I Hate You Then I Loved You escrita por Tatiana Mareto


Capítulo 18
Capítulo 18




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Os assuntos inacabados de Alex eram todos resumidos em Julie. Ele estava meio doido, ao entrar no quarto beijando a mulher daquela forma. Mas se ele não fosse como Eric Mun, ele perderia sempre. Precisava atacar... e atacar para ele significa chegar sem aviso a Seul e interceptar Julie no meio do corredor.

_Julie... – Alex foi atrás dela no quarto das garotas. – Acho que agora temos que conversar.

_Sim, é provável. – Ela se sentia zonza.

_Olha, eu... bem, desculpe por chegar assim mas... ah, não tem nada que desculpar. Bem, a questão é que estou atraído por você. Ver você com Eric Mun não foi nada fácil... e me fez pensar. Mas se você não está com ele...

_Eu não estou. Conversei com ele sobre isso.

_Sobre o que?

_Estava confusa. Também me sentia atraída por você. – Julie disse, se aproximando. Alex sorriu, involuntariamente.

_Então temos um empate. – Ele brincou. – Podemos fazer as coisas devagar, se você preferir...

_Devagar é bom... mas não tão devagar...

_Pode deixar, eu sei qual é o limite de velocidade.

Mais uma vez, Alex tomou Julie em seus braços e a beijou. Ela derreteu como gelatina em suas mãos, mal conseguindo ficar de pé. Mas não podia demorar muito naquela diversão, pois estavam já atrasadas para as organizações do concerto de verão. E Brenda estava bastante agitada. Julie descobriu que Brenda bem humorada era ainda pior do que Brenda mal humorada.

A parceria Shinhwa com as meninas foi um sucesso. Toda a produção do Summer Concert ficou por conta delas, e faltavam apenas alguns dias para que acontecesse o evento. Tudo já estava acertado. Alex não podia ficar em Seul por muito tempo, e naquela semana mesmo ele foi embora. Primeiro, resolveu que cansaria a boca de Julie da sua, para garantir que ela não desejasse beijar mais ninguém. Depois, prometeu que estaria lá para o concerto.

O Shinhwa tinha seus compromissos individuais e de grupo. Brenda e Julie corriam como loucas para resolver tudo a tempo. Tiveram apenas três semanas para montar todo o concerto, e três dias antes da performance podiam descansar. O trabalho estava concluído.

_Lar, doce lar. – Brenda jogou-se no sofá do quarto de hotel. Os rapazes estavam cada um em suas casas, visitando as famílias ou simplesmente passando um tempo livre.

_Vou fazer uma ligação e já volto. – Julie pegou o celular para ligar para Alex. Ela sentia sua falta... fazia mais de uma semana que ele deixara a Coréia. E ela sentia a sua falta.

_Ok... eu também queria fazer uma ligação. – Brenda sonhou.

_Não atende. – Julie resmungou.

_Ele deve estar ocupado... sei lá. – Brenda não estava, mesmo, preocupada com Alex naquele instante.

_Vou me ajeitar para dormir, amanhã teremos um dia livre e quero aproveitar.

_Boa noite... vou ficar por aqui ainda. – Brenda estava recostada no sofá, sentindo um toque que não estava ali. Toda aquela correria a afastava de Dongwan. E o homem que ela repelia, repudiava, dizia detestar, era o mesmo homem que ela queria ao seu lado, a acariciar seus cabelos naquela noite quente.

O telefone de Julie tocou algumas vezes. Ela mesma atendeu, já sonolenta.

_Boa noite. – A voz de Alex ecoou.

_Olá. – Ela sorriu. – Pensei que não falaria com você mais hoje...

_Tenho uma surpresa para você. – Ele disse, com um tom de voz bastante maroto.

_Ah sim... e vai me contar o que é, por isso ligou.

_Não, eu vou aí levar.

_O show é em três dias.

_Mas eu estou chegando ao hotel.

Julie pulou da cama, assustada.

_Fala sério... não se brinca com isso!

_Não estou brincando. Já está vestida para me acompanhar?

_Vestida???? – Julie preocupou-se. – Não... me dê dez minutos. Não, quinze.

_Não capriche muito na produção... não vou querer desapontá-la.

_Nada que vem de você pode me desapontar. – Julie desligou o telefone, correndo para encontrar um vestido. Encontrou Brenda cochilando no sofá, e resolveu deixá-la lá. Alex já estava no saguão do hotel, vestido de branco, segurando uma pequena rosa amarela nas mãos. Dongwan estava com ele.

_Foi o que consegui a essa hora. – Ele lhe entregou a rosa. Julie sentiu vontade de pular em seu pescoço e beijá-lo. Sentira saudades.

_Onde vamos? – Ela estava curiosa. – E o que ele veio fazer aqui? Ah, que pergunta...

_Eu disse que é surpresa... Vamos. Não deixaria Brenda sozinha, você sabe...

_Sim, claro.

_Dongwan, tome conta dela... ou eu te pego amanhã.

Alex levou Julie até o carro, abriu a porta para ela e depois entrou. Sentou-se no banco do motorista e pegou algo no porta luvas.

_Coloque isso. – Entregou-lhe um tecido preto.

_Para que?

_Para não estragar a surpresa. Ok, só porque é divertido.

_Você é perverso!! – Julie riu, mas entrou na brincadeira. Deixou-se seduzir pelo momento e colocou a venda nos olhos. Alex dirigiu em silêncio total até que o veículo parou.

_Onde é aqui? – Julie ainda tinha os olhos vendados.

_Aqui é um lugar legal. – Alex a guiava pelas mãos. Ela passava por corredores, sentia que passava.

_Contanto que não seja um hospital psiquiátrico... – Julie brincou.

Alex abriu uma porta e tirou a venda de Julie. Ela sentiu um desconforto pela claridade, mas logo seus olhos visualizaram um lugar iluminado por velas, com um aroma amadeirado no ar, e muitas almofadas espalhadas.

_Repito a pergunta... onde é aqui? – Julie estava confusa.

_Aqui é o spa da Julie. – Alex brincou. – Contanto que você aceite dividir comigo um pouquinho...

_Alex, eu não estou entendendo! – Julie virou-se para ele, olhos arregalados.

_Você sempre querendo entender demais... – Alex entrou no quarto, fechando a porta atrás de si. Abriu a garrafa de vinho que estava no gelo, sobre uma mesa, e serviu duas taças. Entregou uma a Julie e abriu a janela do terraço. – Como disse, é seu spa... você está aqui para relaxar, descansar, passar uma noite agradável. E porque eu cedi aos caprichos de um certo coreano que queria muito ficar no seu lugar, lá no hotel.

_Você está muito engraçadinho hoje. – Ela teve que rir.

_Desculpe, é inevitável. Principalmente porque ceder aos caprichos de Dongwan não seria difícil. Ele quer a mesma coisa que eu.

_Ficar no hotel?

_Não. Fazer algo romântico. – Alex ligou o som, uma música suave ecoando. – Esses são seus pupilos... eles até que sabem cantar uma balada. – Ele segurou Julie pela cintura e a conduziu por uma dança.

_Senti sua falta. – Ela confessou, recostando-se em seu peito.

_Eu também. Estou indo devagar o suficiente? – Ele olhou em seus olhos.

_Talvez demais. – Julie enlaçou seu pescoço e o beijou. Alex puxou-a para mais perto, levando-a até as almofadas que ali estavam. Deitou Julie bem devagar, acomodando-se sobre ela, sempre beijando-a. A brisa suave penetrava pela porta, enquanto o incenso queimava sobre a bancada. Ele não sabia se conseguia ser romântico, mas talvez reproduzir uma de suas músicas fosse o suficiente.

No hotel, Brenda se surpreendeu ao ouvir a porta chamar. Ela estava dormindo, tendo sonhos muito bons, quando foi despertada. Sentiu um calafrio... pensou quem poderia ser, àquela hora. Se ela soubesse que horas eram...

*_Brenda, sou eu. – A voz de Dongwan se fez ouvir, do outro lado. Brenda levantou em um pulo, e abriu a porta.

*_Wannie... o que... quero dizer...

*_Estava dormindo? – Ele a beijou, suavemente.

*_Sim... e sonhando. Mas o que...

*_História comprida. Alex está em Seul e levou Julie para um “lugar legal”. Eu tive que ficar aqui, tomando conta de você.

*_Ah sim... porque eu tenho cinco anos e preciso de babá.

*_Está me vendo reclamar? – Ele sorriu, maroto. – Senti sua falta.

*_Pode parecer ridículo, mas eu também. – Ela o abraçou. – Quando foi que resolvemos que éramos um casal?

*_Sempre fomos... – Ele riu. – Sempre fomos o casal enxaqueca. Mas agora acho que estamos crescidos o suficiente para entendermos nosso... relacionamento.

*_Sim, estamos. Bem, preciso de um banho... se quiser beber algo, pegue no frigobar.

*_Não. – Ele segurou Brenda pela mão. – Você nos serve algo enquanto eu preparo o banho.

Brenda tentou dizer algo, mas ele calou seus lábios com os dedos. Era melhor não discutir... foi até o frigobar e encontrou algo bem forte. Serviu duas doses. Pensou se deveria ir até Dongwan, mas seu cérebro acabava nunca comandando nada quando ele estava por perto. Depois de alguns minutos, ele reapareceu, vestindo um roupão branco, e trazendo outro para ela.

*_Vista-se. – Ele achou graça do comentário. Brenda foi até o quarto e voltou vestida somente com o roupão.

*_Vestir-me para o banho é novidade... vou lá.

*_Sim, vai. – Ele a seguiu.

*_E aonde você vai? – Brenda parou na porta do banheiro.

*_Alex disse que tenho que tomar conta de você o tempo todo... e ele não estava brincando. Não devo te deixar sozinha.

*_Vou tomar banho, Wannie.

*_Eu também. – Ele puxou o laço do roupão dela e com um dedo fez com que a vestimenta caísse no chão. Depois, tirou o seu próprio. Brenda fechou os olhos, sentindo novamente os espasmos. Havia luz, muita luz. Ela o conhecia, mas não daquela forma, não tão nitidamente que pudesse contar as pequenas marcas em sua pele. Sentia-se embaraçada, e aquele comportamento era tão adolescente.

*_Você anda muito intrometido. – Ela brincou, para disfarçar.


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