Na Escola Aprendi a Amar 2 Temporada escrita por nafrancine


Capítulo 11
Agora mesmo estou sem direção


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo é um pouco tenso no meu ponto de vista, mas acho bem interessante.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/144851/chapter/11

Capítulo narrado em terceira pessoa.

Vários dias se passaram até completar 10 dias depois da surpresa na casa da jovem Nanda. O mês de julho passou rápido sobrando para Leandro e ela cinco dias de férias.

Leandro manteve-se calado todos os dias. Sua mãe, seu irmão e seu pai pouco presente puderem perceber a mudança de humor no rapaz e tentaram de diversas formas o alegrar.

- Oi meu filho, como você está?

- Ah... Oi pai, to legal. – O jovem permanece imóvel deitado na cama escutando música. O robusto homem alto, com os cabelos grisalhos senta-se ao lado dele.

- Você anda muito distante do mundo Leandro, não que acho isso seja bom para você.

- E você ao menos sabe alguma coisa sobre mim? Sabe o que é ou não bom para a minha vida? O dia que souber me avisa falou? – O jovem vira-se ficando de costas para seu pai.

- Isso não é jeito de falar com o seu pai Leandro! – Cláudio o recrimina, mas é ignorado. Suspira fundo e tenta mais uma vez. – Olha meu filho sei que não ando sendo um pai muito presente, mas tenho tido muito trabalho na empresa e vocês precisam entender isso. Gostaria muito de poder te ajudar com essa história da menina, nunca fui muito bom em orientar você sobre meninas, sabe disso, mas quero ajudar no que você precisar. – Apóia a mão sobre o ombro de Leandro. Este rejeita o afeto e o olha dentro dos olhos.

- Ter os seus conselhos é a mesma coisa que ter nada, pai! – O jovem fala a última palavra em tom de ironia. Cláudio sem saber o que fazer simplesmente se levanta e sai do quarto.

A situação com seu pai sempre fora complicada. Cláudio nunca foi presente na vida do filho e depois da promoção para gerente do Departamento de Comunicação da empresa Fusione as coisas só complicaram. Praticamente ele mora na empresa e não na casa da sua família. Na vida de Leandro ele não é nem de longe o mais importante, não faz muita questão de falar sobre ele a quem quer que seja. Fernanda tentou ajudar o rapaz a ter um interesse familiar pelo pai, mas não conseguiu e hoje tudo que restou dessa relação pai e filho foi um oi e tchau. Isso quando ele consegue ver o pai, que sai de manhã e volta só sabe-se Deus quando.

- Ei Leandu quero joga videogame de carrinho. – Pedrinho diz carregando o controle remoto do videogame.

- Puts maninho hoje não to legal pra jogar...

- Aaaaah mas eu quero joga vai, vamo lá! – Pede o pequenino insistentemente.

- Olha Pedrinho, que tal outro dia hã? O Leandu quer ficar sozinho, to cansado. – Faz cara de cansado pra tentar convencer o irmão.

- Tá bom... – Diz o menino cabisbaixo com voz tristonha retirando-se do quarto.

Leandro suspira. Odiava ter de tratar assim o seu irmão caçula, mas ele não podia enganá-lo ou fingir estar se divertindo quando na realidade não estava. Sempre fora um irmão atencioso e companheiro para Pedrinho, coisa que seu pai nunca foi, e o pequenino perceberia mesmo sem entender que o irmão não estaria bem.

Cansado de ficar só deitado na cama o jovem se levanta. Da alguns passos pelo quarto e para na janela. Olhando para qualquer lugar ele procurava o que já sabia que não encontraria ali, ela. Levou sua mão direita para o alto da sua cabeça e penteou seu cabelo para trás. Quanto tempo ele não o cortava? A franja estava alcançando os olhos e a ponta da parte detrás incomodando a sua nuca. Ainda que não tivesse idade suficiente para a barba começar a nascer o rapaz já podia sentir alguns pelos na parte do seu queixo. Analisando melhor o seu reflexo na janela os enxergou e pela primeira vez em dias se pegou dando um pequeno sorriso de lado. “É Leandro... Você esta ficando cada dia mais velho e o seu coração cada vez mais cansado.” Pensou.

Sua mente estava longe e não pode perceber a presença de outra pessoa no quarto.

- Le?...

- Você?

- Vim saber como você esta.

- Se veio pra dizer mais uma daquelas suas bobagens nem perca o seu tempo. Não to legal pra ouvir qualquer coisa.

- Caso você não tenha se esquecido sou sua mãe Leandro e não vou admitir que fale desse jeito comigo. – Vivian retruca.

- Tá bom mãe desculpa. – Responde sem vontade. Pelo reflexo do vidro ele vê sua mãe sentar-se na sua cama.

- Eu vim te pedir desculpas filho... Sei que naquele dia eu não fui a melhor mãe do mundo, mas achei que sendo um pouco dura com você estaria te ajudando. – Vivian observava o filho enquanto falava e esperou a pior reação do mundo da parte dele. Depois de um longo suspiro ele se virou.

- Tudo bem. Você e nem ninguém tem culpa do que ta rolando, só eu mesmo.

- Mas meu filho você não pode se culpar, as coisas acontecem e nós não podemos fazer nada para impedir. Você não pode se culpar só porque explodiu aquele dia, a vida é assim mesmo. Altos e baixos.

- Acho legal o que você tá falando mãe, mas na boa eu não entendo muito bem não. – Sua feição fica confusa. Sua mãe sorri e o chama para sentar ao seu lado, o rapaz vai e senta.

- Le é normal você não entender muita coisa no momento, você tá descobrindo o mundo, ta vivendo coisas que nunca esperou viver, essa é a hora que você vai errar e aprender com os seus erros, então não se feche, não se prenda a solidão. Por mais que pra você nada esteja fazendo sentido, no final tudo vai se encaixar. O tempo responde qualquer pergunta, cabe a você ser paciente para esperar elas aparecerem. – Vivian o olha com carinho e pela primeira vez depois de muito tempo Leandro se sente seguro e amado.

- Valeu mãe. – A abraça.

Deste momento em diante Leandro passou de menino deprimido para menino determinado. Passou a revisar o conteúdo da matéria de inglês e procurou uma escola de idiomas para se matricular pro segundo semestre. Se Fernanda estava decidida a ir para Londres, com ela ele iria. Arriscaria tudo por ela sem medo de errar, pois se a certeza da sua felicidade estava com aquela menina não haveria motivos para ele se preocupar. O que tiver de ser será.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A fic esta bem próxima do final, vai ser a primeira que eu vou ter chegado tão longe *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Na Escola Aprendi a Amar 2 Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.