Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 124
Cap. 124: Fim de festa




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 --- O aniversário foi ótimo. –Frida dizia, enquanto terminava de juntar todo o lixo da sala.

 --- É impressão minha, ou você está mais doméstica?! –Ri-me, de modo gracioso. Eu a estava ajudando a arrumar a sala.

 --- Há há... –Frida sorriu, mentirosamente.

 --- Ah... –Suspirei, passando a mão na cabeça. –Já terminei de limpar o sofá...

 --- E eu já terminei de limpar a mesa... –Frida disse, aliviada.

 --- Alguém poderia te ajudar com esta casa. –Disse Frida, suspirando.

 --- Quem? –Perguntei eu, curiosa.

 --- Há varias empregadas na organização. –Frida disse, despreocupada.

 --- É? –Perguntei eu, incrédula.

 --- Sim. Ou acha que nós limpamos?

 --- Mas são  de lá  –Disse eu, sem dar importância.

 --- Mas alguém pode vir. –Ela disse.

 --- Então você poderia trazer uma aqui? –Perguntei.

 --- Sim. Para falar a verdade, estou um pouco cansada de cuidar do Kurt. Ele dá trabalho.

 --- Mas eu só comecei a trabalhar há um mês... –Sorri, admirada.

 --- Exatamente! Chega de Frida, Kurt! –Ela olhou para trás de mim.

 Olhando para a direção em que ela olhava e direcionava a palavra, vi Kurt um pouco atrás da parede. Depois ele colocou seu corpo todo à mostra. Seus olhos eram sérios e urgentes. Bolotas azuis cintilantes olhando para mim, atentamente.

 --- O que quer? –Perguntei, ingenuamente.

  Ele mal falava o que sabia, só ficava com aqueles olhos grandes me encarando, na maioria das vezes. Kurt andou até mim e continuou a me olhar, atentamente.

 --- Ele está com fome. –Disse eu, entendendo.

 Peguei-o no colo e despi-me um pouco. Dei-o de mamar.

 --- Bom, nunca havia o visto  mamar...  –Frida disse, maravilhada.

 --- Não é nada demais... –Sorri para ele, que estava sério e concentrado.

 --- Onde está o Peter? –Frida perguntou.

 --- Ele adormeceu... Bebeu muito suco! –Ri, sarcasticamente.

 --- E este ai vai adormecer bebendo leite... –Ela sorriu.

 --- Bom, Lottie, eu já vou embora. –Ela disse, pegando sua bolsa preta de couro, de repente.

 --- Está tarde, realmente. –Eu disse, levantando-me e segurando Kurt.

 --- Até mais. –Ela disse, acenando.

 --- Vai chamar um carro daqui? –Perguntei, enquanto ela girava a maçaneta dourada.

 --- Sim. –Ela disse, saindo.

 --- Tome cuidado. –Eu disse, acenando.

 Ela apenas acenou e eu fechei a janela.

 --- Agora você e a mamãe vão subir e dormir, meu amor. –Disse eu, adulando-o.

 Subi as escadas devagar o segurando e entrei no quarto dele, sentando-me na cadeira de balanço depois. Fiquei olhando a janela de seu quarto e a lua estava cheia, muito redonda. Era mais que pálida. Fiquei meio absorta nela por uns minutos enquanto me balançava. Kurt dormia. Coloquei-o no berço e sai do quarto, devagar.

 Não estava com sono. Fui até a sala e liguei a televisão. Estava passando um programa sobre cantores esquecidos pela mídia.  Britney Spears  estava lá... Courtney Love  também... Para mim, as duas eram irmãs de gerações diferentes.

 Ouvi um barulho. Congelei.  Virei minha cabeça devagar. Era Peter. Minhas vísceras voltaram a funcionar.

 --- Me assustou! –Atirei o travesseiro em sua cara, mas ele pegou-o antes que o atingisse. Sorri.

 --- Que sono... –Ele murmurou.

 --- E que reflexos... –Disse eu, num meio sorriso.

 Peter estava parecido com quando me pediu em casamento. Cabelos desgrenhados, blusa entreaberta e olhos semicerrados. Aquilo me deu um  deja vu.  Mas o casaco era vermelho. Era a única diferença.

 Ele andou até o sofá e sentou-se perto de mim. Deitou sua cabeça em meu ombro.

 --- Kurt está dormindo? –Perguntou-me ele, sonolento.

 --- Sim, está. –Respondi, despreocupada.

 Encolhi minhas pernas no sofá e tirei os all stars. Fiquei de meias. Cruzei as pernas. Desabotoei as alças da jardineira e fiquei com a blusa preta. Estava frio... Não tirei o cachecol. Aproximei-me mais de Peter para que sua cabeça ficasse mais aconchegada em meu ombro. Passei o braço para trás de seu pescoço e com o outro o abracei. Ele não estava dormindo, mas estava um pouco sonolento.

  A televisão estava baixa. De repente fez um som alto. Despertei e ele também. Ele levantou a cabeça e ficamos cara a cara. Seus olhos pareceram estreitar-se. Minha respiração ficou entrecortada e fiquei meio sem fôlego. “Que lindo”, pensei. Peter se aproximou mais, fazendo com que meu corpo ficasse quase deitado no sofá. Ele estava quase em cima de mim. Seu rosto se aproximou do meu e nos beijamos. Ele sorria e me beijava, enquanto eu estava sedenta. Sua boca percorria meus lábios de forma rápida. Minhas mãos se enrolavam em seus cabelos. Ele pressionava seu corpo contra o meu, vagarosamente.

  Peter sentou-se, de repente. Os olhos atônitos. Aproximei-me dele e comecei a beijá-lo novamente. Agora era eu quem queria. Suas mãos desceram até a minha cintura e ele me ergueu, bruscamente. Sorri, levemente atônita com a mudança. Minhas pernas se agarraram a sua cintura e nos direcionamos até o quarto.

   Peter me colocou na cama e eu despi-me. Ele tirou a sua blusa. Olhei para ele, sentindo-me frenética. Seu torso nu era delineado e branco. Suas formas de um verdadeiro filho de Adão. Seu rosto angelical. Era tudo peculiar. Encantador. Inebriante. Muito branco...

 Dava-me vontade de beijá-lo. Ele subiu na cama e tirou meu sutiã, jogando-o para um lado.

 ---Está  frio. –Eu disse, de repente.

 Um arrepio me percorreu, quando ele arrancou meu sutiã.

 Peter olhou para neve que caía lá fora por um instante gélido. Suas mãos percorreram a minha cintura até as minhas costas, apertando-me contra seu torso. Meu corpo agora estava em total contato com a sua pele macia que me esquentava. Suas mãos percorreram minhas costas nuas até chegar embaraçando meus cabelos na cabeça. Eu sorri, prazerosamente. Mordi o lábio. Ele beijou meu queixo, quando minha cabeça tombou para trás. Agarrei seus cabelos e depois beijei seu pescoço, delicadamente. Era macio, branco, quente. Meu. Meu finalmente. Olhei para ele e o beijei. Beijei seu nariz, depois da sua boca e depois a sua testa. Depois seus olhos. Aqueles olhos gentis. Respirei, pesadamente. Ele tomou meu fôlego restante e beijou-me a boca, com intensidade.

  Abracei-o. Ele me deitou na cama e começou a beijar meu pescoço. Equanto isso eu arfava, no ar frio.

 Ele beijou meus ombros e desceu até a minha barriga. Sua boca estava fria. Fazia cócegas. Sorri.

  E quando eu menos esperava, o sol entrando pela janela de vidro cuja cortina  esquecemos  de fechar na outra noite, me batia na cara.


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