Truth Revealed escrita por Eleanor Devil


Capítulo 5
Diz-me mais - Dia 1


Notas iniciais do capítulo

demorou mas aqui está ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/143641/chapter/5

Truth Revealed

Capítulo 5 - Diz-me mais...- Dia 1

Assim que Kisshu terminara de secar o seu corpo e de se vestir, ele caminhou para o andar de baixo em direcção à cozinha, onde a sua filha se encontrava, a deitar o chá quente nas suas chávenas. Ele usou uma toalha mais pequena para acabar de secar o seu cabelo verde molhado. O alien de olhos âmbar então sentou-se numa cadeira, imediatamente seguido por Yuka que se sentou frente a ele.

Ambos beberam o chá morno em profundo silêncio durante alguns minutos até que Yuka o quebrou "Estavas a sonhar?" perguntou

Kisshu olhou para ela um pouco confuso, demorou um pouco até ele perceber ao que é que ela se estava a referir, e então apercebeu-se...ela devia estar a referir-se quando ele estava a dormir no banho, silenciosamente ele colocou a sua chávena sobre a mesa de madeira "Sim..."

"Sobre o quê? Parecias muito surpreendido e sobressaltando quando te acordei" disse ela, ele suspirou e olhou para baixo, o seu rosto reflectia-se na cor de mel do chá, ele fechou os olhos

"Eu vi-a..." disse finalmente, no entanto foi a vez de Yuka de olhá-lo confusa, não tinha percebido a quem é que ele se estava a referir "Eu vi...a tua mãe..."

Os olhos magenta de Yuka arregalaram-se "O q-quê...viste a mãe...?" Kisshu assentiu em resposta "B-Bem...foi apenas um sonho certo?"

Ele suspirou "Eu não sei...não sei se foi um simples sonho...ou uma mensagem...porque eu não a vi apenas, eu falei com ela, ela tocou-me, eu sentia-a como se estivesse viva" ele suspirou de novo enquanto uma mão descansava na sua cabeça "Ou talvez esteja apenas a ficar maluco..."

Yuka manteve-se em silêncio o tempo todo, agarrando com as suas mãos a pequena e quente chávena de barro..."Ei pai..." Kisshu levantou os olhos e olhou para a sua filha, significando que estava a ouvi-la, ela suspirou e de certa forma apertou as mãos na chávena "Como...como é que ela era...? Qual era a sua maneira de ser...? Eu...pareço-me com ela?"

Verdade seja dita, o homem de cabelo verde foi apanhado de surpresa perante a repentina pergunta da sua filha, ela nunca tinha feito perguntas sobre a sua mãe antes...a rapariga parecia ter lido a sua mente "Eu...eu sei que nunca faço perguntas acerca deste assunto e...e também sei que te magoa falar sobre a mãe mas...depois de tudo o que tem acontecido ultimamente, descobrir que os meus irmãos estão vivos após 14 anos a pensar que eles estavam lá em cima com a mãe...fez-me querer saber mais sobre mim mesma...quem sou eu? Sou apenas uma rapariga normal, filha de uma humana e de um alien ou algo mais...? E quem era a mãe? Apenas uma humana normal...? Quero saber mais sobre ela"

Vendo toda aquela confusão e tristeza nos olhos rosa da sua filha parecia ter emocionado um pouco o homem de cabelo verde, ele fechou os seus olhos durante um segundo e suspirou antes de colocar a sua mão pálida sobre a da sua filha...ambos tinham a mesma cor de pele, a mesma cor de cabelo...no entanto...a olhar para aqueles olhos rosa-choque...céus ela parecia-se tanto com ela...

"Muito bem Yuka...tens todos os direitos sobre quereres saber mais sobre ela, já és crescida o suficiente para saberes sobre isso..." ele disse finalmente "A verdade é...sim pareces-te com ela, mesmo tendo a mesma cor do meu cabelo e da minha pele, pareces-te muito com ela, eu vejo-a em ti. Na verdade...vocês os três tinham ela em vocês...eu via sempre a sua inocência em vocês e também...a sua determinação..."

Ele sorriu um pouco, evocando a imagem da sua falecida esposa na sua mente "Tu tens os olhos dela" ele admitiu, Yuka olhou para ele confusa

"Mas...pensei que tu uma vez me tinhas dito que ela tinha olhos castanhos" Kisshu sorriu levemente e abanou a cabeça um pouco

"E tinha, esses eram os seus olhos verdadeiros..."

"Olhos...verdadeiros...? O que queres dizer?"

"É...uma história longa Yuka, teria de te contar a história toda desde que a conheci" disse ele

"Não importa! Eu quero saber!" ela parecia uma pequena menina que pedia ao seu papá para lhe ler uma história de embalar, ele voltou a sorrir perante isto, ele nunca lhe tinha lido uma história de embalar quando ela era pequena, talvez agora fosse a melhor altura para fazê-lo e ela merecia saber mais sobre as suas origens...

Mas então ele suspirou assim que olhou para o relógio “Eu dir-te-ei…mas não agora Yuka…é muito tarde e precisamos de descansar, amanhã vai ser um longo dia” disse ele terminando o chá, levantou-se da cadeira e a rapariga de cabelo verde seguiu o seu pai com o olhar

“O que vai acontecer amanhã?”

O homem virou-se com um olhar sério nos seus olhos âmbar dourados “Amanhã vamos partir para a Terra, para recuperar os teus irmãos” devagar, devido a ainda estar surpreendida pela seriedade nos olhos do seu pai, a adolescente assentiu e levantou-se da sua cadeira também. Ambos caminharam escadas acima, cada um para o seu respectivo quarto depois de desejarem boa noite um ao outro

“Pai, precisamos mesmo de TUDO isto?!” perguntou Yuka enquanto colocava a última bagagem com os seus pertences na nave “E onde é que arranjaste todas estas bagagens?!”

“Sim precisamos e essas pertenciam à tua mãe quando nos mudámos para aqui” respondeu ele enquanto continuava a programar a nave, Yuka fechou a porta atrás de si e caminhou até ele, sentando-se de seguida ao lado dele na cadeira do lado, ela olhou para o teclado…e quase que deu em maluca com tantos botões…ele nunca tocaria em nenhum desses, preferia deixar esse trabalho para o seu pai. Kisshu rir levemente por entre os dentes ao ver os olhos rosa, confusos e arregalados de sua filha

Depois de o homem de cabelo verde ter clicado em mais alguns botões, pela janela da nave Yuka conseguia ver o chão onde antes a nave estava assente a começar a ficar cada vez mais afastada…logo de seguida sentiu o seu corpo ser empurrado para a frente como se ela tivesse sido empurrada por uma rajada de vente muito forte, tinha sido tão forte e rápido que a rapariga foi contra a mesa do teclado

Kisshu não resistiu e riu-se quando viu o olhar assustado da sua filha “Tem calma, a nave está mexer-se. Eu avisei-te para colocares o cinto de segurança”

Yuka franziu a testa e fulminou-o com o olhar “Não, não disseste!” e depois colocou o cinto de segurança, cruzou os braços, afundou-se na cadeira e colocou o lábio inferior para fora, formando beicinho. Kisshu riu-se.

‘Tal e qual a mãe…’

“E ali vão eles…” disse o homem de cabelo castanho-escuro, o seu tom de voz era triste assim como os seus olhos laranja escuro “Gostava que pelo menos pudesses ter-lhes dito adeus…ou ter ido com eles…”

O mais velho suspirou “Tu ouviste-o, Taruto…ele não quer ter nada a ver connosco…”

As longas orelhas do alien mais novo descaíram-se com a tristeza, os seus olhos moveram-se para o seu irmão “Mas…devíamos desistir assim…?”

“Desculpa?”

“Estou a dizer…se devíamos desistir assim? Sem dar luta, sem provar-lhe que estamos arrependidos do que lhe fizemos? Devíamos fazer qualquer coisa por ele, ajudá-lo a encontrar os filhos…”

Mas enquanto eles discutiam isto, a partir de uma janela do segundo andar da casa…um par de olhos frios, duros, laranja escuro franziram-se e fulminaram com o olhar o céu…a observar a nave a desaparecer da sua vista…

A adolescente de cabelo verde suspirou irritada “Pai, quanto tempo vai demorar esta viagem…?”

Kisshu riu-se entre dentes perante o tom de voz da sua filha, ela soava tanto como ele e agiria da mesma maneira que a sua mãe quando ele lhe respondesse à pergunta “Cerca de uma semana”

O homem de cabelo verde teve de morder o lábio inferior para não romper em risos assim que viu a expressão da sua filha, os seus olhos magenta arregalaram-se de tal maneira que pareciam que iam saltar para fora a qualquer momento, o seu queixo descaiu…e a reacção seria em 3…2…1…

“O QUÊEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE?!”

Kisshu não resistiu mais, ele começou a rir, não muito mas ele estava a rir-se! Yuka voltou ao normal assim que o riso do seu pai lhe chegou à suas pequenas e pontiagudas orelhas, ela olhou para ele…ele estava a rir, ela tinha-o feito rir mesmo que tenha sido apenas um pouco! A sua expressão chocada foi depressa substituída por uma expressão doce, um pequeno sorriso abriu-se nos seus lábios

Depressa o riso desapareceu e nos lábios de Kisshu formou-se um pequeno e suave sorriso assim que os seus olhos se moveram na direcção da sua filha que estava a olhar para ele…ela era uma mistura de ambos…ambos em atitudes e aparência, no entanto ele conseguia ver que ela seria muito mais parecida com a sua mãe no futuro, uma rapariga doce mas também teimosa…a sua mãe…ao pensar cada vez mais e mais sobre ela fê-lo lembrar-se o quanto ele sentia a sua falta, o sorriso desapareceu e ele desviou o olhar…

‘Ichigo…’ pensou ele ‘Foste a primeira pessoa por quem me apaixonei…e jamais serás substituída…desde que tu desapareceste deste mundo que jurei a mim mesmo que nunca mais iria amar alguém…pelo menos da maneira como te amava a ti…nunca tive a coragem suficiente para dar uma oportunidade à Yuka de crescer com uma mãe, desde que partiste que nunca mais olhei para uma mulher da mesma maneira que olhava para ti, nunca dei uma madrasta à Yuka…porque…nunca mais me apaixonei…’ suspirou, os seus olhos brilhavam com várias emoções perante as memórias mas ele não iria chorar…ele não podia chorar mais, aonde é que isso o levaria? Mas…’Sinto a tua falta Ichigo…sinto a falta da tua mão sobre a minha, dos teus olhos a olharem nos meus, o teu riso, o teu sorriso, o teu toque, a tua teimosia, a maneira como dizias o meu nome, os teus olhos…a tua cabeça encostada sobre o meu ombro ou no meu peito…gostaria de tocar uma vez mais…gostaria de voltar atrás no tempo…talvez se não te tivesse engravidado…ainda estarias aqui…’

‘Mas o que é que estás a dizer?! Como é que te ATREVES sequer a dizer isso?!’

‘O quê…?’

‘Já vistes bem no que é que tu acabaste de pensar?!’

‘Mas é a verdade…se eu não a tivesse engravidado-‘

‘TU não irias ter NUNCA tal dedicada e linda filha ao teu lado neste preciso momento!’

Os olhos de Kisshu arregalaram-se um pouco perante isto…quem quer que fosse aquela voz, tinha razão…como é que ele pôde pensar numa coisa dessas? Como é que ele pôde desejar nunca ter engravidado a sua esposa…? Talvez fosse verdade…se ele não a tivesse engravidado ela não teria morrido naquele dia mas quem sabe o que é que o destino tinha planeado para ela? Talvez ela não teria morrido depois do parto mas poderia ter morrido de outra coisa qualquer!

Agora que ele pensava nisso…os médicos nunca lhe tinham dito o que tinha sido a causa da morte de Ichigo…não tinha sido a perda de sangue, não poderia ter sido, apesar de Ichigo lhe ter dito isso, segundos antes de morrer! Não…ele recusava-se a acreditar que perda de sangue tinha sido a razão que tinha levado a mulher da sua vida para longe dele…tinha sido outra coisa…ele sentia-o…ele sabia

A voz tinha razão…como é que ele pôde ter desejado por algo tão egoísta…? A voz tinha razão em tudo o que tinha dito…se Ichigo não tivesse dado à luz naquele dia, hoje ele estaria completamente só…apenas ele e mais ninguém…provavelmente seria apenas ele nesta nave, numa longa e dura viagem para recuperar o seu filho…sim filho…ele não teria mais nenhum filho…não haveria nem Yuka, nem Mika…apenas Ichiro…ele estaria sozinho…com ninguém a apoiá-lo…

Uma mão tocou suavemente a sua o que o fez sobressaltar-se um pouco…aquele toque…era tão familiar…’ichigo!’ o alien imediatamente virou a cabeça para o lado e por momentos ele podia ter jurado que tinha visto o rosto de Ichigo que sorria para ele mas rapidamente desapareceu, dando lugar ao rosto preocupado da sua filha…

“Pai…estás bem…?” disse ela, preocupação preenchia a sua voz, o choque de Kisshu desvaneceu e ele suspirou enquanto os seus olhos dourados se fechavam “Pai?”

“Estou…estou bem Yuka…” murmurou

“Talvez…devesse colocar a nave no modo de piloto automático e descansares, não achas?” Kisshu abriu os olhos e suspirou de novo

“Sim eu fá-lo-ei…eu vou activar o modo de piloto automático” e clicou num botão amarelo, activando assim o tal modo “Mas não tenho vontade de ir para o meu quarto descansar…”

“Então…eu posso ir preparar algo para nós comermos” disse a rapariga enquanto se levantava da cadeira mas foi parada pelo seu pai, que lhe segurou o braço e obrigou-a a sentar-se de novo na cadeira, ela olhou para ele confusa

“Não…eu…eu quero que fiques aqui comigo…” ao ouvir aquelas palavras a preocupação da rapariga aumentou…estaria ele a voltar ao modo depressivo de antes…? Nada bom…nada bom mesmo “Porque quero completar o que comecei ontem…” o olhar confuso de Yuka voltou, o que queria ele dizer? “…sobre a tua mãe…eu vou…dizer-te mais sobre ela…vou contar-te a nossa história…”

Os olhos da rapariga arregalaram-se, ela não sabia que o seu pai iria levar o seu pedido sobre a sua mãe tão a sério! Visto que lhe doía tanto pensar sobre ela….não lhe provocaria mais dor relembrar TODOS os momentos que passou com ela…? Mas depois percebeu…o seu pai não queria que a memória da sua mãe morresse…

“A cada dia desta viagem contar-te-ei mais sobre a nossa história” ela devagar sentou-se confortavelmente na cadeira e olhou para o seu pai, ele suspirou e fechou os olhos, forçando um pequeno sorriso a aparecer nos seus lábios “Tudo começou quando eu tinha 14 anos, desde que me lembro, provavelmente até mesmo muito antes de eu ter nascido, Cyno tinha as piores condições de vida que alguma vez poça ter existido, não era o lugar saudável nem alegre em que tu crescestes…não…era horrível…tempestades de neve, frio, doenças, pouca comida, poucas roupas…o meu povo estava a morrer…os teus verdadeiros avós…eu não me lembro muito deles, apenas dos seus nomes…Hanako e Katsumi Watanuki, segundo o que a minha mãe adoptiva me disse, ela era uma grande amiga deles, especialmente da minha mãe e ela disse-me que o meu pai tinha morrido a salvar a minha mãe e irmã de uma derrocada enquanto procuravam por um lugar melhor onde passar a noite…estava ainda no ventre da minha mãe quando isso aconteceu…então a minha mãe adoeceu e alguns dias depois de eu ter nascido…ela morreu.” Ele suspirou

“A minha mãe adoptiva, Kiku, acolheu-me a mim e à Amethyst na sua família, naquela altura ela e o Kain apenas tinham um filho, o Pai, o Taruto entrou na família quando eu tinha cinco anos…as condições de vida, tal como eu te disse antes, eram muito más, mal tínhamos comida, mal tínhamos mantas para nos proteger do frio, muitas pessoas lutavam e matavam-se uns aos outros só para obter um pedaço de comida e tínhamos de viver debaixo da terra…quando eu tinha onze anos, a tua prima Selena entrou na família mas depois, tal como o meu pai, o marido da Amethyst morreu e foi aí que a tua tia tornou-se numa pessoa fria e com coração de pedra que conheces…” ele abanou a cabeça enquanto evocava a imagem da sua irmã na sua mente…agora ela era uma desgraça…”Quando as coisas se tornaram completamente insuportáveis, a Academia chamou TODOS os adolescentes masculinos do meu povo para começarem a treinar arduamente, alguém seria o escolhido, aquele que iria para a Terra, fazer todos os humanos desaparecerem para que assim o nosso povo pudesse voltar para lá…”

Os olhos de Yuka arregalaram-se um pouco “E tu foste…o escolhido?”

Kisshu assentiu “Fui e fui completamente sucedido na missão até que a conheci…a tua mãe..”

“Mas espera…tu disseste que tinhas ido para a Terra para a recuperares…? Como?”

“Muitos séculos atrás, as nossas pessoas viviam na Terra mas depois as condições de vida começaram a ficar más e eles tiveram que partir, aterrando num novo planeta, Cyno…mas tal como tu já sabes agora, também não tinha boas condições…”

A adolescente de cabelo verde assentiu “E que mais? Conheceste a mãe?”

Ele sorriu muito levemente “Sim…a primeira vez que a vi, foi na escola da Lettuce”

“Lettuce…? Queres dizer a Tia Lettuce? A mulher do tio Pai?” de novo ele assentiu

“Sim…a tua mãe e a tua tia Mint tinham ido à escola da tua tia Lettuce para investigar o “fantasma” que supostamente estava a assombrar a escola durante a noite, na verdade o tão famoso fantasma era nada mais, nada menos que a própria Lettuce mas essa é outra história completamente diferente. De qualquer forma eu vi a tua mãe, ela estava dentro da escola com a Mint, toda encolhida com medo, a tremer tanto porque ela pensava que realmente existia um fantasma…e depois transformou-se em Mew Ichigo”

“Mew…Ichigo…?” murmurou Yuka agora confusa, Kisshu sorriu e cutucou o seu nariz

“Sim, essa é a história por detrás da cor do teus olhos…a tua mãe era uma super heroína, tal como eu fui escolhido para ir à Terra para exterminar os humanos, ela foi uma das escolhidas para salvar a Terra de mim, ou melhor dizendo, de nós, mais tarde o Pai e o Taruto juntaram-se a mim. Ela juntamente com a Mint, a Lettuce, a Pudding e a Zakuro eram as Tokyo Mew Mew, super heroínas fundidas com o ADN de cinco animais em vias de extinção” ele sorriu, relembrando a forma de mew da sua esposa, o quão adorável ela era daquela forma, era toda rosa mas continuava a ser adorável…então ele levantou-se, Yuka olhou para ele com uma olhar questionável, perguntando-se aonde é que ele ia e depois viu-o a agachar-se perto de uma das malas “Raios…tem de estar aqui algures…ha! Encontrei-o!” ele levantou-se e voltou a sentar-se na cadeira, na sua mão estava um livro…ou melhor dizendo um álbum

“Eu nunca te mostrei isto antes, Yuka…isto é um álbum de fotos meu e da tua mãe, sobre as nossas memórias” ele abriu-o “Aqui, esta é a tua mãe na sua forma de mew” ele virou o álbum para que assim a sua filha conseguisse ver a foto “Na verdade isto é uma foto de grupo, a última que tirámos todos juntos, estávamos no café onde a tua mãe trabalhava antes e estas são as companheiras da tua mãe, todos eles pediram para que esta foto fosse tirada com elas em forma de Mew…a tua mãe é esta” ele apontou para a rapariga vestida de rosa, com cabelo e olhos rosa que estava a fazer um sinal V com os dois dedos e a sorrir alegremente, Yuka tomou o álbum nas suas mãos e observou atentamente a mulher na foto…então sorriu

“Os olhos dela…!” Kisshu sorriu levemente e assentiu “Sim, tu tens os seus olhos de Mew, surpreendeu-nos aos dois quando tu e a tua irmã abriram os olhos pela primeira vez”

“Queres dizer…que ainda cheguei a vê-la antes…” ele assentiu muito devagar

“É claro que tu não te lembras, era apenas uma pequena recém-nascida…foi ela quem te deu o teu nome…Yukari” ele sorriu “Mas ela preferia chamar-te apenas por Yuka tal como eu”

“E…o da minha irmã…?”

“O nome verdadeiro da tua irmã é Mikaela mas tal como tu, tratávamo-la por Mika…” disse ele enquanto tomava de novo o álbum nas suas mãos

“A mãe…era tão linda”

“Pois era..”

“Ela tinha uma cauda e orelhas de gato!” exclamou, agora lembrando-se o que mais tinha visto na foto

“Sim, tal como eu te tinha dito, ela e as suas amigas estavam fundidas com o ADN de animai em vias de extinção, ela estava fundida com um Gato Selvagem de Iriomote…adorava aquelas orelhas” ele sorriu

“E…o que aconteceu quando tu a vistes?”

“Na verdade não fiz nada naquela noite, eu tinha descoberto quem o meu inimigo era e as suas verdadeiras identidades, no entanto naquela altura eu adorava brincar com elas, trata-las como brinquedos…por isso depois de a ver, desapareci e voltei para a dimensão em que estava instalado. Na manhã seguinte eu segui-a, parecia extremamente feliz visto que tinha encontrado a sua terceira companheira, então aquela bola de pêlo rosa que era usada para detectar a presença de aliens começou a gritar por todo o lado que havia um e depois falei

‘‘Mas há!”

Ichigo olhou em volta depois de ter ouvido aquela voz, de onde tinha vindo?

“Só queria ver quem é que estava a opor-se aos nossos planos mas és bastante querida! Gosto de ti!”

A figura saltou do telhado…

“E…o que é que lhe fizeste?” perguntou Yuka

Ele sorriu “Queres tentar adivinhar?”

A rapariga colocou um olhar muito profundo nos seus olhos, estava a tentar imaginar…magoá-la? Não…ele não a magoaria…mas então…eles eram inimigos na altura por isso era uma hipótese elevada…

“Magoaste-a?”

“Não, bem não daquela vez quero dizer” disse ele “Desistes?”

“Bem eu não consigo descobrir muito mais do que lhe poças ter feito já que vocês eram inimigos..”

Nos seus lábios formou-se um pequeno e leve sorriso enquanto ele pensava no que tinha acontecido “Roubei o seu primeiro beijo”

O queixo de Yuka descaiu e os seus olhos rosa arregalaram-se em choque e surpresa…então os seus pais nunca tinham propriamente partilhado um verdadeiro primeiro beijo com amor e paixão tal como todos os casais…? Tinha sido…simplesmente roubado?

“Tu…roubaste-o?” disse ela, Kisshu riu entre dentes levemente perante a reacção da sua filha, tal como a reacção chocada da sua mãe depois de ele lhe ter roubado o beijo…sim…elas eram muito parecidas, ele sabia disso

“Dir-te-ei mais amanhã, agora vou descansar um pouco” ele disse enquanto se levantava da cadeira e caminhava na direcção do seu quarto, demorou um pouco ate Yuka reagir a ele ter ido embora

“Ei! Pai, não me deixes aqui assim, agora estou curiosa!” ela disse enquanto corria na direcção do quarto do seu pai mas a porta já tinha sido fechada e ela não conseguia abri-la “Paaaaai!”

Dentro do quarto, Kisshu estava encostado à porta a sorrir um pouco…

TBC…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

deixem reviews por favor!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Truth Revealed" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.