Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 117
Cap. 117: Bebê




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Peter e eu passávamos o dia juntos. Ele estava no quarto de hospital por obrigação. E eu por não querer perdê-lo de vista.

  De repente, no meio de nossa conversa, Frida chegou, atônita.

--- A filha da Norma nasceu, Pete. –Frida entrou na sala, animada. O  “animada”  dela era andando e sorrindo. Ela geralmente sorria pouco.

--- Lottie, falta um mês para o nosso filho nascer? –Peter perguntou, olhando para a minha barriga. Ele nem lembrou de ficar eufórico com o bebê de Norma.

--- Sim. –Eu disse, sorrindo.

--- Ótimo, Charllottie. –Frida disse, sorrindo. –Já comprei muitas coisas para ele. –Os olhos dela brilhavam de excitação. Talvez ela sempre tenha desejado um irmão.

--- Então é um garoto. –Peter sorriu, satisfeito.

--- É, um garoto. –Eu disse, olhando para barriga, que já estava me incomodando.

--- Lottie, você nem engordou tanto com a gravidez. Tem sorte. –Frida disse olhando para mim com suas bolotas verdes semicerradas.

--- É que enquanto Peter não estava aqui, eu só comia pelo fato de estar grávida. Só sentia fome por estar assim. Mas eu não comia muito.

--- Charllottie, isso me preocupa. –Peter disse, atônito.

--- Não se preocupe, vou comer muito no último mês. –Eu sorri.

--- Samanta não deixava que Charllottie ficasse com fome. –Frida disse.

--- Como sabe? –Perguntei, olhando para ela, que estava atrás de mim.

--- Câmeras. Ah... E, a minha experiência em nos sentimentos de Samanta. –Ela gesticulou os dedos e arregalou um pouco os olhos, depois sorriu.

--- Droga. –Eu disse, irritada.

--- Charllottie você já escolheu um nome para ele? –Peter perguntou, sorrindo para mim de modo angelical.

--- Bom, não escolhi... cogitei...

--- Diga, meu amor. –Ele disse, pegando a minha mão e beijando-a.

--- Eu queria que ele se chamasse Kurt. É um nome que eu sempre achei bonito. E... é alemão. –Eu sorri.

--- Kurt... Claro. –Ele disse, sem titubear. Sorriu, enigmaticamente.

--- Terá um segundo nome? –Frida perguntou. Ela parecia ansiosa.

--- Bom, não pensei nisso. –Eu disse, pegando em meu cabelo.

--- Posso? –Seus olhos brilhavam novamente.

--- Pode. –Eu e Peter respondemos e uníssono. 

--- Daniel –Frida disse.

--- Bom. –Peter disse.

--- Sim, assim parece com Kurt Donald Cobain.. –Eu sorri, nervosa.

  Peter e Frida se olharam entre si.

--- Cara, isso é que é ser fã. –Frida disse, sorrindo.

--- Não é tanto por isso. É que Kurt é realmente lindo. Como quero que meu filho seja. E não tinha pensado em Daniel, só relacionei, por você ter dito. –Eu disse, presunçosa.

--- Se nascer com a cara do Peter, vai ser um príncipe. –Frida disse, rindo. –E, não se preocupe, fã enlouquecida do  Nirvana. Kurt Daniel vai ser um novo Kurt Cobain. Louro, olhos azuis e um lindo bebê. 

--- Há... –Eu disse, rindo.

--- Prefiro que ele nasça a cara da mãe. –Peter disse, sorrindo para mim.

--- Não, ele deve ser um verdadeiro príncipe alemão. Quero que ele nasça igualzinho a você. –Eu disse, antagonizando com Peter.

--- Tudo bem, ele pode nascer parecido com Aghata... –Peter semi-cerrou o olhar.

--- Há há... –Frida revirou os olhos. –Me deixem sair, irei ver a Norma. 

--- Tudo bem. –Peter disse, olhando para Frida –Diga a ela que mais tarde faremos uma visita. Quando eu tiver saído daqui...

--- Tudo bem. Até mais. –Frida disse, saindo de perto de nós, devagar.

--- Peter eu preciso ver Sam... Ela está muito abalada e acho que está precisando de alguém. Sabe... –Ele me interrompeu.

--- É o Gustav, entendo. –Disse Peter, compreensivo. –Não esqueça o caminho daqui caso queira voltar. Mas, presumo que minha dama vá me abandonar agora. -Ele sorriu.

--- Claro que não. –Eu disse, deixando-o –Amanhã volto. –Soltei um beijo.

                                          x.x.x

   Saindo do quarto, fui até o quarto onde eu estava dormindo antes de casar-me com Peter e termos a casa. Ainda estava naquele quarto porque queria conversar com Sam, mas em breve, Peter e eu iríamos para a nossa casa.

  Sam entrou no quarto, de repente. Eu estava arrumando minhas coisas e tomei um susto quando ela entrou. 

--- Sam... me assustou! –Minha mão foi ao peito e suspirei.

  Não havia olhado para Sam e depois levantei o olhar. Vi que seus olhos estavam cheios de lágrimas e ela tentava limpá-las.

--- Lottie... –Ela murmurou. 

--- Sam me diga rápido o que aconteceu. Amanhã sairei deste quarto, pois depois de amanhã Peter sai do hospital. –Eu disse, meio relutante.

--- Lottie, o Gustav me provou que não era um demônio impiedoso quando salvou vocês. Mas... de algum modo, eu  sinto  que ele é ruim. Gustav é muito vingativo e colérico. Ele nunca tinha se mostrado assim antes. Eu não o conhecia. –Sam disse, gaguejando às vezes por falta de fala.

--- O que ele disse para você, Sam? –Eu perguntei, parando de arrumar minhas malas.

--- Disse o que você ouviu. Ele disse que  aquele  era ele e que, talvez nunca mudasse. E, se eu não podia conviver com aquilo, talvez nunca pudéssemos ser um casal. –Sam enxugava as lágrimas com as costas da mãos. –Mas, Lottie, eu o amo. Eu o  amo  tanto... Não consigo me imaginar sem ele.

--- Você sabe que não posso dar conselhos, não é mesmo? Sam, se quer saber o que eu acho, apesar de não parecer um boa idéia, eu digo. –Eu disse, vendo que ele estava desesperada.

--- Diga, Lottie. Não sei mais o que faço. Ele é a minha felicidade, mas ao mesmo tempo é algo que não suporto. Estou ficando  louca. –Sam colocou as mãos na cabeça e bagunçou os cabelos, suspirando.

--- Bom, pergunte a ele. Pergunte a ele se ele te ama tanto quanto você, que está disposta a ficar ao seu lado, mesmo que odeie este gênio dele. Pergunte a ele se ele está disposto pelo menos a não ser tão ruim enquanto estiver com você. –Eu disse, preocupada com que minhas palavras tivessem sido a pior coisa que eu poderia dizer.

--- Sim, Lottie. É isso. –Sam disse, mas não estava entusiasmada. –Preciso saber. Preciso saber se é mesmo isso que ele quer. Preciso saber se ele também está disposto a ao menos se endireitar um pouco. Ele apenas fugiu de mim quando tentei falar demais... –Ela disse, em murmúrios.

--- Sam, não se preocupe muito. Vá dormir. Esta noite contaremos carneirinhos e amanhã estará tudo bem. –Eu sorri de minha piada inoportuna.

--- Eu realmente me sinto confortada. –Sam disse, sincera e deitou-se, na cama, encolhida.

--- Sam?! –Chamei.

--- O quê? –Ela perguntou.

--- Esta cama é minha.


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