor entregue o livro na portaria e agradece por tê-lo achado.
Era o que Ruki não queria.
- Está bem. – disse ele. Um homem apareceu e Ruki entregou o livro, e parecia que estaria entregando a única chance de conhecer a moça. Mas entendia perfeitamente, momentos como esses deve-se ter o maior cuidado ao atender estranhos. Mas uma voz dentro dele gritava e se debatia, queria vê-las, mas tarde demais.

Ele deixou o prédio, e seguiu andando pelas ruas, o vento batia em seu rosto, fez a coisa certa, entregou o livro, talvez ela estivesse precisando. Mas quem sabe um dia não haveria de novo?

Alguns dias se passou e Ruki ficava pensando em como teria sido se a conhecesse. Ele passou algumas tarde perambulando pela cidade quando resolver tomar um chá era o último dia de férias que Kai teria dado. Ruki chegou à casa de chá e sentou-se no mesmo lugar, já estava decidido que queria esquecer o livro e a moça e não pensar mais nisso, agora era pensar no show que estava por vir.

- Para quê você quer parar aqui? Tenho que estudar, Sakura não posso perder tempo! – disse uma atrás dele. Duas mulheres passaram por ele e parou na mesa a frete uma estava de costa e elas falavam em inglês
- Calma! É só uma parada, estou cansada, esses sapatos estão me matando. – disse a outra que se sentou na cadeira e massageou os pés. A outra ficou em pé, não tinha como ver seu rosto. Ruki tomava seu chá calmamente. – Olha eu vou aqui pedir um chá para nós, fique aqui, não vá sem mim! – e segui. A outra tomou seu lugar, estava sentada de frente para Ruki que tomava seu chá calmamente. Ruki levantou a cabeça para olhar a movimentação quando viu o rosto da moça que estava sentada a sua frente. Ruki engasgou, ao perceber que ela o olhava. A xícara tremeu na sua mão. Ela levantou-se e foi até ele. Ruki sentiu seu coração acelerar e a bater como se quisesse a todo custo sair dali.
- Olá! Desculpe o incomodo você sabe onde fica o Ueno Park?
Ruki pigarreou. A moça ainda o olhava.
- você fala inglês?
- claro! – respondeu ele.
- É que a minha amiga ou está perdida ou não quer me levar lá. Eu acho que a segunda opção. – ela parou um instante e olhou mais atentamente para Ruki, o que o fez corar. – você... você não é o cara que eu esbarrei outro dia?
- foi. – disse Ruki, se sentia um completo idiota, ela estava bem ali do seu lado e ele não fazia nada a não ser dar respostas curtas.
- Desculpe-me, realmente estava querendo pedir desculpa pelo acontecido.
- Sei, você também deixou cair um livro o qual o devolvi há alguns dias atrás.
- foi você?
- sim
- Muito obrigada! Muito obrigada mesmo! Você salvou minha vida, todos os meus projetos estão naquele livro! – ela agradecia alegremente. – Veja Sakura, foi ele quem devolveu meu livro.
Sakura parecia petrificada, estava parada de olhos arregalados com a bandeja de chá nas mãos tremendo, seus olhos abertos como se fossem pular metralhava Ruki.
- você está bem? – perguntou Ruki à moça, já obtendo a resposta, ela o reconhecera.
- Você... gaguejou ela. – foi você quem devolveu o livro de Hana?
- Sim, foi ele! – respondeu Hana olhando a amiga. – Sakura vocês está bem? Está pálida!
- Não é nada, foi só uma queda de pressão. – respondeu tentando sorrir. Por alguns momentos eles ficaram em silêncio. Ruki a observava de lado, não queria que Hana percebesse que ele a olhava, sentia os olhos de Sakura perfurando todo o seu corpo, talvez ela quisesse comprovar que ele era o vocalista da banda The Gazette. – então. – começou ela. – nós precisamos agradece o gesto que você teve de devolver o livro de alguém que você não conhece, não é mesmo?
- Ora, não é necessário, vocês já me agradeceram! – disse Ruki.
- Não, não, não. Eu exijo que você venha tomar um chá conosco, amanha à tarde. É um pedido em nome do nosso agradecimento. – disse Sakura firme, mas parecia estar tremendo.
- Está bem, então, amanha à tarde. – respondeu Ruki sorrindo, mal dava para creditar, que sensação estranha, mas estava se divertindo, está com ela ali do seu lado parecia lhe preencher o vazio que sentia como poderia sentir algo assim por alguém que nem conhecia?
- Até amanha à tarde. – disse Hana sorrindo. As duas nem tomaram o chá, pois Hana reclamou da hora alegando está atrasada para a ultima aula, e saiu às pressas com Sakura em seus calcanhares.

Ruki se sentia mais leve, como era boa essa sensação, nunca havia passado por isso antes, era uma experiência nova, já esteve com outras mulheres antes, mas situação era nova, ou pelo menos era isso que ele sentia. Em seus pensamentos não havia mais o vazio e nem o cansaço, estes, deram lugar a ansiedade de uma mania de ficar sonhando acordado.
Ruki não conseguiu dormir a noite, e quase acabou esquecendo que teria ensaio o dia todo com a banda, lembrou que a semana de descanso havia acabado. Mas isso não fez com que ele perdesse o animo, lhe dava mais vida. Desejou voltar a ser como era antes, como era curti cada momento com os amigos e talvez também, se possível ter a amizade de Hana. Isso fazia com que ele pensasse que teria sua vida de volta, e a idéia que lhe ocorria em mente era que Hana não tinha nada o que agradece e sim ele.
Ruki levantou-se cedo, não queria perder o dia, pegou suas coisa e se encaminhou a casa de ensaios da banda, e como previu não havia chegado ninguém. Começou a arrumar os instrumentos sozinho, não deu nem meia hora e Kai havia chegado.
- Ora, ora, levantou cedo hoje? – pergunto Kai sorrindo indo ajuda-lo a montar a bateria.
- Estava sem sono. – respondeu Ruki alegremente.
- Descansou?
- Um pouco, mas estou bem melhor que antes. Ah! Kai, será que poderias sair mais cedo hoje? Tenho um compromisso e gostaria de não perder, é hoje a tarde.
- Tudo bem, se esse compromisso foi o remédio que lhe fez sorrir novamente, meu amigo, é claro que está liberado. – Respondeu sorrindo.
O restante foi chegando aos poucos, Aoi se atrasou um pouco, por causa de uma baita chuva que acabara de cair, chegou todo molhado e esperou um tempo para pode começar a ensaiar. Foi um ensaio tranqüilo e calmo ninguém errou muito, Ruki, como os outros caíram na gargalhada quando Kai pretendeu fazer uma coisa com as baquetas que havia aprendido assistindo vídeos no you tube, o resultado foi as baquetas voando pela janela. Assim que Kai anunciou o fim do ensaio, Ruki não esperou nem dez minutos e já havia saído. Estava calmo e ao mesmo tempo nervoso como seria conversar com Hana? Será que a essa altura sua amiga contou sobre ele?
Ele chegou e tocou a campanhinha da porta e mais uma vez a voz de um homem coou.
- Sim. – disse a mesma voz do homem.
- Venho aqui a convite de Sakura Kawamura. – disse Ruki um pouco nervoso.
- Está bem, pode entrar, ela já passou o recado. – o homem abriu os portões do prédio e deixou Ruki entrar. – Espere um instante. – disse o porteiro ao chegar perto de Ruki.
- Sim.
- poderia me dar um autografo? É para minha filha, sabe? Ela é sua fã.
- claro. – respondeu Ruki sorrindo. O homem pegou papel e caneta e entregou a Ruki. – pronto.
- obrigado, obrigado mesmo. – disse o homem. Ruki seguiu seu caminho. Entrou no elevador, se estava subindo seu coração estava indo de sentido ao contrário, descendo para o estomago. Achou o numero do apartamento no papel que a irmã de Sakura dará. Respirou fundo e bateu na porta.
- Já vai. – ouviu-se uma voz. A porta se abriu e mais uma vez era Sakura com a mesma expressão da ultima vez, arregalando os olhos. – Seja bem vindo. – disse fantasmagoricamente alegre. Ruki entrou, e ficou parado perto da porta.
- Ela já vem. Fique à-vontade – disse Sakura andando de costas, parecia que a visa de Ruki era inacreditável, era como se ela não piscasse para perdê-lo de vista. O que a fez tropeçar na perna de uma cadeira e em seguida sair cambaleando e saiu pela corredor.

Ruki ficou olhando as fotos que estava sem cima de uma estante de vidro, ao lado um violão encostado, mostravam pessoas sorrindo em varias poses, e avistou algumas de Hana, algumas tinham alguns papeis presos escrito:


Then I see you standing there
wanting more from me
and all I can do is try
then I see you standing there
I'm all I'll ever be
but all I can do is, try
oh ooh try, try, try

All of the moments that already past
try to go back and make them last
all of the things we want each other to think
we never will be
we never will be as wonderful
thats love
thats you baby, this is me baby
we are, we are, we are, we are, we are, we are,
free...
in our love
we are
free in the love
Try !!!

- Oi! – disse uma voz atrás dele.
- O-olá. – gaguejou ele ao se deparar com Hana.
- fotos de minha família, um tanto maluca, mas são pessoas que amo. – disse sorrindo.
- isso é bom. – disse ele ao se voltar para as fotos, sentiu o rosto corar e não queria que Hana visse isso.
- Desculpe a minha ignorância. – disse ela ao se encaminhar para a janela.
- Como assim? – perguntou intrigado.
- Sakura me contou sobre você, e peço mil desculpas pela minha ignorância, eu não sabia.
- Ora, que isso. Não precisa pedir desculpas. – disse Ruki.
- Eu só conheci uma música de vocês e adorei realmente...
- Reila – disse baixinho.
- como disse? – perguntou ela.
- Reila, você gostou de Reila. – disse amargamente arrependido, como pode abrir deixar escapar, agora ela queria saber.
- Como sabe disso? – perguntou ela.
- Por isso. – apontou ele para um dos papeis na foto de Hana.


Reila...
Kimi no na wo yonde mite mo
This voice does not reach you...
Reila...
Me wo akete?? uso da to waratte misete yo...


Ashita wa doko e yukou
Kimi ga nozomu nara doko e demo yuku yo


Kimi wa itsumo sou boku ga omou hodo
Dokoka e itte shimau
Mata boku wo nokoshi hitori de hashitte yukun da ne
Mou todokanai mou todokanai
Yatto kimi ni aeta no ni
Gaman shiteta mono ga subete afurete
Namida ni natte koboreta


Música preferida de Hana


- Ah! – fez ela sorrindo. Ruki suspirou aliviado. – É... é essa mesmo. Também ouvi Cassis e Hanakotoba, são minhas preferidas.
- Então gosta de músicas mais lentas?
- Não é bem assim, só as que eu me identifico.
- Boa resposta.
- Você se acostuma. – Ruki sorriu.
- Então vamos cantar, Cassis. – disse Ruki pegando o violão que estava encostado na parede.
- Ah! Não faz isso eu não sei cantar! – disse ela sorrindo. Ruki sentou-se no sofá e apoiou o violão no colo e começou a tocar.
- Vamos! – encorajou ele. – é uma de suas musicas preferidas não?
- Mas não sei cantar... – dizia ela entre sorrisos.
- Eu ajudo, vamos faça dueto comigo, por favor! – pediu ele. Ele começou a cantar sozinho, ela sentará ao sei lado. – Não estou ouvindo. – disse ele ainda tocando.
- Mas eu não sei! – exclamou sorrindo.
- Só o refrão, então.
- ashita anata no kimochi ga hanarete mo...
- Agora eu ouvi você cantar.
- Ora! Por que fez isso? Agora me perdi.


ashita anata no kimochi ga hanarete mo
kitto kawarazu aishiteiru
ashita anata ni boku ga mienakute mo
kitto kawarazu aishiteiru.
I will walk together, the future not promised
It keeps walking together, to the future in which you are...


Ruki ficou ali, tocando e cantando para ela, ela o acompanhou várias vezes e parava quando Ruki a olhava, ele até errou algumas vezes as notas.


douka kono mama waratteitai
anata wo kizutsuke sasenai de
toki ga tatsu tabi usurete itta
anna omoi kurikaeshita kunai
ashita anata no kimochi ga hanarete mo
kitto kawarazu aishiteiru
ashita anata ni boku ga mienakute mo
kitto kawarazu aishiteiru.
douka boku dake wo mitsumeteite
douka kono te ga tokenu you


- Você nem sabe o que isso quer diser, não é? – perguntou Ruki ainda tocando o violão, solo de Uruha.
- Você nem imagina. – respondeu ela. – Mas um dia, quem sabe...

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