Till The Death Separate Us escrita por mariaeduarda_12


Capítulo 17
Capítulo 16 - História de família


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas!!!
Ok, antes de matarem pelo tempo ausente... Peço desculpas!
Para recompensar, escrevi um capítulo, que, na minha humildade opinião (que não deve contar, pois essa história e a menina dos meu olhos), é o melhor... Acho que é o melhor porque vocês verão que o amor sobrevive! * não vou contar mais nada, sem spoiler*
Agradeço aos reviews de:
* sophia_08
* belle_epoque
* Alice_Bennet
Espero que gostem!!!



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Capítulo 16 – Histórias de família

POV_ARITA

“I had a dream. In my dream...”¹ Li na tela do computador a fala de Faye, enquanto jogava Dream Chronicles mais uma vez. Eu não me cansava daquele jogo, e esperava ansiosamente pelo sexto volume da série... Quando me lembrei que também tivera um sonho muito especial a noite...

No meu sonho, eu podia ver a mim mesma claramente, num castelo, usando um vestido rasgado, fitando a minha imagem num espelho belíssimo, despenteada e suja, com o pé esquerdo acima do chão, como se estivesse machucado. Então ouvi uma voz atrás de mim, e estranhamente, era a voz de Heitor, mas não me recordo muito bem do que ele disse.

De repente, o sonho mudou. Eu estava num jardim, com um vestido bem mais bonito – e não rasgado – fazendo um piquenique com Heitor. Ele estava vestido com umas roupas estranhas, meio medievais, eu não conseguia identificar muito bem...

Enfim, quando o despertador tocou e acordei desbaratada; tive vontade de cantar. Mas não qualquer música, e nem de qualquer forma, eu queria cantar uma música que minha cantava para mim, e queria tocá-la no piano. O que é muito estranho, porque eu não sei tocar piano, só harpa. Mas, de alguma forma, todas as notas musicais surgiram em minha mente, e eu sabia exatamente o que fazer...

Arrumei-me, e percebi que estava vestida de forma mais romântica e delicada do que o normal, e fiz meu penteado favorito, deixando os cabelos caírem lisos pelos ombros, e defini melhor os cachos das pontas. Passei uma maquiagem tão leve, quase imperceptível, carregando apenas no rímel. Finalizei com um blush rosinha e imaginei o que minha mãe diria se ainda estivesse aqui; ” você parece uma fada, Arita”. Reprimi a lágrima que gostaria, e muito, de cair e desci para tomar meu café da manhã.

Meu pai estava sentado, como sempre, na cadeira maior, minha irmã brincava com uma boneca, dando-lhe cereais e ninguém disse nada. Talvez eu tenha me esquecido de mencionar, mas minha mãe morreu, no parto de Beatrice, foi horrível. Papai simplesmente não conseguia seguir realmente em frente, ele estava sempre apegado a alguma coisa.

Pus-me a caminho da escola. Estava ansiosa para encontrar Heitor, mas não podia admitir a mim mesma, pois seria o mesmo que admitir que gostava dele; e não queria fazer isso sem saber se ele realmente gostava de mim. Era impossível saber o que ele sentia, amizade, ou alguma atração.

É claro, ele era bastante amável comigo, sempre muito educado e cavalheiro, mas eu o via fazendo o mesmo com tantas garotas, e não conseguia perceber se havia diferença. Quando cheguei, Vitória parecia um grilo, pulando de um lado para o outro, querendo saber se eu me encontraria com Heitor novamente esta tarde.

- Eu não sei. Ainda preciso falar com ele. – respondi, e conversamos sobre assuntos triviais por uns cinco minutos, quando ele chegou, e nos saudou.

- Como estão?

- Bem, obrigada. – respondi por Vitória e por mim. Ela, mais uma vez, me deixando em apuros, mas, ao mesmo tempo, salva.

- Ops, acho que preciso dar uma passadinha na padaria, e precisa ser agora. Esqueci meu lanche, e o sinal vai bater em dez minutos. – alegou minha amiga maluca, e saiu correndo.

- Sua amiga é muito divertida. – disse Heitor, e eu senti, dentro de mim, uma pontada de ciúme e nostalgia. Ok, Arita, concentre-se. Você não pode dar mostras de que gosta dele sem ter certeza de ele sente o mesmo.

- É, é sim. Ela é um amor. – elogiei-a, Vitória é minha melhor amiga.

- É... – senti que a conversa iria morrer ali de novo, então agarrei a última esperança que tinha no momento:

- Vamos nos encontrar hoje? – Heitor levantou o rosto e um sorriso iluminou de tal forma seu semblante, que compreendi que havia interpretado de maneira errada. – Pra fazer o trabalho? – completei.

- Oh, sim, vamos. O mesmo de ontem?

- Sim... – sem ter mais o que dizer, ficamos olhando para o chão, e então o sinal finalmente bateu, justamente quando Vitória cruzava desesperada o portão.

Tivemos as aulas, normalmente. Não tínhamos nenhuma apresentação de trabalho, nenhuma prova. Então, os professores – que pareciam ter combinado – pediram exercícios em dupla. Até aí, tudo bem; se não fosse pela aula de Filosofia, na qual, o exercício era fazer um questionário sobre si mesmo, a fim de se conhecer melhor, e outro sobre o colega. Depois, as perguntas sobre o colega seriam respondidas pelo mesmo. Tudo isso para darmos uma introdução ao estudo da filosofia socrática, sendo uma frase de Sócrates “ Conhece-te a ti mesmo”. Tudo fazia perfeito sentido, e eu fiz muito contente minhas perguntas.

Começamos então, a entrevista. Perguntei a Heitor várias coisas, a maioria, bem banais, e ele fez o mesmo. Mas, apesar das perguntas tolas e de respostas previsíveis, eu senti que o conhecia mais após aquilo.

A aula acabou e todos fomos para casa. Assim que cheguei, já fui me arrumar, e, para não acabar com meu romantismo, coloquei um vestido de saia bem rodada, todo florido, em rosa, lias e azul. Sapatilhas nos pés, para não perder minha marca registrada e logo após o almoço lá estava eu, a caminho da biblioteca novamente, exatamente como ontem.

Heitor chegou, e estava vestindo uma pólo azul claro – já disse que gosto de garotos que usam camisa pólo? Acho que dá um ar elegante e descolado ao mesmo tempo, muito charmoso. Disse a mim um “oi” meio sem ar, e entramos na biblioteca. Passamos a tarde toda fazendo o trabalho, e não conversamos sobre nada além disso dentro da biblioteca, mas quando saímos para lanche, ele virou-se para mim e disse:

-Você está tão bonita hoje. Gostei muito do seu vestido.

- Obrigada... Também gostei da sua roupa. – corei levemente.

- Combina com a sua, né?

- Oh, é mesmo. – e nós dois rimos feito tontos.

Na sorveteria, a garçonete que nos atendeu abriu um grande sorriso e falou:

- Ah, vocês são o casal de ontem. Formam um lindo par...

- Casal? Ahn, nós não... – parei de falar, me sentindo constrangida. A moça não ouviu e saiu, após Heitor ter dito o nosso pedido.

- Algum problema sermos um casal?

- Não, mas é que... Bem, nós nunca nem ficamos, nem nada... Então, não somos um casal, somos só amigos, né?

- É... – incrível! Ele sempre deixa o assunto morrer com um “é...”. Isso me lembrou um bode, e eu comecei a rir do nada. – Que foi?

- Nada... – ficamos em silêncio por algum tempo, e então a garçonete voltou com nossos sorvetes, perguntou se desejávamos algo mais e então saiu sorridente. Parecia ser uma garota super simpática.

- Arita... Qual seu sobrenome?

- Bennet.

- Ah... Diga-me, por que tem esse nome? É bonito, diferente.

- Bom, é uma história tão antiga... Parece que, na Idade Média, por aí, um dos meus antepassados se apaixonou por uma donzela chamada Arita. Eles morreram por causa da Inquisição, e se amavam muito... – minha voz foi baixando até parar. Essa história sempre me emocionava, mas de repente eu lembrei de uma coisa. – Ei! Esse meu antepassado se chamava Heitor!

- A história do meu nome é parecida. Só que era minha antepassada que se apaixonou por um rapaz chamado Heitor. E acho que ele era Heitor Bennet. E minha antepassada se chamava Arita, Arita de Bourgh.

(Nota da Autora: imagino que vocês estejam se perguntando como as famílias De Bourgh e Bennet continuaram, se nunca foi dito mais nada. Só para constar, Nora e Ethan tiveram outro filho, mas Nora morreu no parto. E quanto a família de Arita *na Idade Média*, Beatrice transferiu o nome de Bourgh para ela, e conseguiu achar os sobrinhos de Arita e os criou.)

- MEU DEUS! Eu não acredito! Tudo se liga agora!

- Eu não estou entendendo nada.

- Minha avó, disse-me que um dia a história se repetiria. – ele me olhou assustado. – Esqueça essa parte, não é importante.

- Puxa... Bom, no mínimo, é uma coincidência e tanto. – ele me olhou espantado.

- Se é! – concordei, embasbacada também. Terminamos nossos sorvetes e pagamos a conta, sendo Heitor um cavalheiro, não me deixou pagar minha parte.

Andamos em silêncio até uma pracinha, perto da biblioteca e também da minha casa. Quando fui me despedir, Heitor falou:

- Durante todo esse tempo que estive em silêncio... Eu só estava pensando... Se não poderíamos ser mesmo um casal.

- Ahn... Mas para isso, seria preciso algum envolvimento...

- Eu estou envolvido. – disse ele de forma calorosa, e aproximou seu rosto do meu. Perdi minha consciência no mar fundo e azul que eram seus olhos.

Beijamo-nos, e foi tão... perfeito. Heitor era gentil, tinha firmeza em todos os gestos, mas não era possessivo como a maioria dos garotos costumava ser. Colocou as mãos em meu rosto e eu o abracei, incapaz de não corresponder. Senti uma corrente elétrica, não desagradável ou daquelas que você assusta e se afasta. Parecia um choque de 110 volts, que mantém a pessoa ali, grudada, sem reação. A única diferença é que eu tinha reação. Eu retribuí cada toque feito.

Acabou, e eu fiquei um pouco triste por isso. Heitor encarou-me sorrindo e disse:

- Sabe, não foi como eu esperava. – um sorriso maroto brincava em seu lábios.

- Não? – preocupei-me um pouco, era inevitável.

- Não... Foi muito, muito, mil vezes melhor. – corei. Mesmo sendo uma coisa tão carnal saber que eu era boa nisso, eu me senti orgulhosa. – Gosto muito de você, Arita. Eu não estava brincando quando disse que você é um a princesa.

- E você... – disse, entre beijos suaves em seu rosto. – é o garoto mais doce que já conheci. Também gosto de você, Heitor.


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Notas finais do capítulo

¹ Dream Chronicle é um jogo muito lindo! Prioritariamente, era para ser uma triologia, mas resolveram fazer duas. Então, só para você saberem, os jogos são:
* Dream Chronicles
* DC 2 - The Eternal Maze
* DC 3 - The Chosen Child
* DC 4 - The Book of Air
* DC 5 - The Book of Water
* DC 6 - The Book of Fire (ainda não foi lançado, eu acho.)
Se alguma de vocês quiser saber onde baixar e tals, é só falar nos reviews.
Aliás...
E então, gostaram? Reviews lindos?
Beijos a todas vocês!!!



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