Lodestar - Estrela Guia escrita por AnebellaCullen


Capítulo 25
Capítulo 25 - Impossible things can happen...


Notas iniciais do capítulo

Oiê!
passando rapidinho pra deixar o capitulo!
Gnt, muito obrigada por estarem sempre por aqui lendo e comentando! Nem preciso dizer que adoro vocês aqui,né?
:D



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Tranquei meu carro e segui o rastro. Quando vi que ele vinha da floresta, tirei meu vestido e o enrolei na minha usual tornozeleira com a destreza de sempre. Segui o cheiro e logo encontrei um homem que tinha um cheiro estranho, parecido mais ou menos com o meu, mas a visão dele foi totalmente esquecida quando fitei um vampiro alto e musculoso que usava um manto preto e tinha os cabelos arrepiados e o mais estranho: Eu o achava extremamente lindo!

Concentre-se Leah! Ele é um deles! Um assassino! Me repreendi, tentando ouvir o que o homem falava para o vampiro.

-Então, estamos entendidos? Se eu entregar Sophia a vocês, os Volturi me deixarão em paz? -O homem perguntou, parecendo intimidado pelo vampiro, que sorriu de lado e acenou com a cabeça.

-Temos um acordo. Traga a garota protegida pelos Cullen e os Volturi pouparão sua vida. - O vampiro respondeu num tom calmo.

Como a voz dele era linda...

-Eu entrarei em contato quando estivermos prontos. Acho que vou precisar de uma ajudinha sua... - O cara disse.

-Eu o farei. - O vampiro respondeu e o homem começou a recuar, indo embora pelo lado oposto ao que eu me escondia.

O vampiro continuou olhando pro nada até que o outro homem se foi e ele se preparou pra correr. Eu não sabia o porque, mas apenas não podia deixá-lo ir.

Dei um passo hesitante pra frente, chamando automaticamente a atenção do vampiro que, tão logo me viu, ficou em posição de defesa. Antes que eu pudesse pensar em atacar ou até mesmo me defender, a voz de Sam estava gritando na minha cabeça.

Leah, não! Você está louca?! Perdeu o juízo? Fique onde está! Já estamos a caminho!” Ele praticamente gritava na minha cabeça, o que não era nem um pouco agradável.

Ah, tá... Lembra que você não é mais meu alfa, Sam? Você não me dá ordens!” Rebati. Sinceramente, não queria perder tempo discutindo com Sam agora, tinha coisas mais urgentes pra resolver: um vampiro prestes a me atacar, por exemplo. Além disso, algo me impelia pra frente, eu tinha que me aproximar dele...

Me aproximei mais até ficar em frente a ele, entrando em um estado de inercia quando meus olhos finalmente encontraram com aqueles olhos negros como breu – Eu sabia o que estava acontecendo comigo: Já havia visto isso mil vezes e mil vezes odiei e quis isso – Estava tendo um impriting e o mais assustador: Com um vampiro!

Na minha cabeça, ouvia um zumbido que só depois de um tempo percebi ser Sam e parece que Seth e Jacob também – Não me importava no momento, mas já estava me chateando.

Leah! Não se atreva a ter um impriting com um sanguessuga!”

Leah com um vampiro? Poxa, aí está um coisa que eu não esperava”

Dá pra os dois calarem a boca? Temos que correr ou ele vai atacá-la!”

-O. Que. Você. Está. Fazendo?! - O vampiro rosnou pausadamente, me deixando confusa. - Por que não consigo te atacar?

Claro que não o respondi, não podia falar com ele na forma de lobo, mas me alegrou o fato de ele não querer me atacar, já era um começo, ao menos...

Antes que eu pudesse pensar mais sobre isso, os três lobos apareceram na cena e o lindo vampiro recuou.

Vocês estão assustando ele!” , Pensei com raiva.

Claro que temos que assustá-lo! Na verdade, deveríamos matá-lo de uma vez!” Sam retrucou e se lançou contra o vampiro, os dentes afiados em direção a cabeça dele, quase o pegando desprevenido, mas felizmente, ele se esquivou. Aquela cena foi demais pra mim e pulei na frente do vampiro em posição de defesa.

Sam, pare! Você não pode machucá-lo! Eu não posso deixar isso acontecer! Terá de passar por cima de mim primeiro!”, Certo, eu nunca pensei que um faria isso por um vampiro.

Que tipo de aberração é você? Por que não pode simplesmente ser normal, Leah?”, Sam disparou e eu me encolhi com isso: Não deveria mesmo ser possível um lobo ter um impriting com um vampiro, assim como não era possível uma mulher virar um lobo gigante.

Meu olhar se voltou automaticamente para o vampiro: Ele não parecia um sanguessuga nojento pra mim, seus olhos eram tão profundos que eu podia me perder neles....

Recue Sam!”, Ordenei. Sam rosnou e se lançou contra nós novamente e, antes que ao menos tivesse percebido o que fiz, pulei no meio do ataque dele, recebendo uma grande mordida na pata traseira, que deve ter quebrado.

Soltei um uivo de dor e caí. Jacob e Seth correram até mim para me checar e Sam parou chocado por ter me machucado. O vampiro estava olhando pra mim preocupado e, logo seus olhos escureceram ainda mais, sendo invadidos por uma raiva assustadora.

Ele levantou a cabeça, encarando diretamente Sam, que ficou rapidamente quieto, pude sentir seu cérebro ficar em branco – Nenhum pensamento!

-Saia daqui antes que eu o mate. Vá pra longe e não volte pra cá. - Ele falou vagarosamente e, inexplicavelmente, Sam TEVE que obedecer. Os pensamentos de Jacob e Seth eram tão alamarados quanto os meus. O vampiro se virou para os outros dois lobos perto de mim: Jake e Seth.

-Isso vale pra vocês também. Saiam e não voltem. - Ele disse pausadamente e, com terror de me deixar ali sozinha, os dois lobos correram para longe.

-Você está bem? - Ele perguntou, ainda de costas pra mim. Seu tom era frio e ainda furioso. Minha única resposta foi um pequeno rosnado de dor. Claro que eu não estava bem!

Tropega, levantei e, usando somente três patas, caminhei desajeitada até os arbustos e me transformei de volta. Vesti o vestido que estava em minha tornozeleira, gemendo quando o tecido encostou na enorme ferida que se estendia por toda a minha perna direita.

-O que você está fazendo? - Ele perguntou, sem ainda se mover um centímetro que seja. Respirei fundo e cambaleei como pude até entrar em seu campo de visão.

-Me transformando de volta. Não acho que poderia responder suas perguntas na forma de lobo. - Respondi seca. Não pretendia ser grossa com ele, mas a situação tinha tomado muito de mim e, apesar de meu coração estar batendo como louco, eu estava zangada: Por que meu impriting tinha que ter sido um vampiro?

Não obtive resposta, o silêncio permanecia enquanto eu cruzava a distancia entre nós, sempre olhando pro chão – tanto por vergonha quanto por cuidado de não cair com tudo no chão. Foi só quando olhei de volta pra ele que entendi o seu silêncio – Ele estava surpreso, muito surpreso, chocado, eu diria. Ele abriu a boca umas três vezes e a fechou, parecendo não encontrar palavras.

-Oi, er... Meu nome é Leah. - Saudei embaraçada. Mas que coisa mais idiota pra se dizer! Não que eu tenha uma ideia melhor, então... Que seja.

-Como você pode ser uma garota?!- Ele resmungou, seus olhos arregalados, o que contrastava radicalmente com sua posição fria de alguns minutos atrás. Dei dois passos pra trás, ferida: Eu achava que ficava mal quando os garotos da matilha pensavam que eu era uma aberração, mas ele pensar assim era muito pior!

-Desculpe-me, isso foi rude. - Ele pediu, vendo que havia me magoado. Ele se aproximou lentamente de mim e roçou levemente a ponta dos dedos em meu rosto, sua pele era intensamente fria em comparação a minha. -O que está acontecendo comigo? Por que me sinto desse jeito?...

Tudo tão intenso... Eu tinha visto pela mente dos caras do bando como era essa coisa de impressão, mas sentir era algo totalmente diferente e incontrolável!

Suspirei pesadamente e o brilho do pingente que pendia em seu pescoço chamou minha atenção, me lembrando de algo óbvio que eu não tinha considerado ainda: Ele era um Volturi! O que eu faria? Não podia conviver com alguém que matava inocentes, podia?

Me afastei dele, um arrepio sinistro em minha coluna – Quantas vidas ele já havia tirado? Quanto inocentes já morreram pelas mãos dele?

-Você é um Volturi, certo? - Perguntei, falando por falar porque, se eu tinha certeza de algo, era disso.

Eu estava no meio de uma luta interna – o instinto incondicional dos lobos de amar seus objetos de impriting versus meus próprios valores, o que eu achava certo. No momento, o que eu devia fazer era dar o fora daquele lugar e ficar o mais longe possível desse Volturi, mas o que eu queria era bem diferente...

-Sim. Você é uma transfiguradora e estava no dia em que viemos até aqui, não é? - Ele rebateu a pergunta e eu assenti timidamente. Ele crispou a boca por um momento, parecendo pensar sobre algo então, inesperadamente, pegou minha mão e começou a me puxar.

-Vamos, temos que dar o fora daqui antes que os Cullen se envolvam. - Ele falou, me arrastando. Eu parei, tendo de usar um pouco da minha força sobrenatural, minha perna já quase curada reclamou um pouco, mas ignorei a dor.

-Por que não envolver os Cullen? Eu ouvi o que você falava com aquele cara! Você vai levar a garota para os Volturi! Porque? Ela não tem nada a ver com isso! Ela é humana! O que querem com ela? - Disse em tom alto e raivoso. Eu não iria deixar que ele fizesse mal a ninguém, talvez isso diminuísse minha culpa por ter tido impriting com ele.

-Não se envolva nisso. - Ele retrucou, fazendo uma carranca. Bufei e cruzei os braços.

-Não me envolver? É isso que eu faço, sabia? Eu estou aqui para proteger os humanos! - Gritei de volta, ficando zangada de verdade. Ele riu de lado e olhou em meus olhos.

-Você é irritadinha, não é? Não se envolva nisso. - Ele falou, usando seu dom e eu tive que obedecer e o segui. Ele sorriu de lado e acenou pra si mesmo de um jeito convencido. -Ah, aliás, me chamo Peter.

Pov Sophia

-O quê?! O que aconteceu? Por que ninguém me diz nada?! - Sussurrei pra Alexander, que exibia a mesma carranca preocupada que todo o resto dos Cullen, que se reuniram no estacionamento com essas caras de medo. Alex me puxou mais pra perto, me segurando em seu peito.

-Problemas. Parece que Leah esbarrou em um vampiro novo por aqui. -Ele explicou, seu aperto firme ficando cada vez mais tenso.

-E eu não vi esse vampiro chegar! Como isso é possível?! - Alice reclamou. Jasper segurou sua mão, tentando acalmá-la e ela sorriu um pouco pra ele. Alexander me levou até um banco próximo e me fez sentar enquanto esperávamos.

-O que vamos fazer? - Perguntei interessada.

-Eu, vou esperar e quando for a hora, vou ajudá-los a lidar com o problema. Você, vai apenas se manter segura. - Ele falou,pegando minha mão, como se a distancia entre nossos corpos o incomodava o que, de fato, incomodava a mim. Passei o braço dele em torno dos meus ombros e me enrolei em seus peito, respirando o cheiro maravilhoso que vinha de sua pele.

-Eu deveria ir, posso ser útil. - Ofereci. No mesmo momento, senti o corpo de Alex enrijecer.

-Não! Você ficará num lugar seguro e bem longe desse vampiro, ok? Preciso saber que está segura.- Ele disse ansioso. Senti seus lábios em meu cabelo e suspirei.

-Eu também queria saber se você está bem... - Sussurrei temerosa. E se algo acontecesse com ele?

-Nada vai acontecer comigo, pode ficar calma. Demorei muito tempo pra te encontrar, acha mesmo que se livraria de mim tão fácil? -Ele brincou, me fazendo rir.

-Espero mesmo que não. - Falei, fechando os olhos e relaxando enquanto ele afagava meus cabelos.

**

Acordei na minha cama e bufei: Eu havia dormido! Argh! Nesses momentos era um saco ser uma humana e ter sono!...

Levantei lentamente, percebendo que ainda estava vestindo minha fantasia. Olhei pro céu iluminado e, percebi que ontem deveria ter estado mesmo cansada... Onde estaria Alexander e os Cullen agora? Será que foram procurar o tal vampiro?

Bom, não havia nada que eu pudesse fazer no momento e, me olhando no espelho, vi que meu cabelo estava uma bagunça. Decidi então tomar uma ducha e trocar de roupa e foi o que eu fiz, demorando-me mais que o necessário no banho, as memórias da declaração de Alexander passavam em minha mente como um filme e me peguei várias vezes sorrindo sozinha, como uma perfeita idiota. Como seria a partir de agora? Nós ficaríamos juntos pra sempre? Ele me transformaria?

Vesti um vestido simples e fiquei observando o céu, pensando no futuro perfeito que Alexander e eu teríamos juntos com os Cullen – Eu finalmente havia encontrado o lugar ao qual eu pertencia. Quando uma batida brusca em minha porta soou alta em meu quarto, pulei de susto.

-Quem é? - Perguntei um pouco confusa.

-Sou eu, quem mais? - A voz de Marco estava irritado. Esse cara vive irritado, credo!

-O que você quer? - Quase gemi. Marco tinha que aparecer pra estragar minha felicidade. Ele pareceu perder a paciência e entrou no meu quarto.

-Preciso conversar com você. - Ele falou bruscamente e eu franzi o cenho: Desde quando Marco conversava? Ainda mais comigo?

-Hã... Tá bom? - Falei sem entendê-lo e ele se escorou na porta.

-Eu sei de tudo. Sobre os Cullen e o que eles são, sobre você, sobre seu dom... - Ele listou, parecendo quase entediado. Meus olhos arregalavam mais a cada palavra dele.

-O quê? - Indaguei, minha voz somente um sussurro fraco e ele sorriu de um jeito apavorante.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido! ;D