Na Escola Aprendi a Amar 2 Temporada escrita por nafrancine


Capítulo 3
Chega Julho, pensei que tínhamos tudo juntos


Notas iniciais do capítulo

Um lindo romance pode ser abalado então? Não informei antes gente, mas a história é narrada pelo próprio personagem, sendo o papel das frases em itálico do narrador que terá pouca participação durante a web.



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O fim das provas finalmente chegou. As férias vêm vindo aí e poderei curtir muito mais com minha princesa. Preciso pensar em alguma coisa muito legal para fazermos. E essa aula que não acaba nunca? Tá louco. O que será que ela deve estar fazendo lá na sala dela? Será que estaria pensando em mim ou nos estudos dela? – Sorrio. – É... Esses estudos. Como isso pode ocupar tanto espaço em sua vida? Nos últimos dias ela só tem pensado nisso e se esquecido um pouco de mim. Ou é coisa da minha cabeça? Quem sabe... – Arqueio o ombro. – De qualquer forma a amo demais. Nada pode estragar tudo o que estamos vivendo juntos... Isso esta ficando muito gay, minha sorte é que esta apenas na minha cabeça e ninguém tem conhecimento. – Riso baixo.

- Caramba esse sinal demorou pra tocar! – Reclamo a Carlinhos, meu amigo desde a 5ª série.

- Nem fala meu, só porque as aulas estão no final parece que essa droga vai embaçar para tocar.

- É, pode crê. Ai Carlinhos, to indo lá encontrar minha princesa ok? A gente se vê amanhã de manhã no treino tá? – Estendo minha mão para ele e faço nosso toquinho.

- Vai lá garanhão. – Desde que comecei a namorar Fernanda ele só me chama de garanhão. Gostaria de saber o por que. Mas quem se importa? Vou correndo buscá-la na porta da sala.

- Ei, você viu a Fernanda?

- Hã? Ah, a Nanda saiu faz uns dois minutos.

- Sério? – A surpresa em meus olhos ficou clara demais.

- Aham.

- Tá bom, valeu. – Caminho para fora do corredor da sala dela tentando imaginar para onde ela teria ido. Será que ela foi pra lá? Direciono-me até o cantinho que ela mais adora dentro desta escola. Nosso primeiro encontro, nossos primeiros momentos de namoro. Aquele dia que a derrubei no gramado e a fiz chorar de tanto rir por causa das cócegas na cintura. E os milhares de beijos que deixei em sua face e um abraço de urso bem dado. Muito bom. Hum... É. Ela esta lá.

- Por que você saiu tão rápido da sala amor?

- Hã? – Não havia percebido ele se aproximar.

- Por que não me esperou na sala?

- Ah... Desculpa amor. – Fez uma carinha triste. – É que sei lá. Quis ficar um momento sozinha entende? – Seu olhar pedia-me desculpa. Sento ao seu lado e acaricio seu ombro.

- Amor... Não precisa ficar assim, eu entendo sim. Se você precisa, te dou o tempo que for, mas tem alguma coisa de errado rolando? Posso te ajudar? – Ela suspira.

- Não Le. Sou eu. Estou um pouco perturbada nos últimos dias com um pensamento ridículo e não consigo tirá-lo de minha mente.

- Aham... – Não sei o que dizer a ela. Estou assustado por vê-la assim. Será que... Não, não é isso.

- Ahn... É bem constrangedor lhe pedir isso Le, mas será que poderia me deixar sozinha hoje? Não vou conseguir ser eu mesma contigo hoje. Não quero te magoar. – Como assim não quer me magoar? Será que ela não entende que a presença dela é o que me faz bem e nada pode me magoar? Não. Não posso ser egoísta com ela desta forma. Deve ser um daqueles problemas que só a pessoa mesma pode resolver.

- Isso é bem estranho Nanda. Você sabe que não fico um momento sem você todos os dias... Mas se você precisa então tá. – A voz saiu mais fraca do que imaginei. Abaixo minha cabeça, espero um segundo e torno a olhá-la. Seus olhos não estavam me fitando. Um estranho aperto surgiu em meu peito. Levanto-me sem dizer nada. Deposito um demorado beijo em sua cabeça e saio.

   A tarde esta se arrastando. Esse tempo tá custando demais a passar e um minuto sem ela parece uma eternidade. O que há de errado com meu anjo que ilumina os dias? Ela esta tão apagada, tão distante... Deitado em minha cama coloco meus braços atrás da cabeça. Fico fitando a parede. Estou complicado demais para associar as coisas, nem um simples jogo de vídeo game eu consigo jogar direito. O que será que ela esta fazendo agora? Olho para o relógio, ainda são 15h31min. Pego o celular e disco o número dela. Caixa postal, droga. Acho que vou dormir um pouco, esvaziar os pensamentos da cabeça.

E assim ele fez. Dormiu, sonhou e até mesmo chorou. Em seu sonho ele perdia Fernanda para um enorme buraco, no qual ela se jogará sem nenhuma razão. Quando ela caiu ele despertou.

   Nossa... Acho que estou preocupado demais. Caramba, que dor de cabeça. Coço a cabeça e encontro algo molhado. Sangue. Arrgh! Não suporto sangue, cê é louco. Vou até o banheiro. Quer saber? Acho que já vou aproveitar e tomar um banho. A água morna caindo sobre o machucado vai causar um ardido forte, mas depois passa. É, assim que é bom. Descarregar a energia negativa, restaurar as forças, ser um novo Leandro e encarar tudo de forma madura. Desligo o chuveiro e pego minha toalha. Agora é colocar uma roupa legal, fazer um curativo nesse machucado misterioso e assistir a minha novela. Sorrio.

  Um corte, mas como? É cada uma. Bom, deixa eu me jogar nesse sofá gostoso e assistir minha novela. Tem quem diga que malhação é para boiola, mas não sabendo que eu assisto esta tudo bem. Sei que não sou boiola e Nanda é a prova mais linda que existe. Pensar nela me faz sorrir e não consigo explicar isso. Mas pensar no que ela tem feito comigo nos últimos dias não gera sorriso algum. Suspiro.

O que ela tem feito com ele não gera sorriso algum, exatamente. Os pensamentos dele iam e viam desde a imagem do rosto dela até a última palavra dita. Duas coisas que não combinavam, não faziam sentido. Leandro assistiu a sua novela, depois foi para o computador e sem ter mais nada para fazer adormeceu. Não teve nenhum sonho com Fernanda caindo em um buraco, mas o vazio que sua mente ficou enquanto ele dormia não lhe agradou e acabou não tendo uma boa noite de sono.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que vocês acham que pode rolar?



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