Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn
Peter e eu passávamos o dia juntos. Ele estava no quarto de hospital por obrigação. E eu por não querer perdê-lo de vista.
De repente, no meio de nossa conversa, Frida chegou, atônita.
--- A filha da Norma nasceu, Pete. –Frida entrou na sala, animada. O “animada” dela era andando e sorrindo. Ela geralmente sorria pouco.
--- Lottie, falta um mês para o nosso filho nascer? –Peter perguntou, olhando para a minha barriga. Ele nem lembrou de ficar eufórico com o bebê de Norma.
--- Sim. –Eu disse, sorrindo.
--- Ótimo, Charllottie. –Frida disse, sorrindo. –Já comprei muitas coisas para ele. –Os olhos dela brilhavam de excitação. Talvez ela sempre tenha desejado um irmão.
--- Então é um garoto. –Peter sorriu, satisfeito.
--- É, um garoto. –Eu disse, olhando para barriga, que já estava me incomodando.
--- Lottie, você nem engordou tanto com a gravidez. Tem sorte. –Frida disse olhando para mim com suas bolotas verdes semicerradas.
--- É que enquanto Peter não estava aqui, eu só comia pelo fato de estar grávida. Só sentia fome por estar assim. Mas eu não comia muito.
--- Charllottie, isso me preocupa. –Peter disse, atônito.
--- Não se preocupe, vou comer muito no último mês. –Eu sorri.
--- Samanta não deixava que Charllottie ficasse com fome. –Frida disse.
--- Como sabe? –Perguntei, olhando para ela, que estava atrás de mim.
--- Câmeras. Ah... E, a minha experiência em nos sentimentos de Samanta. –Ela gesticulou os dedos e arregalou um pouco os olhos, depois sorriu.
--- Droga. –Eu disse, irritada.
--- Charllottie você já escolheu um nome para ele? –Peter perguntou, sorrindo para mim de modo angelical.
--- Bom, não escolhi... cogitei...
--- Diga, meu amor. –Ele disse, pegando a minha mão e beijando-a.
--- Eu queria que ele se chamasse Kurt. É um nome que eu sempre achei bonito. E... é alemão. –Eu sorri.
--- Kurt... Claro. –Ele disse, sem titubear. Sorriu, enigmaticamente.
--- Terá um segundo nome? –Frida perguntou. Ela parecia ansiosa.
--- Bom, não pensei nisso. –Eu disse, pegando em meu cabelo.
--- Posso? –Seus olhos brilhavam novamente.
--- Pode. –Eu e Peter respondemos e uníssono.
--- Daniel –Frida disse.
--- Bom. –Peter disse.
--- Sim, assim parece com Kurt Donald Cobain.. –Eu sorri, nervosa.
Peter e Frida se olharam entre si.
--- Cara, isso é que é ser fã. –Frida disse, sorrindo.
--- Não é tanto por isso. É que Kurt é realmente lindo. Como quero que meu filho seja. E não tinha pensado em Daniel, só relacionei, por você ter dito. –Eu disse, presunçosa.
--- Se nascer com a cara do Peter, vai ser um príncipe. –Frida disse, rindo. –E, não se preocupe, fã enlouquecida do Nirvana. Kurt Daniel vai ser um novo Kurt Cobain. Louro, olhos azuis e um lindo bebê.
--- Há... –Eu disse, rindo.
--- Prefiro que ele nasça a cara da mãe. –Peter disse, sorrindo para mim.
--- Não, ele deve ser um verdadeiro príncipe alemão. Quero que ele nasça igualzinho a você. –Eu disse, antagonizando com Peter.
--- Tudo bem, ele pode nascer parecido com Aghata... –Peter semi-cerrou o olhar.
--- Há há... –Frida revirou os olhos. –Me deixem sair, irei ver a Norma.
--- Tudo bem. –Peter disse, olhando para Frida –Diga a ela que mais tarde faremos uma visita. Quando eu tiver saído daqui...
--- Tudo bem. Até mais. –Frida disse, saindo de perto de nós, devagar.
--- Peter eu preciso ver Sam... Ela está muito abalada e acho que está precisando de alguém. Sabe... –Ele me interrompeu.
--- É o Gustav, entendo. –Disse Peter, compreensivo. –Não esqueça o caminho daqui caso queira voltar. Mas, presumo que minha dama vá me abandonar agora. -Ele sorriu.
--- Claro que não. –Eu disse, deixando-o –Amanhã volto. –Soltei um beijo.
x.x.x
Saindo do quarto, fui até o quarto onde eu estava dormindo antes de casar-me com Peter e termos a casa. Ainda estava naquele quarto porque queria conversar com Sam, mas em breve, Peter e eu iríamos para a nossa casa.
Sam entrou no quarto, de repente. Eu estava arrumando minhas coisas e tomei um susto quando ela entrou.
--- Sam... me assustou! –Minha mão foi ao peito e suspirei.
Não havia olhado para Sam e depois levantei o olhar. Vi que seus olhos estavam cheios de lágrimas e ela tentava limpá-las.
--- Lottie... –Ela murmurou.
--- Sam me diga rápido o que aconteceu. Amanhã sairei deste quarto, pois depois de amanhã Peter sai do hospital. –Eu disse, meio relutante.
--- Lottie, o Gustav me provou que não era um demônio impiedoso quando salvou vocês. Mas... de algum modo, eu sinto que ele é ruim. Gustav é muito vingativo e colérico. Ele nunca tinha se mostrado assim antes. Eu não o conhecia. –Sam disse, gaguejando às vezes por falta de fala.
--- O que ele disse para você, Sam? –Eu perguntei, parando de arrumar minhas malas.
--- Disse o que você ouviu. Ele disse que aquele era ele e que, talvez nunca mudasse. E, se eu não podia conviver com aquilo, talvez nunca pudéssemos ser um casal. –Sam enxugava as lágrimas com as costas da mãos. –Mas, Lottie, eu o amo. Eu o amo tanto... Não consigo me imaginar sem ele.
--- Você sabe que não posso dar conselhos, não é mesmo? Sam, se quer saber o que eu acho, apesar de não parecer um boa idéia, eu digo. –Eu disse, vendo que ele estava desesperada.
--- Diga, Lottie. Não sei mais o que faço. Ele é a minha felicidade, mas ao mesmo tempo é algo que não suporto. Estou ficando louca. –Sam colocou as mãos na cabeça e bagunçou os cabelos, suspirando.
--- Bom, pergunte a ele. Pergunte a ele se ele te ama tanto quanto você, que está disposta a ficar ao seu lado, mesmo que odeie este gênio dele. Pergunte a ele se ele está disposto pelo menos a não ser tão ruim enquanto estiver com você. –Eu disse, preocupada com que minhas palavras tivessem sido a pior coisa que eu poderia dizer.
--- Sim, Lottie. É isso. –Sam disse, mas não estava entusiasmada. –Preciso saber. Preciso saber se é mesmo isso que ele quer. Preciso saber se ele também está disposto a ao menos se endireitar um pouco. Ele apenas fugiu de mim quando tentei falar demais... –Ela disse, em murmúrios.
--- Sam, não se preocupe muito. Vá dormir. Esta noite contaremos carneirinhos e amanhã estará tudo bem. –Eu sorri de minha piada inoportuna.
--- Eu realmente me sinto confortada. –Sam disse, sincera e deitou-se, na cama, encolhida.
--- Sam?! –Chamei.
--- O quê? –Ela perguntou.
--- Esta cama é minha.
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