Vinte e Cinco escrita por asemn


Capítulo 1
Acordar




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- Que escuro é esse? Acordar desse jeito não é uma coisa boa... Preciso achar algum interruptor.

Me movi delicadamente para o lado direito da cama em que estava deitada com medo de cair e acabar beijando o chão. Notei com a ponta dos pés que o chão estava frio. Vi algo como uma brecha de onde uma luz batia no meu rosto, deixando minha vista um pouco encandeada

- Vamos ver... Isso parece ser uma jane... - ao tocar no que parecia ser uma cortina, elas se abriram automaticamente.

Com toda a iluminação, tive que cobrir os olhos por alguns segundos para me acostumar com a claridade que entrava no quarto em que estava. Após me recuperar da explosão de raios solares, olhei pela janela e vi que poucos prédios cercavam o local  e me apaixonei pela arquitetura local.

- Mas espera um pouco... Aonde estou? Quem sou? - me apavorei - Meu Deus! Como é que parei em um quarto luxuoso desses? Será que dormi com algum homem? Ou até alguma mulher?

Ao me virar em direção da cama em que estava deitada anteriormente, um homem alto estava lá, me encarava com um leve sorriso e usando uma toalha. 

- Querida, o que foi?

- Nada... como você é bonito... - as palavras saltavam em queda livre da minha boca.

- Você também é linda Dianna! Que tal tomarmos um banho para sair um pouco desse hotel? O dia está muito bonito hoje. Podemos passar algumas horas no parque, o que acha?

- Banho? Você pode ir na frente... Vou me deitar um pouco mais.

- Certo. 

Ele era muito bonito e charmoso, tinha um olhar sedutor. Talvez todos esses atributos já tivessem me visgado antes e por isso estaria em um quarto de hotel... Enquanto ele entrava no banheiro, tentei observar algum detalhe no quarto. Havia uma bolsa vermelha pendurada numa cadeira que estava no canto do quarto, decidi abri-la, quem sabe a bolsa fosse minha. Fui até a bolsa, abri todos os bolsos que apareciam e encontrei uma carteira pequena mas muito bonita, alguns papéis que provavelmente eram notas fiscais e um celular. Sem pensar, logo fui checar as últimas chamadas efetuadas e recebidas. "Carlos Stanford" era o número com mais chamadas efetuadas dos últimos dois dias... Decidi ligar para o tal Carlos e contar com um pouco de sorte. Uma música tocava suavemente e seu som ecoava pelo quarto... Parecia um estilo de rock alternativo.

- Dianna, você pode atender a ligação? - disse o homem da toalha.

Os fatos passavam rapidamente perante os meus olhos e eram processados com uma rapides que eu mesma desconhecia. Havia ligado para o homem da toalha... Quero dizer, para Carlos, que estava tomando banho.

- Ah! Desculpe! Liguei para o número errado, não se preocupe Carlos! - as batidas do meu coração aumentavam constantemente.

Parei, respirei, os acontecimentos misteriosos começavam a se revelar... Se no que aparenta ser o meu celular existem várias chamadas para o número de Carlos nos últimos dois dias entao quer dizer que provavelmente o conheço a dois dias. Antes de acordar com minha memória apagada, já havia conhecido ele e depois ido para a cama com ele... Que absurdo! Que tipo de mulher eu sou... Ou era? 

Ao ouvir a porta do banheiro sendo aberta, meus pensamentos sumiram e me concentrei  no presente. Carlos havia tomado banho e saía do banheiro usando um conjunto mais esportivo.

- Estou pronto! Enquanto você se banha, preciso apenas checar uma coisa na recepção, ok?

- Certo. Quando acabar, te encontro lá, ok?

- Já estou com saudades! - disse Carlos saindo do quarto e batendo a porta.

Entrei no banheiro e me deparei com um enorme espelho preso na parede. 

- Como sou bonita! Cabelos castanhos e longos, olhos verdes...

Só agora tinha percebido que estava usando uma camisola rosa, com um tecido bem macio e confortável. Apesar de tudo, era hora de tomar banho. Tirei a camisola e novamente, me dei de cara com o espelho.

- Que corpão, amiga! Eu viraria lésbica por você...

Por um instante fiquei mais aliviada por mesmo sem saber quem era, estava satisfeita com quem descobria ser mas mesmo assim, depois da minha observação sobre meu próprio corpo, me senti um pouco estranha falando essas coisas com um espelho. Abri o box, entrei e liguei o chuveiro. A água estava morna. Enquanto me ensaboava, várias possibilidades passavam pela minha cabeça novamente: será que Carlos me drogou? Ou isso tudo é apenas um sonho? 

O sabão escorria pelo meu corpo, o som dos pingos caindo no chão constantemente começava a me acalmar. Após usar o shampoo e retirar toda a espuma do meu corpo, tentei alcansar a toalha que estava ao lado do box com minha mão. Pelo motivo do meu braço não ser tão longo, a toalha caiu no chão e tive que me aproximar para poder pegá-la. Com a toalha em mãos, comecei a me enxugar.

- Ei! Mas... Com o que irei me vestir?

Saí desesperada do banheiro em busca de algo para vestir. Vasculhei todo o aposento numa velocidade impressionante. Não achei nada.

- Senhorita Dianna? - uma voz vinha do outro lado da porta do quarto.

- Sim?

- Desculpe interromper, a roupa que pediu para ser lavada está pronta.

- Ah, que alívio! Acabei de tomar banho e já não lembrava do que tinha pedido! - menti.

- A senhorita quer que eu traga até aqui? 

- Se possível...

- Sim, é! Pedirei para uma de nossas camareiras vir aqui, me dê só um minutinho! - após dizer isso, ouvi passos apressados se distanciando.

Fui salva! Agora que minha roupa está chegando, só resta esperar. Pegar a roupa, vesti-la e me encontrar com Carlos na recepção.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram, por favor comentem. Se não, critiquem! Estarei disposto a ouvir opiniões diferentes. Esse é apenas um pequeno começo.



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