Hurricanes And Suns (erase And Replace2) escrita por Usagi


Capítulo 13
Olhos fechados


Notas iniciais do capítulo

Esse cap. será o primeiro narrado pelo Strify então,enjoy (:



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Por Strify 
        Eram 10 horas da manhã de ontem quando eu cheguei ao hospital. Quando me ligaram, eu estava em casa tomando meu café. Engasguei com um pedaço de pão. Não tive tempo e nem forças para me arrumar decentemente. Coloquei uma calça e uma camiseta e sai com o carro.

         Não queriam deixar que eu acinasse os papeis para a estadia de Layla, já que eu não era um membro oficial da família. Gabbe e Georg serviram de testemunha para dizer que ela morava comigo e que eu era seu namorado. Nesse momento, senti o quanto era necessário que eu me casasse com ela. Nós nos amavamos e seria perfeito assumir, na verdade, oficializar o nosso amor.
        Fui com Layla até o quarto onde ela faria a operação para a retirada de um pedaço de vidro que entrou por baixo de suas costelas. Os médicos falaram para que eu saísse e fosse buscar algumas roupas para mim, avisar os parentes e me acalmar.
        Sai com o carro. Cheguei em casa em poucos minutos. Liguei para Hillit  e Bill para que voltassem. Minha intenção não era estragar a viagem que foi por um motivo maravilhoso, mas com certeza eles iriam entender que foi por uma causa de extrema urgência. Eu não tinha a quem recorrer se não fosse a eles.
        Fiz a minha mala com algumas roupas, sapatos, escova de dentes e tudo o que eu precisaria. Peguei um álbum de fotos que Layla guardava na gaveta do lado da cama. Abri e a primeira foto era embaixo daquela árvore no dia em que ela soube sobre Bill e Hillit. Ela estava tão feliz ao meu lado e preocupada ao mesmo tempo que se tornava fofa.
         A noite estava chegando e quando me ligassem, eu poderia voltar para o lado dela no hospital. Resolvi sair um pouco pela rua para caminhar, pensar e acreditar que tudo iria ficar bem. Os carros faziam um barulho muito grande para mim e as árvores se tornavam assustadoras.        

         Hoje, Layla continuava deitada na cama na mesma posição com vários arranhões e com aparelhos ligados para ajuda-la a respirar. Ela não abriu o olho desde a hora que a tiraram de dentro do carro.

        A todo momento, enfermeiras e médicos entravam para ver se ela tinha se recuperado ou se alguma mudança em seu estado tinha acontecido. Nada.

         Tom bateu na porta e entrou com um buquê de flores na mão. Isabel veio atrás. Ela estava com o nariz bem vermelho de quem tinha chorado por um bom tempo. Tom veio em minha direção, me deu um abraço e disse:

        -Sinto muito, cara.

        -Todos sentimos. -Isabel completou.

        Eu agradeci por terem vindo com um sorriso meio de lado. Voltei a me sentar na poltrona perto da cama. Segurei na mão dela que estava um pouco fria. Seu corpo paralisado naquela cama me dava um agonia imensa. Só de pensar que em algumas horas atrás ela estava deitada do meu lado envolvida em um abraço meu.

        -Mas o que aconteceu? -Tom perguntou chegando mais perto da cama.

        -Ela avançou o sinal e um carro veio na contra mão. Não encontraram o motorista. Ele fugiu antes que alguém chegasse, mas estão procurando algo com o número da placa do carro.

        Eles ficaram ali comigo durante uma hora e pouco e depois voltei para a solidão. Uma enfermeira entrou para trazer algo para eu comer. Ela disse que logo o médico vinha falar comigo.

        Será que os familiares dela iriam aparecer? Agora ela era uma estilista famosa com o grande sucesso de seu desfile. Queria que ela estivesse vendo tudo o que falam dela na TV.

        O médico entrou com uma prancheta na mão.

        -Strify, não vimos nenhuma melhora no quadro de Layla. Ela irá ficar em coma por um tempo indeterminado. Eu sinto muito.

         Comecei a chorar como uma criança. Muitas lágrimas escorriam dos meus olhos. Eu soluçava forte. Fui até ela para ver seu rosto. Layla estava com um corte muito grande na boca e outro na testa. Não pude enxergar os seus lindos olhos, que estavam um repouso profundo.

         Deitei meu rosto sobre seu tronco e chorei.

         Meu celular começou a tocar. Pensei em não atender, mas poderia ser algo importante. Bill disse que eles já tinham chego das Maldivas e que viriam para cá imediatamente. Eu agradeci e voltei para o lado dela.

         Eu não conseguia comer, dormir ou ao mesmo tomar um pouco de água. Fiquei lembrando de todos os nossos momentos desde a primeira vez em que a vi.

         De repente, ouvi o choro de Hillit do outro lado da porta. Ela entrou correndo e logo abraçou Layla com força. Bill a segurou pedindo que tivesse um pouco mais de calma, já que ela podia se machucar com os apertões.

         Hillit olhou em meus olhos e depois para os de Layla. Bill me abraçou e depois saiu. Ele não gostava de hospitais. Chegava a passar mal naquele ambiente.

         -Ela é tão linda. -Hillit falou com a voz ainda consumida pelo choro.

         -Ela é perfeita. -eu concordei.

         -Sinto muito. -ela disse enquanto me abraçava forte.

         Eu sabia que ela estava sofrendo tanto quanto eu. Não era uma coisa boa, para ninguém, e quanto mais apoio e carinho déssemos a Layla, mais rápido ela voltaria a sua vida normal, sendo a pessoa mais importante para mim.


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Notas finais do capítulo

reviews (:



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