Era dia 21 de junho. Solstício de inverno. Todos os deuses estavam em seus tronos, sérios. Com só cinco palavras Poseidon calou todo mundo.

- Eu me separei de Anfitrite. – Todos olhavam para Poseidon. Zeus olhava com um olhar crítico. Dioniso com um olhar desinteressado. Afrotide com certo olhar feliz. Atena era a mais interessante. Olhava com certa curiosidade em saber por que eles se separaram, mas também olhava com certa vontade de sair pulando pelo olimpo inteiro.

Poseidon se sentia aliviado de contar a todos, mas estava curioso para saber como todos estavam reagindo.

Zeus pensava: Por que ele se separou da filha de Nereu? Meu irmão precisa de um jeito.

Dioniso: Uh! Que emocionante. Mai um que se separa. TÉDIO!

Afrodite: Finamente! Vai lá tio!

Atena era a que mais o intrigava. Finalmente. Não Atena! O que esta pensando. Ele é um idiota.

Depois de ler as mentes dos deuses, saiu em direção a algum lugar. Ele não sabia aonde ia, estava muito confuso.

Ele parou e sentou-se naquela cadeira. Só ai se deu conta que estava na biblioteca.

Levantou e pegou um livro e começou a ler, e sem se dar conta, ele pensava em quando conheceu Atena.

Atena ainda estava encarando o chão do salão. Passava tudo em sua cabeça. Desde o momento em que Poseidon disse aquilo, o mundo dela caiu. Não sabia em que pensar.

De repente, uma cena veio a sua cabeça. Quando ela e Poseidon se conheceram.

Até agora se lembra do seu nascimento, quando ela tinha saído da cabeça de Zeus. Ela não estava acostumada a ver tantas pessoas em suas volta. Mesmo nascendo adulta. Ela simplesmente foi a biblioteca, chorando assustada. Poseidon a seguiu, quando a achou a abraçou de um modo protetor, e a ajudou. Mas por quê? Por que eles tinham que se odiar? No fundo Atena sabia a resposta, mas não queria acreditar.

Poseidon estava mergulhando nos seus pensamentos quando percebe que uma pessoa entra na biblioteca.

- Então quer dizer que Poseidon gosta de ler?

- Acalma, Atena. Não sei por que.

-Posso te ajudar? – disse Atena sentando na cadeira perto da que Poseidon estava.

- Em o que?

- Sei lá...

- Ah, sim, você poderia me explicar... Por que nós brigamos tanto? Brigas são tão inúteis.

Atena pensou um pouco.

- Não sei dizer.

Atena pegou um livro e começou a ler.Na verdade, estava só fingindo, pois sua mente tentava encontrar uma resposta para aquela pergunta. Quando teve a resposta perfeita, abaixou o livro, e viu que Poseidon a encarava, mas estava seus rostos estavam perigosamente próximos um do outro.

Poseidon mordia os lábios, reprimindo a vontade de beijar Atena. Atena fazia o mesmo.

Mas naquele momento os dois não resistiram. Atena passou a mão pela nuca de Poseidon, e ele pela cintura dela. Os dois queriam continuar a se beijar, mas o ar faltou.

- Desculpe. – disse Atena já se teletransportando para seu castelo.

Poseidon foi atrás dela.

- Atena, espere...

- Saia do meu castelo, Poseidon!

- Atena me explica o que foi aquilo.

Atena pensou: o melhor beijo de toda a minha vida, mas disse apenas:

- Nada. Foi só um engano.

- Como assim só um engano? Aquele foi o melhor beijo da minha vida e para você não foi nada?

- Foi um erro, Poseidon, agora saia do meu castelo.

Poseidon foi para seu castelo com o coração em frangalhos. O sabor doce de Atena ainda estava em seus lábios. Ele simplesmente não podia acreditar como ela podia ser tão egoísta. Ele não sabia por que, mas lagrimas se formavam em seu rosto.

Atena chorava confusa. Ela estava na sua cama chorando. Ainda sentia os lábios dele nos dela.

Como você pode ser tão egoísta Atena?  Ela se perguntava. Estava chorando quando de repente Afrodite invadiu seu quarto.

- Afrodite! Como pode ser tão má comigo?

- Atena, essa paixão existe a tanto tempo... Pense, você é esperta, conseguirá responder a pergunta dele? – dizendo isso Afrodite se foi.

Atena decidiu ir atrás dele, ela não podia deixar o único homem por qual se apaixonara ir embora assim. Agora, mais do que nunca, sabia a resposta.

Poseidon estava sentado de costas para a porta quando pegou o seu violão decorado com conchas do mar e dedilhou algumas notas, até que começou a tocar Nothing but a song – Tiago Iorc .

I read your mind a thousand times
Exempt myself from alibis
Surrender to me softly
You're trying to find a different side on me

You see this life
As nothing but a song without no rhyme

Hum dap dararah
Hum dap dararah oh

Devote myself with compromise
Selfishly lying, giving bad advice
Surrender to me once again
You're trying to find a boy inside a man

You ask me why
We suffocate our lives beneath the sky

Hum dap dararah
Hum dap dararah oh

Maybe we're losing all reason in our silly fights
Maybe this time it'll seem right
I wanna tell you about
The day we first met and
How I feel when you're holding me tight
Oh, And how you've changed my life

Hum dap dararah
Hum dap dardrah oh

Nada além de uma Canção Tiago Iorc

Eu leio sua mente mil vezes
Me isentando de álibis
Entregue-se a mim suavemente
Você está tentando encontrar um lado diferente em mim

Você vê esta vida
Como nada além de uma canção sem rima

Hum dap dararah
Hum dap dararah oh

Me dedico com compromisso
Mentindo de forma egoísta, dando maus conselhos
Entregue-se a mim mais uma vez
Você está tentando encontrar um menino dentro de um homem

Você me pergunta por que
Nós sufocamos nossas vidas sob o céu

Hum dap dararah
Hum dap dararah oh

Talvez estejamos perdendo toda a razão nas nossas brigas tolas
Talvez desta vez parecerá correto
Quero te falar sobre
O dia em que nos conhecemos e
Como eu me sinto quando você me abraça forte
Oh, e como você mudou minha vida

Hum dap dararah
Hum dap dararah oh

Atena estava encostada na porta e assistia a cena encantada. A voz de Poseidon era linda, pareciam ondas do mar. A letra da música tinha uma ligação com ela.

Quando acabou de tocar, Poseidon virou para guardar seu violão, quando a viu.

Ela estava linda, estava usando um vistido branco e seus caichos loiros estavam soltos caindo sobre seu ombro. Olhos cinzas estavam fixos nos verdes, enquanto os olhos verdes estavam fixos nos cinzas.

Poseidon comecou a se aproximar de Atena e de repente parou.

“Aquilo nao foi nada para ela, Poseidon, você tem que esquecê-la” – Ele pensou.

- Poseidon, eu menti, eu sei a resposta para sua pergunta. – Ela disse.

- Que pergunta?

- Por que nos brigamos tanto.

- Ah. – Ele se virou e sentou no chão de costas para a Deusa.

Atena aproximou-se, e abaixou-se até seus olhos ficarem alinhados com os do Deus dos mares.

- Eu estava me escondendo atrás de mentiras. Eu não pude acreditar. Eu estava fugindo daquilo que realmente sinto.

Ela ia se aproximando cada vez mais de Poseidon. Quando ela ficou com seu rosto bem próximo ao dele, falou as únicas três palavras que Poseidon sempre quisera ouvir.

- Eu te amo, Poseidon!

- Eu te amo, Atena!

Com um beijo, eles marcaram o destino.

Aquele seria um amor que duraria para sempre.