POV Silena Beauregard

Lágrimas escorriam pela minha face. Ele havia me salvado, me beijado, me pegado no colo e me carregado até ali e depois dito que não era nada. Como assim não era nada?

Eu não sabia por que eu me importava com isso, não sabia por que me senti tão bem quando ele me beijou e também não sabia por que, quando tinha visto a sua expressão de indiferença ao me dizer que aquilo não era nada, meu mundo pareceu ruir.

Bom, talvez eu soubesse o porque. Não, isso era impossível. Não com ele, aquele rude do filho de Hefesto.

Mas, por mais que eu quisesse me convencer disso, no fundo, eu sabia a verdade. Eu havia me apaixonado por ele. Havia me apaixonado por Charles Beckendorf.

Mas sabia que esse sentimento não era correspondido, ele jamais sequer olharia pra mim. Para ele eu não passava de uma menininha fútil. E por isso eu estava aqui, chorando por amor. Chorando por ele.

                                                POV Charles Beckendorf

Depois de sair da enfermaria, eu segui para as forjas. Não ia mais voltar para jogo, precisava me acalmar. E trabalhar sempre me deixava mais calmo, sempre fazia com que eu esquecesse os problemas por um tempo. Chegando lá, comecei a forjar, mas eu não sabia o que estava fazendo. Minha mente não estava ali, estava naquela clareira, revivendo aquele momento. Eu não queria admitir, mas sabia que não restavam mais opções. Eu sabia a verdade e não podia mais mentir para mim mesmo. Eu havia me apaixonado por ela.

Mas eu não iria criar expectativas, sabia que ela jamais olharia pra mim. Afinal, ela era uma filha de Afrodite, pode ter qualquer um, por que olharia pra mim?