Clara, nessa manhã de domingo , foi a segunda de suas irmãs a acordar. A primeira foi Júlia, mas não dormem no mesmo quarto; Essa noite, Clara dormiu mal, então, acordou com muitas dores. Levantou de sua cama, foi cuidadosamente até a porta, mas tropeçou e acordou sua irmã. Então, logo falou:

–Desculpa Ana, foi sem querer, Aninha!

–Não tudo bem Clara.

–Que estranho!

–Oi?

–Não, nada! Deixa pra lá.

–Você ainda tá preocupada com esse negócio que a gente não ta brigando mais, não é?

–Não, isso é bom. E afinal, estamos amadurecendo. Deve ser isso.

–Sabe, eu ainda acho que foi uma maldição dos deuses do universo.

–Ah claro, pode continuar com essa maluquice de Deuses e blábláblá, mas não na escola, tá? Agora com licença, que eu vou tomar café.

–Espera, também vou!

Quando as duas chegaram na cozinha, Júlia estava tensa. Logo, Clara perguntou:

–Oi jujuba, que locólatra te mordeu?

–É que hoje, sonhei com aquele muro do jardim, com o pedido de Clara, e até com a Débora, nossa amiga de infância.

Cara e Anelene olharam uma pra outra e disseram:

–Eu sonhei a mesma coisa!

–Falei que havia uma maldição- Comentou Anelene.

–Bom dia meninas- falou Michelle.

–Mãe, lembra da Débora, nossa amiga de infância?- perguntou Clara.

–Lembro sim, o que é que tem ela?

–Nada não, é que bateu uma saudade. Queria saber se ainda temos o telefone dela.

–Olha que coisa, enquanto eu arrumava as coisas para mudança, achei a agenda velha, deve estar lá! Eu coloquei lá no sótão da biblioteca.

–Claro! É fantástica, tem muitos livros, fica no fim do corredor do terceiro andar. No fundo da biblioteca, tem uma escadinha, você sobe e é ali que esta a agenda.

Júlia prestou atenção em cada momento da conversa, e teve uma ideia.