Antes:

POV Samantha

Agora:

Estava sentada, triste, de cabeça baixa, na entrada de casa quando o vejo, meu Chris. Levantei, meio sem acreditar, era verdade, lá estava ele.

Desci os dois degraus da escada lentamente, enquanto ele veio andando até mim.

Me abraçou e eu senti como se o meu mundo voltasse. Eu levantei as minhas pernas do chão e ele me girou. Ficamos ali, rindo de felicidade. Agora, o que menos me importava era o que os outros pensavam. Ele estava ali. Paramos de girar e ele me colocou no chão.

–Sam, me desculpa por tudo o que aconteceu, eu não poderia ter fugido assim, mas acredite, eu fiz de tudo pra poder estar aqui de volta, com você. E se ainda não sabe, você é a razão da minha existência, sem você eu não seria nada.

–Chris, eu não entendo nada do que aconteceu com você, sei que eu sofri muito e não consigo mais existir sem você.

–Te amo, minha pequena.

–Também te amo.

E nos beijamos.

POV Alice

Fiquei feliz instantaneamente. Tive a visão assim que o Chris chegou. Olhei para Jazz e ele estava com um sorriso que destruiria qualquer um.

–Eles exalam alegria não é?

–Muita. Nunca senti a Sam tão feliz.

POV Samantha

Depois que o beijo acabou nos abraçamos. Finalmente, depois de meses nos sentíamos completos.

–Não me abandona mais. – disse chorosa

–Nunca pequena.

POV Caroline

–Sophia, bebê, vem aqui. – levantei e fui pegar a Sophia no colo, que já ia atrás de um dos vasos de Esme – você tem que pegar as suas coisas não a dos outros.

–Nánáá!

–Não é pra você, deixa ali. Vem, vamos brincar lá fora.

Saí até a parte de trás da casa, onde tinham os brinquedos e a coloquei no balanço.

–Amor? – Fernando. - Quer ir ver o Chris? Eu fico com a Sophia.

–Claro. Onde estão Jacob e Renesmee?

–Saíram, foram á cidade.

–Bom mesmo. Vamos esperar até Jacob voltar para testar o controle do Chris, acho que ele tem mais probabilidade de se defender do que a Renesmee ou a Sophia.

–Claro. Agora vai lá. – disse, tomando o meu lugar para empurrar a Sophia.

–Dada!

–Oi filha, vamos bem forte?

–Eeee! – e bateu palminhas.

Entrei em casa e saí pela porta da frente, me dirigindo á casa ao lado. Entrei, vendo que todos conversavam animados na sala.

–Oi gente. Oi Chris. Recuperei meu sobrinho?

–Claro tia Carol. – disse, vindo me abraçar.

–Sente-se Carol. - Esme

Me dirigi ao sofá, sentando ao lado de Bella.

–Então, continuando, Renesmee e Jacob ficam em nossa casa? - Carlisle

–Acho que sim. Por medidas de segurança. – Jasper – Emmet e Rosalie podem ficar aqui, não tem problema, não é?

–Claro que não. Não precisavam se preocupar tanto comigo, mas sei que ainda não respondo por meus atos. – Chris

–Ficamos sim, não é Rose? - Emmet

–Claro.

–Carlisle, você tem alguma idéia do que aconteceu? – Edward

–Bem, vamos esclarecer as coisas primeiro. Christopher, o que aconteceu?

–Bem, eu estava caçando com o pessoal, estávamos correndo quando tudo ficou preto. Depois eu senti alguma coisa estranha e alguns vultos de verde passavam. Depois só vi uma imagem meio borrada da Sam me olhando e tudo escureceu. Eu sentia que estava correndo, mas não conseguia parar. E os vultos verdes continuaram. Foi assim por vários dias, eu me tornava eu mesmo poucas vezes e ficava pouco tempo. Reconheci a cabana, na maioria das vezes era lá que eu 'voltava' a mim. Eu fiquei desesperado. Sabia que alguma coisa não estava certa. Enquanto o meu corpo corria, eu não pensava em nada que estivesse relacionado a vocês, pois sabia que era isso que 'aquilo' queria. Ele queria saber onde estavam eu queria voltar, mas não voltava pelo bem de vocês. Até que um dia, depois de tanto tempo nessa 'rotina' ele apareceu pra mim. Aquilo saiu da minha cabeça, e foi aí que a Sam falou comigo. – disse, olhando pro lado onde estava Sam e a abraçando com um só braço – depois da nossa 'ligação' um vampiro apareceu para mim, me disse que se eu não contasse onde vocês estavam, eu acabaria na fogueira. Conversamos um pouco, seu nome, Lúcio, ele queria matar o Fernando, disse que tinha uma dívida com ele e que não era pra mim nem ninguém se intrometer. Bem, essa dívida depois vocês descobriram. Eu disse que não ia mostrar caminho nenhum até por que eu não sabia onde vocês estavam. Quando Lúcio foi chegar perto de mim, para me matar, vocês apareceram.

– A dívida todos já sabem, a questão é, como o Chris ficou assim durante esse tempo todo? – Emmet

– Dons. – respondeu Carlisle, simplesmente. – quando eu era um Volturi, descobri vários dons parecidos com esse. A pessoa se apossa do corpo de outra. São duas pessoas no mesmo corpo, mas só uma comanda. Lúcio tinha o comando e Christopher não pôde fazer nada. Ele pegou o corpo mais próximo do nosso clã, acredito eu que ele não sabia que você era um recém-criado Chris. Não matou Fernando ali mesmo, pois haviam muitas pessoas. Queria conhecer com quem estava lidando. Mas então, me contem como saíram de lá.

– Lutamos com alguns brutamontes dele, mas eles acabaram perdendo e voltamos pra casa. – Alice

–Interessante, que bom que todos nós estamos bem. Poderia ser completamente ao contrário. Agora vá descansar Chris, sua mente precisa. Amanhã faremos um teste de seu autocontrole.

POV Carol

Voltei para casa, carregando algumas roupas de Rensmee e Jacob que Alice tinha mandado. A essas horas Sophia devia estar dormindo, mas eu ouvia seus chorinhos enquanto Fê tentava acalmá-la. Deixei as coisas de Nessie e Jake no quarto de hóspedes e fui para o quarto da Sophia, que agora tirava um cochilo no colo do pai. Ela estava cada vez maior, tentando falar algumas coisas que ainda não conseguia. Já estava quase conseguindo andar, o que seria um perigo se nós não fossemos vampiros.

–Esme perderá vários vasos se não tomar cuidado. – falei baixinho para não acordar a Sophia.

–Nosso furacãozinho está crescendo.

Ficamos ali ninando Sophia um pouco e depois voltamos para a outra casa. Era lá que ficávamos a maior parte do tempo, mesmo sendo a menor casa, nos divertíamos mais.

Edward tocava piano quase todas as noites, ensinando um pouco a quem quisesse aprender. Carlisle estava na maior parte do tempo lendo, para encontrar tratamentos para seus pacientes, ou conversando com Esme que sempre estava dando um jeito de tudo ficar mais arrumado e lindo. Ela conseguiu fazer com que os brinquedos de Sophia combinassem com a decoração. Eu e o Fê estávamos quase sempre tentando fazer Sophia dormir, que acordava mais de dez vezes por noite e chorava. Ela nunca foi de dormir muito, acho que puxou aos pais. Emmet quase sempre estava 'brincando' com ursos. Renesmee e Jacob dormiam, Samantha estava normalmente soluçando em seu quarto. Alice gostava de selecionar roupas e organizar seu closet, planejar as próximas viagens de compras e tramar coisas divertidas para a família. Jasper ficava observando e pensando sozinho. Ele nunca foi de incomodar. Gostava de ficar acompanhando as emoções dos outros. Rosalie tentava ficar mais bonita, se divertia com pequenas coisas.

Quando chegamos a casa, essa noite estava um pouco diferente.

Não se ouviam os baixos soluços de Samantha e sim baixas conversas entre eles. Até que eles perceberam que estávamos ouvindo e fecharam a porta. Edward conversava com Bella, Carlisle estava no seu escritório, na nossa casa. Esme passava panos nos sofás e nas janelas. E os outros, bem, não sou de ficar xeretando.

Depois de mais ou menos uma meia hora Sophia começou a chorar.

–Eu vou, deixa – dei um beijo no Fê e saí.

Em cinco milésimos eu já estava no quarto da Sophia. Peguei-a no colo e a embalei, depois de pouco tempo ela voltou a dormir e eu voltei pra ficar com o Fe.

8h

Quando Alice teve a visão de Renesmee e Jacob voltando já foi para a entrada, avisando-os de que o Chris estava com a Samantha e que eles teriam que ficar aqui em casa.

Eu fui acordar a Sophia, já estava em seu quarto, ninguém a deixava sozinha em casa ou o Chris sozinho.

–Bebê, vamos acordar?

–Naa – resmungou, virando de lado.

–Não, não, não Sophia, acorda filha. Vamos brincar lá fora.

Peguei-a no colo e coloquei em cima do trocador. Com ela não podemos ser ‘rápidos’ Sophia como qualquer outro bebe se assusta muito fácil.

Depois de pronta dei café a ela e fomos brincar na sala. Logo depois Jacob desse as escadas com Renesmee.

–E aí? Mais um sanguessuga? Quero ver se vai ter esse controle igual vocês. Du-vi-do!

–Se não tiver vai ter que aprender a ter, não podemos ficar só em cima de vocês e da Sophia. – Fernando

–É bom que não fique, eu sei me proteger e proteger a minha Nessie.

–Eu não me empolgaria tanto com um recém-criado.

2h depois

POV Samantha

–Eu sei que vai conseguir. Lembre-se, não respire e fique o mais parado possível.

–Está bem. Tem certeza que todos ficarão bem? - Christopher

–Sim. Agora vamos logo.

Tia Carol ficou em casa com Sophia e com Renesmee.

Fomos até a floresta onde todos já estavam ‘posicionados’. Eles formaram como se fosse uma passarela, de um lado estava Jacob e do outro Chris. Posicionei-me em uma das pontas e lentamente eles se aproximaram. Foi mais Jacob que andou, Chris estava muito controlado para se mexer. Ele tinha caçado essa noite, por isso achamos que seria mais fácil. Mas não foi.

Quando Jacob foi dar mais um passo Christopher respirou fundo. Ele teve a intenção de se acalmar, mas aconteceu o contrário. Ele atacou Jacob, que tentava se transformar. Tudo isso em menos de dois segundos. No terceiro todos já estavam separando os dois.

–Levem Christopher daqui! – Carlisle

Meus tios carregaram Chris enquanto Carlisle cuidava de alguns machucados de Jacob. Mamãe e eu fomos atrás de Chris. Ela seria uma forma de ver quando poderíamos voltar.

Eles largaram o Chris no chão algumas milhas depois. Ele se sentou e respirou fundo.

–Sam – Christopher

–O que? – me aproximei

–Vem – e abriu os braços, onde me aconcheguei. – Você ás vezes serve de calmante também. – todos sorriram como se estivesse tudo bem.

...

–Ele está no quarto dele, com Renesme. Em uma hora mais ou menos vai estar recuperado – Carlisle disse, informando a todos o que estava acontecendo. Christopher estava muito triste e envergonhado pelo que tinha acontecido.

–Eu não devia ter respirado, porque eu não te ouvi Sam? Agora Jacob está lá se recuperando de machucados que eu provoquei, não não não...

–Calma Chris, poderia ter acontecido com qualquer um. Pior se fosse a Nessie ou a Sophia! Imagina como um bebê se recuperaria de um ataque de um vampiro?! Ainda bem que você não colocou a boca hein, imagina um transformo-vampiro?!

–É, seria bem pior. Mas mesmo assim, eu sou o culpado...

–Não! – interrompi – você sabe que foram os seus instintos e só porque eu tive todo aquele controle que você vai ter! Pare de ficar se culpando Christopher! – ele estava sentado no sofá e eu á sua frente de pé, agora com os braços cruzados.

–Mas se eu sou o culpado!

–Para agora! – fiquei mais perto dele e me sentei ao seu lado, sendo envolvida pelo seu braço. Ele respirou fundo, com o nariz em meus cabelos.

–Você sabe que me acalma. Obrigado.

–De nada, agora para de ficar se culpando, eu sofro tanto quanto você! É só pedir desculpas ao Jacob e...

–Como é que eu vou pedir desculpas se não consigo me segurar perto dele? – me interrompeu

–Por telefone, sei lá, mas você vai pedir desculpas.

–Eu sei, também pretendia fazer isso.

Ficamos abraçados ali por algum tempo. Depois Christopher ligou e pediu desculpas a Jacob, dizendo que estava muito arrependido e que se fosse por ele nunca mais iria acontecer. Jacob também pediu desculpas, ele estava duvidando muito que Chris pudesse fazer alguma coisa a ele e provocou um pouco.

...

Já se passou uma semana do ocorrido, tentamos manter Chris o mais longe possível de Sophia já que quase todos os dias Jacob, Renesmee e mamãe passavam fora, fazendo compras em outras cidades.

Agora era um dos momentos que estávamos tentando fazer com que Chris tivesse mais controle. Estávamos na floresta caçando e pedimos ao Chris que caçasse e depois respirasse fundo, se controlando para não continuar caçando. Fazíamos isso todos os dias. Eu e papai estávamos hoje. Eu estava todos os dias, mas a outra companhia mudava.

Ficamos observando Chris. Ele estava em cima de uma pedra, a alguns metros estava um urso. Ele respirou fundo enquanto eu sussurrava ‘você consegue’ repetitivamente. Ele soltou o ar com calma e não se mexeu. Depois tentou de novo, inspirou e expirou calmamente. Nada. De novo. Então ele entrou correndo em casa, sendo seguido por mim e por papai. Sentou-se no sofá com a cabeça entre as mãos, era uma mania sua. Eu corri ao seu encontro e sentei ao eu lado, abraçando-o.

–Parabéns Chris, parabéns parabéns parabéns...

Ele me abraçou com uma mão e a outra foi para o meu rosto me beijando.