Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 29
Sem Medo de Lutar




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Notando que Samantha e William se afastavam do pilar, sendo o manipulador do vento perseguido por Sol, Fernand inicialmente estava confuso. Porém, logo concluiu que seu aliado havia optado por bater em retirada, uma vez que o inimigo era forte demais. Sem muita escolha, o guerreiro da terra deixou o local.
–Fernand: É melhor você sair vivo daqui, William.

Minutos depois, no topo do templo, Sol observava William incerto se este realmente havia perecido. O membro da rosa branca lançou uma pequena estrela ao chão, a qual explodiu na metade do caminho, iluminando o local e permitindo que o loiro avaliasse melhor a situação.
–Sol: Hmpf. Parece mesmo que está morto. É uma pena que a Samantha tenha escapado.
O controlador de estrelas preparava-se para descer do templo, quando sua memória o lembrou de um pequeno detalhe.
–Sol: Ah, é verdade, havia três deles. Será que o outro ainda está por aqui?
Virando-se para o lado oposto, Sol caminhou até a outra beirada, observando a praça e o pilar. Não havia sinal de Fernand em lugar algum.
–Sol: Que pena. Mas ao menos eu consegui eliminar um deles, então posso dizer que foi uma noite produtiva. Enfim, é melhor eu ao menos dar um fim adequado ao corpo daquele rapaz.
Contente com seu próprio desempenho, Sol abriu um sorriso enorme. Porém, este logo sumiu quando ele constatou um fato inesperado: ao olhar novamente para o local onde estava o corpo do William, notou que não havia mais nada lá.
–Sol: Mas o quê? Não pode ser verdade! Ele... ele... DESGRAÇADO!!!

A lua iluminava uma campina enquanto uma brisa gentil balançava levemente a grama. Naquele local havia várias rochas de tamanhos variados e, entre elas, caminhava um ser humano. Este se dirigia a uma pedra maior e mais larga que as outras, encontrando duas outras pessoas atrás dela.
–Samantha: Veja só, ele está vivo.
–Fernand: Você demorou, William. Parece que foi difícil escapar do tal Sol.
–William: Nem tanto, o que me atrasou é a dor nas minhas costas. Ele me derrubou do topo de um edifício e eu tive que manipular uma corrente de vento para amortecer minha queda.
–Samantha: Pensei que isso não era problema para você.
–William: Não é, mas tive de fazer parecer que eu havia morrido com a queda. Se eu demorasse demais pra alcançar o solo ele teria percebido o blefe.
–Samantha: E então você se aproveitou de um momento de distração dele para fugir,
–William: Exato.
–Samantha: Não esperava menos.
–Fernand: É, mas só isso não é o bastante! Aquele cara quase nos matou de verdade!
–Samantha: Por que o William não usa aquele poder? Poderia ter usado hoje, inclusive.
O olhar de desaprovação do rapaz foi suficiente para a bruxa perceber que este não havia gostado da sugestão, mas o manipulador do vento fez questão de se explicar.
–William: Não farei isso. Se eu começar a usar aquilo sempre que me deparar com uma dificuldade, vou me tornar escravo do poder. E se isso acontecer, perderei o que me resta de liberdade.
–Samantha: É um belo discurso, mas de que isso adianta se não pudermos derrubar o pilar?
–William: E quem disse que não podemos? Eu vou lhe provar que é possível, Samantha.
–Fernand: Um inimigo ao qual não conseguimos causar nem sequer um ferimento. Até eu acho melhor agir com cautela, William...

O sol já estava alto no céu daquela manhã enquanto as pessoas transitavam pelas ruas da cidade. Lá proliferavam homens sujos e robustos, carregando ferramentas como picaretas e martelos consigo. Em meio a isso estavam dois membros da Ordem da Rosa Branca. Electron, um rapaz com aproximadamente a mesma idade de Sol e também loiro, mas com um rosto muito mais severo, exibindo as cores roxa e amarela nos caules de seu traje. Acompanhando este estava Aurora, uma menina baixa e de pouca idade, com algumas tranças em seu longo cabelo alvo. As cores dos caules dela eram azul e amarela.
–Electron: Finalmente chegamos. Então esta é a Cidade dos Mineradores.
–Aurora: Eu também nunca estive aqui. Geralmente quem cuida desta área é o Carbon, não?
–Electron: Aquele irresponsável. Se dependesse dele, todos os pilares seriam destruídos.
–Aurora: Não seja tão severo, Electron. Além disso, temos que nos concentrar na nossa missão.
–Electron: De acordo. Façamos o seguinte: vamos nos dividir e buscar informações sobre a localização do pilar. Nos encontraremos aqui novamente no meio da tarde.
–Aurora: Tudo bem, vamos lá.

Cerca de duas horas mais tarde, Aurora estava diante de uma modesta casa de madeira, a qual aparentava ser bem antiga. De acordo com o que ouvira, lá morava um ancião com bastante conhecimento sobre o passado da Cidade dos Mineradores. Porém, antes que ela pudesse sequer bater na porta, esta se abriu e a menina ouviu uma voz familiar.
–Electron: Muito obrigado por tudo.
Somente após fechar a porta o rapaz percebeu que era Aurora a menina que estava lá. Porém, ele não estava surpreso, pois já imaginava o motivo dela estar ali.
–Aurora: Descobriu alguma coisa, Electron?
–Electron: Sim. O pilar está no interior de uma mina abandonada, mas o ancião sugeriu que não fôssemos lá.
–Aurora: Mas por quê?
–Electron: Segundo ele, demônios foram presos naquela mina. Ele acha que podemos morrer se formos lá.
–Aurora: Aposto que devem ser só uns monstrinhos perdidos. E mesmo se forem demônios, acho que nós somos suficientes para dar um jeito na situação.
–Electron: Concordo. Sem contar que temos que cumprir nossa missão, mesmo que os riscos sejam grandes. Mas por hora devemos descansar e recuperar as forças.
–Aurora: E você precisa colocar um sorriso no seu rosto.
–Electron: Não comece com isso novamente...

Novamente noite sobre Siral. Porém, desta vez Sol não estava distraído. Pelo contrário, ele se mantinha alerta, pois tinha certeza de que os três adversários que derrotara na noite anterior voltariam. Após horas de vigília calma, finalmente ele discerniu um vulto aproximando-se lentamente, sem tentar se ocultar. Em pouco tempo, William estava diante do guerreiro da rosa branca, mas completamente só.
–Sol: Você de novo. E onde estão seus amiguinhos?
–William: Eles não virão. Ficaram tão assustados que não querem mais arriscar as vidas lutando contra você...
–Sol: Não posso culpá-los por isso, afinal é uma decisão sábia. Por outro lado, não é nada inteligente da sua parte vir aqui sozinho.
Sacando suas espadas, William dirigiu um olhar desafiador para o controlador de estrelas. Não havia o menor sinal de medo naquela expressão, apenas a determinação para vencer.
–William: Eu não preciso da ajuda de covardes. Sou mais do que suficiente para acabar com um fracassado como você.
–Sol: Impertinente! Vou explodir essa sua boca!


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