Gritos da Alma escrita por EPG


Capítulo 1
Capítulo 1




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Com o coração em pedaços eu partia, porque mesmo sofrendo com seu ciúme doentio eu o amava muito, confesso que deixa-lo foi uma das coisas mais difíceis que já fiz na minha vida, mesmo sendo a coisa certa a se fazer.

      A viajem de volta a minha terra de origem foi longa, cansativa, tudo que mais desejava naquele momento era morrer, não via minha vida sem ele, sinceramente não tinha a mínima ideia de como recomeçar como meu pobre pai queria.

        O avião pousou no aeroporto de Seattle as seis da manha, meu pai me aguardava com um olhar orgulhoso, sei que ele estava feliz por finalmente eu ter me libertado, mal sabia ele que meu corpo cansado e com marcas permanentes era o único que estava ali chorando protegido pelos seus braços, meu coração e alma ainda estavam lá nas mãos do homem que confiei minha vida e não sei como liberta-los.

         Finalmente adentramos a chuvosa Forks e não via hora de tomar um banho e me trancar em um canto para que minhas lágrimas fluíssem livremente, não queria fazer isso na frente do meu pai que já perdeu tantas noites de sono pensando que talvez no dia seguinte recebesse o corpo de sua única filha para sepultar.

_ Quer comer alguma coisa? _ Charlie disse depositando minhas malas em canto da sala.

_ Obrigada pai, só quero tomar um banho e dormir, estou muito cansada.

_ Ok! Seu quarto esta preparado há muito tempo a sua espera. _ Ele disse beijando-me ternamente na testa.

_ Obrigada! _ Falei subindo as escadas rumo ao meu antigo quarto.

           O ambiente era acolhedor, não havia mudado nada, só as fotos que não se encontravam mais a cima da minha cama, agradeci meu pai mentalmente por isso. Tirei minhas roupas observando as manchas rochas espalhadas pela minha pele branca, elas estavam em todo lado, menos no rosto como sempre, ele nunca me atingiu no rosto para manter as aparências. Depois de um banho quente me enfiei de baixo de minhas cobertas e chorei abafando meus soluços coléricos com o travesseiro que tinha um cheiro tão bom, uma aroma de aconchego, sossego e paz, eu estava em casa e isso apesar de toda minha dor era tão bom.

            Acordei sentindo-me tão quente, percebi que meu pai tinha passado por aqui durante a noite, pois havia um cobertor a mais sobre mim, minhas malas estavam todas no quarto e uma bandeja com frutas e cereais depositada em cima de minha mesa de estudos. Depois de comer liguei meu som no volume máximo e me coloquei a organizar minhas coisas no armário, precisava manter minha mente ocupada ou enlouqueceria.

             Passei o dia organizando a bagunça de Charlie, limpei a casa, lavei, passei, cozinhei e agora estou aqui lendo um livro de um escritor brasileiro Graciliano Ramos, o melhor tentando ler e assim foi minha vida durante algumas semanas longas, eu acordava organizava a casa e lia, isto me fazia esquecer, mas a noite as lágrimas sempre traiam minha força diurna e eu sucumbia e me entregava a dor. Meu pai não dizia nada só me abraçava durante as noites que meu travesseiro não conseguia abafar meus soluços.

_ Isabella!

_ Sim pai. _ Falei colocando café em sua xicara.

_ Marquei uma consulta para você com um psicólogo filho de um amigo meu, ele é muito bom, já publicou vários livros sobre seu trabalho que estão entre as listas dos mais lidos, tenho certeza que ele vai poder te ajudar. _ Ele disse sem olhar nos meus olhos.

_ Eu estou bem pai, não preciso de psicólogo. _ Menti.

_ Definitivamente você não esta bem minha filha, tem dois meses que esta aqui e nunca colocou os pês fora desta casa, chora todas as noites, não escreve mais, se isto é estar bem acho que estou no planeta errado. Por favor, faça isso por mim. _ Falou finalmente olhando pra mim.

_ Está bem, eu vou. _ Falei. Eu devia isso a ele, afinal esta sendo tão paciente.

_ Tenho um presente para você na garagem, espero que goste. A clinica do Dr. Cullen é perto da delegacia, enfrente o restaurante do Joe. _ Charlie disse saindo.

    Tomei um banho me arrumei e marchei rumo à garagem parando abismada diante do que estava vendo, meu pai me comprou um Audi igual ao meu antigo, mas este não era vermelho era prata e de uma porta. No banco havia um cartão que dizia “recomece sua vida de novo Bella, se permita ser feliz”, sorri pela primeira vez depois de dois meses. Dei partida no carro saindo pelas ruas de Forks, tudo estava em seu devido lugar, era boa a sensação de estar de volta ao lugar onde vivi os melhores momentos da minha vida. Estacionei do lado de um volvo preto e adentrei o escritório do tal Cullen, este nome não me era estranho, mas não me lembrava do por que.

_ Bom dia senhorita posso ajuda-la. _ Uma senhora simpática perguntou.

_ Vim para uma consulta. _ Falei.

_ Seu nome, por favor.

_ Isabella Swan.

_ O Dr. Cullen já esta a sua espera senhorita Swan. Por aqui. _ A senhora disse abrindo uma porta e sinalizando para que eu entrasse.

    Entrei fiquei fascinada com o lugar, era tão organizado e aconchegante e o cheiro era maravilhoso, havia orquídea por todo o lado, distraída nem percebi que o Dr. Cullen estava sentado atrás de sua mesa me observando curioso.


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Notas finais do capítulo

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Espero que tenham gostado!



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