Feelings escrita por Hakane-Happi


Capítulo 8
Chapter 8 - Intruder


Notas iniciais do capítulo

Hey Hey Algumas modificações nesse capítulo :3 Eu mudei o estilo de escrita um pouquinho diferente por conta de algumas reclamações, alguns deles foram as descrições, coloquei mais cenas descritivas e tals :D Espero que vcs gostem q eu num tenha mais nenhuma reclamação -qq Boa leitura E, aliás esse capítunão tem taaaanta coisa assim xD só um capítulo normal,por isso essa semana vão ter capítulos duplos :D o 9 será postado aos sábados/domingos como de costume



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Indifference entrava na sala em um ar meio confuso, o som de seu caminhar causado pelos seus sapatos ecoavam por toda a sala. Logo a sua frente estava Sadness sentado no trono que ficava na sala.

- Estou aqui senhor – Ele se ajoelhava no tapete vermelho mostrando respeito ao seu mestre.

Sadness por sua vez levantou vagarosamente de seu trono e caminhou em direção ao garoto ainda ajoelhado. Ao chegar perto de seu destino Sadness caminhava em movimentos circulares em volta de Indifference fazendo o mesmo barulho irritante com os sapatos.

- Indifference... – ele continuava andando – Eu tenho um trabalho que só você é capaz de desempenhar.

- E o que seria tal trabalho M’lord? – ele abaixara mais escorando sua cabeça em sua calça jeans

- Seu poder... Ilusões capazes de enganar o mais sábio dos homens – ele parou de andar, seu ultimo passo foi tão alto que ecoou por toda a sala – Posso lhe fazer uma pergunta?

- Sim – ele afirmou

- Você conseguiria se passar por um Some-One? – perguntou o homem de longos cabelos negros

- Facilmente – afirmou o garoto dos curtos cabelos rosados e bagunçados

- Então é esse o seu trabalho – Sadness toca nas costas do garoto como se estivesse permitindo que o mesmo levantasse.

Indifference se levanta olhando firmemente nos olhos de seu mandante.

- O plano será o seguinte – Sadness volta caminhar envolta de Indifference – É simples por isso irei falar somente uma vez...

+++

Um dia já havia passado desde o despertar do Feeling Weapon de Aono, o jovem vestindo apenas as roupas de baixo via-se deitado em sua cama olhando para a lâmpada em meio ao teto branco. O restante da casa parecia por culpa do enorme silêncio que se alastrava pela casa, até que a campainha toca. Rapidamente Aono pegava uma blusa branca e um short azul em seu armário, os vestia e corria em direção a incansável campainha que não parava de tocar.

Ao atender a porta Aono se encontra com Indifferece com suas roupas completamente rasgadas e sangrando.

- Quem é você? – Aono se assusta vai socorrer o garoto

- E-eu não possuo um nome – gaguejou – Eu estava andando até que dois homens idênticos me emboscaram e... – ele cospe sangue

- Entre logo! – gritou Aono desesperado, o seu grito provavelmente chamaria a atenção de alguém na casa – Você não pode ficar ai em tais condições.

- Obrigado – Indifference é levado até um sofá branco que ficava ao lado de um piano aparentemente feito de mármore – Sinceramente eu não sei como agradecer.

- Não precisa me agradecer, você está ferido, preciso chamar alguém mais apto a te socorrer.

Antes mesmo que Aono precisasse chamar alguém para ajuda-lo passos vinham de uma escada localizada ao norte da sala, o garoto estava tão nervoso que nem mesmo ouviu os passos.

- Fiszpan, Jin! – gritou

- Sim...? – disse Jin já atrás do garoto com os lábios levemente arcados aparentando um sorriso

- Ah, Jin, você me assustou! – o garoto se vira subitamente para o homem à suas costas e arregala os olhos castanhos parecendo surpreso – Você poderia me ajudar com isso? Ele apareceu aqui agora pouco e está completamente ferido.

- Claro, afinal eu vim aqui para isso – o sorriso sumia do rosto de Jin deixando agora uma expressão séria – Ele vai precisar de muitos cuidados – disse ele analisando o corpo do ferido – Os cortes na pele dele estão muito profundos. Vamos, me ajude a leva-lo para a enfermaria – ele parou de falar por alguns instantes – Aliás...

- Sim – disse Aono ainda domado pela adrenalina

- Qual é o nome dele? – Questionou Jin enquanto apoiava o corpo ferido em suas costas

- Eu não possuo um nome – disse Indifference cerrando os seus olhos que por sinal estavam completamente arroxeados

- Estranho... – Jin acomodou o ferido de alguma forma mais cômoda – Vamos Aono

- Está certo.

+++

Ao chegar à enfermaria Aono logo se assusta com a visão, pois essa seria a primeira vez que ele estava em tal lugar desde o incidente com os Hakanes. Matt e Rose ainda estavam lá o que fez com que Aono se assustasse mais com a cena. A reação de Aono não passara despercebida dos olhos de Jin, então o jovem dos cabelos azuis tentou anima-lo.

- Tente não olhar para eles – disse Jin enquanto colocava Indifference em uma das macas – Os ferimentos vão se curar logo.

- Sim, mas... – Aono curva a sua cabeça – Eu me sinto culpado de certa forma, até eu aparecer aqui estava tudo bem... E além do mas, o Fiszpan ficou se preocupando comigo e esqueceu de protege-los.

- Não se culpe Ok? – Jin se aproximou de Aono – Mesmo que você diga que a culpa foi sua você está treinando agora certo?

Aono consentiu com a cabeça.

- Então – Jin sorri acolhedoramente – Você agora só tem que treinar e ficar forte para protegê-los, e pagar a divida que você criou com eles.

- Está certo... Mas mudando de assunto – Aono virava a cabeça na direção de Indifference – Esse garoto tinha dito que foi atacado por dois garotos idênticos. Você acha que poderia ser os mesmos que atacaram nossa casa?

- Para falar a verdade – Jin se senta em uma mesa ao lado da maca onde Rose estava – Assim que eu encostei nesse menino senti uma coisa diferente, assim como se ele fosse um Some-One.

- Some-Ones podem sentir quando outros estão por perto? – Aono se senta junto a Jin

- Não todos – explicou Jin – Mas isso não é importante, agora respondendo a sua pergunta eu acho que ele provavelmente seja um Some-One, logo tem quase cem por cento de chances de que ele tenha sido atacado pelos No-Ones.

- Sim... – ele pausa a sua fala – Jin!?

- Eu?

- Você pode ficar aqui cuidando dele enquanto eu vou visitar a Yuu um pouco? – perguntou Aono envergonhado

- Aono, não seja besta – riu Jin – Você está achando mesmo que eu vou te prender aqui? Pode ir lá, afinal a Yuu está precisando de visitas em uma hora como essa.

- Ah, obrigado Jin – Aono se levantou e se dirigiu até a porta – Com licença – ele se retirou da sala.

Quando Aono passou pela porta já se encontra com mais um dos moradores da casa, Katty, a Some-One mais encrenqueira e pavio-curto de todas, apesar de sua altura e sua cara de “bonequinha” assim que ela abria a boca, as pessoas já sabiam de que tipo a garota dona dos curtos cabelos verdes era.

- Aono seu imbecil! – ela gritava enquanto contraia as sobrancelhas – Você já trouxe mais trabalho para o meu Jin?

- C-como você sabe? – Aono se assustou

- Eu sei de tudo o que se passa nessa casa Nono – ela caminhava em passos fortes em direção à porta da enfermaria.

- Nono? – Aono indagou novamente, confuso.

- Sim, é um apelido para Aono, eu acabei de inventar – ela se virou para Aono erguendo a sobrancelha esquerda fazendo uma cara amedrontadora – Algum problema?

- Não, não... – disse Aono segurando um riso – Eu até gostei...

- Bom mesmo! – fez bico – Espera? Você gostou mesmo?

- Sim...

- Obrigada – ela sorriu – Mas agora tenho que ir ajudar o meu Jin

- Tudo bem – Aono correspondeu o sorriso – Até uma próxima...

- Até! – disse ela abrindo a porta e acenando para Aono – Bye – entrou na enfermaria.

Depois de tal episódio Aono ficou alguns segundos ainda olhando para a porta vazia em um olhar que parecia dizer “o que?”.

- Algumas pessoas dessa casa são bem estranhas... – ele riu

- Eu que o diga – disse uma voz desconhecida vinda do nada acompanhando a risada de Aono

- Quem está ai? – perguntou, mas nem sinal da voz novamente – Quem está ai? – Aono repetiu agora com um pouco de medo, porém, nem sinal da voz – Isso deve ser coisa da minha mente... – ele continuou andando em direção ao quarto de Yuu.

+++

Aono subia as escadas para ir ao segundo andar, do contrário do primeiro ele deixava de ter a cor branca por todos os lados, ele possuía um enorme corredor com piso de madeira e um tapete em cada uma das quatro portas que se localizavam na sala.

O quarto de Yuu era o primeiro a esquerda do corredor. Aono bate na porta e ao perceber que ninguém atende ele gira a maçaneta de madeira da porta e entra no quarto.

O quarto de Yuu era um quarto bem comum por sinal, não tinha nada diferente dos outros quartos que todas as pessoas estavam acostumadas de ver, por algum motivo ela parecia gostar muito da cor azul, pois essa cor era a que mais estava presente em seu quarto desde as paredes até as folhas desenhadas jogadas ao chão. Do lado da cama dela havia um pequeno banquinho branco que não parecia pertencer ao quarto, alguém que já havia a visitado antes devia tê-lo posto lá.

- Yuu? Você está acordada? – Aono se senta no banquinho ao lado da cama de Yuu

Ela nada responde, apenas continua deitada virada para a parede.

- Acho que você está dormindo... – ele se curvou apoiando seu queixo nos seus braços – Eu só vim aqui para pedir desculpas por não ter te ajudado...

- Não precisa se desculpar – ela respondeu com a voz rouca e ainda virada para a parede – Você nem podia lutar naquele dia, a culpa foi minha, eu não fui forte o suficiente – sua voz ficava trêmula, parecia estar chorando

- Sabe Yuu... – Aono virava seu olhar para um dos desenhos de Yuu que estavam jogados no chão – Hoje uma pessoa me disse que nós não temos que ficar nos culpando, eu sei que vim aqui te pedir desculpas, mas mesmo assim, você tem que superar isso, você não pode ficar ai enfurnada nessa cama apenas se lamentando, chorando ou qualquer coisa do tipo, você tem que ser forte e tentar melhorar.

- Quem te disse isso? – perguntou Yuu se virando para Aono

- E isso importa agora? – ele deixou de olhar para o desenho e passou a olhar para Yuu – O que importa agora é que você tem que sair dessa cama e superar essa derrota, você perdeu só uma vez, mas pode ganhar várias vezes!

- Não é por isso que eu estou triste – ela abaixava seu olhar – Eles me mostraram uma coisa... Uma triste verdade... – seus olhos começavam a lacrimejar criando poças que deixaram a visão de Yuu embaçada

- Posso te dizer uma coisa? – perguntou Aono sorrindo para Yuu

- Claro...

- Você faz a sua própria verdade, olhe para mim, há alguns dias atrás eu não passava de um garoto tristonho vagando pelo mundo de Darkness, e agora estou aqui, não como a pessoa mais feliz do mundo, mas eu pelo menos estou tentando ser tal pessoa.

- Mas você teve a ajuda do Happiness... – disse ela virando o olhar para Aono novamente – Eu não tenho a ajuda de ninguém...

- Quem disse isso? – Aono olhou para Yuu e sorriu – Todos nós estamos aqui, pense nisso – ele se levantou, caminhou em direção da porta e a abriu – Agora prometa para mim que você vai lá e vai derrotar aquele No-One miserável.

- Eu prometo... – respondeu em voz baixa

- Isso mesmo! Agora eu tenho que ir – falou Aono enquanto segurava a porta – Você já está bem, não precisa mais de visitas!

Ele saiu e fechou a porta.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3 Até apróxima