Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 103
Cap. 103: Azul lacrimoso.


Notas iniciais do capítulo

Finalmente pude postar. auhsuahsuas É bom que aproveito o tempo pra escrever mais. xD Peter finalmente acordou! :D Aproveitem-se dele. KKK



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Num lugar onde eu desconhecia tudo, eu caminhava como um louco, sem achar um saída. Os meus olhos só viam verde... só viam grama e céu. Parecia o paraíso. O lugar era belíssimo. Eu não sabia quem era. Não sabia o que eu era.

  Não podia ver a minha própria aparência. Talvez, fosse melhor para mim, ficar ali. Sem fazer nada, a não ser olhar para o infinito belo do lugar. Mas algo dentro de mim me apertava o peito. Parecia que alguém necessitava de mim. E eu necessitava desse alguém. Ela. Eu necessitava daquela que era a minha vida. Mas ficar ali, somente a fazer nada, não seria vida, a não ser que fosse com ela. Fechei os olhos. Senti a brisa e não consegui acalmar meu aperto brusco no peito. Abri-os, então.

--- Peter! –Era Norma. Ela estava atônita. Seu rosto expressava tanto felicidade, quanto tristeza. Paradoxal. –Eu sabia que você ia acordar! –Ela disse, entusiasmada.

--- O que os médicos... –Murmurei, ainda surpreso.

  Pequenas lembranças súbitas corriam por minha mente. Do acidente... De Charllottie...

--- O que eles disseram? Para você ter tanta certeza? –Perguntei, curioso.

--- Peter, você estava reagindo inteiramente bem estes dias. Abria os olhos, certas vezes, respondia a estímulos de dor... O médico disse que iria acordar muito em breve e que seu organismo estava reagindo muito rápido.

--- Hm... –Eu balbuciei.

  Olhei para mim. Para as minhas mãos e braços... Não tinham machucados. E, se meu corpo havia se recuperado rápido... Talvez meu cérebro também. Peguei na minha cabeça. Não havia nenhum corte ou pontos. Ou seja, meu cérebro apenas tinha se balançado dentro dela. Por sorte, não bati a cabeça em nenhuma pedra ou coisa parecida. E, assim, certamente não havia perdido massa cefálica. O que me ajudava muito em recuperar-me.

   Quando parei de pensar na minha condição, baixei o olhar para a barriga de Norma percebi que ela estava grávida. Fiquei meio aturdido, mas aquilo pouco me importava, perto de outras coisas da minha lista de importância. Se bem que aquilo mostrava quanto tempo eu ficara naquele hospital. Isso também me deixou meio espantado...

Olhei para ela, sem dizer uma palavra. Olhei para minhas mãos e fiquei fitando-as, assustado. Toquei minha cabeça novamente e preocupei-me, desta vez, em sentir meus cabelos, deslizando por eles até as pontas. Estavam muito grandes. Dos ombros, eles quase alcançavam a metade da minha espinha, agora. Peguei em meu rosto, e havia barba. Talvez eu parecesse com um Grunge, a essa hora... Kurt Cobain, para ser mais exato. Charllottie gostaria disto... Sorri.

--- Peter... –Parecia que a minha consciência de mim tinha voltado completamente, naquele momento.

--- Graças a Deus! –Norma sorriu para mim. Retribui o sorriso. –E... Peter, você está tão bem que... Você já pode sair daqui... Porque seu corpo já está completamente recuperado só pelo tempo que passou aqui. Embora ele esteja significativamente sedentário.

--- Onde está Charllottie?  -Perguntei, de repente.

  Minha mente, alma, coração, corpo, essência, procuravam, incessantemente por ela.

  Depois de tanto tempo, eu a amava mais. Talvez, a necessidade de vê-la, tocá-la. Senti-la novamente.

  Eu queria sentir a sua dor, a dor que ela sentira, ao me ver aqui. Queria finalmente enxugar suas lágrimas cheias de tristeza e aplacar cada pequeno pedaço de ausência que tive.

--- Pete... –Norma se entristeceu e ficou de cabeça baixa.

  Vendo o que ela fazia e dizia, o meu peito voltou a ficar apertado. Será que eu era tão azarado assim? Será que Charllottie merecia este fim? Morrer, antes de me ver aqui, bem, novamente? Olhei para baixo e raiva me tomou. O aperto se tornou dor e corrosão. Uma angústia me invadiu, antes mesmo de confirmar o que havia acontecido. Mas, o que poderia ter acontecido, se não isso? Por que outro motivo, Norma ficaria melancólica, só por me ouvir perguntar sobre Charllottie?

--- Pete, ela foi a estação de trem, buscar a sua mãe. E... as coisas estão bem difíceis para ela... Por causa da condição dela... Nem dissemos que você tinha melhorado tanto... Para não deixá-la excitada demais. -Norma falou, espatifando toda a minha preocupação e me fazendo quase gargalhar -Pete... o que houve? –Ela também sorria, como se aquilo a estivesse contagiando.

--- Não é- que- Eu ainda estava entre risos -Há há há... bom, pensei que Lottie... que... tinha acontecido algo com Lottie. -Parei um pouco de rir, me acalmando. –Mas... Condição?

--- Ela está grávida Peter. –Norma disse, sorrindo.

  Naquele momento meu mundo ficou mais estranho do que antes. Até pai eu seria, depois de acordar do coma... E... Eu estava feliz. Porque Charllottie estava comigo, eu havia finalmente acordado... E agora nosso amor ia apenas multiplicar-se, com uma criança.

  E depois disto, eu fiquei mais entusiasmado ainda para vê-la. Vê-la daquele jeito... Seria um linda Charllottie. Um mãe. Queria embaraçá-la com meu amor todo que agora seria ainda maior. O meu amor paterno. E queria envovê-la em meu abraço e protegê-la e a meu filho.

--- Vou ligar para ela, e dizer que você está bem. –Norma disse, feliz.

  Norma pegava o telefone celular e ligava para Charllottie. Ela fez um gesto com a mão para que eu esperasse.

Eu sorria, sabendo que Charllottie finalmente teria a notícia que tanto esperava.

--- Frida! Você e Charllottie precisam voltar, rápido, precisam realmente! Tenho boas notícias! Terminem logo com isso e voltem! -Norma estava eufórica, parece que não era somente Charllottie almejava isto mais do qualquer coisa nesse mundo... e talvez eu estivesse acordado muito convencido.

--- Peter! Ele acordou! –Norma disse, tão entusiasmada, que quase explodia.

  Mas Norma de repente ficou estática e inexpressiva.

--- O que há? –Perguntei, confuso.

--- Desligaram... sem mais nem menos. –Ela estava nervosa e seus olhos transitavam, de um lado para o outro.

--- Norma, me esclareça o que está havendo! –Eu estava quase louco... Não sabia de nada e estava tentando, a todo custo, organizar meus pensamentos que fluíam como correntes elétricas em velocidades colossais.

--- Peter, você sabe que a Charllottie é ameaçada por alguém, não é mesmo? -Norma disse, gravemente. Depois engoliu em seco. -Se esta pessoa, é da organização, era perigoso até mesmo que ela saísse... Frida não atende mais o celular. Tentei ligar, novamente, depois que ela desligou, sem mais nem menos, mas...

  Ela não precisou falar mais nada.

--- Vamos para estação de trem, Norma. Agora. -Eu disse, levantando-me da cama, bruscamente.

  Meus ossos e músculos estavam meio desestimulados. Senti uma dor terrível nos braços e nas pernas e cai na cama, novamente.

--- Peter, você acabou de acordar de um coma ao muito grave, mas que durou um bom tempo, não pode sair por ai, se arriscando, de repente. –Norma disse, com um rosto desesperado de angústia. Ela sabia que eu não ficaria quieto –E... Você está dolorido, Peter... Está enfraquecido... E... –Interrompi-a.

--- Norma, você... –Eu parei, por sentir dores. -vai me ajudar a ir lá, ou vai ficar ai, dizendo que eu não posso ajudá-la? –Eu perguntei, com os olhos fixos em Norma.

--- Peter... é perigoso, até para mim. Estou...

--- Tudo bem, Norma... -Baixei a cabeça, franzindo as sobrancelhas e pensando em quem poderia me ajudar. –Entendo... chamarei o Chris. Aliás, chamarei todos. Todos que puder. –Disse, gravemente. –Eu quero todos os agentes possíveis na nossa cola.

--- Pet- Interrompi-a, levantando e andando, a me apoiar na parede.

--- Peter, e se você ficar ruim novamente? -Norma perguntou, enquanto eu saia, sem dar resposta. –Peter! –Ela gritou, ao vento.


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Notas finais do capítulo

*o*



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