0'Clock escrita por KelBumBi


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Agradeço a todas q mandaram reviews, são muitos e bateu uma preguiça.... Valeeuu meninas por ñ me deixarem na mão!!!
Adoro v6



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11° mês

 

— Sam, Sam, eu vou ao baile! — gritou Carly, entrando no meu quarto sem bater, como já era de costume.

Sam e eu estávamos deitados na cama, abraçados de conchinha. Era uma sexta-feira, e no dia seguinte acontecia o grande baile dos formandos, por esse motivo, não teríamos aula e na segunda-feira entregariam o resultado escolar, ou seja, eu já estava de férias.

— Carly… — choraminguei, tirando meus braços em volta da Sam, esfregando os olhos sonolentos. Sentei-me na cama. — Que horas são? Por que está aqui tão cedo?

— Vamos às compras… Perdemos muito tempo, o baile já é amanhã! — continuou Carly, ignorando o nosso mal humor matutino.

— Sam! Levanta daí! — ela gritou outra vez, puxando-a pelos pés. — Como você vai ao baile se não tem um acompanhante? — perguntei triunfante, provocando a nossa amiga. Carly me olhou com uma expressão irritada, enquanto eu me levantei e segui o caminho do banheiro.

— Eu tenho um acompanhante! — ela se defendeu, um pouco ofendida.

— Eu pensei que o Adam tivesse dado um pé na sua bunda. — comentou Sam dando sinal pela primeira vez, erguendo a cabeça do travesseiro.

Carly bufou dramaticamente, mas depois riu e se voltou para Sam, sentando-se ao seu lado. Eu fiquei ouvindo a conversa ao mesmo tempo que começava o meu ritual de higiene.

— O Gibby me convidou ontem. — contou a morena, e pela voz parecia animada.

— Ai, Carly, você está desesperada. — Sam debochou, rindo.

— Olha quem fala. — Carly atacou e eu ouvi Sam parar de rir. Carly pigarreou e começou a falar novamente: — Bem, nenhum dos dois tinha acompanhante para o baile, já que a Tasha e ele terminaram alguns meses atrás e eu não consegui ninguém legal… Depois que você e o Freddie começaram a namorar, a gente acabou se aproximando mais. O Gibby é fofo e engraçado, quando ele quer… Bom, eu acho ele fofinho.

— Mas isso não muda a personalidade “Gibby” dele. — disse Sam, aos risos.

— Nós só vamos ao baile! Não é como se nós fôssemos nos casar por ir ao baile, juntos. Acima de tudo somos amigos. Isso é tudo. Gibby é muito legal, e foi muito gentil da parte dele me convidar. — disse Carly estressada.

— Ei, tudo bem! Não está mais aqui quem falou. — Sam respondeu, percebendo o perigo.

— Então o que quer?

— Como assim o que eu quero? Nós vamos ter que comprar nossos vestidos, marcar o salão, escolher sapatos… Estamos em desvantagem com os preparativos, amanhã já é o baile!

Não aguentei mais o papo feminino, liguei o chuveiro e cai dentro da água, abafando minha audição. Sai uns quinze minutos depois, já arrumado. Sam levantou da cama e fez o meu caminho, deixando-me sozinho com a Carly.

— O Gibby chamou então? - perguntei, iniciando a conversa.

— Vai tirar com a minha cara que nem a Sam fez, né? — reclamou, se deitando na minha cama com ar irônico.

— Não. Eu acho legal os dois irem juntos. — respondi sincero.

— Sério? — ela perguntou, levantando da cama e me encarando desconfiada.

— Sim! Ele queria muito ir a esse baile, e você também! Além disso, ele pode ser estranho, mas é um ótimo amigo.

Carly riu agradecida e eu retribuo o sorriso. Logo depois Sam saiu do banheiro.

— Vamos? — chamou Carly, indo para a porta.

— Mas o café da manhã? — perguntou Sam, alisando a barriga, esfomeada.

— Nós tomamos no shopping. — respondeu Carly, revirando os olhos. — Freddie, precisamos de carona.

— Onde está o Spencer? — perguntei, mostrando minha chateação. Sabe o que é pagar a conta do café da manhã da Sam no shopping? Por que é claro que sobraria para mim.

— Ele foi visitar o nosso avô em Yakima.

— Claro! — respondi com desgosto, seguindo as meninas para fora do apartamento.

Chegando ao shopping, nós tivemos que parar na praça de alimentação primeiro, caso contrário Sam poderia atacar um de nós a qualquer momento. Ou só a mim como aconteceu uma vez, quando saímos os três para acampar com o Spencer e o Meião e esquecemos de levar comida (Spencer mané), em determinada hora, Sam, já faminta, pegou uma vareta e começou a me agredir com ela. Foi doloroso.

Então é melhor prevenir do que remediar.

Ficamos na fila de um starbucks e compramos três copos grandes de café e rosquinhas.

— Quer ir à loja com a gente? — Carly perguntou após o café.

— Nem morto. Tenho coisas melhores a fazer. — e não estava mentindo, eu tinha que planejar o nosso aniversário de namoro.

— Por favor, não me deixa sozinha com a Carly. — Sam pediu, fazendo beicinho. Pode aparentar que não, mas Sam ama fazer compras. Ela fica horas nas lojas provando roupas, até a Carly cansa com ela. No fundo, ela estava adorando passar a tarde fazendo compras com a Carly.

— Compre um vestido bonito. Bye. — ignorei o dengo dela e fugi o mais rápido que pude.

Era nessas horas que eu sentia a necessidade de ter amigos homens... Sabe, fazer coisas de homens. Spencer e Gibby não contam, ambos são excêntricos demais para fazer isso.

Retornei para o Bushwell martelando minha cabeça, tentando encontrar alguma ideia para nosso aniversário. Queria algo especial, talvez até romântico, apesar de não fazer o tipo. Nós nunca tivemos um encontro como aqueles da TV, por exemplo. Sam e eu sempre fomos muito práticos para ter um, também tudo aconteceu tão de repente, e Sam ficando semanas de castigo nem deu tempo de chamá-la para sair.

"Até que não é uma má ideia." - conclui comigo mesmo.

Estacionei e subi para o meu apartamento. Uma cópia exata da minha lourinha esperava em frente a minha porta.

— Hey, Melanie. — cumprimentei intrigado. O que ele estava fazendo em frente o meu apartamento?

— Pode me chamar de Mel, Freddie. — ela sorriu docemente, mas não foi muito convincente.

— Hum... Desculpe, mas eu prefiro chamar pelo seu nome. — disse sem jeito.

— É a Sam né? — ela perguntou com um olhar “não precisa negar”, colocando sua mão no meu ombro.

Na verdade, foi o beijo que você me deu.

— O que quer aqui? Veio ver a Carly e Sam? — mudei de assunto, afastando meus ombros para trás, seu braço caiu com a distância.

— Sim, mas parece que elas saíram.

— Foram ao shopping. Acabei de deixar elas para escolher o vestido do baile.

— Ah, é amanhã.

— Isso. — hesitei um pouco, mas minha curiosidade falou mais alto. — Então, o que fazia em frente a minha porta?

— Como as meninas saíram, eu pensei em ficar um pouco com você.

— É claro. — observei sarcástico. Melanie não percebeu.

— Vamos entrar? — perguntou, esperando eu abrir a porta.

— Okay. — respondi insatisfeito, sem coragem de negar o pedido.

Não é que eu a odiasse, pelo contrario, eu gostava muito da Melanie antes de me beijar. Aparentemente, agora ela estava com o Mike, mas às vezes eu desconfiava do seu interesse por mim, por isso eu nunca sabia como agir quando ela estava por perto. E para piorar toda a situação, não consegui entender qual o motivo para continuar em Seattle.

— Aceita alguma coisa? Chá? Suco? — perguntei educadamente, fechando à porta e indo direto a cozinha.

— Não, obrigada! A decoração do seu apartamento é bem legal. — ela comentou, analisando cada canto da sala.

— Valeu... Eu acho.

— Você não gosta? — ela perguntou, rindo da minha expressão.

Era uma sala menor que a do apartamento da Carly. Os móveis ficavam apertados nela e tudo era sem vida, antigo, totalmente minha mãe.

— Poderia ser melhor. — ofereci o sofá para ela sentar.

— Bom, lá em casa é tudo bagunçado e sujo. — reclamou, sentando-se com elegância. — Sua casa parece o paraíso comparado com a minha.

— Melhorou bastante, depois que passaram pelo terapeuta. — comentei despretensioso.

— Verdade. A minha mãe nem parece a mesma pessoa, é bom ver ela sendo mais responsável. — disse Melanie, admirada.

— A Sam também mudou. Ela está menos agressiva e se dedica mais. — agreguei orgulhoso dela, Melanie concordou.

A conversa estava agradável e eu começava a me sentir a vontade com ela.

— Você vai para a Columbia, certo? — ela perguntou.

— Sim. E você, para Harvard? — ela acenou positiva, e eu aproveitei a oportunidade para saber mais. — A Sam comentou alguma coisa sobre ser aceita em alguma faculdade? — inquiri, esperançoso. Sam negava-se a conversar comigo e Carly sobre a faculdade e o futuro após o ensino médio.

— Ela não fala comigo... Você sabe, desde que te beijei.

— Que coisa. — disse, levantando do sofá, andando até a cozinha para nada. Sentindo-me desconfortável repentinamente.

— Não precisa fugir, Freddie. Eu aprendi a lição.

— Do que está falando?

— Que tanto Sam quanto você vêm me tratando de maneira diferente. Sam me ignora a maior parte do tempo e você fica me evitando.

— Impressão sua. — disse, olhando para qualquer lugar que não fosse na direção dela.

— Você não sabe disfarçar, sabia? — Melanie se aproximou e eu me afastei involuntariamente.

— O que está tentando? — perguntei com coragem, encarando-a intrigado. Melanie ia se aproximando cada vez mais.

— Como assim? — ela rebateu, jogando charme. Cinco centímetros era o que nos separava.

— Por quê você ficou em Seattle? — eu tentei esquivar, andando para trás e fugindo da aproximação.

— Porque eu queria saber se você gostou do meu beijo. — a maldita pia me fez parar, comigo ficando por cima da mármore fria praticamente. — Então, o que você achou?

Será que a Melanie gostava de se magoar? Não era óbvio que eu gostava da irmã dela? Que é e sempre vai ser a Sam?

— Você está com o Mike agora. — respondi sério.

— Deixa eu refrescar sua memória. — Melanie tentou flertar, desfazendo-se do meu último comentário.

Ela levantou os pés no intuito de alcançar minha boca, pondo a sua mão no meu ombro para ter algum impulso, mas eu fui mais rápido e a impedi de me beijar, empurrando seu corpo para longe com as minhas mãos enquanto segurava seus ombros, olhando irritado.

— Para com isso! — disse muito sério, apertando seus ombros. — Melanie, eu estou com sua irmã. Eu não gostei do seu beijo, gosto do beijo da Sam. Essa é minha resposta oficial então, de uma vez por todas, aceite isso, por favor. Eu não estou confuso, ao contrário... — sai de perto dela. — Ser beijado por você me fez ter a certeza de que o que eu sinto pela Sam, é forte demais para traí-la. Eu amo a sua irmã, e a respeito de todas as formas!

— Tudo bem, Freddie. Você pensa assim, mas será que a minha querida irmãzinha pensa como você? — Melanie parecia um dragão saltando fogo pelas ventas, seu rosto estava vermelho, seus olhos raivosos, sua expressão dura e sem emoção.

— O que quer dizer?

— Que ela está usando você, seu bobão!

— Usando? Por quê a Sam me estaria usando? — perguntei descrente, cruzando os braços.

— Pensa, Freddie. Sam considera você um nerd, ela estava indo mau no colégio... Ela só uniu o útil ao agradável.

— O que isso tem a ver? — estava confuso.

— Ah, fala sério! Você é mesmo muito lerdo, não sei como ainda é considerado um nerd! — exclamou Melanie, impaciente, vindo até a mim. — Vai dizer que depois que começaram a namorar, não ajudou nos deveres?

— Sim, eu a ajudei. E daí?! Não sabia que era proibido- ... — cortei a frase, percebendo o que Melanie insinuava. — Ela nunca seria capaz disso! — disse sem muita convicção.

— Ela queria muito um tour pela América Latina, mas a minha mãe falou que bancaria todas as despesas somente depois que ela melhorasse suas notas.

— Eu não acredito em você. — e de novo minha convicção falhou.

— Você é quem sabe. Mas, juntos, conseguíramos coisas enormes. — disse Melanie, pegando sua bolsa do sofá e se retirando do apartamento, deixando as dúvidas corroendo minha angústia.

Um tempo depois, recebi mensagem da Sam pedindo-me para buscá-las no final da tarde. Quando deu o horário, eu fui assim como solicitado, encontrando com as meninas no estacionamento do shopping.

— Freddie, você está muito calado.— Carly observou no banco traseiro.

— A Carly tem razão. — Sam concordou. — Aconteceu alguma coisa, bebê? Com o que você está chateado?

— Nada.

— Tem certeza?

— Sim.

— okay! — ela virou-se, para me encarar.

— okay!... — Sam me fitou intensamente, como se quisesse ler minha mente. Senti-me incomodado com sua reação, por isso resolvi mudar o assunto para despistar. — Como foi no shopping?

— Você sabe, o de sempre. Sam me deu um prejuízo de cinquenta dólares. — queixou-se Carly, Sam riu orgulhosa de seu feito.

— Oh, essa é a minha garota. — disse, fazendo um esforço para rir.

— Vocês dois se merecem. — reclamou a nossa amiga.

O resto do caminho foi tranquilo. Mantivemos uma conversa sobre o baile e combinamos o horário, já que havíamos combinado de ir todos juntos, depois fizemos uma parada no burguer king e jantamos por lá. Parecia que tudo estava normal, mas o que Melanie me disse durante a manhã continuava reprisando na minha cabeça como um disco arranhado, e eu me sentia muito culpado por ficar preocupado com as mentiras da Melanie.

— Então, Gibby, as meninas já estão pronta? — perguntei, entrando com um smoking na sala da Carly.

— Não. Elas nem me deixaram entrar no quarto.

— Eu te entendo cara, elas estão presas aqui a manhã toda.

— Elas sabem que isso não é um casamento, certo? Por que eu nem tive a minha despedida de solteiro. — Gibby falou assustado, eu ri.

— Não se preocupe, cara! — disse, colocando a mão no seu ombro. — A Carly avisou que ela vai dar uma festa do pijama, depois do baile?

— Ah sim, até avisei a minha mãe que dormiria aqui.

— Legal!

Fomos interrompidos pelas meninas, que desceram a escada e fizeram que perdesse completamente a linha dos pensamentos. Eu só consegui pensar em como estavam lindas e como Gibby e eu seríamos os caras mais sortudos do baile.

— Fecha a boca, meninos. — brincou Carly, sorrindo.

— As duas estão muito lindas. — disse, recuperando meus pensamentos.

— Com certeza. — Gibby concordou com os olhos arregalados. Ao que parece que ele não encontrou o pensamento dele.

— Então, prontas para baile?

 


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