Desespero escrita por Ginevra_C


Capítulo 1
Desespero




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Não era real, não era real... Não podia ser real.

O rosto ofídico de Lord Voldemort estava triufante. Sorrindo e falando coisas sem sentido. Como se algum dia Harry pudesse ser capaz de tentar fugir e deixar as pessoas em perigo. Não, ele nunca faria isso. Eu sabia disso.

A dor era insuportável, eu queria gritar. Gritar até que os meus pulmões não aguentassem o esforço e se partissem.

- HARRY! - eu o chamei desesperada - HARRY! Por favor, não!

As lágrimas escorriam pelo meu rosto. Com um impulso de fúria e de ódio e corri em direção ao Comensal da Morte mais próximo. Mas antes que eu pudesse chegar mais perto, George segurou-me, me impedindo de descontar a minha raiva em qualquer pessoa.

- Me solta! Me deixe ir! - eu berrei tentando me desvencilhar.

- Não vai adiantar nada. - disse George - Ele vai te matar também! Você não pode ir lá!

- Eu não me importo! - gritei em resposta - ELE NÃO ESTÁ MORTO!

- Gina, pare! - ele pediu.

Mas eu consegui me desvencilhar dele e correr em direção a Voldemort. Porém, antes que eu conseguisse, meu pai me impediu.

- Gina, não! Isso não vai adiantar! - ele pediu tentando me segurar.

- Me... deixe... passar! - eu falava com a voz entrecortada pelo esforço.

Mas Bill viera ajudá-lo e agora, por mais que eu tentasse, não tinha chances de escapar deles.

Neville viu o meu esforço e tomou uma atitude com isso. Correu em direção a Voldemort, estuporando dois Comensais no caminho antes de ser atingido pela Maldição Cruciatus lançada por Belatrix.

- NEVILLE! - eu gritei tentando sair do aperto de meu pai e de Bill - NÃO! ME LARGUE! EU TENHO QUE AJUDÁ-LO!

Mas Neville estava bem por enquanto, até ser atingido pelo feitiço do corpo preso e Voldemorte lhe colocar o Chapéu Seletor, ateando-lhe fogo.

- NÃÃO! - eu berrei.

- GINA PARE! NÃO FAÇA ISSO! - pediu Bill enquanto eu me debatia para me soltar.

Eu olhei para o corpo de Harry.

Eu o vi ali, imóvel aos pés de Voldemort.
          O homem que eu amava, que parecia tão forte, tão resistente, tão... imortal.
          Eu queria gritar, matar, causar dor. Queria tirar o sorriso naquela boca sem lábios.

O meu peito se estufou de raiva, ódio, fúria, pesar, tristeza...

Era muitos sentimentos horríveis em uma só pessoa.

Com essa explosão de sentimentos eu consegui sair do aperto de meu pai e de Bill. Consegui correr em direção a Voldemort e estuporar vários Comensai da Morte ao mesmo tempo que o meio irmão de Hagrid vinha ao seu socorro e Neville decepava a cabeça da cobra.

Ao verem eu reagir todos resolveram começar a lutar. Ron e Hermione vieram logo atrás de mim. Ninguém mais se importava se iriam viver ou morrer essa noite. Tudo o que queriam era reagir e fazer sua parte.

Mas no meu caso que queria mais do que isso. Eu queria vingança.

- HARRY! HARRY! ONDE ESTÁ O HARRY! - eu ouvi Hagrid gritar.

Olhei em direção onde estava seu corpo havia pouco. Ele não estava mais ali.

Como assim? Ele sumiu? Simplesmente desapareceu?

Olhei em volta procurando. Um Comensal da Morte estava prestes a lançar uma maldição em mim, mas ele foi estuporado...

Por quem? Eu não faço a mínima idéia.

Então eu vi, dois pés sem um corpo. Ou melhor, sem um corpo visivel.

O primeiro pensamento que me veio a cabeça foi: Ele está vivo.

O segundo foi: EU VOU MATAR ESSE DESGRAÇADO!

Rindo sozinha eu corri em direção ao saguão de entrada, via Comensais da Morte caírem do nada e serem pisoteados. Eu sabia que era ele que estava fazendo isso.

Com o coração bem mais leve, eu fui a luta.

E a primeira pessoa que me veio a cabeça foi Belatrix, a maior vaca dos Comensais da Morte.

Comecei a lutar com ela, ela era muito boa. Se Hermione e Luna não tivessem vindo me ajudar eu provavelmente teria morrido.

Uma Maldição da Morte passou muito perto de mim.

- A MINHA FILHE NÃO SUA VACA! - veio minha mãe gritando.

Belatrix riu da cara da minha mãe. Eu avancei para atacá-la, mas minha mãe gritou:

- SAIAM DO MEU CAMINHO!

E as duas bruxas começaram a lutar, não pude deixar de sorrir ao ver o sorriso de Belatrix desaparecer de seu rosto.

Belatrix perdeu a luta e tombou morta no chão.

Voldemort avanço para minha mãe. Eu me coloquei na frente dela protetoramente.

- PROTEGO! - eu o ouvi gritar.

Eu já sabia que ele estava vivo, mas ainda assim. Vê-lo de pé, lutando fez com que meu peito se enchesse de alívio e felicidade.

Então ele e Voldemort começaram a se rodear como dois animais selvagens. Eles discutiam, enquanto faziam isso, mas eu não ouvia uma única palavra. Não conseguia tirar os meus olhos dele.

Eles lançaram seus feitiços e Voldemort caiu morto no chão.

Então todos gritaram comemorando. Eu tentei chegar até Harry, mas as pessoas me impediram, todas tentando chegar nele.

Eu desisti, afinal teríamos anos para conversar. Disso eu tinha certeza.

Eu me sentei em uma mesa e logo minha mãe apareceu e sentou-se ao meu lado. Ela me abraçou com força, eu retribuí o abraço.

- Eu te amo, minha filha. Nada nem ninguém vai mudar isso. - ela disse com a voz embargada.

Dessa vez eu não consegui mais me segurar, deixei as lágrimas rolarem pelo meu rosto enquanto minha mãe me consolava.

Mais tarde eu fui em direção ao Salão Comunal, onde encontrei Harry sentado em uma poltrona com os olhos fechados. Poderia estar dormindo se não estivesse sorrindo.

Então uma súbita onda de raiva invadiu-me novamente.

- Você! - eu gritei fazendo-o pular da poltrona.

- Ginny! - ele gritou e veio em minha direção.

- O QUE VOCÊ ESTAVA PENSANDO, HARRY POTTER? VOCÊ SABE O DESESPERO EM QUE FIQUEI QUANDO PENSEI QUE VOCÊ ESTAVA MORTO?

- Ginny, era necessário. - ele disse sorrindo.

- Não interessa! - eu berrei dando-lhe um tapa na cara - Isso, foi por me fazer ficar tão precupada!

Ele me olhou pasmo e receoso.

- E isto! - eu disse puxando-lhe para um beijo - É por me fazer te amar cada dia mais.

Ele riu aliviado e me puxou para mais um beijo.

- Sabe, o dormitório está vazio... - ele sussurrou em meu ouvido.

- Nenhuma chance de Rony aparecer?

- Ele foi para a sala dos monitores com Hermione. - ele respondeu sorrindo.

- E o que você está esperando? - perguntei colocando as mão na cintura.

Ele riu ainda mais e me pegou no colo, me levando para o dormitório. Tirando de mim toda a angústia, raiva e desespero.


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Notas finais do capítulo

Reviews na sáida?