Garoto Misterioso escrita por Hei Li


Capítulo 4
Briga no carro


Notas iniciais do capítulo

Gente, me dêem ideias pro titulo desse cap. Espero que gostem, beijinhos



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“- Eu vou com você, mas apenas porque estou correndo perigo e preciso de proteção. Ah, e essa arma está com apenas uma bala, me passa um pouco de munição aí! – “O que ele pensaria se soubesse a verdade? Minha vida está voltando a ser o que era há alguns anos!”

- Como você sabe isso? – Perguntou-me Ricardo surpreso – Vou lhe dar, mas está no carro e ele está no estacionamento da escola, então temos que andar um pouco! – Fiquei um pouco apreensiva embaixo da minha máscara, mas logo esse sentimento se esvaiu e respondi-o:

- Ok. Oras! Porque a arma está leve demais para estar carregada, mas também não é o peso de uma vazia.

- Pensei que fosse isso mesmo. Mas como você sabe o peso de uma arma? Já usou alguma antes? – “Claro né dã, não tem outra maneira.” Pensei ainda não demonstrando nenhuma emoção, e nem que ele era idiota.

- Talvez, vou pensar se te conto no durante a busca da garota seqüestrada, Beth né?

-Sim, é Beth. Espero que você decida contar porque eu to muito curioso e conte também porque fala como se fosse normal receber uma arma de um estranho, uma garota ser seqüestrada, o estranho ter de resgatá-la, ser caçada só de ter sido vista com uma pessoa e saber o nome dela!

- Falo? - “Sonha que eu vou te contar garoto, sonha!” Perguntei automaticamente, é claro que eu falava com naturalidade, há um tempo isso fazia parte da minha rotina.

- Fala – respondeu ele – Ah, aquele é o meu carro – Disse ele apontando para um Porsche Carrera Gt prata com teto removível que piscou sinalizando que foi destravado. Estranhei secretamente já que não vi nenhum alarme em nenhuma das mãos dele.

- Sempre quis ter um carro desses – Pensei mais alto do que devia

- Então porque não compra um? – Fiquei em silêncio até que ele quebrou-o:

- Porque você não pode me falar nada sobre você? O que tem de mais em falar porque não tem o carro que quer? É por falta de dinheiro? Via me dizer que você tem vergonha disso, se for a razão! – Disse ele me olhando com uma cara muito feia.

- Eu não posso falar porque envolve muito mais do que dinheiro. Além de que lembra coisas do meu passado que eu realmente prefiro esquecer! – Falei começando a demonstrar irritação e de um único fôlego.

- Se acalma! Respira, já entendi ok? – “Nossa, que cara mais grosso e estúpido! Será que ele não tem nada melhor ou mais importante pra fazer do que ficar me enchendo não?” Fiquei pensando de pé, ao lado da porta que eu havia aberto para entrar, mas ainda não tinha o feito. Quando me toquei que deveria entrar, sentei logo, arrumando minha saia. Apenas isso. Qualquer outra pessoa teria corado mas eu tinha aprendido a controlar meus sentimentos (achoquejáfaleiisso), algo que me era útil em muitos momentos. Ricardo percebeu que não havia corado e comentou sobre isso, provavelmente para me irritar, algo que não conseguiu:

- Uma pessoa normal coraria você sabe né? – Decidi entra no “jogo” dele:

- Tá me chamando de anormal?

- Sim – Ele esperava que eu o mandasse se fuder, xingasse-o ou algo do tipo, mas resolvi cortar o barato dele:

- Qual foi sua primeira pista? – Ele ficou confuso e sem saber o que fazer. Comecei a rir muito, mas eram risadas verdadeiras, coisas que eu não soltava há muito tempo. Ele me olhou confuso ainda e me perguntou o que era tão engraçado, respondi sincera:

- Você já se olhou no espelho quando não entende alguma coisa?

- Não, por quê?

-Depois que você olhar me avisa se entendeu ok? - Ele concordou com um aceno de cabeça e virando a pro lado ligeiramente, mas não antes que eu pudesse ver que ele corava.

             - Ei, por que você está corando? – Perguntei contra os meus instintos apenas para saciar minha curiosidade. “Tem certeza que é só por isso?”, perguntou uma vozinha no fundo da minha mente.

- Oras! Vai dizer que você não sabe?

- Não uai, não estaria perguntando se soubesse! – “Esse garoto me irrita!”

- Você me humilha e depois ainda pergunta por que eu to ficando vermelho? – Ele disse visivelmente irritado e magoado enquanto manobrava o carro para sair do estacionamento.

-Eu não te humilhei! – “Tá, esse cara me irrita MUITO”

- Agora te chamar de feio e esquisito não é humilhação, magina.. – Falou ele irônico.

- Eu não te chamei disso, ah e é melhor você localizar o chip que ta na garota antes de começar a dirigir sem rumo. – Ele deu uma freada que se eu não tivesse de cinto teria voado pelo vidro da frente do carro.

- Dá pra para de se preocupar um pouco com a Beth? Eu sei o que to fazendo! E sim, você me chamou quando disse pra eu me olhar no espelho enquanto ria da minha cara.

- Ok a respeito da Beth, mas quanto a sua cara você entendeu errado, me desculpe.. – Fui falando enquanto passava a mão pelo seu rosto carinhosamente tirando as lágrimas. Depois de algumas passadas, quando seu rosto estava praticamente seco ele pegou minhas mãos e colocou em torno da própria cintura. Ele abraçou-me e sussurrou em meu ouvido:


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Alguem se habilita a dar sugestões ou criticar? BeijosAna Hillton



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