Na Escola Aprendi a Amar 2 Temporada escrita por nafrancine


Capítulo 10
Nós sabemos que eu podia achar que estou louco


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é demais pra mim D:



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- Fernanda?... – Desvio sua atenção.

- Leandro?! – Pergunta-me assustada pelo que percebo.

- Posso entrar?

- Ahn... Po-pode... – Ela parece estar sem palavras, sorrio.

- Gostou? – Faço um gesto com a mão referindo-me a surpresa.

- Sim... Mu-muito. – Sorri sem graça.

- Posso me sentar ao seu lado?

- Aham. – Sento-me ao seu lado.

- Ah... você esta lendo essa carta? – Sorrio agora eu que estou sem jeito. – Foi a primeira que escrevi, ela me inspirou a fazer tudo isso. – Coço a cabeça. Vejo-a sorrir.

- É? Gostei muito dela. – Percebo que ela tenta esconder o rosto para evitar uma lágrima. Chego mais perto e passo o braço a sua volta.

- Não chore Nanda, por favor.

- Não estou chorando Leandro... – Diz enquanto enxuga a teimosa lágrima.

- Então tá, assim fico mais contente. – Acaricio seu cabelo.

- Senti falta disso... – Sussurra.

- Do que?

- Do seu carinho, do seu abraço, da sua voz... – Sua voz some. E você nem imagina o quanto eu senti a sua falta, penso.

- Hum... – Comento, na verdade nem sei o que dizer tudo que tinha para dizer esta escrito nestes papeis. Acho melhor esperar ela falar alguma coisa.

- Estou me sentindo perdida Le. – Fala após uns minutos de silêncio. Aperto carinhosamente seu ombro para confortar-lhe a dizer. – Depois daquele dia não soube fazer nada direito, estou com um buraco enorme dentro do peito, tenho vontade de chorar com tudo e sinto sua falta em cada coisa que faço. – Ela me olha com os olhos lacrimejando.

- Nanda... – A aperto contra meu peito e beijo o alto da sua cabeça. Droga, isso é hora de chorar? Lágrimas sacanas. Discretamente com a outra mão passo sobre elas e seco meu rosto. Ela se afasta e me olha.

- Por quê? Por que fez isso comigo?

- O que, a surpresa?

- Tudo Leandro, tudo! Dei meu coração pra você e tudo que você soube fazer foi esmigalhar ele em mil pedaços. Doeu e acho que ainda dói demais aquela cena na sua casa. Nunca senti tamanha dor e agora – Ela diz apontando para os papéis. – agora você vem a minha casa, entra no meu quarto deixa tudo isso esquematizado pedindo-me desculpas como se eu fosse aceitar e esquecer tudo o que aconteceu! – Percebo ela mordiscar o lábio inferior, com certeza ela esta muito nervosa.

- Mas Nanda eu... Eu não tive culpa aquele dia! – Altero um pouco a voz nas últimas palavras.

- Eu tinha outras coisas para te contar. Achou mesmo que era só aquilo? Que eu teria coragem de ir embora assim, sem você? Fala sério. – Ela diz com desdém.

- Tá bom, eu sei que errei ao reagir daquela forma contigo, mas po, você estava me ignorando Nanda, estava me evitando, pensei mil e uma coisas que poderia ter acontecido com você e não cheguei a nenhuma conclusão. Ai assim, do nada, você diz que vai morar em Londres, sinceramente não sei o que você esperou de mim ao escutar esta notícia. – Ergo as mãos na altura do peito. Ela suspira.

- Nesse ponto você tá certo Le, eu não devia ter te tratado daquele jeito, mas eu tinha só alguns dias para dar à resposta a escola sobre aceitar ou não e eu estava divida entre ficar aqui com você ou ir para lá. Não foi fácil pra mim também e eu achei que você fosse entender me apoiar de alguma forma. Mas pelo visto eu me enganei... – Vejo-a sentar na cadeira. – É tudo muito lindo, amei essa surpresa, mas isso não me garante que você vá me entender no futuro ou me apoiar. Desculpa Le, só que não vai dar. – Tendo escutado isso sinto uma pontada no meu peito. Respiro profundamente e acalmo a euforia que quer se espalhar pelo meu corpo. Fecho os meus olhos por alguns segundos e logo abro. Olho para ela, que cabisbaixa e chorando e me aproximo.

- Fernanda Reis – Digo com uma voz determinada. Viro sua cadeira e a deixo de frente para mim. Ajoelho-me para ficar olho a olho com ela. Seguro suas mãos. – Eu não paguei o maior mico na escola e nem te pedi em namoro na frente de todo mundo pra lhe perder desta forma. Eu não me transformei totalmente por você pra vê-la partir – Enfatizo a frase seguinte. – Eu quero você, eu amo você, o meu futuro só vai ser incrível se você estiver ao meu lado. Eu assumo os meus erros e estou inteiramente disposto a mudá-los e me tornar um cara melhor do que você me conheceu. – Pauso um pouco e respiro. Retomo. – Só te peço uma chance... Volta comigo? – Aperto suavemente suas mãos.

- Eu... – Mordisca novamente os lábios. Vejo-a olhar para os lados evitando me encontrar. – Eu... Acho que preciso pensar Leandro. – Surpreendo-me ao escutar a resposta.

- Pensar? – Ergo ainda anestesiado e logo sento na cama dela ao lado do buque.

- Espero que você me compreenda desta vez, pois eu preciso pensar. Minha cabeça esta confusa é muita coisa para eu absorver preciso descansar...

- Tudo bem. – Digo depois de um longo suspiro. Levanto-me e caminho em direção a porta. Antes de sair paro e com uma mão segurando a porta acrescento. – Pense o quanto precisar, mas não esqueça que estou esperando, esperando você. Fico louco sem o seu amor... – Finalizo e saio.

   Não espero que ela venha atrás de mim ou que se deixe levar pela emoção do momento. Conhecendo bem esta menina sei que ela sabe se controlar perfeitamente e que tudo tem de ser pensado antes de uma decisão. Agora entendo porque ela ficou estranha por três semanas, foi o tempo que usou para decidir o que faria. Porém, eu a aceitei assim eu disse que não me importava com os teus defeitos, não posso ser um cretino mais uma vez, mesmo que ela não me aceite ficarei feliz porque eu saberei que ela pensou em tudo e vai buscar o melhor para a sua vida. E o que eu poderei fazer contra isso se o que eu mais quero para Fernanda é o melhor? Se eu não sou o melhor irei pelo menos apoiá-la com suas decisões... Bom, isto é, se ela ao menos me aceitar como amigo. Sorrio de lado e balanço a cabeça de forma negativa. Quem eu quero enganar? Não dá para ser só amigo dela, eu quero é ser o homem da vida dela. Cerro meus punhos e soco a parede do muro da casa dela.

- Ai cassete! – Resmungo por conta da dor. – Melhor ir embora... Preciso esfriar minha cabeça tanto quanto ela. – Falo para mim mesmo.

   Caminho pela rua olhando tudo a volta. Enquanto faço o meu trajeto a pé até a minha casa observo como o mundo se comporta, como todos convivem. Será que em algum lugar teria outro alguém vivendo a mesma situação que eu? Será que é tão comum sofrer por amor? Será possível existir um casal que é plenamente feliz? Por mais que seja impossível, eu gostaria de poder ser assim um dia.

   De cabeça baixa sigo o meu rumo pensando na vida e no todo e reflito sobre coisas que nunca havia pensado antes.


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Notas finais do capítulo

Ai ai, o que será que vai acontecer?



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