Reila escrita por Daniele Avlis


Capítulo 1
Livro


Notas iniciais do capítulo

Fic baseada na letra Reila de Gazette, espero que gostem, foi feita pela minha querida irmã Polly Ito Tamayama, 12 anos, primeira fic dela ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/1450/chapter/1

Ruki estava se preparando para mais um ensaio de fotos para a revista FOOL’S MATE, fazia um dia frio e nublado, Uruha estava sentado na cadeia ao lado lendo uma revista enquanto cabeleleiro fazia seu trabalho.

- ótimo! Estamos prontos! – disse um homem magricela que entrara pela porta, atarefado. Ruki e Uruha se levantaram e foram de encontro ao resto da banda que estava posicionada para mais um ensaio.
- O que houve? – Perguntou Kai baixinho para Ruki, que este, assustou-se em seguida, estava detraído.
- O quê? – fez ele.
- Ta voando? – disse Kai agora o olhando.
-FEH – fez ele ao voltar sua “atenção”.
- Está detraído, não parece que está aqui.
- Você está ficando louco o quê? Não estou destraido! – disse em tom de veemência.
- Calma! – Kai arregalou os olhos. – Parece que hoje alguém aqui acordou de mal humor.
- Não estou irritado, Kai. – começou Ruki dando os ombros. – Só estou um pouco cansado, e por favor, não pergunte.
- Está bem, só me preocupei um pouco com meu amigo. – disse sorrindo.

A seção de fotos passará, Ruki se sentia cansado, parecia que seu corpo pedia ar, pedia tranqüilidade. Mas não poderia parar, não agora, a banda está com um grande sucesso, estavam com um concerto marcado para daqui a um mês em sua primeira apresentação nos Estados Unidos. Mas... ele sentia um vazio.
Ao acabar a seção de fotos, Ruki mal se despediu dos amigos e saiu por a fora, queria respirar, era isso que ele queria, pensar. Só o que ouviu foi os gritos de Kai lhe avisando que as três da tarde haveria ensaio.
Apensar do disfarce, ele fazia o possível para que não o reconhecesse, ele andou pelas rua de Tokyo, algumas pessoas paravam para olhá-lo, ele simplesmente virava o rosto e fingia que não via ninguém. Há quanto tempo não fazia isso? Há quando tempo não saia na rua e respirava o ar da rua? Há quanto tempo?
Ruki andava destraido quando algo esbarrou nele com tanto força que o derrubou no chão.
- Desculpe, desculpe! – dizia a voz de uma mulher em inglês, não conseguia ver o rosto, seus longos cabelos negros lhe cobria a visão.
- Tudo bem. – disse Ruki ao ajudar a moça a se levantar. Havia livros espalhados pelo chão. A moça começou a apanha-los rapidamente e parecia apressada. Ele a ajudou a apanhar os livros.
- Senhorita, seu táxi. – disse um rapaz.
- Obrigada pela ajuda! – disse ela ao pegar os livros das mãos de Ruki e saiu apressada para o Táxi parado, que segui em partida.
- Pára o Táxi! – gritou o mesmo rapaz. – Ela deixou cair algo! – o rapaz apontava para algo aos pés de Ruki, mas já era tarde, o táxi se fora.
- Ruki se agachou e pegou um livro de capa surrada, cor de vinho, sem título. Folheou e tinha umas inscirções de endereços e telefones, uma agenda? Pensou. Logo na primeira folha havia escrito algumas frases com caligrafias diferentes em inglês:


Este livro é um presente a minha doce amada amiga, Charlize. Para que não se esqueça de mim em sua viagem e que volte o mais rápido possível.


Letícia.


Charlize, espero que se dê bem no Japão, e curta bastante! Você sempre quis estudar e alcançar alguma coisa na vida, eu sei que você consegue! Te adoro muito do seu amigo Leon.


AHHHHHH minha amiga linda!!!! *aperta* maravilhosa! Te adoro muito tá! Não esquece de mim, vê se trás uns japoneses pra mim também *risos*
De sua amiga, Ana.



Volte logo, pois estarei esperando para continuar a jogar aquele game que nós ainda não zeramos, e não se esqueça que vc ainda me deve 12 pratas!!! Brincadeira é só uma coisa pra vc não esquece de seu irmão, Bryan.



Ruki leu essas escrituras e ficou ali, sorrindo de leve, será que a moça chamada Charlize seria essa que esbarrou nele? Como seria novamente ter uma vida de estudante? Ruki disse ao rapaz que levaria o livro até a moça e que não se preocupasse, e acabou dizendo quem era para não levantar suspeita. O que lhe gastou duas horas para sair da rua onde estava pois as pessoas o parava pedindo autógrafos fotos.

Chegou três horas atrasado ao ensaio, e ao ver, não havia mais ninguém a sua espera, excerto Kai, que ficará para arrumar as coisa.
- Onde esteve? – perguntou Kai preocupado vindo receber o amigo. – Ligamos para o seu celular, mas não atendia, depois descobrimos que você deixou suas coisas no local de ensaio você saiu sem nem ao menos dizer nada. – Kai parecia bombardear Ruki com várias perguntas, mas ele reconheceu que o amigo estava preocupado.
- Desculpe – disse ele com a voz rouca. Tirou o livro de dentro das vestes e o pôs em cima da mesa, em seguida, largou-se no sofá ao lado com a mão no rosto, de modo a esconde-lo.
- O que é isso? – perguntou Kai ao ver o livro.
- Um livro. – disse Ruki sem dar atenção a Kai, ainda com a mão no rosto.
- Sim, mas... – ele mal terminou a frase e o tomou em mãos.
- É de uma moça que acabou esbarrando em mim e acabou derrubando uma pilha de livros em cima de mim, Kai estou cansado, eu vou para casa. Demorei, pois como a moça havia esquecido o livro, tive que explica que o devolveria e para não causar transtorno eu revelei no meio da rua quem eu era e acabei me atrasando.
- Esta bem. – disse Kai sem rodeios. Ruki já estava com a mão na maçaneta da porta quando Kai falou:

- Reila.
- O que disse? – perguntou Ruki ao se virar para Kai,
- Reila, ela gosta da musica... – disse Kai entre sorriso. – Veja. – ele levou o livro até Ruki, aberto na pagina. – Parece uma espécie de diário meio agenda. Diz aqui que ela escutou essa musica de uma amiga que comentou sobre a banda, mas que não a conhece, mas que pretende conhecer assim que acabar os estudos aqui no Japão. Olha! Uma estudante estrangeira. Maravilha! É todo em inglês. É americana?
- Brasileira.
- Brasileira?
- É o que diz aqui. – aponto Ruki para a capa de trás do livro: Charlize Nohana, Brasileira.
- Ah é! – fez Kai sorrindo. – Nossa! Temos fãs até do outro lado do mundo. Bom está ficando tarde. – ele foi pegar suas coisa, Ruki ficou folheando o livro, parecia interessante. – suas coisa. - e foi embora junto com Kai.

Ruki chegou ao seu apartamento, já era tarde e fazia frio, tinha que acordar cedo, e a mesma sensação de vazio o tomou, ele despencou no sofá e ficou fitando o teto. O barulho dos carros ao longe faziam uma trilha sonora para a o teto que ficava cada vez mais escuro, e só uma luz que vinha de um abajur estava acessa. Viu algo brilhando em cima da mesa, a luz o fazia refletir na janela à frente. Ruki levantou-se e foi até o objeto que brilhava em cima da mesa, o livro. Ficou olhando-o por alguns minutos sem o tocar, olhou para o relógio.
- Estarei acordado daqui a três horas mesmo. – pegou o livro e largou-se no sofá. Ficou folheando, lendo aqui e ali algumas frases. Até que parou na pagina que Kai havia dito sobre a musica Reila, estava escrita em inglês e ao lado a tradução em português, Ruki ficou olhando a letra em português, para ele, era interessante ver suas letras sendo traduzidas para outras línguas para que outras pessoas entendessem o que elas queriam dizer o que ele queria passar.
Abaixo da tradução em português havia uma discrição em inglês:


Reila


Foi à primeira música que escutei de uma banda chamada The Gazette, uma banda de Jrock, o rock japonês, foi uma experiência maravilhosa, não imaginada nada disso. É uma letra perfeita, a música é perfeita. Acho que quando acabar meus estudos pretendo conhecer mais afundo as mensagens do cantor, o que ele quer dizer, quero saber sua história, seria interessante. Espero conhecer essa banda da qual ela tanto fala. (risos).



Ruki sorriu.


Ali, deitado, ficou até o amanhecer do dia, os raios de sol entravam pela janela tomando conta de tudo pela frente, o livro pendia em suas mãos, suas vestes estavam amassadas e seus cabelos desarrumados, e ele continuava a dormir. 

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reila" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.