Poseidon

Nos aparecemos no acampamento, na exatamente na Casa Grande. O olhar de Atena era maligno, o formato da boca dela era igual ao peixe ou um bico de uma coruja, mostrando o quando ela estava brava, furiosa. Fiz o impossível para não rir daquela situação. 

“Poseidoooooooon!” Atena gritou.

“Vamos nos apresentar pros campistas, e depois nos resolvemos o que fazer com essa nossa situação.” Falei serio possível, contento o riso. Dei as costas para ela, mesmo sabendo que foi uma atitude menos correta de fazer, pois ela podia me matar. Sai da Casa, senti que Atena estava atrás de mim.

“Vamos reunir todos no refeitório.” Atena decretou. Ela passou por mim, com o jeito arrogante dela, querendo mandar em tudo. Eu virei ela para poder encontrar os olhos dela. Fiz de tudo para não rir. Beijei a mão dela delicadamente, como um verdadeiro cavalheiro que eu sou. Sorri com o pensamento. Eu a vi corar, mas ela virou o rosto como se não tinha acontecido nada. Hum, eu sei você se encanta Atena, mas isso nos vamos discutir outra hora.

“Oks madame.” Falei após beijar a sua mão, ultrapassei ela. “Vou buscar pessoas para ajudar a reunir todos.”

 “Vou achar o Argos, e vou para o refeitório.” Atena falou, caminhando o oposto que eu ia. Virei-me e vi-a correndo para a entrada do acampamento.

 Fui à arena, todos levaram um susto quando apareci na porta.

“Pai o que você esta fazendo aqui? Atena ainda não te matou o senhor?” Percy parou de lutar contra o Nico, os dois largaram as espadas. Todos olhavam com curiosidade e um pouco de receio.

“Olha o respeito, Perseu Jackson. Sou o diretor do acampamento provisoriamente. Eu e Atena... ” Cruzei meus braços e fiquei serio, de brincadeirinha.

O Percy caiu na risada, literalmente, ele caiu no chão de costa.

“Vo... Vocês... Vão se ma... Matar... HAHAHAHAHA... S... Só... Po... De ser o f... HAHAHA... Fim do... Mundo....  HAHAHAHAHA... Não aguento mais... a minha barriga...”

Ele esta pedindo...  Ele esta debochando do próprio pai dele. Vou ensinar a ele. Descruzei os braços, me concentrei um pouco, e fiz sai agua pela minha mão e atire uma ducha no rosto de Percy. O peguei desprevenido, ele cuspiu um pouco de agua. Me olhou incrédulo.

“Tenha respeito com o Deus dos Oceanos. E agora, por favor, todos vocês me ajudam a juntar todo mundo lá no refeitório, para que podemos explicar o que esta acontecendo.” 

Eles ajudaram a juntar todos lá no refeitório. Quando entrei vi Atena falando com Argos. Ela percebeu a minha aproximação, nos olhos se encontraram.

“Poseidon, conseguiu chamar todos? Ou não foi capaz de fazer isso.” Atena disse com a clássica arrogância dela.

“Já chamei mandei todos virem para cá e avisarem ao outros também, Sargentona! Daqui a pouco eles estão chegando.” Disse ironicamente. Ela revirou os olhos, e virou de costa para mim, e voltou a conversar com o Argos. Isso mesmo, me ignora! Mordi meu lábio, para conter a minha vontade...

Os semideuses estavam chegando. Quando todos estavam sentados, Atena foi na frente de todos. Fiquei atrás dela, distante.

“Boa noite, semideuses. Fiz...”.

“Nos fizemos.” Interrompi ela. Ela me encarou.

“Nos fizemos essa reunião para explicar o que esta acontecendo no acampamento.” Atena disse.

“Vou resumi o discurso de Atena. Vocês não vão querem ouvir todo blábláblá dela, ela eh igual ao Zeus, começa e não termina... (NA: Que baita indireta!) Fala coisa sem importância. Teve um conselho e decidiram da uma folga para o Dionísio, e consagraram nos, eu e Atena, como diretores do acampamento.”

“Deus INSUPORTAVEL! Depois nos conversamos! Semideuses, algumas regras vão mudar. Vocês vão ter que acordar um pouco mais cedo para toma o café, e vamos treinar mais. Isso eu mesma foi verificar, vou ensinar novos ataques e defesas...” Atena falou seria como sempre. Quando ela me chamou insuportável, eu dei uma risada, mas logo parei, pois o olhar dela era assustador. O que ela esta falando? Se ela pode falar o que ela quer, eu também posso.

 “E vai ter umas novas regras boas também, nessa sexta vai ter uma festa à fantasia. Uma guerra de sexo na segunda que vem.” Disse sorrindo.

“O QUE?” Sussurrou Atena, me olhou apavorada.

“Você pode fazer o que você quer eu também posso.” Disse no mesmo tom dela.

“Mas você não pode fazer isso, Poseidon!”

“Claro que posso e vou fazer! Depois nos conversamos sobre isso...” Sussurrou no ouvido de Atena.

“Temos muitas coisas para conversar mesmo...” Ela sussurrou. “Semideuses, vamos finalizar essa reunião, por enquanto. Na próxima reunião, vocês podem tirar as suas dividas. Agora, vamos jantar. Bom jantar.” Atena terminou de falar, e todos formaram uma fila e foram servir-se.

Fui me servi. Quando ia sentar-me à mesa dos diretores, procurei Atena e vi a indo para praia. Deixei meu prato em cima da mesa. Fui atrás, melhor, quase corri atrás dela. Mas parei para observa-la. Vi a sentar numa pedra perto do mar, tirar a sandália dela e encostar os pés na agua. Me aproximei dela.

“Atena.” Disse com uma voz calma. Ela se virou para me encarar.

“O que você quer, Poseidon? Você já não fez o bastante para me estressar hoje. Por favor, me deixe sozinha!” Ela disse um pouco chateada, virou para observar – acho que – o mar. ”Só quero ficar sozinha, observando o mar e as estrelas. Isso meio que me acalma... Observa-los. Como o Mar encontra a Lua...” Parecia que ela estava explicando para si mesma. Tive que sorri com o comentário dela.

“Eu juro que eu não vim aqui para discutir. Só queria avisar que a trégua esta ainda de pé. Eu conheço a história deles dois...” Ela virou para me olhar.

“Essa eu também sei... O Mar sempre traiu a Lua, daí quando a Lua decidiu se separar dele, ele chorou tanto que afogou varias ilhar, pois perdeu para sempre o grande amor dele... E que ate hoje ele chama ela o tempo todo! Fim da estória.”

“Atena, por favor, essa não é verdadeira história, você sabe muito bem. Se fosse verdade a tua falsa história, como eles iriam ser chamados de eternos amantes... Vou resumir a historia. A Lua e o Mar se apaixonaram a primeira vista, mas como a Lua já era comprometida com o Sol, os dois começaram a se encontrar escondidos. Até que um dia o Sol descobriu a traição e castigou os dois. Colocou a Lua tão longe do Mar, que eles iriam nunca mais se encontrar de novo e o transformou o Mar em grandes mares de lagrimas, pois seu verdadeiro amor nunca mais iria ver. Mas a Noite conseguiu inverter isso, fez um acordo com a Lua se ela iluminasse o seu período ela iria encontrar o Mar todas as noites, no período muito curto aonde ela predominava. Desde então, eles são eternamente enamorados. Quando a Lua Cheia esta o Mar se agita mais do que nunca. Podemos dizer que a cada maré é um grito de “eu te amo” para Lua. Quando a Lua esta na Minguante o Mar esta triste, fica mais angustiado, mais quieto e encolhido. O amor deles é eterno, essa é a verdade! Resumi o máximo possível.“

Atena me olho nos olhos. A boca dela apareceu um sorriso.

“Também me lembro dessa historia...”

“Eu sei que você se lembra, pois fui eu que te contei.”

“Hum... Uhum... Vai se achar agora.” Tudo estava em paz.

“Naninanão, não vou me achar... Só iria te lembrar de que você é a minha Lua...” Eu sussurrei atrás dela.

“E você espera que eu fale que você é meu mar?!” Atena sabia jogar muito bem com as palavras.

“Queria, mas acho que você não vai falar...” Ela se levantou da pedra, veio ate a mim. Levantou os pés, igual a uma bailarina e sussurrou no meu ouvido.

“Você ainda é meu Mar...” Eu sorri com o que ela me disse. Eu sabia o que significava. Trégua e ...

Puxei ela junto ao meu corpo, ela me olhava com aquele olhar que eu amava. Ela sorria, não só a boca, mas olhos também. Coloquei uma mão na nuca dela e a outra na cintura dela, e ela colocou em volta do meu pescoço. Tudo pareceu como há anos atrás. Eu e Atena juntos, ninguém conseguia destruir o que eu sentia por ela. Nem ela mesmo podia fazer isso! Atena estava sorrindo quando encostei os meus lábios ao dela. Beija-la foi como mergulhar em aguas profundas. Houve um súbito choque quando nossos lábios se tocaram, seguido por um longo e lento deslizar de um oceano de prazer. Perdi a noção de tempo e lugar. Parecia que o universo parou só para nos observar. Puxei o corpo dela mais perto do meu, para não haver espaço entre nos. Abandonei os lábios dela, fui percorrer com a boca úmida a curva do seu pescoço. Senti ela estremecer nos meus braços com o toque, ela gemeu perto do meu ouvido. Era maravilhoso ver que ela estava entregue a mim, de corpo e alma. Como eu amava essa deusa. Mas como sempre o que é bom dura pouco. Ela sussurrou no meu ouvido:

“Poseidon, vamos voltar para o refeitório. Daqui a pouco, eles vão estranhar nosso afastamento. Depois nos conversamos sobre tudo isso.” Atena voltando com a inteligência dela.

“Esta bem, Atena. Mas nos vamos conversar sobre tudo isso o que esta acontecendo, isso nos vamos mesmo.” Eu disse, tentando voltar a realidade.

“Vamos sim, Poseidon. E temos que conversar sobre o acampamento também.” Ela sorri. Ela parecia mais leve, tranquila.

“Mais isso. Af.” Sorri para ela. Ela sentou na pedra, limpou os pés dela e colocou a sandália. Fiquei observando ela.

“O que foi?” Ela me olhou confusa.

“So estava observando a Deusa da Perfeição colocando a sandália.” Ela sorriu, revirou os olhos e balançou a cabeça.

“Poseidon, tem alguém que cai nesse papo furado? Você pega alguém com esse papinho de Deusa da Perfeição?” Se levantou, deu um selinho na minha boca.

“É porque eu estou só brincando! Quando eu te pegar de jeito, você vai saber a resposta dessa tua duvida!” Dei um sorriso malicioso para ela.

Ela ficou vermelha de vergonha, e deu sorrisinho.

Então, fomos para o refeitorio.