Music Of The Heart escrita por Giovanna


Capítulo 17
3ª fase - Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Oie amores. Como estão? Boa leitura.



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Há algum tempo, tudo estava estranho na vida de Thalia. A mesma deixou de ser a menina inconsequente e se tornou responsável. Muitas pessoas não a reconheciam mais. Era como esse baque de realidade houvesse a transformado, fazendo-a acordar e ver que a vida não é um conto de fadas perfeito. Até mesmo em contos de fadas existe a bruxa.

E no caso de Thalia, a bruxa tinha nome e sobrenome. Maria di Ângelo.

- Thalia? Acorda.

- Não, me deixa dormir.

- Thalia. Acorda. Agora.

- O que é?

- Se você não levantar daí agora eu vou te jogar.

- Tá bom, tá bom. Levantei Jay. Que foi?

- Café da manhã.

- Que horas?

- Oito.

- VOCÊ ME ACORDOU OITO HORAS DA MANHÃ? VOCÊ É MALUCO?

- Desce logo Thalia.

Thalia empurrou o irmão para fora do quarto e entrou na água gelada para acordar. Tinha pouco tempo. Mas entrou e já estava saindo.

Não demorou muito e Thalia já estava descendo as escadas da mansão dos Grace. Sim, havia voltado a morar ali. Não deixaria a SUA herança e de seus irmãos para alguém que nem seu sangue tinha.

Encontrou quatro figuras sentadas na mesa. Maria, Nico, Jason e Piper. Os dois últimos faziam um casal lindo e não se desgrudavam. Thalia não sabia o porquê de não terem admitido que se gostassem. Há algum tempo não falava com Nico. Sentia falta dele, mas não daria o braço a torcer. Quanto a Maria, a relação das duas se resumia a falsidade e também educação.  

- Bom dia, irmão. Obrigada por ter me acordado maravilhosamente bem. – Thalia foi cínica. Mas rindo. Estava de bom humor.

- Não à de quê, irmãzinha.

- Não. Me. Chame. Nunca. Mais. Na. Sua. Vida. De. Irmãzinha. Se. Você. TIVER AMOR À VIDA, JASON.

- Dá pra sentar logo, Thalia?

- Calma Jay Jay. Ainda não falei com a minha cunhadinha! Pips!

- Thalis, não estamos namorando. Então por favor, pare de me chamar de cunhadinha. Somos só amigos.

- Por enquanto! - Piper corou. Jason só faltava se esconder de baixo da mesa.

Estava tudo estranhamente quieto. Thalia sentia que estava esquecendo alguma coisa. Estranho também, porque Piper estava ali cedo. Outro motivo foi porque Jason a acordou cedo e a parte mais suspeita: Jason estava mexendo no celular, trocando mensagem com alguém e olhando para Piper, com um sorriso cumplice.

- O que voc... – Thalia foi interrompida por uma musica de parabéns, que era cantada por seus amigos e mais seus irmãos.

- Parabéns, amiga.

- O-M-G!

- Que foi? Não gostou?

- Lógico que sim! Eu tinha me esquecido do meu aniversário! Como isso foi acontecer?

- Com tanto problema, Lia. É normal.

- Mas não vamos começar a falar disso. Hoje é dia de festa e eu to aqui pra ser feliz.

- Antes... – Disse Maria. – Temos um presentinho pra você.

- Até ela? – Thalia cochichou para o irmão. Ele fez que não para a cabeça.

- Parabéns, Thalia. – A menina abriu e viu uma linda pulseira de ouro com algumas partes de diamante. Era linda. Mas Thalia não iria ficar com aquilo. Não vindo de quem era.

- Ah desculpe, Maria. Mas eu não aceito presentes de ass... – A boca de Thalia foi tampada pelo irmão, que estava de pé, atrás dela.

- Lógico que ela aceita. E fica muito feliz por aceitar, não é, Thalia? – A menina não fez nada. – Não é, Thalia? – O menino deu uma joelhada nas costas da irmã.

- Sim. – Após o irmão soltá-la, Thalia pegou a caixa e saiu da mesa do café da manhã, sem tocar na comida, muito menos no bolo. Sentiu que fora seguida, mas não ligava.

Bateu a porta do quarto e jogou a caixinha longe. Di Ângelo’s sempre estragando a vida das pessoas. Impressionante.

Antes do “presente” que Maria dera para Thalia, Nico havia se retirado da mesa e ido dar uma volta. Mas acabou por encontrar alguém desagradável.

- Ih... O que você está fazendo aqui?

- Irmão!

- O que você quer Bianca?

- Nada! Como eu ia saber que você estava aqui?

- Tá certo. Desculpe. To cheio de coisa na cabeça.

- Quer conversar?

Nico não respondeu apenas se sentou, seguido pela irmã.

- Eu sei que há muito não me considera sua irmã, até aprovo seus motivos, depois de tudo aquilo que aconteceu. Mas me conte: O que te perturba?

- A Thalia.

- A filha do marido da mamãe?

- Do marido falecido da mamãe. Sim. Eu ando tendo que escolher entre muita coisa importante pra mim.

- Culpa da senhora di Ângelo, acertei?

- Como você sabe?

- Faz bem o estilo dela, Nico.

- Por que você está me ajudando, Bianca?

- Digamos que eu sinto falta de coisas que eu perdi.

- Como?

- Você sabe muito bem.

- Obrigada, Bia.

- Bia?

- Sim, Bia. Agora vou indo. Até algum dia.

Aquela conversa afetara muito Nico. Até Bianca, que há anos deixara de considerar irmã, estava mudando.

Não havia percebido, mas já estava na frente de casa. Entrou, mas estava um clima estranho.

- O que aconteceu? E cadê minha mãe?

- Digamos que subiu assim que Thalia surtou pelo presente.

- Minha mãe subiu? Atrás de Thalia? Como você deixou, Jason? ARGH!

Nico saiu correndo até o quarto de Thalia, da onde eram escutados gritos. Com certeza algo muito grave estava acontecendo.

- VOCÊ É UMA GAROTINHA MIMADA, QUE FICA FAZENDO SHOWZINHO NA FRENTE DE TODOS PRA CHAMAR ATENÇÃO.

- SHOWZINHO? POR FAVOR, MARIA. VOCÊ SABE MUITO BEM QUE EU NÃO PRECISO DE SHOWZINHO IGUAL A VOCÊ.

- VOCÊ É UMA ORFÃ IDIOTINHA. DEVE SER IGUAL A SUA MÃE. NÃO A CONHECI, MAS VOCÊ NÃO PUXOU SEU PAI, COM CERTEZA. DEVE TER PUXADO A CADELA DA SUA MÃE.

Nada foi escutado, apenas um estralo muito alto, que Nico até se assustou.

- VOCÊ TOMA CUIDADO COM O QUE FALA DA MINHA MÃE. QUEM É CADELA AQUI É VOCÊ. NÃO SÓ CADELA, MAS ASSASSINA TAMBÉM, NÃO É, MARIA? EU SEI QUE VOCÊ MATOU MEU PAI.

- Sabe o que eu deveria fazer com você? Matar-te. Você teria um final igual ao do seu pai e da sua querida mãe. – O tom de Maria era ameaçador.

- Mata. Pode me matar. Não faria nenhuma diferença para você, não é? Uma concorrente a menos na sua busca pela herança. Mas não se esqueça, Maria: Eu vou lutar até a ultima gota de suor, para você não ficar com nada. Eu vou contratar o melhor advogado do mundo. E não vou usar mentiras como as que você vai usar. Pode ter certeza. E você? Vai usar o energúmeno do seu filho. Um pilantra que nem você. Boa sorte. E sim, isso é uma guerra. Toma cuidado.

Thalia saiu do seu quarto, descendo. Mas acabou esbarrando em Nico.

- Isso tá ficando chato, di Ângelo.

- Até quanto, Thalia?

- Até quando o quê?

- Você vai ficar desse jeito, me tratando assim?

- Até quando eu observar que você merece. O que na verdade, vai ser para sempre. Você é muito idiota. E aproveita e tira a SUA mãe do meu quarto, por favor.

Os dois já estavam indo em direções opostas quando Thalia chamou Nico.

- Ah... E boa sorte no processo da sua mãe. Eu sei que você vai ser o advogado dela. Só peço uma coisa: Seja justo, Nico. Que é isso que se preza na sua profissão, não é? Justiça acima de tudo. 


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Notas finais do capítulo

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