até o Fim. escrita por Srta-Maya


Capítulo 1
Capítulo I Tudo conspirando contra minha pessoa.


Notas iniciais do capítulo

Estou um pouco receosa a respeito dessa fanfic. Gostaria muito de saber, de quem está lendo, como está esse primeiro capítulo.

Sem mais, ai vai.



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Capítulo I – Tudo conspirando contra minha pessoa.

Era uma manhã como outra qualquer. O dia amanhecera nublado e fazia um pouco de frio lá fora.

Havia me arrumado com o uniforme escolar, e no momento corria contra o tempo. Estava mais uma vez super atrasada e não podia de forma alguma chegar na segunda aula.

O motivo era simples. Teria prova logo na primeira, e caso não a fizesse estaria tremendamente encrencada, não só com meu professor, como também com meus adoráveis pais. O outro motivo era que a escola resolvera proibir a entrada de alunos na segunda aula.

Caminhei o mais rápido que pude. Não prestava muita atenção por onde andava, como havia dito, estava super atrasada e ainda precisava arrumar as folhas de fichário onde continha todo conteúdo da prova de hoje, que eu havia pego com a Carol.

O pior de toda essa situação era que, arrumar essas benditas folhas andando rapidamente só me fazia ficar mais embaralhada ainda. Que maravilha! O dia hoje nascera com a graça de querer conspirar contra a minha pessoa.

Quando, graças a Deus, estava com quase todas as folhas organizadas, uma coisa muito deplorável me aconteceu. Eu acabei por trombar com a parede, ou seria um poste? Não sei, sequer tive tempo de olhar.

A batida fora tão forte que com o impacto acabei indo para trás e como se isso já não fosse o bastante, me desequilibrei e cai no chão. Ê maravilha!

Era eu caída no chão e as pessoas passando por mim me encarando de uma forma estranha e outras, no descaramento total, tentavam inutilmente prender o riso. Ao invés de terem essas reações, podiam muito bem me ajudar. Eu ficaria bastante agradecida.

Mas também pudera, não é. Eu mesma riria desta situação se minha vontade de chorar não fosse maior, por conta do desespero que me invadiu...

As folhas, as malditas folhas, estavam espalhadas pela calçada. Que horror, eu havia tido tanto trabalho em ter que organizá-las.

Recolhi, creio eu, todas as folhas num tempo recorde. Isso porque não queria que mais pessoas me difamassem como sendo “A garota louca que tromba em postes sem mais nem menos” .

Depois de conferir que estavam todas as folhas em minhas mãos, me levantei e, espera aí...

Se eu bati em um poste ou uma parede, que seja, a mesma não deveria continuar intacta, no mesmo lugar? Tipo, eu não sou tão forte assim, não a ponto de fazer essas coisas terrivelmente pesadas, capaz de esmagar uma pessoa, virar pó em apenas uma trombada.

Então, por que quando olhei para onde minutos atrás havia trombado, nada encontrei? Na verdade, até encontrei, mas não o que eu queria encontrar. Confuso, não é?! Deixe-me esclarecer.

Onde deveria estar o poste ou parede, tanto faz, estava um homem, na verdade, um garoto, ele parecia ser jovem o bastante para ser chamado de homem. Não que eu esteja duvidando de sua masculinidade, nada disso, nem conheço o cara para sair dizendo algo sobre ele e tudo o mais, enfim.

O garoto era alto e prendia o riso, pelo que percebi, idiota. Olhando para ele, dando uma checadinha, notei que seus cabelos tinha um tom acastanhado e estavam arrepiados, mas não era aquele arrepiado de “acordei e nem penteei meu cabelo”, pelo contrário, era aquele arrepiado charmoso. Seus olhos estavam serenos, mas com um brilho de humor, devo confessar que fiquei encantada com o preto intenso deles.

Tudo bem, já que estou confessando algumas coisas, irei confessar outra. Sempre tive uma quedinha por garotos de olhos pretos. Esquisita? Talvez. A razão era simples, olhos azuis, ou verdes nunca me chamaram muita atenção, apesar de serem bonitos. Eu preferia me perder mil vezes encarando um céu escuro, sombrio e sem estrelas, do que um mar calmo, se é que entendem. Um aviso, ainda não liguem para o hospício, tenho muito a contar e viver.

Eu o encarei confusa, claro, depois de ter feito o checkup, ai eu me lembrei que estava atrasada, e lembrando o atrasada me lembrei de mais uma coisa, atrasada era apelido. Segui meu trajeto até a escola, minhas esperanças de que o portão ainda estaria aberto já estavam a um fio da inexistência.

-Ei, não irá me pedir desculpas? –Só então notei que estava sendo seguida, ou acompanhada? Preferia ficar com o acompanhada. E a pessoa que fazia isso era o garoto que ficara no lugar onde deveria existir um poste/parede, ou a bendita coisa com a qual trombei...

Um pensamento muito louco passou por minha cabeça. E se por acaso, eu tivesse o poder de dar vida a coisas inanimadas, não só dar vida, como também transformá-las em humanos? Tudo bem, eu sei que não sou capaz de fazer isso.

Acho que o garoto deveria estar falando comigo, não é mesmo? É melhor respondê-lo.

-Eu? –Ok, isso não foi bem uma resposta, mas nem ligo, estou mais é preocupada com o portão do que com esse estranho me seguindo. Cara, eu devo ser anormal.

-Sim, você! –Senti um tom em sua voz de obviedade.

-O que tem eu? –Será que sou a única que conversa estranho com as pessoas?

-Me peça desculpas. –Ele não me fez um pedido, e sim, me deu uma ordem. Que abusado. Sem contar que o tom de sua voz agora saiu exigente.

-Por que razão lhe devo pedir desculpas? –É cada louco que me aparece.

-Você é lerda ou só está se fazendo? –Ou, ou, ou, ou, ou! Ai já de mais, estou começando a ficar aborrecida com essezinho aí. Quem ele pensa ser para me chamar de lerda? Só dou permissão aos meus irmãos para me chamar de lerda.

-Não sou lerda, você que é louco! –Se ele tem direito de me chamar de lerda, eu tenho o direito de chamá-lo de louco, certo?1 Eu tenho, não é? Ah tanto faz, falo mesmo, nem ligo.

-Eu, louco? –Cara, ele ficou incrédulo só porque o chamei de louco? Que doideira. Aposto que não fui a primeira a chamá-lo de louco, ou fui?

-Exatamente, você, louco. Sacou? –Falei de vagar para ver se ele compreendia.

-Não sou louco. –Respondeu estarrecido.

-Ok, fingirei que acredito. –Dei uma pausa. –Por que continua me seguindo? Olha só, eu to sem grana, meu celular não ta funcionando, meu MP4 ficou em casa, não tenho nada de valor, se você for um bom observador, notará que meu all-star é do Paraguai, minha meia está mais furada do que os barracos das favelas do Rio de Janeiro em meio aos tiroteios, meu brinco é de R$1,99... –Tudo bem, não era tudo verdade, minha meia não estava furada, eu só queria salvá-la, era minha favorita.

Encarei o garoto que agora ria.

-Estou apenas esperando seu pedido de desculpas, não sou nenhum trombadinha, pode ficar com sua meia furada. –Deus é pai, garanti a segurança de minha meia, ao menos, por mais um dia.

-Aguardando meu pedido de desculpas? Quanta insistência! Me diga uma coisa, o que exatamente lhe fiz? –Puta cara, será que sou sonâmbula e invadi a casa dele, será que fiz algo que não devia? Ai minha nossa senhora, me perdoe caso tenha feito algo impróprio.

-Trombou em mim. –Mais uma vez o tom de obviedade pairava no ar.

-Como é que é? Então realmente não havia nenhum poste/parede, e sim um garoto. –Murmurei.

-O que disse? –Perguntou-me e eu nada respondi. Estava botando os miolos pra funcionarem.

Vamos ver se realmente entendi. Eu trombo nele, caiu no chão, quase morro, mentira, e o cara ainda quer que eu peça desculpas?!

Só tenho uma coisa a declarar. É melhor ele sonhar, mas sonhar de olhos abertos pois, se for de olhos fechados vai perigar que ele nunca mais os abra e acabe como a Bela Adormecida ou seria a Branca de neve? Tanto faz...

-Disse que quem me deve um pedido de desculpas é você! –Não fora isso o que eu disse, mas para todo caso...

-Eu, por que? –Ele estava confuso ou só se fazia?

-Oras, você é muito duro, sabia?! Não duvido que amanhã apareça uns hematomas no meu corpo. –Acho que a mulher que passou por nós tinha a mente muito suja, por que ficou nos encarando estranhamente. Daí eu me toquei que o que falei podia ser entendido de duas maneiras. Por Deus, eu não falei no duplo sentido, sou inocente.

Deixando a mulher de lado continuei a falar:

–Sem contar no baita trabalho que tive para organizar umas folhas e do nada aparece você no meu caminho, se trombando comigo e fazendo as benditas simplesmente se espalharem por todo canto. Ah, vale ressaltar também o fato de que estou encrencada, e a culpa é sua! Olhe lá, -Apontei com o dedo indicador o portão da escola. –está vendo aquele portão fechado?! Pois então, eu deveria estar lá dentro antes que ele estivesse nesse estado. Eu perdi uma puta de uma prova muito importante. Ah cara, minha mãe vai me dar umas cintadas violentas. –Despejei litros de palavras em cima do garoto e o panaca simplesmente riu. –Você ri? O que acha engraçado? A desgraça dos outros?

-Não, não acho a desgraça dos outros engraçado. O engraçado é ver a facilidade que eles têm de jogar sua culpa para o próximo. –Falou como se fosse um sábio.

-Como é que é? –Eu não havia entendido.

-A questão é simples. Não jogue sua culpa para cima de mim, como fez agora pouco, assuma seus erros. –Disse-me com gentileza.

-Assumo meus erros e não jogo a culpa nas pessoas quando a culpada sou eu. E se por um acaso estou lhe culpando, fique sabendo que você realmente é o culpado.

-E por qual motivo sou o culpado? –Levantou uma de suas sobrancelhas esperando por minha resposta.

-Se não estivesse no meu caminho nada disso teria acontecido. –Respondi ácida.

-Não, você está errada. Se tivesse acordado mais cedo, sairia de casa mais cedo, logo, eu não estaria no seu caminho e nada disso aconteceria. –O cara era bom de raciocínio.

-Para sua informação, eu acordei cedo, ok. –A essa altura já havia parado de caminhar e agora estava com os braços cruzados, encarando-o ceticamente.

-Se acordou cedo, o por quê do atraso? –Indagou se aproximando de mim, de forma desafiadora.

-Não lhe devo satisfações de minha vida. –Toma seu trouxa, te calei.

-Está completa de razão, não me deve. A única coisa que me deve é um pedido de desculpas. Poderia deixar de doce e me pedir desculpas? Estou prestes a me atrasar para um compromisso.

-Oxi, o que ainda faz aqui, vá para seu compromisso. Não pedirei desculpas, não venha com exigências para meu lado. –Provavelmente eu já estava com um bico no rosto, costumava ficar assim quando me aborrecia com algo.

-Cresça garota, um pedido de desculpas não lhe matará. –Ele simplesmente disse isso e me deu as costas. Como se eu fosse deixar isso barato, até parece. Ninguém manda eu crescer e me dá as costas.

Na hora em que fui puxá-lo para voltar a me encarar, pois tinhas poucas e boas para lhe falar, tropecei numa pedra maldita e se não fosse o garoto idiota me segurar, eu teria me estabacado no chão.

-Você realmente gostou de trombar comigo, diz ai. –O imbecil teve a audácia de me sorrir com malicia.

-Babaca, como se eu fosse gostar de trombar com um brutamontes como você. –Disse me afastando de seus braços.

-É mesmo? Não é o que me parece. –Ele ta me sacaneando... Me respondam uma coisa?! Quais seriam as chances de eu ser aniquilada após quebrar uns dentes desse panaca? Será que viria uma enxurrada de vadias atrás de mim, caso eu deformasse esse rosto bonitinho? Que se dane elas, eu me garanto. Mas por hoje, deixaria aqueles dentes brilhantes e seu rostinho intactos.

-Até nunca mais, garoto babaca. –Agora sim, estava satisfeita. Dei as costas para ele e fui rumo minha casa. Lá eu teria que enfrentar uma tigresa indomável, digo, minha querida e adorável mãezinha.


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Notas finais do capítulo

E então, como está a fanfic? Muito ruim? O que preciso melhorar? devo excluí-la??

Bom, até o próximo, eu acho...



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