We Are Dust In The Wind escrita por LizzieMoon


Capítulo 11
Laguna Beach




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E lá estava eu. Sentada dentro do avião esperando a decolagem. As lágrimas não queriam mais sair. Até elas já se conformaram com a minha ida. Era isso então?

New York é uma cidade linda. Prédios, lojas, carros... O barulho das buzinas, alarmes de carro. A nevoa durante a manhã. Morava num bairro um pouco longe do centro de New York, um lugar onde havia árvores, praças e tudo o mais. Mas... Olha Laguna Beach é era um lugar maravilhoso mas... Suspirei.

Chega de pensar nisso. É só... um ano...

Não falei isso? Irei terminar o ensino médio em Laguna Beach. Pois é...

Algumas horas depois e cheguei ao meu destino. Lá estava eu Laguna Beach, Califórnia. Avistei minha tia mais a frente, peguei minhas malas e andei até ela.

- Oi... – falei sem animo algum. Ela sorriu incentivadora.

- Vamos? – afirmei com a cabeça.

Andamos em direção ao carro e partimos. Minha tia morava em um bairro lindo de Laguna Beach, não muito longe da praia em si, mas não tão perto também. A rua era linda, cheia de árvores, gramas bem feitas e jardins cuidados. Bem diferente de New York.

Ela me ajudou a levar as malas ao meu novo quarto e me deixou por lá. Não era feio. As paredes provavelmente iriam ser pintadas, porque branco não é a minha praia... Isso se titia deixar, é claro. A cama era grande e havia uma escrivaninha no canto. O closet ficava ali perto também e o banheiro, deduzi ser, ao lado.

Minha tia entrou em meu quarto e sentou na cama, sorrindo sem graça.

Ela era mais nova que mamãe. A irmã caçula da família. Não tinha filhos ainda e, pelo que soube recentemente, estava namorando. Na verdade era como uma amiga pra mim ao invés de tia. Sempre foi assim, não seria tão difícil conviver com ela mas eu sentia falta de Nova Iorque, sentia falta dos meus amigos. E nem um dia direito se passou, suspirei com isso. Seria um longo tempo.

- Afinal, por que sua mãe quis se livrar de você? – disse, sorrindo.

- Robert. – suspirei.

- O quê? Ela não me disse que tinha voltado com aquele cretino... Mas, como assim?

- Não sei. Ele... Apareceu com ela esses tempos e começou a passar tempo demais lá em casa, já pensei que ia morar ali. – ri com esse pensamento. – Alias, deve estar morando lá agora não é? Meu irmão morreu e ele conseguiu se livrar de mim. A casa só pra ele.

Titia suspirou, ok, seu nome é Megan e sei muito bem que se ela me ouvir chamando ela de tia vai me espancar até morrer, então por favor, chamem ela de Meg.

-Sua mãe é uma idiota mesmo...

- Nem me diga. – ri, me jogando na cama. – Mas e esse seu namorado?

- Ah ela contou. – ela sorriu sem graça. – Nada de mais.

- Ah por favor. Quero detalhes.

- Do tipo?

- Como ele é?

- Moreno, olhos azuis, tatuagens, jeito de maloqueiro, curte as suas bandas...

- Uh, um rockeiro. – sorri. – Você sempre com bom gosto. – Ela riu.

- Soube que você também estava namorando...

- Ah...

- Oh. Vocês... Terminaram?

- Terminei com ele. – suspirei. – Afinal, Laguna Beach é do outro lado dos Estados Unidos. Ele não merece isso.

Comecei a encarar o chão. Olhar pra Meg me dava vontade de chorar.

- E como ele era? – soltei uma risadinha.

- Moreno... Olhos verdes, meio magrelo. – ri – Um amor.

- Nada muito diferente...

- Ah é sim. – soltei uma risada. Suspirei em seguida. – Patético isso.

- O quê? – nesse exato momento meus olhos se encheram de lágrimas.

- Quase o perdi e agora... Realmente aconteceu. – Meg suspirou.

- Não vai ser tããão ruim assim... – ela sorriu. – Bom preciso sair... Sabe como é. Você conhece a casa, a cidade e o bairro. Divirta-se. E quando digo divirta-se eu realmente quero dizer isso. – sorriu. – Pense nisso como férias, ok elas vão durar um pouco mais, mas ainda assim.

Ela levantou e caminhou até a porta, ao chegar lá parou e olhou para mim rindo.

- E você também sabe onde fica o telefone. Fique a vontade. – e saiu.

Arrumei todas as minhas coisas no quarto. Roupas e sapatos em seu devido lugar. Livros, maquiagens. Enfim, tudo onde deveria estar. Coloquei os cds e dvds em cima da escrivaninha. Teria que arrumar uma TV, um DVD e um rádio stereo. Amanhã quem sabe. Caminhei até a porta e avaliei meu quarto... Nada mal. Suspirei.

Seria um longo, longo ano. Como já havia passado na escola, graças às provas de final de ano, não iria me matricular em alguma escola, fui considerada passada e apta para seguir de ano. Pelo menos mais tempo para me adaptar.

Desci as escadas e caminhei em direção a sala. A casa era bonita. Enorme. Meg adorava esbanjar. Os móveis provavelmente eram caros, a casa em si deveria ser cara. Me lembrava a infância, bons tempos. Lembro que uma vez carreguei Frank comigo nas férias de verão. Ri ao lembrar. Frank amou tanto a praia que não quis mais ir embora. Tive que correr pela cidade inteira atrás dele. Minha mãe louca de preocupação e Meg rindo...

Preciso tanto dele agora. Aceitaria de bom grado um abraço.

Com esse pensamento que peguei o telefone e liguei para ele. Meg havia dito que podia, não é? Então vamos aproveitar.

- Alô? – atendeu no outro lado da linha.

- Hello Frankiero. – dei risada. Ele odiava quando chamava ele assim, misturando nome e sobrenome.

- LIZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ! – berrou do outro lado. Ouvi barulho de coisas caindo e risadas.

- Frank, por favor, não destrua onde quer que você esteja. – ele riu.

- To na casa do Ray me deixa destruir o quanto quiser.

- O CARALHO! – ouvi Ray berrar do outro lado.

- Cala boca, to falando com a Lizzie. – ouvi Frank dizer, provavelmente longe do telefone. – Enfim. Como está Laguna BITCCCCCH?

- Laguna Beach. – ri – A mesma de sempre. Lembrei agora a pouco de quando você veio aqui pela primeira vez. – ele gargalhou do outro lado da linha.

- Nossa, nem me fale. Esse lugar é um paraíso vei.

- É.

- Como está a Meg?

- Linda como sempre. – resmunguei. – Minha própria tia é mais bonita que eu. Como isso pode ser justo!?

- Ah cala boca Moonhead. Droga Ray manda o Gerard calar a porcaria da boca, quero falar com a Lizzie. Desculpa. – dei risada.

- Ge ta ai? Manda um beijo praquela puta. – dei risada.

- GERARD LIZZIE TE MANDOU UM BEIJO, ELA DISSE “MANDA UM BEIJO PRAQUELA PUTA”. – Frank berrou do outro lado da linha quase arrancando meu tímpano fora.

- PUTA É ELA OK. – o ouvi berrar. Amigos...

 - Bom você ouviu. – Frank disse rindo.

- Oras, eu puta. – gargalhei. Em seguida fiquei séria e em silêncio. Frank suspirou.

- Ele não ta aqui.

- Ok... – assenti.

- Não posso te dizer que está pulando de felicidade com isso e que já foi pra alguma festa extravasar e pegar todas pra te esquecer. – soltou uma risadinha. – Na verdade ele não ta tão bem quanto você iria querer. Mas... Ele ainda conversa com o pessoal, se serve de consolo.
Suspirei.

- Frank... – minha voz saiu chorosa. Lizzie, por favor!

- Liz, para com isso vai. Chega. Não ta sendo fácil pra ninguém. Até o Gerard sente saudade. – barulho de tapa. – OUTCH! DESGRAÇADO ESPERA SÓ. Enfim. Todos estamos com saudade. – ele deu ênfase no todos. – Assim ta bom?

- Sim – ouvi Ge dizer.

- Continuando... Mas não adianta chorar por isso. Não que o Ray não tenha feito um escândalo quando contei o motivo de você estar indo embora.

- Cala boca!

- E ter chorado feito uma mulherzinha, sabe? Quando o namorado da um fora nela?

- CALA BOCA FRANK! – Ray berrava do outro lado.

- O que quero dizer. É que ficar ai em Laguna Beach chorando, sem ter seu gostoso aqui pra abraçar e agarrar não vai adiantar de nada, sabe?

- Uhum. – concordei, na verdade já estava chorando numa hora dessas e nem controlar mais conseguia.

- Então seja a Lizzie que conheço! Forte! Você sempre foi forte... Principalmente quando queria me dar um tapa por roubar suas bonecas.

- Você roubava elas o tempo todo. – comentei me desculpando, minha voz saiu falhada, mas não liguei.

- Você não me deixava brincar... Enfim, isso não vem ao caso. – ele riu. – Agora me faça um favor e cuide da minha amiga entendeu?

- Ok Frank.

- E não chore.

- Vou tentar.

- E vou ter que passar pro Geraúdo antes que ele me mate. – soltei uma risadinha. – Te amo ok?

Suspirei, lágrimas rolando pelo rosto todo.

- Também te amo seu feioso. – ele riu.

- ALO ALO. – Eis que surge Gerard no outro lado da linha. Soltei uma risadinha. – Vish, liguei pro centro depressão? Ta chorando ai sua vadia? Chega de chorar por favor. – suspirei.

- Você sempre simpático com as pessoas.

- Prazer, Gerard Way. – ele riu.

- Quero te morder. – fiz bico, sei que ele não pode ver, mas com certeza ele imaginou.

- Credo hein. – gargalhei.

- Ta cuidando do meu Frank?

- Se com cuidar você diz bater nele a casa cinco minutos... Sim.

- Não mata ele ok? De resto, pode bater. – ri. Frank protestou do outro lado da linha.

- Espera ai, vou pra um lugar onde NÃO TENHA TANTOS IDIOTAS e eu possa conversar EM PAZ com você. – falou, dando ênfase nas partes importantes. Dei risada. – Pronto.

- Como ele tá Ge?

- Mal. – suspirou.

- Geeee, cuida dele por favor. – voz manhosa.

- To tentando. Ele não conversa muito. Se fechou.

- Gerard...

- Vou tentar ok?

- Queria falar com ele...

- Da um tempo... Não sei se ele conversaria com você agora. Não é por te odiar ou coisa do tipo é só que...

- Vai doer.

- Isso.

- Me sinto uma megera.

- Não é culpa sua.

- Você me faz um favor?

- Diga.

- Vigie aquele filho da mãe. Isso não vai ficar barato.

- Olha. – pausa – Você sabe que não queria fazer isso mas... Devido as circunstancias atuais, você não precisa pedir duas vezes.

- Obrigada. – suspirei – Tenho que desligar, pede desculpa pro Ray. Manda um beijo pra todos, amo vocês. E... Cuida dele.

- Amo você também. Pode deixar.

Desliguei. Sabe qual a pior parte disso tudo? A música que estava tocando no rádio em quanto conversava com eles. Mais irônico impossível. Por que liguei aquela porcaria mesmo?

Um mês depois.

- Cheguei. – Meg berrou do andar de baixo. Estava no meu quarto lendo a biografia do Slash pela décima vez. É viciante ok, não me julguem.

- Aqui em cima. – falei pra Meg se localizar.

- Slash? – entrou, sentando na minha cama. Algo em sua mão fazendo barulho.

- É viciante. – olhei em direção as mãos dela. – O que tem ai? – ela sorriu marota.

- Lembra o que você me disse? Sobre pintar o quarto? – assenti – Comprei as tintas. – falou erguendo as latas. Agora que reparei que são latas. Oculista por favor.

- No Way! – pausa, risada interna – Quando a gente começa?

- Agora mesmo!

Afastamos todos os móveis, cobrimos o chão com jornal e os móveis também pra não sujar. Resolvi pintar meu quarto de preto com uma parede roxa. O que é o contrário do quarto em Nova Iorque que é roxo com uma parede preta. Entendem? O inverso. A vida inversa, minha outra vida.

Trocamos de roupa, para não sujar as roupas boas e começamos a pintar.

Foi uma bagunça que só. Ainda mais quando respinguei tinta na cara dela e Meg me devolveu com uma pincelada na testa.

- E quando você vai me mostrar seus domínios na guitarra? – Meg falou, terminando um acabamento da parede em que estava pintando.

- Sou péssima...

- Não é não que eu sei.

- Qualquer dia desses. – sorri.

- Antes das aulas de preferência.

- Antes das aulas. – concordei.

Continuamos a pintar e só paramos quando, em fim, terminamos. Ficou lindo. Tomei um banho rápido em seguida e fui para a sala onde Meg estava jogada no sofá.

- Você sabia que vai ter um show do Big Four na Califórnia?

- SLAYER, METALLICA, MEGADETH E ANTHRAX? – berrei, quase caindo do sofá de animação. Meg assentiu rindo. – A GENTE VAI, CERTO?

- Claro que sim! São as quatro grandes bandas do trash metal! VOCÊ ACHA MESMO QUE VOU PERDER ISSO?

- Ah meu Deus, porque minha mãe não puxou a você nem um pouco. – falei rindo ao mesmo tempo que passava a mão no rosto. Meu Deus o Big Four.

- Na verdade agradeça por EU não ter puxado ela, sou mais nova com licença.

- Certo, certo. Ah meu Deeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeus. Vou morrer, vou enfartar. Se eu morrer agora, a culpa é toda sua entendeu? VOU-MORRER-DO-CORAÇÃO.

Meg ria enquanto eu fazia um escândalo pela sala, falando que iria morrer, ter um enfarte, bater as botas. Reclamando que a culpa seria dela por não ter vivido muito da minha vida por causa da noticia. Mas, caralho!

Não resisti em subir até meu quarto e colocar um CD do Anthrax e em poucos minutos Among the Living começou a tocar. Meg veio até meu quarto e se juntou comigo. Ela era a baterista e eu a guitarrista imaginária e também vocalista.

Me jogava em cenas escandalosas, fingindo solos de guitarra fora do tempo e exagerava na interpretação de um vocalista maluco.
A música terminou e caímos rindo na cama das cenas anteriores.

- Sou uma ótima vocalista. – disse com a mão na barriga de tanto rir.

- Com certeza. E ótima guitarrista também.

- Ah, muito obrigada. Você é uma ótima baterista. Se daria bem no show biz. – falei rindo.

- Eu sei. O James Hetfield já me chamou pra tocar no lugar do Lars quando ele ficou gripado sabe? Mas eu disse que era boa demais pra tocar no Metallica.

- E eu concordo. – gargalhei. – Já fui chamada pra substituir o Slash no Guns N’ Roses sabe, mas não queria humilhar o coitado.

- Sei, porque você era nascida nessa época né?

- Exato. – Meg levantou da cama rindo.

- Vou pedir uma pizza. Quatro queijos e calabresa?

- Sim. – fiz positivo com as mãos.

Os melhores sabores de pizza ok? Meg saiu do quarto e foi em direção à sala provavelmente ligar pra pizzaria. Continuei deitada na cama rindo. Depois de conseguir controlar minhas risadas, parei e fiquei ouvindo o cd.

Anthrax é bom demais. Agora imagine um show com o Big Four inteiro no palco! Vou enfartar naquele show. Dormir na fila pra grudar da grade. Driblar os seguranças e subir no palco. Agarrar o Hetfield, que provavelmente vai estar mais perto se o conheço bem. E depois ser presa pela policia por tascar um beijo nele... Posso continuar sonhando com licença?

Parei com os devaneios, só observando uma a música. De repente algo me ocorreu na cabeça. Um pensamento não muito feliz para o momento.

A banda preferida de Mikey era o Anthrax. Nós usamos a mesma camiseta no dia que saímos pela primeira vez, quando o conheci. E não falo com ele a um mês...


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Notas finais do capítulo

TARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRDE :) milagre eu postando a tarde vei, geralmente atualizo fic na madrugada UHWEOIJSDOJISDOJKSPO mas as aulas tão ai, quase batendo na porta, tem que se acostumar com a tarde e enterrar a madrugada :| OIJEOJIPSDKPSOKD esssssssssssssssssssssssssssspero que gostem desse cap. No começo ali, quando escrevi a parte dela falando com os amigos KKKKKKKKKKK eu tava ouvindo Dear God, quase enfiei na fic porque tipo KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK muito o que ela deveria estar sentindo não acham? KKKKKKKKK ai deus, morri. Enfim. Diz se gostaram ou se odiarammmm. Morro de medo quando vejo uma review nova KKKKKKKK começo a surtar do tipo 'pronto, odiaram essa porcaria, vou excluir essa fic e sumir do nyah' KK ai eu vejo que são elogios ou pedindo continuação e eu saio berrando e gritando que vcs são umas fofas e querendo morder todas KKKKKKKKKKK mas enfim né KKK, é isso for now. SE eu tiver empenhada continua a fic ou de madrugada ou amanhã, se eu não tiver ideia, vocês esperem. Sou imprevisível, eu sei, sinto muito haha, AMO VCSSSSSSSSSS, bye s2