Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 79
Cap. 79: Socorro, mente!


Notas iniciais do capítulo

Charllottie is dead. aushauhs Essa bixa tem sete vidas...



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--- Calma, Charllottie. Não fique falando rápido demais, eu não consigo entendê-la... -Sam revirou os olhos - claro que não consigo entendê-la, pois está falando rápido demais e não por não haver nenhum tipo de noção, que se encaixe com as minhas ondas cerebrais que me faça entender as coisas complexas das quais está falando. –Sam disse, sarcasticamente.

--- Sam, a pessoa que colocou esta carta, não tem a mínima intenção de que eu não saiba quem ela é. Primeiro, ela pegou uma folha do meu livro. Isso indica que ela quer confirmar a minha teoria de que ela é da organização. Sim, pois, somente uma pessoa que está bem próximo de mim, e que conhece os malefícios de falta de privacidade da organização, muito bem, poderia praticar a proeza impressionante de arrancar uma folha sem que eu percebesse, estando eu sempre com ele na bolsa... –Franzi as sobrancelhas e esperei uma resposta. –Ou seja, ela está disposta a revelar sua identidade, mas ela vai fazer isso tentando contra a minha vida, de certo. Ela está declarando fim de jogo. Entendeu?

--- Sim... Preocupante.

--- Ele tem certeza de que não deixará vestígios de mim para contar sua identidade.

--- Oh, meu Deus... –Sam quase deu um salto da cama. –Você tem que contar para o Peter. Lottie, se não contá-lo, ele vai ficar muito bravo. –Sam disse.

--- É verdade, mas, Sam... Peter está meio melancólico. Não quero dar razões para que ele se preocupe. Estou tentando achar um saída... uma prevenção disso tudo, mas, por enquanto, não há. E não quero que, se não houver, Peter viva seus últimos dias perto de mim a se lamentar e ficar triste. –Falei, ainda assustada e absorta.

  Minha voz estava tremula e melancólica. Um torpor percorria todo o meu corpo e todas as partes de mim que podiam ficar imersas em um gelo surrealista e cortante.

--- Lottie, sinto muito, mas, o que você diz, para mim não faz sentido. –Sam olhou-me penetrantemente e franziu as sobrancelhas. Ela estava furiosa. –Como quer passar seus supostos últimos dia mentindo para Peter? –Sam perguntou, esbravejando.

--- Sam... –Na verdade, ela tinha toda razão.

  Fiquei envolvida em minha resposta que poderia até mesmo chegar, mas não seria válida a menos que fosse contrária ao meu antigo pensamento.

---Você tem razão, Sam. –Ela quase pulou, novamente, mas desta vez, havia excitação e triunfo em seu olhar, por finalmente, eu ter aceitado um de seus “conselhos”.

--- Lottie... eu sempre  tenho razão você que nunca admite. –Sam disse, triunfante.

--- Mas, apesar de você ter razão, não sei ainda o que vou fazer. Sam, eu tambémtenho razão. –Revirei os olhos, não dando a mínima para o que a Sam estava a falar.

  Coloquei a mão no queixo, aflita. “Mente, ajude-me” Eu pensava, tentando achar uma saída em que todos ficassem bem. Mas como poderia? O que era incerto, não tinha jeito. Eu nunca poderia saber quando o gênio resolveria me atacar. Como poderia eu me preparar? Preparar-me para o quê, se nem ao menos sabia o que me atingiria? A única coisa que me vinha a cabeça era: Um mar de incertezas, mais emoções complexas e que atrapalhariam, igual a morte súbita de Charllottie.

--- Ei! Lottie! –Sam acordou-me. –O que está pensando então? –Ela mal terminou de falar e apareceu na tela digital da porta automática um sinal de que alguém estava tentando entrar. Era Peter.

--- Sam... –Eu quase implorei com meu tom de voz sufocado pela mentira a qual eu teria de inventar, rapidamente, sem titubear.

  Foi inútil.

  Sam correu para a porta, antes que eu tivesse chance de matá-la estrangulada com qualquer pedaço de pano existente diante de meus olhos. Eu já sabia que seria inevitável. Busquei em meu cérebro desculpas para eu tê-lo evitado depois de falar com Frida. Sim, pois, naquela longa tarde depois de falar com ela, tranquei-me em meu quarto que ainda estava intacto na organização e disse que precisava descansar, sem ele por perto.

  Ele, compreensivo como era, com certeza não teria estranhado esta minha indisposição, ele me conhecia bem e sabia que, se eu não quisesse falar com ele, não o evitaria, diria a ele que ele era insuportável.

  Mas, com certeza, Frida não havia engolido aquela minha história de que não havia acontecido nada... ela era esperta demais para isso. Embora eu tivesse escondido o papel, ela deve ter notado a falta de cor e a inércia de meu rosto e reações ao me ver naquele transe. O que ela fez? Com certeza contou para Peter. Que, depois disto, foi ao meu quarto dizer que queria conversar comigo. Ainda bem, que depois que ele havia ido ao lugar, não o achei mais seguro e fui ao quarto da Sam. Onde eu estava agora. Prestes a inventar uma das mentiras mais colossais de minha vida.

--- Entre, Peter. –Sam sorriu, sarcasticamente. 

  Coloquei a mão na cabeça e olhei para o chão.

--- Peter... –Olhei para ele e para Sam, que me olhava, triunfante.

--- Lottie... Frida me disse que você não estava normal, depois de ter conversado com ela. Ela disse que você estava gélida e entorpecida. –Peter me olhou, ternamente. Foi de dar pena. Ele parecia estar muito abalado por eu parecer estar escondendo algo. –Me diga, Charllottie. O que houve? –Peter, que estava com um ar mais que sério, fitou o chão e depois os meus olhos. O azul dos dele parecia triturar o verde dos meus com seriedade. Profundos.

  Achei que fiz muito mal em não contá-lo. Além de ele achar que não tínhamos muito tempo juntos, ele agora deveria achar que eu não estava feliz e que havia percebido que tinha sido um erro brutal casar-me com ele, por estar me isolando e indo conversar com Sam. Dadas as circunstâncias, resolvi abandonar a hipótese de contar a mentira colossal, para tentar consolá-lo, depois de ele confirmar que não teríamos mesmo muitos dias. 

--- Ah, Peter! –Corri para ele, parando de fingir a dor de cabeça que iria compor todo o resto da mentira, e o abracei. – Calma. – Sussurrei.

  Eu estava abraçando ele, agora. Eu estava sussurrando em seu ouvido. E não queria sair dali. Nunca mais.

--- Eu... só estou tentando... sabe... Charllottie... –Ele não conseguia terminar a frase. –Pode me contar. O que é? O que fiz? –Ele parecia perguntar-se ao mesmo tempo em que indagava a mim.

--- Não, Peter. Mas, você terá que me prometer que não irá se desesperar. –Eu disse, ainda sussurrando. Eu estava falando como se ele não estivesse me perguntando nada. Eu estava desnorteada.

--- Tudo bem. –Eu o larguei.

  Coloquei a mão no bolso lateral do vestido que estava usando e entreguei-lhe o malfadado papel.

--- O que?... –Ele olhou-me e viu a minha expressão preocupada. Abriu-o então, depressa. Seus olhos percorreram o papel, rapidamente. –Mas... que coisa. –Ele colocou a mão na cabeça e sentou-se, bruscamente, no chão mesmo. Abaixei-me para ficar no mesmo nível que ele.

--- Peter... –Peguei sua cabeça, fazendo-o olhar para mim. –Talvez... tenhamos alguma chance. –Minha expressão, de certo não demonstrara esperança.

--- Precisamos ir embora, Charllottie. –Ele disse, olhando o chão. –Não há como sabermos de nada... não temos chances. Se ele é da organização... Eu... Eu posso esperar tudo. Não há uma margem. Não há expectativa. A não ser se proteger, em vão. –Ele concluiu, sem me deixar perspectivas, com seu olhar gélido, decidido e absorto, que fitava o nada.


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Notas finais do capítulo

Eita... Vão matar a Charllottie... auhsuahusaus



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