New Wonderland escrita por FaynRith


Capítulo 4
Doubt


Notas iniciais do capítulo

Olá caros leitores pouco assíduos!
Estou enviando outro capítulo novinho em folha de New Wonderland! Demorou menos dessa vez em? Estou ficando esperta! *0*
Gostaram da nova capa? Eu adorei! Demorei séculos para encontrá-la mas valeu a pena. Só ajustei um pouco as cores, cortei alguns detalhes e voalá! *francês tosco* Minha obra estava pronta para ser postada! kkkk....
Detalhe importante: Perceberam a frase de efeito logo após o título do capítulo? Pode parecer deslocado e fora do eixo, mas se prestarem bastante atenção vão entende-la. Ela encaixou-se tão bem a dois personagens que resolvi deixá-la ali. Gostei tanto dela, que se alguém descobrir porque a escolhi, vou enviar o próx. capítulo em menos de cinco dias!



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- Então prove-me que diz a verdade. Enquanto isso não vai passar de mentiras.




D O U B T 
Não se iluda com o que não existe. Não duvide do que é verdade. 


A Rainha Branca deixou Alice aos cuidados do coelho. A menina encarou seus olhos vagos com um sorriso bobo. Branca cochichou rapidamente uma nota a um guarda, que assentiu entusiasmado. Depois, dirigiu-se a multidão para cuidar dos feridos. O bispo encarou Alice com profundo desprezo antes de juntar-se a sua rainha. 
- Sabe, - O coelho branco aproximou-se de Alice com a cabeça baixa - o Bispo não gostou nem um pouco que tenha interrompido-o no seu discurso. 
- Não acho que tenha que me preocupar. – Alice murmurou. O Bispo ainda a encarava de longe, mas parecia aflito ao ser correspondido.
O coelho suspirou. Mexeu em seu relógio com nervosismo, apalpando sua superfície metálica. Os olhinhos vermelhos alternavam sua atenção nos ponteiros e em Alice. Seu pulmão inflava com dificuldade, mas não passava de um mero suspiro para ouvidos comuns. A menina mau percebia o estrago que sua presença trazia ao coelho.
- Talvez... Talvez devesse descansar. Sua armadura tem 5 kg – o Coelho puxou-a para baixo, tentando forçá-la a se sentar – Lutar contra um dragão deve ser cansativo. 
Seu coraçãozinho disparou. Agora sentada, o bichinho podia visualizar sua face por completo. Hematomas e cortes leves cobriam o giz pálido da sua pele. Receoso, o Coelho tocou sua bochecha, os olhinhos tímidos exprimindo preocupação e sofrimento.
- Você está bem, senhorita? Como fui indelicado! Devia ter percebido antes... 
- Ah. – Alice tocou seus ferimentos – Isso? Não se preocupe. Nada disso compara-se com o que vocês devem ter passado. Veja; - delicadamente segurou a pata do coelho, mostrando uma mancha avermelhada - Este corte me parece mais grave.
E antes que pudesse retrucar, a menina rasgou parte da malha de sua armadura para atar o machucado. Ele observou-a rubro enquanto amarrava o pedaço de pano ao redor de sua pata.
- Pronto. – Disse ao se levantar. – Vai impedir que o sangue continue, pelo menos.
A menina acariciou o coelho carinhosamente antes de afastar-se e ir atrás de um guarda. O coelho encarou-a com admiração.
- Obrigado.

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- Ei! – Alice aproximou-se de um guarda. – Para onde estão indo?
O guarda parecia estar com pressa. Ia de um lado para outro, agrupando a massa de animais, mas interrompeu-se ao ver que se tratava de Alice. 
- Alice... – Ele pareceu surpreso em vê-la, mas logo se recompôs. Ajeitou sua roupa branca pomposa e capacete em forma de copas. - Estamos retornando ao Castelo. A Rainha fará uma reunião com o Oráculo. 
- Sabe onde ela está?
- Está ali – o guarda apontou para um pequeno agrupado de pessoas e animais sentados no chão. Cartas vermelhas e brancas corriam de um lado para outro, gritando ordens entre si. – Ela quis cuidar dos feridos antes de partir. – Respondeu com um sorriso orgulhoso - Graças a sua bondade, metades dos habitantes serão socorridos no Castelo. 
- Entendo. Talvez seja melhor falar com ela em outra ocasião.
Mas o patrulha não estava mais lá; estava ajudando duas marmotas a carregarem seus entulhos. Alice suspirou amargurada. O jeito seria seguir aquele fluxo de pessoas.
Subitamente uma sombra azulada passou por seus olhos. Recuou alguns passos e esfregou os olhos, atordoada.
O que acabara de ver?
Ao reabri-los, Alice viu que nada havia fora do ordinário. O cenário continuava o mesmo. Um tanto desapontada, voltou rapidamente para a trilha que todos seguiam. Deveria estar muito cansada.
- Aliice...
Ela virou-se para a floresta. Aquela voz parecia levemente familiar. Temerosa, observou o matagal assustada, aguardando qualquer sinal de vida. A passos leves, a espada à posta, Alice aproximou-se do matagal com cuidado. 
- Quem está aí?
Uma fumaça densa esvoaçou até seu rosto. Tossiu com a fragrância exuberante de flores. Irritada, levantou os olhos lacrimejantes para Absolem, a lagartixa com seu inseparável narguilé. Parecia tão flácida como jamais fora, com sua pele azulada pálida, os olhos cansados e perdidos. 
- Ora... Ainda por aqui? Pensei que voltaria para sua terra assim que recebesse a poção. – A lagartixa tomou outro trago antes de prosseguir: - Preferiu ficar por mais algum tempo? Ou seria permanente?
- Absolem. – Alice murmurou. Abaixou a espada enquanto aproximava-se da lagartixa em cima do cogumelo.
- Me parece perdida. Novamente. – Absolem murmurou, com a voz rouca e rangida. – O que a traz aqui?
- Ouvi uma voz fina me chamando. Me parecia... – Alice olhou ao seu redor - estranhamente familiar. 
Absolem encarou a incrédulo. Soltou uma gargalhada extasiante, envergando suas costas a ponto de quebrá-la. Largou seu narguilé enquanto se contorcia num riso contagiante. Quase caiu do cogumelo mas sua calda o manteve firme junto ao caule. 
Confusa pela reação súbita da lagarta, Alice bateu seu pé e levantou a espada. Ele achava que estava mentindo?
- Qual é a graça? – Perguntou irritada. – Não estou mentido! Ouvi alguém me chamando!
- Sim, sim! – Absolem enxugou duas lágrimas, ainda entre risos. – Sei disso! Só acho engraçado que não reconheça a voz.
Alice manteve-se me silêncio. Ele sabia de alguma coisa.
- Não foi você que me chamou?
- Provavelmente não...
- O que isso significa?
- Que terá que descobrir por si só.













Aquela lagartixa arrogante...

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Notas finais do capítulo

***LEIAM! IMPOTANTÍSSIMO!***
SÓ VOU PEDIR UM SUPER FAVOR! GOSTARIA DE UMA NOVA CAPA. ALGUÉM A ME AUXILIAR?
Queria agradecer as meninas que me deram apoio até agora!
Muito Obrigada!