Códigos escrita por Daianelm


Capítulo 1
Capítulo 1




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Ametris – Central, 13 de Janeiro de 1916

Algum lugar do QG

Riza Hawkeye estava totalmente incrédula pelo o que acabara de ouvir. Não, melhor, quase tendo um infarto. Tantos anos sonhando com aquele momento, será que ele finalmente havia chegado? “Ou será que eu dormi durante o almoço?”. Por via das dúvidas era melhor saber se ela realmente ouvira aquilo.

- Nani? (1) O que o senhor disse? – perguntou estática, não só pela emoção, mas também porque o moreno estava praticamente encima dela.

Roy ficou um pouco envergonhado quando deixou escapar, em voz alta, o que pensava enquanto admirava Riza. Mas agora que havia começado, ele estava determinado a ir até o fim. Mesmo sentindo o rosto queimar e com sensação de milhares de borboletas no estômago, ele repetiu o que a tenente ouviu, mas não acreditou:

- Aishiteru (2), Riza – e emendou – Direi quantas vezes quiser.

Eles estavam realmente bem próximos. Riza parecia ainda processar aquelas palavras, enquanto o coronel estava apreensivo sobre a reação dela. “Muito bem Roy, você não tem experiência em declarar o seu amor, mas já viu em filmes. Agora é a hora em que ela te dispensa ou...”. Mas antes de concluir, ele sente um leve toque no rosto, chamando total atenção para a mulher a sua frente. “ou...”. Riza estava com um belo sorriso no rosto e um pouco rubra quando falou:

- Aishiterumo (3), Roy. – o moreno nunca conseguiu descrever a sensação de receber aquela frase como resposta. Mas uma coisa era certa, era uma sensação muito, muito boa mesmo. Após aquela declaração súbita e não planejada entre o par, eles instintivamente começaram a aproximar seus rostos cada vez mais. As respirações e os corações acelerados, o sangue correndo mais rápido. Tudo em um ritmo harmonioso e prazeroso, em que foi adicionado mais um item: os lábios do casal selados em um beijo longo e apaixonado. Beijo este, que para não ficar solitário, foi seguido de vários outros.

O coronel e a tenente estavam tão envolvidos nos sentimentos e sensações, que ignoraram completamente o fato de que dali a cinco minutos, o horário de almoço iria terminar e que aquele corredor iria se encher de militares e funcionários.

Poucos metros dali, atrás de uma porta

- Ha! Eles se acertaram antes do primeiro bimestre terminar. Hey! Armstrong. Parece que vamos ter cerveja de graça hoje. – Breda anunciou alegremente.

Havoc, Fuery e Fallman se amaldiçoavam mentalmente por errarem na aposta.

- Sim! Mas o que me deixa mais feliz é ver esses dois juntos. O amor é lindo! – Armstrong começa a brilhar.

- Argh! Sempre estive torcendo pelos dois, mas agora vou ter que esvaziar meus bolsos com homens – Fallman falou como se a última palavra fosse um palavrão.

- Azar é o seu – Breda disse todo contente – Eu falei que tava rolando um clima entre eles desde o caso encerrado dos homúnculos, não falei?

- Bem, pelo menos não vamos mais nos preocupar em ter o Don Juan ali como rival no amor. – Havoc estava agradecendo aos céus por finalmente estar se livrando daquele peso. (Roy)

Conversas e passos começaram a ser ouvidos se aproximando cada vez mais dos rapazes.

- Er... Pessoal, o expediente vai recomeçar daqui a pouco. – Fuery falou com uma expressão preocupada.

- E? – os outros perguntaram em coro.

- Não sei se vocês perceberam, mas toda aquela gente no refeitório e nós, vamos ter que passar pelo casalzinho se quisermos retornar ao trabalho.

Silêncio.

- Isso vai ser problema – Breda disse.

- Vão gerar comentários maldosos. – Fallman falou.

- E vai ser constrangedor – Armstrong disse – Principalmente para a tenente. Devemos fazer algo! – mostra os músculos.

- Tsc, vendo por esse lado... – Havoc disse pensativo.

Os fofoqueiros de plantão já estavam à vista. Então Havoc rapidamente pegou na maçaneta e...PAFT! Um estrondoso barulho de porta batendo foi um alerta discreto e eficaz de anunciar naquele corredor: “Vocês estão se agarrando na hora e lugar errado”

Ametris – Central, 13 de Março de 1916

Campo de treinamento de tiro ao alvo

Tiros, tiros e mais tiros. Claro, isso já era esperado de um lugar como aquele. Mas Roy não estava preparado para ver tantos snipers ali, afinal, ele tinha se esquivado sorrateiramente do trabalho pensando na possibilidade de ter um pouco mais de privacidade com a tenente.

- Mas nããão. Esse campo tinha de encher logo hoje! – resmungou para si. Olhou pra única sniper femenina presente. “Ela com certeza não vai aceitar desobedecer àquela regra do exército. Aff! Mas porque eles têm que inventar uma regra dessas?” pensava Roy amargamente.A lei da qual o coronel não entendia o objetivo, era a de que os casais militares não poderiam praticar ‘atos amorosos’ publicamente, enquanto fardados. A intenção dela é não mostrar o lado fraco e humano do exército amestriano entre os próprios membros dele pertencentes, entre outras razões. Claro, Roy não lembrava dessa segunda parte. Na verdade, ele tentava nem lembrar da primeira, mas Riza não o deixaria esquecer.

- Ah! Eu não vou fazer hora extra por nada – Roy levanta e anda em direção à Riza. Ela havia parado para repor as balas da arma, mas antes que o fizesse o moreno chega perto dela colocando o braço ao redor da cintura da loira, lhe dando um rápido abraço discreto antes de se por diante dela. Riza o presenteou com um sorriso.

 – Por que de repente esse lugar se tornou tão popular?

- Hum, talvez porque estejamos sofrendo com os constantes ataques de Nitocris (4) e o governo está querendo reforçar as unidades. – Riza falou contemplando o coronel – Lembra da notificação que eu entreguei?

- Sim, os inimigos estão cada vez mais perto da Central. E se não forem controlados logo, nós, alquimistas, seremos convocados. – Ele diz e Riza aparenta preocupação – Eu sei o que está pensando, mas não acho que esse conflito vá chegar a ser um grande problema.

- Já eu, tenho um péssimo pressentimento. Estamos enfrentando uma nação muito gananciosa que derrubou várias potências. – Riza não estava convencida e Roy não sabia o que dizer, então ele lembrou o verdadeiro motivo por estar ali.

- Hey! Vamos mudar de assunto. Não vim aqui para te ver assim, e como estou impossibilitado de prosseguir normalmente com o plano – olha malignamente para os outros atiradores – vou deixar você continuar o que estava fazendo – dá um sorriso suspeito, direcionado para a tenente.

- Tudo bem, então. – Riza estava um pouco desconfiada por ele ter incluído o ‘normalmente’ na fala. “Plano? O que ele está tramando?”.Como se não estivesse suspeitando de nada, ela levou a mão à bolsa de munição que, para a sua surpresa, estava aberta. Havia pouco tempo que ela estava ali, ainda não tinha recarregado a arma nenhuma vez, por isso o sobressalto. Mas até aí, nada muito drástico, ela só veio ficar realmente muito pasmada, quando puxou o conteúdo da bolsa e junto com as balas veio um lindo anel com três pequenos diamantes cravados. Automaticamente ela olha para Roy que, ainda com o sorriso estampado, pergunta:

- Riza Hawkeye, aceita se casar comigo?

Ela olha para o anel novamente. “Ele deve ter colocado na bolsa quando me abraçou”. Uma grande onda de alegria não contida inundou o coração da tenente, e num impulso ela enlaçou o pescoço do coronel e deu-lhe um beijo. Não se importando com os atiradores ao redor, que estavam bem espantados com a cena. Não se importando com regras. Não se importando com nada, apenas em aproveitar o seu momento irracional. Roy não estava esperando por aquilo, mas pelo jeito que ele correspondia, qualquer um saberia que ele estava gostando muito dos atos da loira.

Quando se separaram quase sem fôlego, ele perguntou:

- Isso foi um sim? – ele também queria ouvir a resposta em palavras.

- O que você acha? – Riza falou – Claro que foi. Eu aceito casar com você.

É óbvio dizer que a notícia de noivado entre os dois militares voou como o vento, e em questão de minutos já estava espalhada por todo o QG. Futuramente eles receberam uma advertência por causa da conduta que tiveram. Mas o casal estava tão feliz, que não estava preocupado com isso. O importante era que eles iriam ficar juntos da forma que sempre almejaram.


(1) O quê?

(2) Eu te amo

(3) Eu também te amo

(4) Esse país eu inventei, ele faz fronteira com Ametris. Eu sei, nome estranho, mas não foi escolhido aleatoriamente.

Fim

E eles viveram felizes para sempre \o/

...

...

Brincadeira. Hehe

Infelizmente, para nossos queridos personagens, isso não é uma Oneshot.

Então, preparem-se porque algo bem chato está por vir.

Não sou rápida em produzir novos capítulos, portanto tenham paciência.

Então, até o próximo capítulo.

n.n/


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