Meus Contra-acasos escrita por MikaDM


Capítulo 13
Abandonadas?


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura...



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Enquanto Cindy dirigia para a minha casa o silêncio permaneceu. Eu até achei estranho ela ter ficado calada por tanto tempo, mas não perguntei nada, estava me sentindo um pouco culpada. Eu não deveria ter deixado os dois lá, praticamente se matando. Eu deveria ter intervindo, mas estava confusa demais, aquilo não deveria está acontecendo comigo. Até pouco tempo eu era só mais uma garota rebelde e revoltada que ninguém notava, mas agora os dois garotos mais populares da escola estavam brigando por minha causa.

 – Então? Vai me dizer o que aconteceu ou não? – Perguntou Cindy me trazendo de volta dos meus pensamentos. Olhei para fora da janela e vi que já tínhamos chegado à minha casa. Suspirei pensando em como falar aquelas coisas para ela, afinal ela não era o Diego.

 – Já que demos um tempo com as brigas acho que posso contar... – disse olhando-a. Ela tentou passar um olhar de confiança e isso me deu um pouco mais de coragem. Comecei a falar sem parar tudo que tinha ocorrido na noite. Cindy apenas me escutava olhando para a estrada. Era estranho como eu conseguia dizer aquelas coisas com tanta facilidade para Cindy. Era praticamente como eu falava com o Diego.

  Quando terminei de falar um silêncio terrível se prolongou. Cindy apenas olhava para a estrada tirando suas próprias conclusões e eu a olhava esperando qualquer reação. Depois de um tempo assim, ela finalmente olhou para mim com um sorriso no rosto.

 – Eu acho que os dois estão gostando de você. – Concluiu ela. – E isso pode ser bom e ruim. – Ela me analisou esperando alguma reação da minha parte, mas eu apenas continue olhando para ela fixamente. – Bom, porque isso mostra que o nosso plano está dando certo e Ruim, porque o idiota do Otavio está no meio e isso que dizer que você pode se apaixonar por ele levando todo o nosso plano por água abaixo!  Se já não está... – eu ia protestar, mas ela foi mais rápida apertando em meu braço e olhando em meus olhos. – Olha aqui Helena! Você não pode coloca tudo a perde viu? Deixe esses sentimentos bobos de lado e continue seguindo o plano... E não se esqueça que Otavio só olhou para você por minha causa! Eu transformei você nisso! – Ela apertava meu braço com tanta força que chegava a doer. Eu a olhei confusa e puxei meu braço e saindo do carro. Não olhei para trás enquanto caminhava em direção a porta da minha casa, mas escutei Cindy saindo em disparada com seu carro.

  Entrei em casa com tudo e fui direto para a cozinha bufando. Quem aquela paty achava que era?

  Quando cheguei à cozinha quase esbarro na minha mãe que estava sentando no chão chorando com as luzes todas apagadas.

 – Já chegou querida? – Ela tentou disfarça o choro, mas seus soluços eram mais fortes.

 – O que aconteceu mãe? – Perguntei sentado ao seu lado no chão assustada.

 – Nada não querida. Eu só estou um pouco triste, mas vai passa... E você? Como foi a noite? Está tão bonita! – Ela tentou mudar de assunto, mas eu não iria deixar que ela se safasse assim tão facilmente e, além do mais, eu não queria falar da minha noite idiota.

 – Obrigada mãe. Mas a minha noite não é tão importante quanto o que você está passando. – Já havia muito tempo que eu não conversava assim com minha mãe. Ela pareceu surpresa com minha atitude.

 – Eu já disse que não foi nada! – ela exclamou quase brava. Foi ai que me lembrei que já faziam dois dias que ela não ia ao trabalho. Ela nunca tinha feito isso, então o problema era mesmo grave.

 – O que aconteceu com o seu trabalho? Já é a segunda vez que você não vai trabalhar! E você nunca, nunca fez isso! – Ela me olhava alarmada como se eu fosse esperta ou enxerida demais.

 – Você é esperta. – disse ela com um sorriso amarelo. Mas o silêncio em seguida me atormentava. Até que ela me encarou.

 – Eu acho que você já é bem grandinha para saber certas coisas. – disse ela com os olhos cheios de lácrimas. – Eu perdi meu emprego e não tenho idéia de como fazer para sustentar você. – Eu a olhei aliviada e sorri. Ela me olhou com curiosidade.

 – Ah! É só isso? Eu achei que fosse alguma coisa mais grave. – disse suspirando.

 – Você não entendeu não foi? Não temos dinheiro! Como eu vou pagar as contas? Como vou pagar sua escola? E o resto das despesas? – Eu pensei por um momento. Até que ela tinha razão, mas isso não era o fim do mundo.

 – Liga pro pai e fala que estamos passando por dificuldades financeiras. Ele, com certeza, vai entender. – Eu disse tentando encontrar uma solução. Minha mãe começou a chorar muito mais, quase aos berros. Eu a olhei assustada.

 – Seu pai? – ela tentava falar em meio aos soluços. – Ele não vai mais nos dá nenhum centavo!  Ele simplesmente desapareceu! – Eu a encarei com cara de espanto.

 – Como assim “Ele simplesmente desapareceu”? – falei quase gritando.

 – Já faz alguns meses, mas eu achei melhor não te dizer nada, afinal eu podia arca com as despesas da casa sem a pensão dele. Mas agora que perdi o emprego... – Ela tentava segurar o choro, mas não agüentava. Eu, instintivamente, a abracei. Apesar de tudo ela era a pessoa que eu mais amava no mundo.

 – Vai ficar tudo bem mãe! – eu tentei ser o mais carinhosa possível. – Nós vamos encontrar uma solução. Qualquer coisa eu arranjo um emprego... Na verdade, amanhã mesmo eu já vejo algum bico para fazer por aqui por perto. – tentei consolá-la, mas nada estava adiantando. Eu me levantei e fiz um chá para acalmá-la. Depois a levei para seu quarto e a coloquei na cama. Já era tarde e amanhã eu tinha aula.

 – Boa noite mãe. – falei apagando a luz e saindo do quarto.

  Fui direto para o banheiro tomar uma ducha para esfriar a cabeça. Tanta coisa tinha acontecido comigo nesses últimos dias. Era como se minha vida estivesse virando de cabeça para baixo e alguma coisa me dizia que ela só iria piorar.

  Depois de fazer minha higiene pessoal foi direto para meu quarto desabando na cama. Eu estava super cansado e amanhã eu teria um dia cheio. Amanhã teria que encontra um emprego. Emprego? Eu não sabia fazer nada, mas teria que pensar em alguma coisa. Amanhã eu também iria ter que enfrentar o Otavio, o Matheus, contar tudo que havia acontecido para Diego e ainda enfrentar a nojenta da Cindy... Eu não tinha entendido porque ela havia agido daquele jeito, mas amanhã ela teria que me explicar. Eu tentava não pensar em tudo aquilo, mas era inevitável, até que, finalmente, peguei no sono.


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Notas finais do capítulo

Para todas as minhas leitoras lindas...

Quero agradacer a todos que acompanham minha fic e perdem seu precioso tempo comentando!
Quero pedir que continuem acompanhando minha fic e mandem Reviews dando suas opiniões...
Enfim, espero no fundo agradar a todas...
Bjoos

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