Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 112
Cap. 112: Cara feliz.




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 --- Vamos, Peter! –Frida gritou. Sua voz era quase inaudível porque ela já havia saído pela janela alcançado o teto.

  Eu ainda estava olhando para Angel aflito.

 --- É parece que cheguei ao fim da linha... -Angel murmurou para si mesma, conformada e triste.

  --- Adeus. –Falei, com um bolo na garganta.

  --- Não fique assim, Pete. Me... desculpe. Não consegui me livrar desta doença... Quero que seja feliz. Mesmo  que eu  a  odeie até a morte. Quero que prometa que não vai se importar comigo. –Angel sorriu. Seus olhos estavam  extremamente  tristes e dolorosos. Mas sua boca se contraia num sorriso sincero. Era como um triste conformismo.

Está tudo bem,  repeti para mim mesmo.

  Angel entendeu que o meu amor por Charllottie era tão sublime e profundo, que não havia nada que ela pudesse fazer para mudar isso, ou para acabar com isso. Ou eu morreria com Charllottie, ou Angel mataria apenas ela e eu a odiaria para sempre. Ou nós dois morreríamos junto.

  E me matar... Angel nunca o quis. Ela havia ficado bastante desnorteada depois que eu entrara no trem. Ela não sabia o que fazer para não me matar junto com todos. Então ela resolveu deixar Charllottie sair e decidiu que nós todos íamos morrer. E que eu morreria, mas morreria  com ela.  Mas Gustav havia trazido a nossa solução. E Angel acabou, por uma infeliz coincidência do destino, fracassando em seus objetivos. O que vencera é que eu e Charllottie permaneceríamos vivos e ela, morta.  Sim, pois ela preferia isto a apodrecer na tortura que é a cadeia da organização. Como uma cadela sem dono, sem amigos, sem afeto. Ela escolheu o caminho obscuro e fácil. A  morte.  Aquilo era um suicídio de um modo deturpado.

  --- Angel... porque mandou a Charllottie correr, naquele momento? –Perguntei, confuso. Era uma dúvida que há algum me perturbava.

  --- Não imaginei... –Angel arquejava -Que ela obedeceria tão fielmente. Além disso, não sei como ela correu tão rápido. Eu disse isso quase quando trem ia partir. Pensei que seria divertido vê-la correr e perder as esperanças. –Ela sorriu –Ou... Ficar presa nas portas. –Ela quase gargalhou, mas no estado em que estava, não conseguia muito.

   --- Se... tivesse pedido ajuda... –Ainda murmurei, ignorando aquela sandice idiota dela.

   --- Vá logo embora, Peter. Só está me fazendo ficar pior. –Angel disse, sorrindo. Ela sempre era sarcástica, até mesmo nesta hora. Angel estava deploravelmente triste. Mas não haveria tempo de se arrepender.

   --- Tudo bem. –Pisei na cadeira e sai pela janela.

   Meus cabelos voavam, parecendo querer arrancar-se de minha cabeça. Olhei para o céu, enquanto ainda estava me segurando na janela. Era tão negro e a lua brilhava em seu centro.

  Gustav apareceu no teto para me dar a mão. Ele subira sozinho. Talvez ele, como era tão  esperto  deve ter feito aulas de como subir de janelas a um teto de um trem a velocidades altas. O ar em meu rosto era quase  sufocador.  Um paradoxo.

--- Vamos Peter! -Gustav gritou do alto.

  Ele me puxou, sem que eu não o respondesse. Dei um pouco de impulso na janela com os pés para que ficasse mais fácil. De repente, lá estava eu no teto do trem.

 --- Segure-se aqui. –Gustav disse, enquanto se segurava na borda da janela, que quase avançava para o teto do trem. Frida já estava segurando, de cócoras. Ambos do mesmo lado. Aghata estava segurando também. Ela estava atônita. Porém parecia  gostar  da idéia. Achei aquilo super estranho.

  --- Vamos todos pular juntos. –Gustav disse, sério e atento. –Dêem impulso com os pés e com as mãos para trás, para que nossos corpos vão para frente. Abram, imediatamente o pára-quedas puxando isto. -Ele segurou um cordão preto nos mostrando. Seus cabelos loiros voavam em seu rosto de modo selvagem. -Segurem-no logo. Quando os planaltos estão ficando mais próximo do chão, eles ficam cada vez  menos íngremes,  por isso temos que puxar imediatamente os cordões. Teremos um problema. -Gustav disse, sua voz era ainda séria e atenta. -Está escuro e estes lugares são praticamente inóspitos. E teríamos que cair juntos para maior chance de sobrevivência. Mas não há modos de fazê-lo.

  --- Então vamos... –Frida disse, sinalizando que não havia o que fazer sobre o problema.

  --- Vamos. –Gustav disse, assentindo.

  --- Um, Dois,Três! -Quando ele falou o três, impulsionamos e pulamos, puxando os cordões.

  O vento em meu rosto era mais prazeroso do que qualquer coisa que eu já sentira. Fechei os olhos, com a forte resistência do ar. Então ficamos ali, flutuando violentamente.


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