A Pergunta que não Quer Calar escrita por Lady, Tutti
Notas iniciais do capítulo
*u*
Os passos da pequena garota ecoaram pelo salão do QG da grande caçada. Atrás de si, caminhando calmamente, vinham seus pais e sua irmã.
- Tio Zero! – Gritou à pequena abraçando o rapaz de codinome Zero. – Tia Grandark – gritou logo em seguida.
- Eu já disse que não era para me chamar de Tia sua pirralha – resmungou a espada.
- Calma Tia – pronunciou a irmã gêmea da garota mostrando-se totalmente calma, diferente da irmã que estava cheio de energia. – Olá Tio Zero.
- Eu já disse que não sou Tia de vocês – gritou novamente a Grandark.
Logo aproximaram-se os pais das crianças, calados como sempre, e começaram a conversar com o andarilho. Caladas as pequenas ignoravam a conversa dos adultos enquanto envolviam-se em suas próprias duvidas.
- Hmm. Tio Zero... – começou a mais extrovertida chamando a atenção de todos para si, mas antes mesmo que pudesse continuar ouviu-se mais passos ecoarem pelo salão anunciando que o restante dos membros da caçada chegaram.
- Eu sei, eu sei que sentiram minha falta – gritou o imortal chamando todas as atenções e fazendo pose heróica que logo foi desfeita devido ao soco que a ruiva dera neste.
- Exibido como sempre – resmunga rodando os olhos e cruzando os braços.
- Mas eu sei que você me ama assim – fala o imortal aproximando-se da ruiva e puxando-a pela cintura enquanto beijava-lhe os lábios.
- Bem que dizem que o amor machuca – sussurra o druida para a arqueira que dava pequenos risos.
- Podemos, por favor, deixar o momento romântico para outra hora – fala a asmodiana entrando em meio ao casal aos beijos e separando-os.
- Ta com ciúme do fracote? – pergunta Dio sorrindo de canto para Rey, que apenas bufa. – Rá, rá...
As reações da garota foram apenas: cruzar os braços, fazer bico e fechar os olhos ignorando o que o asmodiano acabara de falar.
O garoto demônio apenas aproximou-se da asmodiana encostando seus lábios nos dela, ato que a fez abrir os olhos assustada e logo em seguida dar-lhe um soco com todas as suas forças nele. O rapaz cambaleou para trás, mas logo firmou-se em pé novamente e sorriu para a garota, agora constrangida pelo que ele havia lhe proporcionado.
- Essa é nova... – começa o moreno – uma Elesis dois na equipe – continua olhando da ruiva para a asmodiana.
- A não... – choraminga a rosada. – Mais uma Elesis na equipe eu não agüento....
- Como é que é? – grita a ruiva caminhando em direção a rosada erguendo a maga de sua camisa.
- Já vão começar a brigar de novo – sussurrou a loira com uma gota na cabeça.
- Eles nunca mudam – comentou a comandante aproximando-se de onde estavam o andarilho, as crianças e seus pais, Lass e Mari.
- Tio Zero... – chamou a garota novamente puxando a ponta da camisa do andarilho e voltando seu olhar para a Irma. – Será que devo perguntar Nassy? – perguntou a pequena afastando sua franja albina da frente de seus olhos para observar a Irma.
A Irma apenas acena um ‘sim’ com a cabeça e prende um pouco dos seus cabelos azulados atrás da orelha não querendo desconcentrar-se sobre aquela questão que, no momento, era importantíssima para ambas as meninas.
- Tio Zero... à tia Grandark é ‘tia’ ou ‘tio’? – pergunta a menina inocentemente.
O silencio estabeleceu-se no local enquanto olhar de todos voltavam-se para Zero cuja resposta nem ele mesmo sabia.
- Err... – começou Zero abrindo a boca para pronunciar-se, mas fechando-a logo em seguida. Enquanto os membros da caçada ao seu redor, incluindo as crianças e Mari que nunca havia, se quer, questionado-se sobre isso. Agora mostrava-se curiosa sobre a espada.
O olhar da polaris observava cuidadosamente a espada de Zero enquanto o albino mantinha seu olhar sobre sua garota. Enciumado por esta estar curiosa sobre aquele fato que, na realidade, pouco importava para o rapaz.
- Zero... – chamou a Grandark em uma voz tão doce que chegou a fazer com que o andarilho sentisse um frio percorrer-lhe a espinha.
- S-S-Sim? – perguntou ele hesitante sobre o que viria a seguir.
- Eu não acredito que... – começou ela delicadamente. - DEPOIS DE TODOS ESSES ANOS QUE PASSAMOS JUNTOS VOCÊ AINDA NÃO SABE SE EU SOU HOMEM OU MULHER - continuou ela alto o suficiente para que todos no grande salão ouvissem.
O andarilho manteve-se calado em seu lugar assustado demais para conseguir pronunciar algo. Logo a pequena a sua frente desespera-se.
- Tio Zero, Tio Zero. Vocês esta bem? – pergunta puxando ainda mais a camisa do andarilho.
- Espera um pouco... – pronunciou o moreno aproximando juntamente do resto da caçada. – Como vocês... err.... – continuou ele, não com palavras, mas sim fazendo gestos com a mão apontando para todas as direções possíveis.
O andarilho franziu o cenho tentando entender o que o imortal acabara de perguntar.
A rosada suspirou enquanto aproximava-se do rapaz e sussurrava em seu ouvido o que o moreno quis dizer.
- OH MY GOD! – pronunciou a ruiva colocando a mão sobre a boca em surpresa enquanto o andarilho corava dos pés a cabeça.
O silencio da duvida permanecia no lugar, enquanto, ate mesmo Lothos, questionava-se sobre aquilo naquele momento.
- ZERO RESPONDE ALGUMA COISA – gritou Grandark novamente sem obter nenhuma resposta do andarilho paralisado em seu lugar.
- Err... – começou ele não sabendo o que responder.
- Mas... à tia Grandark não respondeu se é ‘tia’ ou ‘tio’ – falou a pequena sendo a mais introvertida.
- Éééé... – confirmou a mais extrovertida.
- Você quer que eu te responda? Então eu vou te responder – falou a espada grosseiramente.
Logo pode-se escutar apenas o tilintar de metal no chão enquanto a espada desprende-se das costas do andarilho e fica frente a este tomando então sua forma humana. Uma garota fez-se presente na grande sala nua esta mantinhas as mãos na cintura enquanto encarava Zero com seus esverdeados olhos de gato. Seu cabelo longo e verde vivo chamava a atenção de todos para si enquanto virava-se logo em seguida para encarar todos os presentes.
- Ah... então é tia – sussurra a pequena extrovertida.
- Então é assim que vocês... – começou o imortal sendo interrompido pela ruiva que tampara sua boca com uma mão enquanto a outra tampava seus olhos. Logo então o ato da ruiva foi imitado pela roxinha que tampava a visão do azulado, pela dançarina que impedia a visão do ruivo, pela loira que forçou o druida a fechar os olhos, pela azulada que apenas jogou um olhar intimidador para o albino já entendendo o que deveria fazer, ou seja, fechar os olhos e por Rey, mas esta fracassou, pois Dio não deixou-se enganar e segurou a mão da asmodiana que rapidamente tapou a visão deste com a outra mão.
- Primeiro você me bate agora me impede de ver outras mulheres. Você não acha que esta querendo demais, não? – provoca Dio.
Ainda mantendo os olhos do garoto demônio fechados a asmodiana aproximou-se dele unindo seus lábios aos deste, mas logo os separando.
- Feliz agora? – pergunta ela um pouco corada.
- Estaria mais feliz se estivéssemos só nos dois sozinhos em um quarto... – fala – de preferência sem roupa e... – continuou em um sussurro, mas foi interrompido por Rey.
- Calado ou você apanha mais – ameaça corada dos pés a cabeça.
- Ruivinha eu quero você longe desse demônio – sussurra o imortal para a ruiva.
- Serio? – pergunta ela inocentemente aproximando seu corpo do de Dio.
- Eu tenho a impressão de que você esta fazendo o que eu acabei de pedir para não fazer – sussurra o imortal.
- Eu? Você não confia em mim amor? Ate parece que você não me conhece – diz ela aproximando-se cada vez mais do asmodiano.
- E é por te conhecer que eu cogito essa hipótese – diz ele com um gota na cabeça.
- Zero... – chama a Grandark virando-se para o andarilho e percebendo que este observava qualquer canto exceto ela que estava a sua frente. - Porque você não olha para mim?
- Err... – começa ele sem jeito continuando a desviar o olhar e corando mais a cada segundo.
- ZERO! OLHA PRA MIM – grita Grandark ainda percebendo que este não fazia tal ato.
- Como isso é possível? – pergunta Mari ajeitando os óculos frente à face.
- Você mudou. Antigamente não tirava o olho de mim... – comenta Grandark.
- Com uma espada como essa ate hoje eu nunca iria tirar o olho – comenta o imortal logo recebendo um soco na barriga desferido pela ruiva.
- Baka! Hentai! – grita à ruiva.
- Você fala isso como se não tivesse rolado entre a gente – comenta o imortal fazendo o olhar de todos voltarem-se para a ruiva mais vermelha que o próprio cabelo.
- Mas não rolou seu... seu... seu BROXA – disse a ultima palavra em um grito agudo logo em seguida colocando a mão sobre a boca se tocando sobre o que havia dito enquanto cada membro da caçada olhava para eles de olhos arregalados.
- A Elesis e o Sieghart eles já... já... err.... – disse Ronan com alguns gaguejos fazendo a ruiva corar mais ainda enquanto as pequenas garotas presentes tentavam entender o que era discutido.
- Zero... – começou a Grandark tentando, mais uma vez, ter a atenção do andarilho para si. – O que é broxa? – perguntou inocentemente.
- Broxa... – começa o imortal já pondo-se de pé novamente. – É o que rolou entre você e o Zero ate hoje...
- Ahhh... então foi isso que aconteceu aquela vez... não, não foi aquela. Foi na outra – comenta a Grandark olhando pensativa para o chão enquanto o olhar de todos, inclusive da comandante, voltavam-se surpresos para o andarilho que em sua defesa tentava explicar que não foi aquilo.
- N-Não. G-Gente nao é o q-que vocês e-estao p-p-pensando... – gagueja Zero.
- COMO NÃO? – gritão Grandark. – FOI EXATAMENTE COMO ELES PENSARAM. Tava eu, você e a gente tava...
- Poupe-nos dos detalhes – grita Rey olhando para Dio que tinha seu sorriso no rosto sendo desmanchado.
- Ruivinha eu não quero você nem perto desse demônio nem perto desse andarilho – disse o imortal jogando um olhar mortal sobre o asmodiano e logo em seguida sobre o andarilho, ao qual a ruiva já aproximara-se.
- Pelo menos eu tenho certeza que eles podem fazer o algo que você, certamente, não consegue mais de tão velho que é – comenta a ruiva.
- Não se preocupe Elesis. Garanto que estou em condições melhores do que essa múmia ai – diz Dio sorrindo maliciosamente para a ruiva. – Quer experimentar?
A ruiva apenas da uma piscada de olho para Dio ato que não passou despercebido por nenhum membro da caçada.
- Tia Grandark – chama a menininha de cabelos esbranquiçados. – A senhora pode ter bebê?
- Boa pergunta – reponde Grandark virando-se para Zero.
- Tia Gradark – chamou agora a menininha de cabelos azulados. – Por que a senhora ta sem roupa?
- Bem... – começou a espada sendo interrompida pela pequena albina.
- Tia Grandark, o que a senhora faz com o Tio Zero quando estão sozinhos?
- A mesma coisa que eu faço com a ruivinha quase todo santo dia – sussurra o imortal. – E que dias – continua com malicia fazendo a ruiva corar mais.
- Tia Grandark, a senhora ama o Tio Zero? – perguntaram as duas crianças ao mesmo tempo voltando-se para a mulher que ainda permanecia nua e que agora estava completamente atônita sobre aquela pergunta. Teria resposta para qualquer coisa. Passado. Presente. E ate mesmo futuro. Mas ainda se questionava muitas vezes sobre este assunto.
Grandark corou pela primeira vez na vida e abaixou a cabeça escondendo sua face avermelhada, ato que não passou despercebido pelo andarilho.
- Ta tudo muito bem, ta tudo muito bom, mas vamos continuar logo o que viemos fazer aqui – pronuncia Rey já observando que Grandark voltara a ser uma simples, porem poderosa, espada.
- Bom... – começa o asmodiano – então é melhor eu e a Elesis rumarmos para o quarto. Certo Elesis? – a ruiva apenas sorri para o demônio enquanto o imortal fuzila este com o olhar.
- E eu ficarei de olho em você Dio – comenta a asmodiana observando-a de canto de olho.
*
Ao fim da festa ambos encontravam-se em suas casas sendo que Rey tomou a iniciativa de tomar a limpo o ‘assunto’ entre a ruiva e o demônio, assim também fez Sieghart praticamente interrogando Elesis.
Encontrando-se em seu banheiro Zero repassava todos os acontecimentos daquele dia. Mas uma pergunta ainda rondava sua mente tal qual não havia sido respondida por Grandark e este queria muito saber o por que disto.
Desistiu de tal pensamento e enrolou-se em uma toalha saindo assim do banheiro e deparando-se com a Grandark em sua forma humana sentada sobre a cama do andarilho.
No instante em que os olhos de zero depararam-se com o corpo desnudo da garota este corou no mesmo instante e desviou o olhar. Logo pode-se ouvir um suspiro de Grandark que apenas se levantou frustrada.
- A-Axo que você não me quer mais – sussurrou ela temendo que a resposta fosse ‘Sim’. Logo esta virou-se abraçando ao próprio corpo.
- NÃO! É que... é que... – começou ele escolhendo as palavras. Esta virou-se para encará-lo.
- É o que? – pergunta ela virando-se para encará-lo com um brilho no olhar.
Aparentemente a pergunta, antes feita pela pequena sendo direcionada a Grandark e que mais cedo naquele mesmo dia parecia não ter resposta certa, agora tornavam-se as palavras que o andarilho buscava desesperadamente.
- É só que. Você... você é... você é ela - diz ele em resposta.
- Só por isso? – pergunta ela sentindo seu orgulho de espada lendária ser abalado por uma simples frase composta por apenas algumas palavras. Grandark levanta-se bruscamente e caminha rumo à porta. – Se é só isso que te incomoda não quero mais ser um peso para você – disse pronta para sair quando, porem, sente sua mão ser segurada por Zero. Logo esta voltou seu olhar para o andarilho surpresa com aquela reação.
- Não era isso que eu quis dizer – diz ele rapidamente.
- Então prove... – começa ela.
- O que?
- Prove que você me quer ao seu lado – continua ela esperando alguma reação do andarilho. – Eu sabia - sussurrou tristemente depois de alguns segundos enquanto virava-se em direção a porta.
Antes mesmo que o primeiro passo pudesse ter sido dado Zero puxa-la em sua direção e sela seus lábios enquanto colocava a outra mão em sua cintura e a puxava para mais junto de si.
- Zero... – sussurrou Grandark logo ao se separarem enquanto tocava de leve os dedos sobre seus próprios lábios.
Logo então estes se encaram e pode-se notar um brilho diferente no olhar de ambos enquanto uma sensação totalmente nova toma posse do corpo de Grandark.
O primeiro passo dado pelo andarilho fez com que a garota recuasse um, logo então outro passo foi dado e, mais uma vez, esta recuou ate que então fosse de encontro à parede atrás de si.
- O q-q-que v-você ta f-fazendo? – pergunta Grandark entre pequenos gaguejos corando de leve.
- Provando que eu te quero ao meu lado para sempre se possível – responde o andarilho fazendo-a corar cada vez mais.
Logo então este tomou os lábios desta novamente em um beijo cheio de paixão e luxuria.
No momento em que se separam a garota então abaixa a cabeça envergonhada fixando suas orbes esverdeadas no piso de madeira.
- Grandark... – sussurrou Zero fazendo com que a garota erguesse a cabeça devagar, mas ainda sim não fixando o olhar no dele. – Você me ama?
O coração da garota disparou ou escutar aquela pergunta. Fechou os olhos por um momento deixando-se levar por suas lembranças sendo que todas eram compartilhadas com o andarilho presente a sua frente.
Ela apenas abri os olhos e morde o lábio inferior. Não sabia ao que era o amor tinha de admitir para ele. Talvez ele pudesse lhe dizer o que era isto. O que era este sentimento que muitas pessoas corriam atrás e chegavam a fazer loucuras por ele.
- Zero... – começou ela desviando o olhar inicialmente, mas logo fixando suas orbes nas dele. – O que é o amor?
O rapaz franziu o cenho.
- Quer dizer. Como eu sei que estou amando? – perguntou ela meio timidamente.
- Eu não sei exatamente – diz ele inicialmente. – Mas acho que é quando você quer sempre esta do lado daquela pessoa, sempre ajudá-la, protegê-la. Não importa o que aconteça – responde ele tomando em mãos uma das mechas do cabelo da garota. – E é assim que eu quero estar com você, quero poder saber que o que nos une não é apenas a relação da espada para com o seu portador e sim algo mais, único e especial – sussurra Zero acariciando o rosto de Grandark.
Ela apenas abaixa a cabeça apoiando-a no peito de Zero.
- Eu quero que você esteja ao meu lado sempre Zero. Quero que algo mais forte una a gente – ela então ergue a cabeça para encará-lo nos olhos. – Eu... eu quero poder amá-lo e... e quero que você me ame também.
Tais palavras pronunciadas fizeram com que o andarilho sorrise mais. Logo, então, selando, mais uma vez, os lábios desta e guiando-a a cama sem dar fim ao beijo para que, aquela noite, ele a fizesse sua, só sua.
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preguiça @.@ps: é 5:24 da matina @.@culpa da thatta eu ta acordada a essa hora u.uninguem manda ela me da muita ideia pra fanfic xD