Noite Macabra 4 escrita por Fenix


Capítulo 6
Os laços familiares que realmente importam




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/142657/chapter/6

Em frente à casa dos Roberts.

- Os homens que fazem segurança para Carol Prescott... Eu não gosto disso – Diz Lion – Os policias sempre são mortos.

- Do que esta falando?  - Pergunta Rey.

- Dos filmes – Responde Lion – É uma merda ser um policial num filme, se você não é o Bruce Willis.

- Ham, nem todos os policiais morrem nos filmes – Diz Rey.

- Não, mas se for o seu último dia antes da aposentadoria, você morre, se é novato ou sua mulher esta grávida, você morre e se você é feio você morre – Diz Lion.

- Eu ganho essa! – Eles dizem juntos.

- Aqui, eu vou entrar na próxima ronda, volto já – Diz Rey, quando ia saindo de dentro do carro, repara no que disse – Merda! Eu sei que não pode falar isso, não é?

- Pois é, nova década, novas regras! Saiba que, nos dias de hoje, você volta e encontra a mim morto, os olhos esbugalhados, a língua para fora, pode ser assim, nunca se sabe – Diz Lion.

- Isso é uma merda! – Diz Rey, ele fecha a porta do carro.

- Deixa que eu faço essa ronda! – Diz Lion.

- Sim! Tome a lanterna – Diz Rey.

Lion sai do carro, ao bater a porta ele se vira.

- Ei, Lion! Tenha cuidado! – Diz Rey.

- Eu sempre tenho cuidado – Diz Lion.

Lion sai dali, Rey passa a mão no rosto.

- Já é um homem morto – Diz Rey, a respeito de Lion.

Ele rapidamente olha para o banco de trás, com muito medo, pela sua felicidade não havia ninguém lá, mas isso não o deixa mais tranqüilo, Rey olha para o lado e observa uma praça com apenas árvores, Carol esta na cozinha, ela pega a panela de água quente e derrama com cuidado a água na caneca, Carol ouve um barulho vindo da varanda, ela olha para frente atenciosa, Carol caminha até a porta da varanda, ela olha para fora, sendo a porta da varanda toda de vidro, Carol abre a porta e sai da casa entrando na varanda, Carol olha para os lados, não havia ninguém, o barulho que vinha era do sino do vento, Carol caminha até a ponta da varanda e fica na ponta do pé para tirar o sino do vento, ela tenta consertá-lo, quando o cachorro do visinho começa a latir, Carol olha rapidamente em direção a rua. Lion esta fazendo a ronda quando vê a janela do quarto de Gabriella aberta.

- Rey, tinha uma janela aberta da última vez que você fez a ronda? – Pergunta Lion, pelo rádio, Rey não responde – Rey responde, câmbio!

Carol olha para o outro lado e calmamente, porém muita atenta ela anda até a mesa ao lado da porta, Carol põe o sido do vento sobre a mesa, ela olha mais uma vez para os lados e entra em casa, ao entrar ela se vira e fecha a porta, depois a tranca, Carol observa um pedaço da rua dentro de casa, atrás da porta da varanda.

Lion chega correndo em direção ao carro, ele diminui os passos próximo ao carro, quando chega na frente se depara com Rey com a cabeça caída no volante, Lion vai bem devagar tocá-lo, no entanto Rey se levanta gritando, dando um susto em Lion, Rey fica rindo.

- Droga! – Diz Lion.

- Você devia ter visto a cara que fez – Diz Rey, rindo.

De repente aparece o assassino saindo correndo da sombra e enfiando a faca nas costas de Lion.

- AHH – Grita Lion.

- Ai meu deus – Diz Rey, espantado.

O assassino retira a faca e enfia novamente, Rey tenta sair, mas a porta não abri por causa de Lion, o assassino taca o corpo de Lion no chão, Rey olha para o assassino e o assassino para ele, quando Rey tenta abrir a porta o assassino corta sua garganta, Rey sangrando muito consegue sair pela janela, ao cair no chão o assassino enfia a faca nas costas de Rey e termina de matá-lo.

Carol esta na cozinha tomando chá e lendo uma revista, o barulho do sino do vento volta, Carol olha para a varanda, ela põe a caneca na mesa e desconfiada caminha em direção a porta, ao passar pelo faqueiro, Carol pega um facão e continua a andar, o cachorro volta a latir, Carol chega bem próxima a porta, quando de repente aparece Jessy, Carol leva um susto e esconde o facão atrás das costas.

- Desculpa! – Diz Jessy, ao perceber que havia assustado Carol – O sino estava aqui na mesa... – Jessy pega o sino.

- Fui eu que tirei, desculpa... – Diz Carol, ela abre a porta.

Jessy pega duas sacolas de comprar e entra em casa.

- Eu fui ao supermercado – Diz Jessy.

Carol fecha a porta.

- Fez compras? – Pergunta Carol, estranhando.

- Ajuda a aliviar o estresse – Diz Jessy, pondo as sacolas na mesa da cozinha – Tem uma sacola no carro, eu volto já.

Carol olha para ela e Jessy sai da casa, Carol caminha até as compras põe o facão na mesa e tira os produtos, o telefone toca, Carol olha para sala e retorna a tirar as compras, o telefone continua a tocar, Carol olha para sala e caminha até a escada, o telefone toca sem parar, Carol para de andar e depois continua, ela chega a escada e olha para cima.

- Gabriella, você vai atender? – Pergunta Carol, um pouco alto.

Carol anda até a sala e o atende.

- Residência do Roberts – Diz Carol, distraída mexendo no sofá.

- Você é uma sobrevivente, não é Carol?

Carol fica atenta, ela olha para os lados.

- Você é a única com habilidades para sobreviver, eu tenho uma pergunta para você...

Carol assustada olha pela janela e não vê nada.

- De que adianta ser uma sobrevivente nesse drama, quando todos ao seu redor estão mortos?

- Quem é você? – Pergunta Carol, com seus olhos se enchendo de lágrimas.

- Ligue a TV, no canal 6.

- Quem é você seu filho da mãe? – Pergunta Carol.

- Ligue logo... Assista a prévia.

Carol pega o controle no sofá e liga a televisão, esta passando um noticiário.

- Notícias terríveis essa noite, a última vítima dessa tragédia, sendo a mulher do Xerife, Ana Fermino, mais conhecida como Ana Beatriz. Que esta em estado grave após ter sido esfaqueada...

Carol não consegue acreditar no que ouve.

- O autor do crime desapareceu e sua identidade...

Carol desliga a televisão, o assassino da uma risada.

- Esta contente de ter voltado para casa, Carol? Esta valendo à pena?

- Porque esta fazendo isso? – Pergunta Carol, friamente.

- Digamos que os amigos contam, mas os laços familiares que realmente importa, estou certo?

- O que você quer dizer? – Pergunta Carol, arregalando os olhos.

- Sobre aqueles que nos importamos mais, os mais próximos na família... Os parentes de sangue.

- Não faça isso! – Diz Carol.

- Você não pode salvá-los... Tudo que pode fazer é assistir.

Carol olha para cima e o assassino da uma risada, Carol joga o telefone no chão e corre desesperadamente para o segundo andar.

- Gabriella!

Ela entra logo no quarto de Gabriella, ao abrir a porta não havia ninguém no quarto, apenas o notebook na cama, Carol senta na cama e abre o notebook, Carol lê a conversa de Gabriella com Kerry no Messenger.

Estava escrito.

Gabriella Diz:  Kerry, estou ficando maluca, não agüento mais minha mãe... Vem me buscar.

Kerry Diz:  Já estou indo.

Carol sai do quarto rapidamente, ela desce a escada e corre em direção a cozinha, no momento em que Carol abre a porta da varanda Jessy aparece.

- Jessy! – Diz Carol.

- Sim? – Pergunta Jessy.

- Gabriella não esta no quarto! – Comunica Carol, aflita.

- Por Deus... – Diz Jessy, pondo as sacolas na mesa.

- Ela saiu a Kerry, ligue para o celular dela e a mande voltar – Diz Carol.

Jessy pega o celular e disca o número, mas esta dando desligado.

- Merda! Ela não esta atendendo!... Carol o que esta acontecendo? – Pergunta Jessy, ficando nervosa.

- O assassino me ligou, ele esta vindo atrás de mim, mas antes ele quer a minha família – Diz Carol.

Jessy arregala os olhos e abre a boca.

- Ai meu deus, Gabriella! – Diz Jessy.

- Vamos falar com os policiais – Diz Carol.

Carol corre em direção a porta, quando ia abrir Jessy avisa.

- Os policiais não estão lá.

Carol se vira.

- O que?

- Quando eu cheguei estavam, quando voltei não estavam mais – Diz Jessy, andando até Carol.

- Vamos para casa da Kerry – Diz Carol, ela pega a mão de sua tia e abre a porta.

Na mesma hora Carol para de correr, pelo sino do vento, Carol vê o assassino, Jessy se vire e sai correndo, Carol fecha a porta e a tranca, logo depois corre atrás de Jessy.

- Pela porta da frente! – Diz Carol, para Jessy, parada na sala.

Carol abre a porta olhando para trás, Jessy já ia saindo quando olha para frente e se depara com o assassino correndo em direção a porta, dando apenas tempo de Carol se virar, quando ela vai fechar a porta, o assassino põe o braço, Carol e Jessy ficam empurrando, o assassino estava quase entrando.

- Empurra por baixo – Diz Carol.

Jessy sem parar de empurrar desce até o chão encostada na porta, para se apoiar ela põe seus pés na parede da frente, Carol bate com a porta e o assassino tira o braço, deixando-a fechar a porta, Carol se vira e Jessy encostada na porta arregala os olhos, Carol corre até a sala e olha para trás.

- Jessy, vamos... – Diz Carol.

Jessy olha para ela com os olhos arregalados, Carol caminha até ela.

- Jessy? – Diz Carol.

Jessy abre a boca e cospe sangue, Carol a puxa para frente, na porta tinha a entrada de cartas e lá estava a faca do assassino suja de sangue, Carol olha para Jessy caí em seu colo, o sangue de Jessy escorre pela sua mão.

- Fale... Fale para Gabriella que eu... Sinto muito! Sinto muito – Diz Jessy, em segui morre.

Carol começa a chorar, pondo Jessy no chão, Carol se levanta e corre para cozinha, ela abre a porta da varanda, ao sair da de frente com Amanda.

- Amanda? O que você esta fazendo aqui? – Pergunta Carol.

- Eu vi alguém saindo pelo outro lado da casa – Diz Amanda, um pouco assustada – Onde estão Rey e Lion? Eu não consegui falar com eles pelo rádio! – Amanda olha para a mão de Carol – Que sangue é esse?

- É da Jessy! Fomos atacadas – Diz Carol – Ela esta morta!

- Onde ela esta? – Pergunta Amanda.

- Na porta de entrada – Diz Carol.

- Me mostre! – Diz Amanda.

- Ok! – Diz Carol.

Elas entram correndo, Amanda corre até o corpo de Jessy, Carol olha para a mesa e pega a chave do carro.

- Aqui é a oficial Amanda, eu tenho um homicídio na casa dos Roberts, Rey e Lion estão desaparecidos – Informa Amanda – Eu sinto muito – Ela olha para frente e Carol não esta mais lá.

Carol arranca com o carro de Jessy e vai rapidamente para casa de Kerry.

No hospital, Ana esta numa maca e vários enfermeiros então levando-a para fazer o curativo as pressas, Ana esta com dois tubos no nariz  e gases no ombro já sujas de sangue, levando junto com os enfermeiros estava Alexandre.

- Você vai ficar bem... Eu juro! – Diz Alexandre – Sem mais essa coisa de ficar sozinha, é você e eu... Para sempre.

Ana da um sorriso.

- Alexandre! – Chama Ana.

- Sim! – Diz Alexandre.

- Me prometa uma coisa? – Pergunta Ana.

- Qualquer coisa! – Diz Alexandre.

- Pegue esse filho da puta – Diz Ana.

- Com certeza – Diz Alexandre, ele beija sua mão... Eu te amo!

- Eu também te amo – Diz Ana.

Alexandre sai correndo do hospital, na casa da Kerry.

- Você perdeu o caos... Foi tudo um caos – Diz Kerry, andando em direção ao sofá comendo amendoim.

Gabriella esta sentada no sofá comendo pipoca.

- Eu não acredito nisso! – Diz Gabriella.

- A mulher di xerife, cara! – Diz Leonardo – Ela mandou que nós cancelássemos, e agora isso? O que vamos fazer?

Leonardo e Jake andam em direção ao sofá.

- Leonardo calma, tudo vai ficar bem, faz todo o sentido – Diz Jake – Isso é o que os reboot’s fazem, eles reinventam os filmes originais.

- “O massacre em New Ford” Terminava em uma festa, e o remake...? – Pergunta Kerry.

- A festa era um falso final, e as novas regras – Diz Jake.

- Exatamente! – Diz Kerry.

- Espero que não se importem, eu vou por “Noite do terror 7”, ninguém cancela o meu festival – Diz Jake.

- Ei, eu não quero vê isso... Não depois do que aconteceu com a Lilo – Diz Gabriella.

- Deixa disso, era o favorito dela – Diz Kerry.

Jake põe o DVD, ele se levanta e olha a prateleira.

- Olha só, Kerry! Você tem uns clássicos aqui – Diz Jake.

- É? – Pergunta Kerry.

- “Na hora do pesadelo de 1986”, “Piscisose”... – Diz Jake, vendo os DVDs.

- Sabe que eu sou melhor que você – Diz Kerry – Eu poderia lhe desafiar garoto do cinema.

- Ah é? – Diz Jake – Quem foi o primeiro interprete de Leatherface?

- Gonard Janson! – Responde Kerry.

- Uau! Você sentiu isso? – Pergunta Jake, sentando na poltrona e inclinando-se para Kerry – Essa eletricidade entre nós?

- Ah! Isso fui eu... Eu tenho poderes – Diz Kerry.

- É sexy! – Diz Jake.

- Vocês são inacreditáveis – Diz Leonardo – Estão fazendo brincadeiras? Os tira estão atrás da gente, vão tirar meu website do ar, estamos ferrados.

De repente Allan entra na casa.

- Sim! Eu concordo – Diz Allan.

- Jesus Cristo! De onde você surgiu? – Pergunta Leonardo.

- Pela porta da frente, com tudo que esta acontecendo agora, é melhor deixá-la trancada – Diz Allan.

Gabriella não gosta da presença de Allan, para de comer a pipoca e coloca o pote com força na mesa, Kerry olha para Jake.

- Me desculpa – Ele diz.

- Posso perguntar, quem te convidou para vir a minha casa? – Pergunta Kerry.

- O que? Essa não é a pós-festa? – Pergunta Allan, sem entender nada.

- Não, é o anti-festa, só com convite! – Diz Kerry.

- Bom, eu tenho um convite... Da Gabriella – Diz Allan.

Gabriella olha para ele, Kerry e Jake olham para Gabriella.

- Então, qual é a história? – Pergunta Allan, sentando no outro sofá.

- O que? – Pergunta Gabriella.

- Você me mandou uma mensagem: “Pós-festa, na casa da Kerry” – Diz Allan – Veio do seu celular.

- Como assim? Eu não mandei mensagem nenhuma – Diz Gabriella, põe a mão no bolso da calça e o celular não estava ali – Onde esta o meu celular? Eu acho que deixei no seu carro, de qualquer jeito, eu não te mandei um SMS.

Gabriella se levanta com raiva.

- Eu não te mandei nada, eu vou provar – Diz Gabriella, ela sai da sala.

- Bom... Jake, Leonardo! Como sente em serem acessórios de um crime? – Pergunta Allan – Isso é sério? A esposa de Alexandre?

- Minha vida esta acabada – Diz Leonardo.

- Então... Qual de vocês me mandou um SMS do celular da Gabriella... Hein? – Pergunta Allan.

Kerry que estava bebendo vodka, cospe tudo no copo quando Allan fala, Jake olha para ele.

- Devemos super que você esta falando a verdade? – Pergunta Jake.

- Seu celular não tinha sumido? – Pergunta Kerry, desconfiada.

Allan olha para ela, sério.

- Eu comprei outro! – Ele diz.

- Sério? – Diz Kerry, não acreditando – Olha só, que incrivelmente conveniente.

Allan se levanta e sai da sala, na casa dos Roberts.

- Alexandre! É a Amanda... – Diz Amanda, com Alexandre no celular.

- E ai...? – Ele pergunta, curioso.

- Jessy Roberts esta morta... – Diz Amanda, inquieta – E Carol fugiu daqui.

- O que? O que aconteceu com a Jessy? – Pergunta Alexandre, sem entendê-la.

- Ela foi esfaqueada, assim como os outros – Diz Amanda.

- E a Gabriella? – Pergunta Alexandre, parando no sinal de transito.

- Nem sinal dela! – Informa Amanda.

- E onde estava Lion e Rey? – Pergunta Alexandre, furioso.

- Eles foram encontrados mortos a duas quadras daqui – Diz Amanda – Múltiplas facadas.

- Ok, eu já estou indo ai – Diz Alexandre, ele finaliza a ligação.

Alexandre liga a sirene e de repente vira com o carro, ele arranca e corre para a casa dos Roberts. Kerry e Jake estão sozinhos na sala vendo “Noite do terror 7”, ele na poltrona e Kerry no sofá, ela olha para ele e da um sorriso, Kerry se aproxima. Leonardo esta bêbado na cozinha, no entando não parava de beber mais, ele pega a garrafa de vodka e vai para varanda, ele toma um gole na garrafa e olha para a escuridão que cercava a casa, a rua estava deserta e a noite assombrosa, Leonardo se aproxima da beira da varanda, ele se inclina para fora e volta.

- Você... Não quer se sentar perto de mim? – Pergunta Kerry, para Jake.

Leonardo nega com a cabeça e pega a câmera do arco, ele a vira para si mesmo.

- Beleza, se preparando para um extra com Leonardo Velasco – Diz Leonardo – Esta noite, tem uma chance de Jake Walker... Sim, o meu Jake, ter uma chance com uma garota... Bom, eu não posso dar localização exata, entretanto... O colégio de New Ford talvez marque um lugar na história.

Ainda gravando ele põe a câmera no arco novamente, o cachorro do visinho começa a latir bem longe, Leonardo olha para o final da varanda e caminha até lá, meio zonzo por ter bebido tanto, ele olha para a rua, não havia absolutamente ninguém lá, Leonardo da uns passos para trás, ao se virar bate de cara no jarro de flores, seu arco cai da cabeça, Leonardo o pega e o coloca invertido, com a câmera virada para trás. Kerry  pega um DVD e senta no sofá, bem próxima de Jake, Kerry percebe que Jake não tava dando a mínima atenção, então resolve chamá-lo.

- Ei, Jake – Chama Kerry.

No exato momento ele responde, sem olhar para ela.

- Sim...!

- Jake! – Diz Kerry.

Ele se vira.

- Eu sinto muito interromper o seu filme, mas essa talvez seja uma boa hora para você tomar uma iniciativa – Diz Kerry.

- Para eu tomar iniciativa? – Diz Jake, sem graça.

Kerry da um sorriso e confirma com a cabeça.

- Você pode tomar a iniciativa? – Ele pergunta.

- Ei já tomei – Diz Kerry – Você é na verdade, bem bonitinho... Especialmente quando estou com medo – Kerry pega na sua mão – Solitária... E bêbada.

Jake lentamente avança para beijá-la, Kerry fecha os olhos, quando seus lábios se tocam, Allan entra na sala, na mesma hora Jake e Kerry se encostam no sofá e na poltrona.

- Ei pessoal...! Vocês viram a Gabriella? Eu não a vi lá fora! – Diz Allan.

Kerry, inconformada olha para Allan, com vontade de enforcá-lo.

- Sim, Allan. Ela esta lá em cima – Diz Kerry – Graças a Deus, você esta aqui para protegê-la e nem consegue encontrá-la.

Allan olha para a televisão e esta na parte em que Roberta sai da casa.

- Cara, eu adoro essa parte – Diz Allan, indo sentar ao lado de Kerry, ela olha para leve, lhe fuzilando com os olhos – Quando você pensa que as garotas estão seguras e confortáveis dentro de casa... O assassino aparece e BAM – Ele diz, pulando do sofá.

Jake sai da sala, Kerry com muita raiva olha para Allan, ele olha para ela e não entende o seu olhar.

- Eu interrompi alguma coisa? – Pergunta Allan.

Kerry fica com mais raiva ainda.

- Fala sério! – Diz Allan.

- Quem convidou você, Allan? – Pergunta Kerry, com muita raiva.

Allan se levanta e caminha para fora da sala.

- Uau!... Com certeza não foi você... Estou lá em cima – Ele diz.

- Sai da minha casa! – Diz Kerry.

Leonardo esta andando no meio da rua, ele anda para a calça e taca a garrafa vazia de vodka no arbusto do seu visinho, Leonardo sobe a escada da varanda e para em frente a porta, ele pega seu celular e olha a imagem da câmera.

- Vamos vê o que o Jake esta fazendo... Ou a saga de Allan e Gabriella – Diz Leonardo, ao acessar a imagem da câmera, aparece apenas um local vazio, escuro com várias árvores, Leonardo aproxima a câmera – Quem precisa de assassino numa cidade de tanto drama? – Ele repara que a imagem não mudava, Leonardo passa a mão na frente e não sai na câmera.

Então ele vira para trás e vê que a câmera estava virada, Leonardo a põe para frente e estica seu braço, pondo o celular bem em frente ao seu rosto, ele vê pela imagem da câmera a porta da frente de sua casa se abrindo, até que aparece o assassino com a faca encostada em seu peito, Leonardo arregala os olhos e abaixa o celular, o assassino enfia a faca na sua barriga e depois retira, Leonardo tenta correr, ele desce a escada, o assassino corre atrás dele, ele pula da escada e enfia a faca nas costas de Leonardo, depois o apunha-la mais duas vezes e o faz cair no chão, quando vai enfiar a faca novamente.

- Não, Não, Não, Não, você não pode me matar, são as regras... – Diz Leonardo.

O assassino fica parado e inclina a cabeça para a direita.

- Eu sou gay! Eu sou gay! – Diz Leonardo – Se isso ajudar!

O assassino rapidamente enfia a faca em sua barriga.

- AH! – Grita Leonardo, ao ser apunhalado.

O assassino retira a faca e o observa morto. Kerry esta sozinha na sala vendo o filme quando ouve um barulho na entrada da casa, Kerry estica a cabeça e olha para a entrada da sala, ninguém passava, ela senta no sofá e desliga a televisão, desconfiada e aflita ela se levanta e caminha para a entrada da sala, ela encara o rol de entrada, ao caminhar ela olha para a escada, depois para os dois cômodos ao lado da porta da frente, Kerry pega a maçaneta.

- Kerry! – Diz Gabriella, descendo a escada – Achei o meu celular, estava no seu quarto... Não tem mensagem de texto para o Allan, ele é um puto mentiroso – Ela chega ao lado de Kerry, Kerry fica a encarando – Onde esta ele?

- Como assim ‘onde esta ele?’ – Diz Kerry, desconfiada – Ele acabou de subir procurando você.

- Hãm?!... Ele não esta lá em cima – Diz Gabriella.

Kerry olha para cima.

- Allan? – Ela chama, Kerry olha para sala – Jake, Leonardo? – Kerry se vira e segura a maçaneta – Eles devem estar lá fora – Ao abrir elas se deparam com Carol na porta, as duas levam um susto e gritam rápido.

- Gabriella! – Diz Carol, com seus olhos cheios de lágrimas.

- Carol! – Diz Gabriella, espantada com sua presença – Me desculpa, eu deveria ter dito aonde estava...

- Não tem problema, eu preciso que você venha comigo, venha agora – Diz Carol, um pouco agitada.

Elas se viram e se deparam com Leonardo todo ensangüentado andando e caindo morto em frente a escada da varanda, Carol olha para frente o assassino corre em direção a elas.

- AAAHHHH – Grita Carol, Gabriella e Kerry.

- VÃO – Grita Carol, empurrando Gabriella para dentro da casa.

Kerry corre para a sala, Gabriella sobe a escada, Carol logo em seguida entra na casa e joga a porta para trás, na tentativa de atrasar o assassino, no entanto ele empurra a porta antes dela bater, ele sobe correndo e pega o pé da Carol, ela cai e se vira, Gabriella fica parada nervosa em frente a escada.

- Carol! – Diz Gabriella.

Carol chuta o rosto do assassino, ele a solta e rola escada a baixo, Carol se levanta e corre até Gabriella, elas correm para o quarto de Kerry, ao entrarem rapidamente fecham a porta e a tranca, Gabriella olha para o lado.

- A varanda – Diz Gabriella, correndo até a porta da varanda e a abre.

Carol corre atrás dela.

- Não tem outra saída? – Pergunta Carol.

- Nós podemos pular – Diz Gabriella.

Carol corre para a varanda e vê a altura, o assassino começa a chutar a porta, Gabriella fica assustada, Carol volta para o quarto.

- São dois andares! Onde esta o seu celular? – Pergunta Carol, ofegante.

- Aqui! – Diz Gabriella, ela retira do bolso.

O assassino está quebrando a porta.

- Se esconda de baixo da cama – Diz Carol.

- O que? – Pergunta Gabriella, extremamente assustada.

- Faça o que eu digo, só não faça barulho e fique ai até eu vir pegar você, ok? – Pergunta Carol.

- Carol, não – Diz Gabriella.

O assassino consegue quebrar uma parte da porta.

- Eu vou mantê-lo ocupado, rápido se esconde – Diz Carol, em seguida corre para varanda.

Gabriella se joga no chão e vai para debaixo da cama, o assassino arromba a porta, ele entra no quarto, o assassino caminha em frente a cama, Gabriella observa seus pés, ela tampa sua boca  e fecha os olhos.

- Conseguiu? Está bem? Gabriella... Então corre... Só corre... vai! – Diz Carol.

O assassino anda para a varanda, ele olha para o lado e vê Carol no telhado, ela se levanta, pois estava agachada olhando para o chão, e corre para o lado da casa, Carol corre em frente e para, ela olha para trás e o assassino sobe no telhado e aparece, Carol anda em frente e vira o telhado, ficando em frente a casa, Carol encosta-se na parede e olha para o lado, o assassino olha para ela e sai dali, voltando para a varanda, Carol pega o celular de Gabriella e liga para Alexandre, ao olhar de novo o assassino não estava mais ali, Carol corre pelo telhado tentando abrir ar janelas, ela não para de correr e o celular continua a ligar para Alexandre. Carol corre para as outras janelas e tenta abri-las, um pouco próxima da virada do telhado, Alexandre atende ao celular.

- Alô!

- Alexandre – Diz Carol.

- Carol, aonde você esta? – Pergunta Alexandre.

- Estou na casa da Kerry, o assassino esta aqui – Diz Carol, ela para de andar e olha para trás – Eu preciso de ajuda!

Olhando para trás Carol continua a andar para frente.

- Estou a caminho – Diz Alexandre.

- Ok! – Diz Carol.

Ela se vira e o assassino que estava encostado na parede, estica o braço, Carol bate no braço do assassino e cai, ela rola até a ponta do telhado, quando ia cair ela se segura na calha.

- Eu preciso de toda unidade na 239, com a Winstons – Diz Alexandre, para Amanda.

- Todas as unidade... 239... Winstons, agora – Diz Amanda, pelo rádio.

Carol olha para cima e o assassino tenta enfiar a faca na mão de Carol, porém ela se solta e cai no chão, ela olha para cima e rapidamente se levanta, ela corre e entra na casa novamente, ela olha para o segundo andar e caminha rápido para a sala, de repente aparece Kerry em sua frente, Carol leva um susto.

- Desculpa, sou eu! Escuta, eu tentei ligar para o 911, mas a linha esta muda... Alguém mexeu nela – Diz Kerry.

- Eu mesma já chamei ajuda – Diz Carol.

- Onde esta Gabriella? – Pergunta Kerry.

Elas ouvem um barulho de passos no segundo andar, então Kerry abre a porta ao lado.

- Vamos por aqui – Diz Kerry, Carol entra correndo – Vai... Vai... Vai...

Elas param em frente a uma escada escura, Carol e Kerry descem a escada .

- Tem um quarto aqui em baixo, podemos nos trancar nele – Diz Kerry, enquanto desciam – Eu escutei você gritar com a Gabriella, ela conseguiu escapar?

- Ela esta segura – Responde Carol.

Elas descem a escada e viram para direita, passam por uma outra porta, Kerry a fecha bem devagar e a tranca, alguém bate na porta, as duas viram assustadas, Jake esta batendo na porta com suas mãos sujas de sangue, Kerry anda em direção a porta.

- Kerry, deixe-me entrar – Pede Jake.

- Jake! – Diz Kerry, ao se aproximar e vê que havia sangue em suas mãos ela para de andar.

- Não, não, eu encontrei o Leonardo na entrada, esse sangue é o dele, por favor abre a porta Kerry – Diz Jake, desesperado, batendo na porta – Por favor, tem alguém aqui fora, deixe-me entrar.

Kerry da uns passos para trás, começando a chorar.

- Se você não confia nele, não abra a porta – Aconselha Carol.

Kerry olha para ela e depois para Jake.

- Que merda, Kerry! Deixe-me entrar – Diz Jake.

- Se afasta da porta, Jake! – Diz Kerry, chorando, mas séria.

- Kerry sou eu, por favor, deixe-me entrar, ele vai me matar – Diz Jake.

- Eu disse para se afastar da porta, Jake! – Diz Kerry.

- Sou eu... – Diz Jake.

- Me desculpa... – Diz Kerry, chorando – Eu não posso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Noite Macabra 4" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.