Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 70
Cap. 70: Véspera.




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--- Peter! -Gritei.

  Corria o mais rápido que podia, mas nunca o alcançava. Ele estava sentado, com uma expressão de dor profunda. Encostado em uma parede branca, em que não havia vestígios de outras coisas. E quanto a mim, eu estava correndo num vazio escuro. Somente a parede onde ele repousara com sua expressão de dar dó, era branco e psicopático. Na barriga de Peter, havia sangue. Muito sangue jorrava dela. 

--- Fique Bem, Charllottie -Ele estava sorrindo, mas ainda dava para ver que estava quase a morrer.

  Acordei, bruscamente. Quase bati com a cabeça na mesma prateleira em que tinha batido da outra vez que acordei assustada. Meu rosto estava suando e eu me sentia gelada. Toquei, levemente em meu rosto e depois levantei-me.

  Andei até a porta e abri-a como da última vez. Senti um deja vu. Olhei para os corredores antes de sair. Desta vez, não queira sair para tomar água. Queria sair para ver se Peter ainda estava bem. Bom, eu nunca fui de acreditar em sonhos premunitórios, mas, já que, da última vez quase perdi meu braço para o estômago de um cão furioso, resolvi não arriscar.

  Andando pelos corredores, percebi que era tão calmo e tranqüilo a noite, na organização, quando de manhã. Sai do corredor em que estava e fui em direção ao de Peter. Chegando lá, entrei nele e fui, numa longa caminhada, até o quarto trezentos e nove. Aproximei meu rosto do pequeno identificador que havia na porta e ele leu meu rosto com um lazer verde. Peter deveria ter deixado algo meu para que ele me reconhecesse. Depois, coloquei o polegar na tela e a porta abriu depois de dois minutos. Peter estava a me olhar, em pé, com cara de sono.

  Ele usava uma blusa branca que mais parecia um vestido. Cômico.

  Seus cabelos estavam amarrados para trás, mas muito assanhados na frente. Ele coçava os olhos desnorteado.

--- O que quer, Charllottie? -Ele sorriu. Acho que estava achando engraçado me ver com os cabelos em pé e cara de quem está preocupada com algo na calada da noite.

--- Peter... –Olhei para ele de cima a baixo - Você está... -apalpei seu abdômen, no mesmo lugar de onde o sangue vinha em meu sonho - bem? - Perguntei, depois de apalpar, olhando em seus olhos. Franzi o cenho e minha boca estava contribuindo para a expressão desgastante.

--- Bom, tirando o sono e a vontade de morrer de rir de você, sim. -Ele disse, ainda imóvel.

--- Há há . Muito engraçadinho, Peter. É que... –murmurei –eu sonhei novamente e acordei atordoada.

--- Ah, meu amor, você anda vendo muito filmes de coisas impossíveis de se acontecer? -Peter estava rindo. -Entre, Charllottie.

--- Bom, acho que já posso ir. Não há nada de errado com você... -Eu falei, meio irritada.

--- Ah... você veio aqui só por isso mesmo? -Ele perguntou, incrédulo.

--- É, confesso que devo estar tomando alguma substância em altas doses que está me fazendo mudar de personalidade... -Semi-cerrei os olhos, falando comigo mesma -Onde já se viu, alguém acreditar que seus sonhos são premunitórios?

--- Está embriagada pelo amor. –Ele sorriu, novamente. Acho que Peter, realmente estava com sono.

--- Posso... dormir aqui? -Mudei de assunto.

--- Só... -Não o deixei terminar aquela frase.

--- É, quero apenas dormir aqui. -Eu disse, entrando.

--- Ah... logo uma noite antes do nosso casamento? Acho que... não vai ficar muito...-Interrompi-o novamente.

--- Peter, eu não vou fazer nada, prometo. -Sorri. Já estava sentada na cama.

--- Porque...-Ele andou em direção a cama e sentou-se ao meu lado, porém, diferentemente de mim, ele não estava com as pernas em cima da cama. -, então, quer dormir aqui? -Ele perguntou.

--- Eu não sei, Peter, meu coração está apertado. –Eu disse, fitando o chão, atônita.

  Afinal, não o condenei em silêncio pela pergunta. Era mesmo estranho que eu quisesse apenas dormir ali. Quisesse apenas ficar deitada perto dele.

--- E... Eu gosto de ficar perto de você. Especialmente, de dormir perto de você. Sinto-me segura e sinto que estarei com você caso algo aconteça. –Eu deitei, de bruços. Estava de pijama. Bom, não era um pijama... era um vestido de tecido fino. Branco.

  Senti o peso dele sobre a cama, após ter me deitado. Ele passou seu braço por meus ombros e seu rosto ficou bem perto de minha cabeça. Começou a afagar meus cabelos.

--- Eu também. Não fique apreensiva. Eu estou aqui, meu amor. –Ele disse.

  Fiquei, então, a tentar dormir, porém, com Peter ali, do meu lado, era quase impossível. Eu queria ficar acordada para senti-lo. Quanto ao amanhã... eu tinha medo dele.


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