Watashi Wa Anata Wo Akiramenaide! escrita por soujirouxD


Capítulo 3
Sonhos ou lamentações? Eis a questão. Parte 2.




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– Lalalalala-lá! Hoje eu acordei tão... Tão feliz, que eu seria capaz de fazer quinze coisas ao mesmo tempo, mamãe! Hahahahahahá! *-* - São seis da manhã, e ela já acordou com esse ritmo todo. Acho que até sei o que é... Não, é certeza! Indiscutivelmente!


“Sub-chan! Bom dia para você também! Lalalalalalalala-lá!” *-*


AH! Claro, Ayu-chan! Bom dia, e... Nem preciso perguntar como as coisas vão, porque certamente da pra notar o brilho dos seus olhos, indicando que nada hoje te abala! :x


– Né? *-* E hoje eu vou surpreender a todos em sala de aula! Você vai ver...


Mais do que você faz?! e_e


– Ayumu! Ta falando com quem? To sentindo você tão... “Especial” hoje!


É comigo, Sushikawa Maki! É comigo!


– Especial em que sentido?! ¬¬’ – Disse Ayumu, captando o ar “estranho” que sua mãe teve, ao fazer aquela pergunta.


– Hahahahá! Não é nada, minha filha. Acho que ainda não me acostumei ao ver você falar sozinha sempre. – Respondeu a mãe de Ayumu, que preparava torradas naquele momento, na bancada da cozinha. – Mas ela não está falando sozinha, ao certo! ¬¬’ É só você entender e aprender a me ouvir também!


– Mas que mosca chata é essa? Quer dizer... Desde quando dentro da nossa casa há moscas?! u.u


TA ME CHAMANDO DE MOSCA, MAKI-SAMA?! Isso foi muito rude e cruel de sua parte! e_e


“Vai, Sub-chan. Não são todos que podem te ouvir! Ou melhor, te entender...”


Sim, Ayu-chan, mas ela me tirou de INSETO PERTURBADOR DE AMBIENTE! SUJO, REPUGNANTE E NOJENTO! ;o;’


“Ela só quis dizer que estava ouvindo uma mosca, seu exagerado!” u_u’ – Mas mamãe... Sabe, eu preciso te contar umas coisas! *-*


– Sim, filha. Como foi o seu encontro com o tal “Kazui”? Ele beija bem? A pegada dele é forte? Ele é quente? O pênis dele é grande?! :x – Disse a mãe de Ayumu, com um sorrisinho bem curioso, que ao mesmo tempo, maroto com as perguntas!


– MAMÃE! Não sei de nada sobre isso! Deixa de ser boba! E QUE PALHAÇADA É ESSA DE “PÊNIS”?! e___é# - Ayumu ficou louca! E só faltou morder a cabeça de sua própria mãe por inteiro com aqueles dentes afiados e estupefactos!


– Hahahahahahahahá! É brincadeira quanto ao pênis, minha filha. “Eu acho...” - Mas quanto ao resto eu quero saber sim, oras! Ele é realmente o que você pensa ser? – Sorrisinho que ao visto, parecia ser bastante “inocente”, só que Ayumu sabe como sua mãe é, então...


– NÃO FIQUEI COM ELE! i_i’ Não foi isso! – Gritou Ayumu mais uma vez.


– Ah, não? Tirei minha prova de que você é realmente lenta, Ayumu. Todos esses anos, e nada! Ai, ai... n.n


– QUER OUVIR O QUE REALMENTE ACONTECEU?! u.u


– Vamos. Me conte. Você que está aí me enrolando pra contar!


– Ta, ta, então... Sabe, a Miho-sensei ontem acabou me “puxando à força” para matar uma curiosidade que ela tinha... – Ayumu abaixou um pouco o olhar, sorrindo, brando, olhando para uma das portas da bancada, onde sua mãe estava debruçada.


– Hum, e que curiosidade? – Perguntou a mãe de Ayumu.


– É que sabe? Sempre disse que o Kazui sabe tocar guitarra. Acho que desde que ele é pequeno. E que toda semana - de Terça à Sábado - ele se embrenha pro prédio da faculdade do campus por causa de um suposto “curso”, que nós imaginávamos até então. o.o’’


– Hum, e aí, Ayumu? Era essa a curiosidade que sua sensei tinha esse tempo...! – Interrompida por Ayumu, sua mãe acabou travando a frase.


– Não! Não é isso ao certo...! A curiosidade da Miho-sensei era que, sabe? Todos os dias, depois das aulas, no mínimo, uma música é ouvida bem alto por todos do campus. É bem algo como aqueles gêneros que o papai costuma ouvir. Isso desde que eu me entendo como gente. Mas enfim... Ela queria saber se ele fazia parte daquilo.


– E ele faz? – Perguntou a mãe de Ayumu, abafando um riso, pois era engraçado ver como a expressão de sua filha ao falar sobre essas coisas com ela era bastante pura e cheia de alegria.


– Siiiiim! Mamãe. O mais incrível de tudo, é que o Kazui-san... Ele realmente faz parte do grupo da turma de música. Mas não como um “aluno”... – Ayumu deu um leve tapa na mesa, ao se sentar em uma cadeira que já estava pronta para isso.


– A não?! Nossa, que incrível! Então ele tem nível profissional, ou algo assim? – A mãe de Ayumu ficou boquiaberta.


– Sim, mamãe! O Kazui é incrível, sabia? Acho que se o papai o visse tocar, ficaria impressionado. Não só ele, como todo o resto da suposta “banda”. Sabe, acho que eles são covers, mas do jeito que eles tocam com sincronia, e todos aqueles arranjos e acordes, e viradas... Eu não duvido de nada que eles não tenham algo próprio, já! – Ayumu falava com fascínio.


– Mas Ayumu... E como anda sendo a sua relação com ele? Você sempre me comenta sobre ele, mas nunca diz algo como: “ah, nós fizemos um rabalho hoje e conversamos bastante sobre este, e sobre outras coisas”; ou “fomos até o cinema” Ou...!


– Cinema? Isso já é demais! – Ayumu se embrenhou em um mar de rubor ao ouvir o que sua mãe falou.


– Mas ué? Você não é interessada nesse moleque, desde que os
dois eram pivetinhos?! – Riu de Ayumu, sua mãe. Colocando a mão na boca.


– Err, bem... Mamãe! Vamos, ande logo com essas torradas! E
ah, lembrando: eu fui bem recebida por eles, junto da Miho-sensei, que se da muito bem com o Kazui-san, por sinal.


– Hahá, que engraçado... Essa sua professora, ela é bem misteriosa, não é? – Perguntou a mãe de Ayumu, arqueando uma das sobrancelhas.


– Não que ela seja misteriosa. E não que seja esse o gênero dela, por música. Mas ela achou interessante. E ela é curiosa também, sem contar que ela tem seus meios de se divertir e de agir com a vida. i.i – Cutucou os indicadores um com o outro, Ayumu.


– Você devia ser como ela. Tomar suas iniciativas com o Kazui, antes que o perca pra qualquer outra garota, Ayumu.


– Isso não vai acontecer, mamãe! Se bem que o Kazui pode ficar com a garota que ele quiser... :/ - Fechou a expressão, Ayumu, cruzando os braços.


– Nossa, não sabia que eu tinha uma filha tão... Fraca! u.u Nunca vi alguém ser assim: sem força de vontade com o assunto mais sério de toda a sua vida!


– Mas mamãe... Entenda bem: eu não sou dona do nariz do Kazui. E a gente mal se fala! Todavia... Não me subestime, ta? Sabe, eu não quero que ninguém saiba por hora... Mas eu acho que já começarei, agindo de acordo com a situação. – Levantou a cabeça para fitar os olhos de sua mãe, que estava lá, servindo as torradas. Fora os Waffles, queijos e outros, que já estavam à mesa. Seu olhar também era bastante destemido e confiante, o que fez sua mãe ficar com um ar de pergunta.


– Vou te explicar o que aconteceu, mamãe, então, ouça bem...


Flashback:


“...Miho-sensei! Nós podemos realmente entrar agora?! – Perguntou Ayumu, receosa. Não sabia se era por sua timidez, ou se realmente era algo adequado a se fazer, pensou ela.


– Não complique, Ayumu-chan! Entre logo e vamos ver! –
Empurrou Ayumu, que mais parecia travada, pela porta adiante! E logo observaram de lá... Realmente estava ele lá. Um momento de bastante confiança e moral... Fazia jus de estar tocando aquela “MM Jp6 John Petrucci Graphit Pearl”.


Mizore Takeshi nas Keyboards: - Kazui-Pyon... – Indicou com a cabeça de modo engraçado. Tipo fazendo aquelas expressões fofinhas e sorridentes; com sinaizinhos de rubor redondinhos nas bochechas e tudo mais! Mas Kazui não entendeu o que ele queria dizer, e virou o rosto de novo pra guitarra e fechou seus olhos.


Tatsuyamoto Fukata no Bass: - Kazui-chan, chega aí...! – Sussurrou o grande camarada de Kazui.


Devido aos olhos fechados de Kazui e ao som demasiadamente alto no local, ele não conseguiu também captar tanta atenção assim, mas quando se deu conta ao olhar seu amigo, Kazui sorriu, audaz. Expressão marrentinha até, mas não por querer e por ele ser assim. Sendo assim, movimentou a cabeça uma vez pra direita e uma vez para a esquerda. Seu cabelo ficou jogado na cara, rebelde. Só que são lisos. Escondendo os olhos azuis do garoto, mais uma vez sendo fechados por causa dos fios. Ta. E mais uma vez não deu pra enxergar as pequenas “visitantes” inesperadas.


Watanabi Togumo na drums: - Moments wasted, isolated! Time scaping, Endless Sacrifice! Moments wasted, isolated! Time scaping, Endless Sacriiiifiiice…! – Entre uma
dessas frases cantadas de Back in vocal de Togumo, junto com o vocal principal de Takagi Nagasumi; Togumo aproveitou uma curta pausa pra apontar com a baqueta que utilizava com a mão direita para as duas moças. Mas nada de Kazui ver, porque ainda estava com o cabelo jogado ao rosto. Mas estranhamente, Nagasumi pediu para Togumo deixar ele. Queria que ele percebesse sozinho, já que talvez fosse mais engraçado assim! Agora vamos esperar pra ver... E a parte solo da música começa, onde agora o trabalho instrumental entre eles é um pouco mais árduo, por causa do feeling que a música pede de cada um.


Fukata parou ao lado de Kazui, enquanto Kobayashi Tatsu, na outra guitarra, se isola perto do teclado de Takeshi, fazendo a guitarra base. E momentos depois... Chegando ao segundo solo de guitarra, Kazui decide olhar pra frente, com sete minutos de música e três segundos.

...1

...2

...3!


“Meu Deus!” – Pensou Ayumu. Arregalando os olhos. E por sinal, todos pararam de tocar.


– Hahá... Hahahahá! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA-HIHAAAAA! – Não conseguiu se contiver tanto. O que ocasionou a Miho, professora dos dois... A levar a mão até sua boca, por causa da quase risada frenética e descomedida que ela acaba de soltar! Mas... O por quê? Moritashi Kazui... Ao olhar para Miho primeiro, até teve uma leve reação, o que lhe fez sorrir. Porém, quando este olhou para o lado... Fixou o dedo forte demais na terceira corda debaixo para do braço da guitarra, e com o forte toque da paleta nesta corda, acabou arrebentando a coitadinha com força. Mas quem disse que ia ficar assim? A corda revidou e por dois centímetros, não acerta o olho direito de Kazui, mas e agora? Ta sangrando!


– Coitadinho... – Boquiaberta Ayumu acaba corando ao notar que, bem. O Kazui não está nem aí pro machucado em sua tez. Mas... Ele não pára de olhar pra sua silhueta. Parecia meio que, espantado não! E sim, surpreso. Expressão de “hã? O que você ta fazendo aqui?!” Mas é isso que está se passando na cabeça dele, até que...


– Kaaaazui-Pyon! Parece que viu um fantasma! – Disse Takeshi, ao abandonar os teclados e ir até Kazui. Mas foi ignorado com vigor.


– Eu estou morta, e não sei? – Miho olhou para seu próprio corpo, tirando sarro.


–...! Eu sabia que não era uma boa idéia ter vindo aqui, Miho-sensei! – Sussurrou Ayumu para Miho, bastante corada, sem ter o que fazer.


– Aaah, ‘vamo nessa! – Miho caminhou até fronte Kazui, e colocou a mão no pequeno machucado que aparentemente não fora tão sério, porém, sabemos que vai inchar! – Kazui-chan! Você estava tão concentrado... O que houve? – Perguntou com expressão de desdém.


– Miho-sensei... É que... Eu não esperava isso. Desculpa... Desculpem, pessoal! – Falou Kazui, colocando a mão no machucado. – Preciso de um Band-Aid!

– Não esperava o que, Kazui? Sua reação não foi tão espalhafatosa quando me viu! – Franziu a sobrancelha direita e sorriu, Miho. Zombeteira. – O que aconteceu, Kazui-chaaan?!


Kazui acabou olhando de novo para Ayumu, sem ter muito que fazer. Mas ele precisava fazer algo pra disfarçar. Não podia ficar nervoso
diante daquela pessoa... Não mesmo!


– Olá, Ayumu-san... Me des-desculpa por isso. Por favor. – Desviou o olhar, forçadasso! Não sabia se sorria, ou se enfiava a cara em algum canto até que, Togumo varejou uma de suas baquetas na nuca de Kazui.


– Só pra não perder o costume! E isso aqui não é platéia
especial. São apenas duas pessoas, Kazu-tan! A não ser que você broxe com qualquer tipo de pessoa ou público. Então se for assim...! – Falou Togumo, interrompido. Só que mal sabe ele que é “especial” até demais.


– E EU LÁ TE PERGUNTEI ALGUMA COISA?! Cala essa boca, Togumo! Que coisa, não foi nada disso! ¬¬ - Gritou Kazui, perplexo. – Eu só me descuidei e apertei demais a corda e o toque da paleta foi forte também.


– Se empolgou, Kazui-chan? – Perguntou Fukata, sorrindo pra ele. Tentando amenizar o que ele já tinha entendido sobre o Kazui. – Entendo... Esse tipo de coisa acontece!


– Kazui-Pyon... Toma aqui o Band-Aid! E da próxima vez a gente acerta! Né? – Falou Takeshi, entregando o Band-Aid pra ele, só que... O sorriso de orelha a orelha fora feito para Ayumu, que ele logo se aproxima para cumprimentar.


– Sushikawa Ayumu-chan! É um prazer... EM TE CONHECER! *-* - Takeshi dizia aquilo de forma divertida, e pousou as mãos nos ombros de Ayumu, que reagiu curiosa sobre o ato dele.


– O prazer é todo meu, Take... Takeshi? – Normal a dúvida sobre o nome, né?


– Mizore Takeshi, Ayu-chan! Hahá. Posso te chamar assim?! – Perguntou ele, sorridente. – Ou melhor... Ayu-Kyan! *-*


– Sim, claro – eu acho – mas bem... Não querendo ser mal educada mas... i.i – Ela ficou corada mais uma vez, e olhou para Takeshi. – Como sabe meu nome? Eu acho que é a primeira vez que venho aqui. Não é a primeira vez que os vejo, mas a gente nunca se...


– Nem esquente com isso, Ayu-Kyan! Eu tenho mania de memorizar o nome das pessoas por capricho meu! :P Mas só das pessoas que acho interessante também! Hahá! – Olhou para trás e piscou para Kazui.


– Ta, né? o_õ’ Mas hahá. Que interessante! E posso dizer...? – Sorriu Ayumu, depois da expressão de confusão.


Todos: - Claro!


– Vocês são o máximo... Nunca vi tanta sincronia em uma
banda de rock assim, entre seus componentes! ><’ E parece que já ouvi
essa música em algum lugar... Se parece muito com as músicas que meu pai ouve no dia-a-dia ele.


– Obrigado, Ayumu-san. Nós agradecemos do fundo do nosso
coração. Que bom que gostou do nosso trabalho. E sim. Já deve ter ouvido porque é uma música do Dream Theater. A música não é nossa... – Disse Nagasumi, se aproximando dela também.


– ISSO! Eu sabia que era algo que já havia ouvido... Meu pai
adora essa banda. Eu estava tentando lembrar o nome. i.i – Ayumu coçou a nuca,e depois fitou Kazui, que parecia meio impaciente. Era estranho. Ver ele tentar sorrir, mas parecia que algo não deixava. Só que de vez ele conseguiu, mesmo que forçado, olhando para ela.”


Fim de Flashback!


– Endless Sacrifice! Foi à música que eles estavam tocando,
e a gente acabou interrompendo. Mas, observou, mamãe? Acho que...


– Sim. Foi por causa de você, que ele arrebentou com a
corda! Hahá. Isso é um bom sinal, não acha?! – Disse a mãe de Ayumu, querendo motivá-la.


– E é por isso que eu já pensei em algumas coisas! Mas te
conto quando eu voltar do campus, mamãe. Se eu não for agora, vou me atrasar! ><’ – Se levantou com uma torrada cheia de requeijão na boca. Pegou a mochila e saiu, meio com pressa. Mas ela estava bastante animada. Motivada pela força que a circunstância havia lhe dado!


Será que agora o que tanto Sushikawa Ayumu sempre quis, vai acontecer?


A questão é: só será lamentável se você desistir sem tentar.
Só será lamentável se você fraquejar diante do que você quer, e deixar que a hipérbole do “impossível” se torne realidade, sobre o tamanho da força que você pode ter dentro de si!


Mas Ayumu não é o tipo de pessoa que pensa
que o “impossível” exista diante do seu maior sonho! Então, moral da história:
O impossível é apenas uma questão que a gente pode caminhar por cima e
ultrapassar!




– Meu futuro é com você! Então... Aqui vou eu! Hihi! – Sorriu Ayumu, sem medo, e mais destemida do que tudo e todos!


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