Unintended. escrita por rochelleb


Capítulo 1
Endlessly.




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A banda sempre se reunia para beber depois dos shows, um costume que eles seguem há anos, desde os primeiros shows. Primeiro eles descansam um pouco no camarim, conversam um pouco sobre o show, para depois partir para o hotel. Mas na maioria das vezes, não são apenas bebedeiras no bar do hotel, também são feitas festas, quais eles convidam amigos, outros músicos, e claro, groupies.


Nessa noite, foram reservados dois andares para uma festa, de um dos melhores hotéis da cidade, uma lista imensa de convidados, é... A festa seria grande. Então os garotos decidiram depois do show, irem direto para o hotel, sem dar a parada para descanso como de costume. Assim, chegariam e já se arrumariam, e talvez tivessem tempo para descansar.


Johnny, Matt e Arin, o novo, e agora fixo baterista da banda, que substituía nosso querido Jimmy Sullivan, estavam próximos a porta, esperando serem chamados para irem para a van, o que não demoraria muito.

Diferente de Zacky e Synyster, que preferiam ir um pouco mais tarde. Syn estava meio que distante do grupo, apoiado na parede no fundo da sala, seu corpo bem próximo da mesa, e nela, já umas três garrafas de heineken vazias, é, a bebedeira começara cedo hoje. Vengeance ainda estava indignado pelo fato de os caras pedirem tanta comida e bebida, e no fim, beberem alguns goles nas cervejas e se mandarem, Zacky odeia desperdício.

“Hein Arin, você pediu esses pães aqui e mal comeu, cara” Disse Zacky se jogando no sofá, olhando para o grupo próximo a porta “Come e aproveita que pelo jeito você não precisa se preocupar em engordar”


“Você já está gordo e come sem se preocupar Zacky, e aí?” Matt falou, sua voz grossa ecoou no ambiente, e então veio uma onda de risadas. Zachary o fuzilou com o olhar, mas acabou rindo “Relaxa cara, essa mania tua de desperdício aí não tem fundamento.”


“Como não? ”Apontou para a cesta de frutas “Você pede essas frutas estranhas, com um montão de frescura, e deu uma mordida em uma e só! Sabe quantas crianças sonham com essas malditas frutas?” Agora exaltado.

Zacky realmente odeia desperdício.

“Ok cara, você tem um bom motivo... Jason?” Matt virou-se para encontrar o roadie, e este assentiu “Dê um jeito de essa comida toda, não ir para o lixo, ok? Dê para pessoas na rua, distribuía entre a produção, qualquer coisa, ou Zacky não nos deixará dormir essa noite”

Eles riram mais uma vez. Realmente, Vengeance não os deixaria dormir a noite se aquela comida fosse desperdiçada.

“Ok Matt, e a van já está pronta” O roadie se virou, e saiu da sala.

“Ok, nós já vamos, ei Brian, vai querer ir com a gente ou vai descansar um pouco?” Todos os olhos da sala foram voltados à figura parada na parede, olhando fixa para baixo. Levou a garrafa a boca e então finalmente levantou os olhos.

“Eu... Eu vou ficar um pouco” Syn não parecia nem um pouco animado, e Vengeance percebeu isso quase de imediato, ele não rira nenhuma das vezes, e normalmente é o que lidera a conversa praticamente. E agora está ali, encostado na parede, e quieto. Quieto demais.

Zacky odeia isso.

O grupo saiu da sala, e então a porta foi fechada, deixando os dois a sós ali.

“Cara...” O menor falou em um tanto baixo, e o outro não respondeu, ao ter certeza, que estavam completamente sozinhos, quebrou aquela formalidade ridícula que eles fingiam ter “Meu amor, tudo bem?” E então se levantou, aproximando-se do cara parado ao fundo da sala. Ficou frente a ele.

“Estou bem sim” Ele respondeu seco.

“Não, você não está. Eu te conheço... O que ouve?” O menor arriscou se aproximar mais um pouco da figura a sua frente, cauteloso inicialmente.

“Não ouve nada...” Desviou os olhos para o lado, evitando qualquer contato visual com o menor, aqueles olhos verdes, conseguiam de algum jeito o dominar, então evitou os olhar o máximo possível.

“Bri...” Levou sua mão para o queixo do maior, fazendo com que este o olhe nos olhos "Por favor."

E aqueles malditos olhos verdes o fizeram falar, ele odiava Zacky por isso “Você me evitou no show... Digo, normalmente nós fazemos aquelas brincadeiras, sabe? De eu chegar em você e coisas do tipo...” Ele parou, mas o menor o olhou de um jeito, que ele desistiu de relutar “E eu sei que é tudo meio que uma brincadeira, para eles, mas... Eu gosto disso, e hoje, meio que você me evitou... E ainda brincou com o Johnny... Cara, você nunca mexe com ninguém... E você mexeu com o Johnny"

“Você está com ciúmes?”

“Não!”

"Está sim" Zacky segurou em seu rosto com mais firmeza, e lançou um olhar que foi impossível o maior negar “Brian... Como eu posso dizer isso da maneira mais simples possível?”

“Isso o que?” Maior indagou.

“Eu te amo... E eu te amo como nunca amei ninguém, nem Gena, nem aquelas garotas do colegial, e eu trocaria tudo isso que eu tenho... A fama, meu talento, meu dinheiro, por você – Zacky sorriu, e o maior corou “Pare de besteira, ok?”

“Me desculpe” Syn largou a cerveja que segurava na mesa ao lado, e sorriu juntamente com o menor, ainda um pouco envergonhado.

Deixou com que Zachary contornasse sua cintura com o braço e o desencostasse da parede. Andaram até um dos sofás do local, e o menor sentou, trazendo Gates para cima dele. E então seus lábios foram selados, com um beijo calmo, mas mesmo assim intenso. Infelizmente, não poderiam sair disso ali, já que estavam cercados de técnicos, roadies e outras pessoas da equipe, era arriscado até o que estavam fazendo, mas quem se importa agora?

Tudo que Brian queria, era estar nos braços de Zacky.

Era uma rotina chata, mas necessária, ninguém poderia saber o que eles tinham, ninguém. Aquilo arriscaria a banda, e mesmo eles não se importando com isso, não eram egoístas a ponto de fazerem isso com seus companheiros, arruinando boa parte do que eles demoraram tanto tempo para construir. Todo cuidado era necessário.

“Zee?” O maior interrompeu o beijo, e olhou para a figura abaixo de si, seus olhos brilhando em um verde esmeralda.
Aqueles olhos, era impossível negar algo para aqueles malditos olhos.

“Sim?” Os lábios sendo roçados pela sua pele bronzeada, os metais gélidos dos snakebites o fazendo arrepiar.

“Eu te amo.”

Fim.


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