O Presente mais Doce escrita por Captain Manuts


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Depois de muuuitíssimo tempo eu consegui criar o presente de aniversário mais meloso que eu já vi! Todos aqui sabem que o verdadeiro aniversário do Ichigo é dia 15 de Julho, mas isso não importa ;D Feliz aniversário, Ju-chan! *-*



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Ela se lembrava de cada segundo. Cada momento que tivera junto dele. Lembra-se de cada palavra dele para ela. Apenas um bom dia era suficiente para seu pequeno coração de ouro se alegrar.

Com esse pensamento ela chegou de manhã cedo na padaria, com a permissão de seu chefe para preparar algo especial para aquela pessoa. Era 15 de julho, o dia em que ela planejou ser perfeito para ele. Naquela manhã seria. Pelo menos era o que ela havia pensado.

Orihime nunca cozinhara muito bem, e ela sabia. Mas ela iria tentar. Tentaria por ele. Superaria outro limite por ele. Afinal... Esse dia era dele, não? Ela precisava se esforçar.

Cada ingrediente, cada medida, cada instrumento que ela usaria precisava estar perfeito para seu trabalho.

Ichigo gostava de...

De que Ichigo gostava mesmo? Oh, sim! Chocolate. Ele dissera uma vez que era chocolate. Ela guardara aquela palavra inconscientemente, dita há tanto tempo atrás.

Ela passou horas inteiras dentro daquela cozinha, utilizando tudo o que tinha direito para fazer daquele bolo o melhor que ele havia provado.

Bolo de chocolate e morango. Seria esse o melhor presente? Orihime não fazia ideia. Ela passou duas noites inteiras imaginando o que poderia dar para o garoto, mas não pensou em nada melhor.

Tudo tinha que estar perfeito antes que ele chegasse. Ela havia convidado-o para comer na padaria pela primeira vez. Ele, sem opção,aceitou.

Orihime ainda estava preparando o bolo distraidamente. Até...

- Yo, Inoue. O que está fazendo? - Ele disse, inocentemente na orelha dela, dando uma espécie de brisa fresca com cheiro de pasta de dente de menta.

- K-Kurosaki-kun! - Seu coração disparou. Ele a pegara de surpresa.

Ela vira os olhos para o rapaz de cabelos alaranjados. Ele sorri.

- Kurosaki-kun! N-n-nãoquercomernada? - Ela indicou para a portinha da bancada de doces. Ele usava um casaco preto, por cima de uma camisa branca e uma calça jeans nova. Ela nunca o havia visto com uma roupa daquela, que parecia de grife. Ela sentiu suas bochechas esquentarem com uma velocidade e intensidade assustadora. Ele estava... Incrível. Enquanto ela parecia uma plebéia com aquele uniforme de padaria.

- Quê?

- Não... Vai comer nada?

- Ah, não tô com fome não.

- M-Mas... Por que veio pra cá, então? Eu perguntei se o Kurosaki-kun queria comer algo no café da manh do seu aniversário... - Ela desviou o olhar, colocando finalmente a massa no forno.

- Eu lembro. Mas eu tava sem nada pra fazer então eu decidi dar uma passada aqui.

- É-é?

Ele puxa uma cadeira e pega uma coxinha que estava em cima de uma bancada.

- E então? O que você está fazendo? - Ele apontou para o forno. - Tem cheiro doce. E... Tem massa no... Seu nariz.

- Aah! Que vergonha.

Ela busca um pano e limpa a sujeira.

Era sempre assim quando ele estava perto. Ela não conseguia pensar, não conseguiua falar e muito menos fazer nada. Mas ela estava mudando aos poucos, ficando mais determinada. Porém... Todo seu treinamento de nada valia perto dele.

Ela começa a limpar a bancada da cozinha onde trabalhou arduamente naquela manhã.

- Ah, deixa que eu te ajudo. - Ichigo se levantou, indo calmamente até a garota.

- Não, Kurosaki-kun! Hoje o seu aniversário. Não precisa me ajudar.

Ele encara os olhos castanhos da menina. Ela fica cada vez mais sem jeito. O rosto dele chega mais perto...

- Está tudo bem, Inoue? Você está vermelha. - Ele coloca os dedos na bochecha da menina, cutucando-a. Ele sorriu, divertindo-se com a expressão dela.

Ela desviou o olhar e voltou para a louça.

- Não nada não. O verão bem quente, né ?

Ele riu um pouco. Ela tentou mudar de assunto para o tempo?

- É, é sim, bem quente.

Eles riram foradamente. Aquele silêncio desagradável pairou na cozinha.

Orihime sentia os movimentos do ruivo limpando a bagunça de açúcar da bancada. Ela conseguia listar todos os seus adjetivos enquanto isso: Alto, musculoso, gentil, engraçado, corajoso, determinado, forte, fiel e... Lindo e...

- Mais maravilhoso que eu já conheci. - Ela sussurra baixinho, sorrindo de canto.

- Hm?

- Eh? Nada! Eu... Ah! O bolo!

- Bolo?

- Nada, de novo! K-k-k-kurosaki-kun... Vai ali pra mesa de clientes, p-por favor! - Ela empurra Ichigo até ele sair da cozinha.

- Inoue, espera. Inoue! Inoue! Tá, tá, ok!

Ela fecha a porta e corre para o forno. Ela abre e segura a assadeira...

- ITAE! - ...Sem luvas.

Ela, por instinto, leva o dedo a boca. - Mooo! Isso só acontece comigo.

- Inoue?! Tá tudo bem?

- Tá!

- Eu posso te aju-

- Não! - Ela grita, desesperada. Ele no podia ver o bolo antes da hora! Além disso ele chegou adiantado.

Ela pega as luvas e finalmente retira o doce do forno. Ela faz tudo rapidamente, colocando o glacê, o chantilly e os morangos.

E ela buscou a cobertura para escrever "Parabéns", mas algo nela deu um sinal.

"Essa pode ser minha última chance de... Contar para ele sobre o que eu sinto." E assim ela fez.

Seu coração bateu mais forte.

Jogou a cobertura de chocolate, escrevendo perfeitamente "Suki".

Foi.

Ela respirou fundo. Já era. Ela já havia feito. Agora era arcar com as consequencias. Era melhor que ele soubesse o que ela sentia do que ficar guardado para sempre no profundo "Canto" de sua mente.

Ela respirou fundo. Ela decidiu mudar, não ? Então porque no começar mudando dizendo para ele tudo o que ficou guardado dentro dela?

Seria bom, até. Livrar-se de um peso to imensamente grande. Mas o que ela faria se recebesse um não? Tudo estaria perdido? Ela estaria perdida?

Não. Ela conhecia o garoto. No acabariam a amizade por algo assim. E ela tinha certeza disso. E, o máximo que ela podia receber era um não. Afinal...

Kuchiki-san não estava lá, não é?

Depois de se tocar do que havia dito, ela sentiu uma facada no coração.

Ela se repreendeu mentalmente pelo que pensou. Ela se repreendeu muito. Se ele gostasse de Rukia, que assim fosse! Orihime o amava! Não podia ser tão egosta! Ela só o queria vê-lo feliz não ? Além disso a amiga não tinha culpa de nada. E Orihime a admirava. Na verdade... Ela sabia que nada havia entre os dois.

Logo lgrimas de culpa cobriam seu rosto. Ela chorava silenciosamente.

"Desculpe, Kuchiki-san! Desculpe, desculpe, desculpe, desculpe!" Na verdade ela via que ele sentiu falta dela. Só não sabia se realmente sentia muita falta dela do jeito que ela havia pensado que ele havia sentido, pois não havia sentido nos pensamentos da garota. Ela já estava ficando confusa.

- Inoue? - Ele chamou. - Inoue? O que houve?

Ela limpou as lágrimas com um pano, tentando esconder a face chorosa. Seu ataque de ciúmes tão infantis não poderia estragar aquele dia tão perfeito.

- Desculpe, Kurosaki-kun. Eu simplesmente fiquei triste por um momento. - Ela voltou ao trabalho do bolo.

Ela não sentiu, mas ele se aproximou cautelosamente dela.

- Triste?

- Não é nada.

- Então porque você disse que ficou triste?

- Porque... - Ela olha para ele, seus olhos fitando as íris âmbares do ruivo. Nunca antes tão preocupadas com ela. - Eu gosto de você Kurosaki-kun.

"Ops."

Ele a olhou um pouco incrdulo. Inoue? A sua amiga? Gostando dele?

Algo bateu dentro do corao dele. Algo que ele já sabia, mas não sabia. Existia, mas nunca fora realmente aproveitado. Sentia? Por um momento, ele soube exatamente o que responder.

- E porque isso seria triste, Inoue?

A garota não entendeu. Nem Ichigo realmente havia entendido a sua própria fala. Ele a encarou. Ela o encarou. Até que ela resolve falar.

- Porque... Eu achei que nunca poderia ser correspondida. E te chamei aqui hoje só pra te falar algo tão idiota... - Ela bateu na própria testa com um sorriso bobo. - Não precisa ligar pra isso! Eu apenas não... Pensei em como você se sentiria. Pode ignorar o que eu disse.

- Inoue. - Ele chega mais perto dela. Relutante, ele a abraça. - Isso não é algo idiota.

- Kurosaki-kun... - Seu corpo endureceu, mas seu coração disparou.

Todos os momentos com ela passaram diante diante dos olhos do Kurosaki. Ele nunca havia percebido nas entrelinhas, em cada sorriso, em cada palavra...

Ele era um idiota. Agora ele sabia.

É claro. Inoue era a que sempre esteve ali. Ela sempre esteve ali. E não era de hoje que aquele sentimento crescia no peito de Ichigo. Dias e dias com o sorriso dela na mente quando as coisas pareciam perdidas.

- Me desculpe, Inoue. Parece que eu me atrasei de novo. Parece que eu me atrasei a não perceber isso. Desculpe mesmo, Inoue.

A garota começa a soluçar em alto e bom som. - K-K-Kurosaki-kun! Não se des*snirf*culpe! Eu...

- Você esperou demais? - Sua voz ganhou um tom melancólico e gentil ao mesmo tempo. Ele deu um sorriso familiar para Inoue. Era um sorriso que ele só dava perto dela. Quando suas sobrancelhas se arqueavam perdendo aquela expressão rabugenta, seus olhos ganhavam um brillho a mais e sua boca levantava os cantos de forma sutil revelando os dentes brancos e a língua vermelha do rapaz. Seu tom de voz mudava para um mais baixo, como se convidasse a menina a pular em seus braços.

Ela balançou a cabeça. Chorando de alívio. Ela se sentiu tão leve naquele momento que achou que poderia voar! Nesse momento de pura calmaria e felicidade...

Pra variar...

Ora, vamos, a Inoue Orihime!

Esperava algo diferente?

Ela derrubou o que deveria ser o presente dele. Derrubou em cima dos dois. Uma mistura totalmente nojenta e gosmenta de morango, chocolate, massa de baunlia e leite condensado. Morno.

- Ah meu deus! Kurosaki-kun! Me perdoe! Me perdoe! - Eles estavam caídos no chão, no meio da farinha que Orihime também derrubou quando deixou cair tudo em cima dos dois.

Ela tentou limpar toda a sujeira dela, mas não deu. Seu cabelo e suas roupas estavam totalmente melecados.

Ichigo havia se protegido parcialmente do desastre. Orihime estava na sua frente e recebeu todo o impacto.

Ela tirava farinha da calça de Ichigo, tentando limpar o chão também, mas acabou ficando confusa e mexeu os braços freneticamente e Ichigo riu da situação.

-  É mais fácil pegar um pano, Inoue. Isso vai demorar a limpar. - ele pega um pano de prato que estava em cima de uma cadeira e limpa o rosto da garota que estava cheio de bolo.

- Ku*blump*rosaki-kun*blump*- Ele passava o paninho entre os lábios carnudos da menina, fazendo um som bonitinho enquanto sua voz entoava o nome do garoto. Ele limpou as bochechas dela, que se revelaram incrivelmente vermelhas.

- Que foi?

Ele limpou o nariz de Inoue, que tinha um pedaço de chocolate bem na pontinha. Acabou deixando uma meleca de chocolate derretido maior bem na bochecha dela.

Ele lambeu a mancha de chocolate, rindo.

- Obrigado pelo presente. É doce.

- O chocolate? Acertei? Porque eu lembrei que o Kurosaki-kun gosta de chocolate então...

- Não o chocolate! Você, sua boba. - Ele tocou os lábios dela, impedindo-a de continuar a frase.

- F-f-f-feliz aniversário, Kurosaki-kun. - Ela desvia o rosto, ficando mais corada ainda.

Mas ele já estava consciente de que o seu presente era especial e que não a deixaria ir embora.

- Obrigado, Inoue. Você é  o presente mais doce que poderia me dar.

Fim? HOHO


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Notas finais do capítulo

E então? Merece reviews, não é? Tá bonitinho? Merece, não é? Tá horrível? ME MATEM! T_T-q

Ju-chan: Eu fiz pensando em cada momento fofo IchiHime das suas fics e... Saiu algo desse jeito. *-*

Ah, as repetições de algumas palavras foram "propositais", ok? Se encontrarem algum erro... Me matem.

Além disso, essa percepção de sentimentos do Ichigo foi MUITO rápida por ser uma one-shot. Não queria que ficasse muito longo então adiantei as coisas.