Blood At Her Hands escrita por diamondsky


Capítulo 5
Capítulo 5 - The Distraction




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 A imagem do corpo largado a exatamente dois metros do lago, ainda estava gravada na mente de Brian, mesmo tendo uma foto do que ele tinha visto com os próprios olhos a horas atrás. Ele teria retorcido suas feições se não fosse expert em lidar com mortes – graças a sua profissão.

O corpo estava completamente ensanguentado, e por ter sido recente, o corte fundo que ia da altura do apêndice até a costela ainda sangrava lentamente, deixando a cena ainda mais horripilante.

Quem quer que tenha matado todas aquelas pessoas – Bernard Kingsley, Robert Pristle, a mulher que mais tarde foi identificada como Kim Lesmech e por fim, um dos donos da boate, Cam Bridget – não tinha um pingo de pena, coração ou qualquer coisa que impedisse alguém de cometer crimes como aquele.

Brian observava o teto de seu quarto, sem realmente vê-lo, enquanto separava mentalmente cada detalhe de cada assassinato, tentando fazer ligações entre eles. Ela poderia ser um tipo de psicopata frustrada amorosamente e vingativa. Isso, se Kim não estivesse incluída nessa lista negra.

Todas as vítimas eram ricas ou tinham posses extremamente valorosas. Exceto por Kim, que não era nada mais, nada menos que uma garçonete da Starbucks mais afastada do centro.

Grunhiu irritado com todas aquelas coisas que tomavam e confundiam sua mente.

Depois dela, sua vida havia virado de cabeça para baixo. Isso se houvesse alguma vida restante para ele, tudo agora se resumia a Scotland Yard, criminosos e lei. Se não tinha vida... era bem fácil que não tivesse mais alma, a Scotland Yard havia sugado-a. Mas por enquanto, tudo que precisava era de uma distração.

E ele sabia muito bem onde conseguí-la.

xx

- Sério, calem a boca. – resmungou para os dois rapazes ao seu lado.

Estava se cansando de todo aquele falatório sem fim dos seus companheiros de trabalho. Muita conversa, pouca diversão não era exatamente o que ela gostava. Pensando bem, aquela vida não era algo que ela gostasse. Odiava ter de se esconder nas sombras, apenas cumprindo ordens; mas agora, não haveria jeito de se livrar daquilo, uma vez que estava metida até o pescoço. Havia muito arrependimento, mágoa e ódio preenchendo sua alma do vazio que possivelmente a tomaria se não houvesse amado. Se não amasse quem amava.

Virou a taça de Bloody Mary de uma só vez, inclinando a cabeça para facilitar o processo. Fehou os olhos, desfrutando do prazer do álcool descendo por sua garganta, causando-lhe uma leve tontura. Por baixo de suas pálpebras fechadas, sua mente um pouco fora do normal lhe fazia ver imagens não desejadas. Imagens dele tocando e beijando aquela maldita.

Abriu os olhos rapidamente e abriu os olhos para caçar uma presa. Naquela noite, ela queria fazer algo sombrio. Olhou a sua volta, e mais além. Do outro lado, parecendo solitário com seu copo vazio em cima da pequena mesa a sua frente, ela viu algo muito melhor para se fazer numa noite como aquelas. Sua vontade de fazer algo sombrio fora reduzido a quase nada.

Pediu uma dose de whisky e outro Bloody Mary ao barman, ajeitou o vestido e os cabelos claros e rezou, para qualquer que fosse a divindade a que recorria nas horas difíceis – apesar de não acreditar em nada daquilo – que ele não a reconhecesse, ou teria sérios problemas.

Pegou a taça e o copo adornado e seguiu na direção dele. Caminhou firmemente pelo pub, e, quando chegou perto o suficiente, pôs o whisky na mesinha fazendo-o olhá-la de cima a baixo.

Por um momento, pensou ter reconhecido-a de algum lugar, mas o mais provável era que estivesse ficando velho o bastante para confundir as pessoas – principalmente no escuro miserável que estava aquela porcaria de pub. Bem, ela era bonita.

Exibiu um sorriso de lado, meio sacana.

- Boa noite, Sr. Haner. – cumprimentou-o. – O que um homem tão ocupado faz numa boate em plena quinta-feira? – perguntou sutilmente, sentando-se perto dele.

Brian riu. A primeira pessoa que se aproximava dele, já estranhava o fato de estar numa boate, isso sim era um insulto ao seu passado de farras com amigos e mulheres. Aí estava a prova do quanto havia mudado. Do quanto havia se fechado para qualquer tipo de vida, no mínimo, legal, fora da polícia. Abaixou a cabeça, ainda com um sorriso em seus lábios.

- Digamos que hoje, eu queria... esfriar a cabeça um pouco. Arranjar uma distração, quem sabe. Afinal, sabe o que dizem, não é? Cabeça quente não produz coisa boa.

A garota a seu lado sorriu, maldosa. Sabia muito bem o motivo da possível inquietação de Brian Haner e pra falar a verdade, estava pouco se fodendo.

Brian tomou um gole do whisky e olhou-a de lado. Pensou em ir direto ao ponto, mas talvez pudesse ser ousadia demais. Mas bem, ela tinha vindo até ele, o que provavelmente, indicava que ambos queriam o mesmo.

- Sabe, acho injusto você saber o meu nome, e eu não saber o seu.

- Impossível um cidadã londrina não saber seu nome. – comentou.  – Meu nome é Chloe.

- Então, Chloe, que acha de irmos ao meu apartamento?  – perguntou. – Posso te fazer um Bloody Mary, se quiser. Sou ótimo como barman.

Chloe riu e assentiu. Levantaram-se, indo para o estacionamento, mal sabendo que eram observados. O rapaz cutucou o loiro ao seu lado e apontou para Brian e Chloe saindo, juntos, do pub.

- Cara, Zacky não vai gostar nem um pouco disso.  – o loiro disse.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou do capítulo, levanta a mãozinha o AUEHEUHEA



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